quarta-feira, 30 de novembro de 2011

VOTE, 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO - NEM PRECISA DEFESA, SÓ DA SUA POSIÇÃO!


Companheiros/as,

A luta pela educação pública exige posição. Dizem que ela é importante, dizem que precisa ser prioridade. Mas o que você faz por isso? Pensou? Então vote: http://www.dezporcentoja.com.br/

10% do PIB, é 10% da riqueza do país!

Unidade da esquerda é assim, nós socialistas temos coerência para apoiar as lutas dos movimentos sociais!


Guarulhos Já - Especial Bairro Flor da Montanha

Aos companheiros/as e moradores,

O Jornal Guarulhos Já esta com o especial sobre as ações que estamos fazendo no bairro.

Boa Leitura!



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Nossa luta da resultados, não adianta é ficar aí parado! Vila Augusta e região, estamos juntos!

Para visualizar é só clicar. Boa leitura!


A praça é do povo...


Desde janeiro de 2008, o setor financeiro de Nova York fechou 22 mil postos de trabalho. E mais 10 mil estão previstos

07/11/2011

Frei Betto

Há algo de novo, e não de podre, no reino da Dinamarca! Verdade que provocado pelo cheiro de podridão. Como suportar o odor fétido de uma Câmara dos Deputados que absolve uma deputada flagrada e filmada recebendo bolada de dinheiro escuso?

A 12 de outubro, manifestantes foram às ruas do Brasil, e de 1.242 cidades dos EUA, emitir protestos cívicos. Aqui, 30 mil pessoas, a maioria em Brasília, exigiram o fim do voto secreto no Congresso Nacional; o direito de o Conselho Nacional de Justiça investigar e punir juízes corruptos; a vigência da Ficha Limpa nas eleições de 2012; e o fim da corrupção na administração pública.

A novidade é que, tanto aqui como nos EUA, as mobilizações foram convocadas por redes sociais. Uma ação espontânea, sem partidos e líderes carismáticos, e que, no mínimo, mereceria o apoio da UNE, da CUT e dos partidos ditos progressistas.

Nos EUA, cresce o movimento Ocupem Wall Street. Ali se situa o centro financeiro estadunidense, protegido pela exuberante estátua do touro que bem simboliza a ganância e a prepotência do capital financeiro.

Semana passada, mais de 1.000 manifestantes foram presos nos EUA, desmascarando a propalada liberdade de expressão da democracia capitalista. Liberdade, sim, de especulação feita por aqueles que Roosevelt qualificou de “monarquia econômica”.

A elite usamericana entrou em pânico, embora as manifestações sejam bem mais pacíficas e ordeiras que as do Tea Party (extrema direita) em 2009. O deputado republicano Eric Cantor chamou os manifestantes de “gangues”. Mitt Rommey, pré-candidato republicano em 2012, acusou-os de provocar uma “luta de classes”...

O fato é que o poder público, aqui, e o poder econômico, lá, estão prensados contra a parede. E agora o movimento se expande pelos países da Europa diretamente afetados pela crise financeira e mais interessados em salvar bancos que empregos.

A avareza dos magnatas ianques é tamanha que acusam Obama de “socialista” pelo simples fato dele apoiar a regra Volcker, que proíbe bancos, beneficiados com ajuda governamental, de praticarem especulação.

Bush aprovou (e Obama ainda não revogou) a redução de US$ 5 bilhões no montante de impostos pagos pela minoria que ganha mais de US$ 250 mil por ano (cerca de R$ 420 mil). “Taxem os ricos!”, diziam os protestos do Ocupem Wall Street.

Desde janeiro de 2008, o setor financeiro de Nova York fechou 22 mil postos de trabalho. E mais 10 mil estão previstos. O banco Goldman Sachs despediu 1.000 funcionários e o Bank of America, 30 mil.

São consideradas “muito ricas” nos EUA apenas 31 milhões de pessoas, o que equivale a 1% da população. E todo o sistema de governo mais protege essa minoria do que os outros 99%. No Brasil, os muito ricos são 3 milhões.

