terça-feira, 18 de maio de 2010

Disque 100 já recebeu quase 50 mil denúncias de abuso sexual

16Exploração Sexual é tema de palestras na Casa da Juventude

Terça-feira - 18 de Maio de 2010 às 15:
Nesta quarta-feira (19), o Comitê Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes promove duas palestras, uma às 9 horas e outra às 14 horas. O evento, direcionado aos jovens do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e ao público em geral, será realizado na Casa da Juventude, na rua Poente, 55, no Pimentas, em Guarulhos. A programação faz parte da Semana Nacional de Combate e Enfrentamento da Violência Sexual à Criança e ao Adolescente aberta oficialmente nesta terça-feira (18).

Outras três palestras sobre abuso e exploração sexual serão ministradas nos Centros de Referência de Assistência Social - Cras. Na quinta-feira (20), no Cras Ponte Alta, na Estrada Mato das Cobras, s/nº. Na segunda-feira (25), no Cras São João, na rua Marcial Lourenço Serodio, 52. E, na quarta-feira (26), no Cras Cumbica, na rua Jati, 247.

Na sexta-feira (28), às 18 horas, na Universidade Guarulhos, será ministrada a palestra Política social e sistema de garantia de direitos: o significado do Estatuto da Criança e do Adolescente. O encerramento acontece no sábado (29), na Universidade Guarulhos, com duas palestras: Questão social e política social, às 9 horas; e Sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente, às 14h30. Mais informações pelos telefones 2408-5123 e 2087-4250.

Serviço: O Adamastor Centro fica na avenida Monteiro Lobato, 734. A Universidade Guarulhos fica na praça Tereza Cristina, 1.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Em defesa da justiça e da verdade: somos todos/as humanos!

Em defesa da justiça e da verdade: somos todos/as humanos!

O assassinato de cinco moradores em situação de rua e um gravemente ferido e hospitalizado na madrugada do dia 11 de maio (terça-feira), em situação que evidencia uma chacina na divisa do município de São Paulo com Guarulhos precisa ser duramente investigada.

Crimes como este já ocorreram em outro momento na cidade de São Paulo, com pessoas em situação de rua e até o momento a impune diante da sociedade que se mostra indiferente ou com postura extremamente discriminatória e desrespeitosa as pessoas que já foram penalizadas com a rua como único local para sua sobrevivência.

Julgar quem já está punido pela desigualdade social de nosso país não contribui para mudança dessa realidade.

A condição que leva um ser humano a escolher ou viver nas ruas com todas as formas de violência e violação de direitos humanos e sociais possíveis com toda certeza não é algo que esta determinado para aquela ou esta pessoas, no capitalismo não há vacina contra a pobreza, a indústria das drogas licitas e ilícitas, do desemprego, dos transtornos mentais que esta vida cotidiana impõe aos indivíduos.

Não podemos perder a razão, a noção de civilização e o entendimento de cidadania. Aceitar que pessoas humanas sejam assassinadas de forma brutal não pode representar o sentimento que queremos enquanto sociedade.

Os esforços da Prefeitura Municipal e garantir direitos e oportunidades é um dever do poder público, por isso, as ações de ampliação do serviço de abordagem de rua, o albergue municipal e a articulação de serviços podem não parecer suficiente, mas são significativas. Prevenir socialmente com direitos de cidadania é um dos trabalhos que estão sendo feito, nos Centros de Referencia da Assistência Social da prefeitura cerca de 1 mil pessoas e suas famílias são atendidas com serviços e benefícios mostrando um caminho.

Agora não cabe a prefeitura, a secretaria da assistência social ou os servidores públicos se dedicarem ao atendimento a população em situação de rua se a sua invisibilidade diante dos olhos da sociedade reflete a hipocrisia dos termos: solidariedade e direitos.

Famílias são desagregadas pela falta de empregos, pais e mães desistem de seus filhos/as viciados em drogas, comunidades são marginalizadas, pessoas viciadas em álcool, enfim são só algumas condições que levam a rua como “abrigo”. E ainda há quem culpe a vitima?

Justiça é um direito universal que não pode ser negada nem aos mortos, portanto, que lutemos por uma sociedade onde atear fogo em índio, agressão com fins homofônicos (contra homossexuais), violência contra idosos e crianças, e o assassinato hediondo contra o povo da rua sejam crimes contra a humanidade.

Wagner Hosokawa

Assistente social, exercendo função de secretário municipal da
Assistência Social e cidadania da prefeitura de Guarulhos
E membro da coordenação nacional do CONGEMAS
(Colegiado Nacional de secretários da Assistência Social)

segunda-feira, 10 de maio de 2010