O Brasil está sob ameaça da crise financeira. Nossas exportações, em especial soja e minério de ferro, dependem muito da China. Por sua vez, 41,5% das exportações chinesas são consumidas pelos EUA e a União Europeia. Se estes dois blocos reduzirem suas importações, o sinal vermelho acende na China. Ela cresceu 10,3% ano passado e, este ano, não deve ir além de 8,7%, caindo para 8,2% em 2012. O que pode afetar as exportações brasileiras e trazer de volta, junto com o dragão da inflação, o desemprego.

Todas essas manifestações de rua são positivas, porém insuficientes. Não basta protestar. É preciso propor – uma nova ordem econômica, um novo projeto político, um outro mundo possível...

Outro risco implícito às atuais manifestações é confundir apartidarismo com repúdio a partidos. Estes são imprescindíveis para manter ou transformar o atual estado de coisas. E, ano que vem, teremos eleições municipais. Com o Ficha Limpa vigente, saberemos em quem não votar. Mas é preciso ter clareza em quem votar, livre das promessas vãs e da demagogia televisiva.

É hora de iniciar o debate de valores e critérios para a escolha de vereadores e prefeitos. Caso contrário, tudo ficará como dantes no quartel de Abrantes.

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros

Muito além da polêmica sobre a presença ou não da PM no campus da USP


É uma enorme falácia, dentro ou fora da universidade, dizer que presença de polícia é sinônimo de segurança e vice-versa.

05/11/2011

Raquel Rolnik

www.raquelrolnik.wordpress.com

Ontem participei, a convite do Grêmio da FAU, de um debate sobre a questão da segurança na USP e a crise que se instalou desde a semana passada, quando policiais abordaram estudantes da FFLCH, cujos colegas reagiram. Além de mim, estavam na mesa o professor Alexandre Delijaicov, também da FAU, e um estudante, representando o movimento de ocupação da Reitoria.

Para além da polêmica em torno da ocupação da Reitoria, me parece que estão em jogo nessa questão três aspectos que têm sido muito pouco abordados. O primeiro refere-se à estrutura de gestão dos processos decisórios dentro da USP: quem e em que circunstâncias decide os rumos da universidade? Não apenas com relação à presença da Polícia Militar ou não, mas com relação à existência de uma estação de metrô dentro do campus ou não, ou da própria política de ensino e pesquisa da universidade e sua relação com a sociedade. A gestão da USP e de seus processos decisórios é absolutamente estruturada em torno da hierarquia da carreira acadêmica.

Há muito tempo está claro que esse modelo não tem capacidade de expressar e representar os distintos segmentos que compõem a universidade, nem de lidar com os conflitos, movimentos e experiências sociopolíticas que dela emergem. O fato é que a direção da USP não se contaminou positivamente pelas experiências de gestão democrática, compartilhada e participativa vividas em vários âmbitos e níveis da gestão pública no Brasil. Enfim, a Universidade de São Paulo não se democratizou.

Um segundo aspecto diz respeito ao tema da segurança no campus em si. É uma enorme falácia, dentro ou fora da universidade, dizer que presença de polícia é sinônimo de segurança e vice-versa. O modelo urbanístico do campus, segregado, uni-funcional, com densidade de ocupação baixíssima e com mobilidade baseada no automóvel é o mais inseguro dos modelos urbanísticos, porque tem enormes espaços vazios, sem circulação de pessoas, mal iluminados e abandonados durante várias horas do dia e da noite. Esse modelo, como o de muitos outros campus do Brasil, foi desenhado na época da ditadura militar e até hoje não foi devidamente debatido e superado. É evidente, portanto, que a questão da segurança tem muito a ver com a equação urbanística.

Finalmente, há o debate sobre a presença ou não da PM no campus. Algumas perguntas precisam ser feitas: o campus faz parte ou não da cidade? queremos ou não que o campus faça parte da cidade? Em parte, a resposta dada hoje pela gestão da USP é que a universidade não faz parte da cidade: aqui há poucos serviços para a população, poucas moradias, não pode haver estação de metrô, exige-se carteirinha para entrar à noite e durante o fim de semana. Tudo isso combina com a lógica de que a polícia não deve entrar aqui. Mas a questão é maior: se a entrada da PM no campus significa uma restrição à liberdade de pensamento, de comportamento, de organização e de ação política, nós não deveríamos discutir isso pro conjunto da cidade? Então na USP não pode, mas na cidade toda pode? Que PM é essa?

Essas questões mostram que o que está em jogo é muito mais complexo do que a polêmica sobre a presença ou não da PM no campus.

Raquel Rolnik é arquiteta urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas e coordenadora da área de urbanismo do Pólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais

Supermercado ou pelourinho?



Brasil de Fato é premiado por reportagem sobre racismo

'Supermercado ou pelourinho?' venceu na categoria Mídia Alternativa e Comunitária na 1ª edição do prêmio, entregue nesta segunda-feira (7), no Rio de Janeiro

Supermercado ou pelourinho?

Casos de racismo e tortura no Extra, Walmart e Carrefour expõem os resquícios do escravismo e da ditadura civil-militar no Brasil

08/11/2011

Jorge Américo e Eduardo Sales de Lima,

da Redação

“Por que o negro, quando entra no mercado, passa a ser monitorado? Por que, inconscientemente até, o funcionário de segurança dessas lojas passa a ‘copiá-lo’? Porque, na cabeça dele, o negro é o suspeito padrão”. É o que defende o advogado Dojival Vieira, em entrevista à Radioagência NP. Ele acompanha três casos de pessoas que teriam sofrido tortura física e/ou psicológica em decorrência de racismo nas três maiores redes de supermercado do Brasil: Carrefour, Walmart e Extra (pertencente ao grupo Pão de Açúcar).

Dois destes casos aconteceram no início deste ano. Em Osasco (SP), no dia 16 de fevereiro, a dona de casa Clécia Maria da Silva, de 56 anos, foi parar no hospital depois de ter sido acusada de furto por seguranças da rede Walmart. Um segurança revistou sua bolsa. A cliente portava o cupom fiscal que comprovava o pagamento das mercadorias que levava. Segundo a médica que atendeu a dona de casa, ela teve uma crise de hipertensão e ficou próxima de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). O segurança teria dito que “isso acontece mesmo com os pretos”, segundo relato da cliente à Dojival, que acompanha o caso. A ocorrência foi registrada como calúnia no 9º Distrito Policial de Osasco no dia 18 de fevereiro.

Outro caso, tão grave quanto. Um garoto de 11 anos relatou ter sido levado a uma “salinha” nos fundos do hipermercado Extra da Marginal do Tietê, na cidade de São Paulo, e confirmou ter sido agredido por seguranças no dia 10 de janeiro. O garoto teria sido abordado após passar no caixa com biscoitos, salgadinhos e refrigerantes e se encaminhava para a saída da loja.

Estes dois casos não são inéditos. Em 2009, no estacionamento do Carrefour de Osasco, o vigilante Januário Alves de Santana foi apontado como suspeito de roubar seu próprio carro. Na sequência, sofreu torturas por quase 30 minutos, com socos, pontapés e uma tentativa de esganadura que lhe provocou fratura no maxilar, provocando a destruição da sua prótese dentária.

A existência dessas “salinhas de tortura”, evidenciadas no caso do garoto abordado no Extra e do vigia agredido no Carrefour, põe os supermercados em condição análoga às masmorras. Isso de acordo com Hédio Silva Jr., ex-secretário de Justiça do Estado de São Paulo.“São crimes hediondos. São salas de interrogatórios, espécies de masmorras contemporâneas em que as pessoas são isoladas do público e submetidas a toda sorte de constrangimento. Ao acentuar o papel da vigilância, com isso não estou diminuindo ou relativizando a responsabilidade que a empresa que contrata o serviço, que são os supermercados, possui”, elucida.

Pelo menos no caso de 2009 ocorreu uma decisão inédita do Poder Público. No início de fevereiro, a polícia de São Paulo indiciou seis seguranças da rede de supermercados Carrefour pelo crime de tortura motivada por preconceito racial. Mas há muito pela frente. A partir de agora, de acordo com Dojival Vieira, caberá ao MP oferecer a denúncia e à Justiça aceitá-la, instaurar o processo, passar os indiciados a réus e condená-los de acordo com a lei. Segundo Douglas Belchior, integrante do conselho geral da Uneafro-Brasil, o ineditismo desse indiciamento por crime de tortura motivado por preconceito racial ainda expõe a vagarosidade no tratamento de crimes dessa lógica dentro das instâncias de poder.

Punir e vigiar

Juntas, essas três maiores redes varejistas do país lucraram R$ 71,5 bilhões em 2009. Só o Walmart possui 400 lojas no Brasil. Em 2010, as unidades da empresa espalhadas pelo mundo faturaram quase 410 bilhões de dólares. Mesmo com o lucro, parece não haver preocupação em relação a investimentos na capacitação de seus seguranças. “As empresas de segurança transportaram, para as relações de consumo, práticas que não são próprias, não são compatíveis com o Estado democrático de direito. E as empresas que as contratam – os supermercados e shoppings – não tiveram até agora a preocupação de investir na capacitação e no treinamento desses funcionários”, pondera Dojival.

Segundo ele, essas empresas contratadas subverteram o princípio constitucional, base de qualquer Estado democrático de direito. “Qual é a lógica que essas empresas impuseram? Todos são culpados até que se prove a inocência”, explica.

Hélio Silva vai mais a fundo e enlaça a falta de treinamento desses profissionais de segurança que trabalham nessas redes de supermercado com a herança cultural brasileira. “Se eles não têm treinamento, é mais ou menos óbvio que ele vai reproduzir no trabalho dele os conceitos que ele aprendeu socialmente.

Por isso, além de educação escolar, como um todo, a formação desses profissionais tem que ter um conteúdo que o prepare para não reproduzir no seu trabalho os conceitos aprendidos socialmente”, defende. Segundo ele, o Brasil tem um certo atavismo cultural muito vinculado a esse tipo de prática cruel e que muitas instituições têm dificuldades para romper com essa mentalidade. Como ressalta Dojival, esses prováveis casos de racismo ilustram os efeitos perversos de dois tipos de “herança” de quais o país ainda não se livrou: o escravismo e a cultura do “prende e arrebenta” do período ditatorial. “Todos sabemos que boa parte dessas empresas são propriedade de militares que serviram na ditadura e importam para as relações de consumo as práticas desse período, que no caso dos negros, fica agravada pelo fato de ser o suspeito padrão, exatamente pela condição de sub-cidadão que ele ocupa desde o período escravista”, salienta Dojival.

O Brasil de Fato entrou em contato com as assessorias de imprensa das três redes de supermercado, Extra, Walmart e Carrefour, mas não obteve nenhum tipo de posicionamento relacionado aos supostos casos de racismo e tortura, tampouco acerca dos nomes das empresas de segurança que prestam serviço nas lojas. O jornal também tentou contato com Januário Alves de Santana, mas ele firmou um acordo extra-judicial no qual não pode expor qualquer tipo de informação sobre o caso, com fim de que o inquérito não seja prejudicado.


link:http://www.brasildefato.com.br/content/supermercado-ou-pelourinho

Pesadelo na “salinha”

Garoto foi ameaçado de levar chicotadas no hipermercado Extra

08/11/2011

Jorge Américo e Eduardo Sales de Lima,

da Redação

Um garoto negro de 11 anos, que mora num Conjunto Habitacional na zona leste da cidade de São Paulo, prestou depoimento no dia 15, na 10ª DP da Penha, e confirmou agressão e os maus tratos recebidos por parte de seguranças do hipermercado Extra da Marginal do Tietê.

O menino, de acordo com a Agência de Notícias Afropress, relatou que foi levado para um quartinho, obrigado a baixar a bermuda, levantar a blusa e ameaçado de levar chicotadas para provar que não estava furtando mercadorias, conforme comprovou com a apresentação do cupom fiscal emitido pela operadora do caixa, conforme conta advogado Dojival Vieira que o acompanha.

O garoto reconheceu um dos seguranças do hipermercado: Marcos Hoshimizu Ojeda. Segundo o garoto, Marcos foi o primeiro a abordá-lo quando, depois de passar no caixa com as mercadorias (biscoitos, salgadinhos e refrigerantes), se encaminhava para a saída da loja. Porém, o menino teria afirmado que não foi Marcos que o chamou de “negrinho sujo”, “negrinho fedido”, e o ameaçou com três chicotadas, já no quartinho – para onde também foram levados dois outros meninos, ambos negros – de respectivamente 13 e 14 anos, acusados pelos seguranças de furto de mercadorias.

Segundo o menino, as ameaças teriam partido de outros dois seguranças, em especial, de um terceiro, encarregados de fazer a revista. Após avisarem que não estavam brincando, teriam agredido com tapas nos genitais, dois tapas e um soco no peito dos adolescentes. O segurança, que “batia ameaçadoramente com um cano de papelão na mesa”, segundo o garoto, também “ameaçou dar facadas na barriga, com uma faca, cuja descrição disse ser de cabo azul como as de cozinha”. Os quatro seguranças que depuseram até aqui negam as agressões.

De acordo com Douglas Belchior, do conselho geral Uneafro-Brasil, o caso do garoto, se confirmado, demonstra como os agentes de segurança privados se sentem legitimados pelo próprio Poder Público. “Se o próprio Estado, com sua polícia oficial, agride, desrespeita, espanca, tortura e assassina, por que as polícias particulares, como é o caso dos supermercados, não vão fazer o mesmo?

Quer dizer, vão fazer muito pior, porque eles estão endossados. Inclusive, grande parte desses profissionais que fazem esse trabalho são ofi ciais do Estado nos seus dias de folga”, denuncia.

OEA

O caso chegou à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), por iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Paulo. Foi aberta também uma Comissão Processante pela Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, que, baseada na Lei Estadual 14.187, de 19 de julho de 2010, pode punir com advertência, multa e até a cassação da licença de funcionamento do estabelecimento acusado de práticas racistas

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A USP, a mídia e a democracia.



Não concordo com a tática de parte dos militantes que realizaram a última ocupação na Reitoria da USP, nem vi tanta polêmica na questão dos jovens portando maconha. O que me incomoda sempre é a força policial no campus universitário.

Historicamente a USP não superou a mancha encardida da ditadura militar que ronda o campus universitário, o prejuízo cientifico e político para democracia foi incalculável com os seus milhares de professores presos ou aposentados compulsoriamente como Florestan Fernandes.

Ou os estudantes torturados, mortos e desaparecidos que até hoje não foram esclarecidos pelo estado democrático e que ficará para responsabilidade das gerações seguintes enquanto não enterrarmos simbolicamente sobre a certeza que a verdade foi estabelecida.

E agora? São várias expressões utilizadas pelos “lobos raivosos” da grande mídia, que reproduzem com gosto a determinação dos seus editores usam de bravatas para chamar os estudantes de “delinqüentes”, “baderneiros”ou “vândalos”. Além da campanha permanente de ridicularização da esquerda – que sempre fazem questão de lembrar.

A questão não é a forma como se manifestaram os estudantes e nem suas divergências políticas debatidas em assembléias, mas a visão da elite sobre a universidade. Alckimin vem de uma geração de burocratas, tecnocratas e fundamentalistas religiosos que vêem a universidade um lugar perigoso.

Para Platão e tantos outros filósofos e construtores das idéias ou ideologias que permeiam o mundo, principalmente o contemporâneo e mesmo o pensamento liberal nasceram do berço da “liberdade das idéias”, e as universidades tornaram-se territórios livres do pensamento.

É este olhar para o lugar, o território e sua função social é que me levam a defender a posição de que a presença do órgão repressor do Estado deve manter-se longe das universidades.

Agora e a segurança? Toda segurança para o Estado é patrimonial, nunca para preservar a vida humana. Furtos, assaltos, etc e etc são manifestações desta sociedade.

Que sociedade? Capitalista, individualista e patrimonialista. Onde a segurança em um território livre deve ser exercida inclusive pela construção comunitária do próprio lugar que é a universidade.

A desculpa da “segurança” tem sido usada para reprimir idéias, pois a violência urbana é fruto desta sociedade, a USP não é um país ou um lugar intocável, porém não é imutável, pelo contrário, com esta função social importante – produzir conhecimento, reflexão e pensamento crítico.

O importante é saber qual é a verdadeira intenção do governo tucano em impor uma nova repressão na USP. É FHC onde está você? Com certeza de pijama e esquecido.

Ah, e lição de democracia como sugeriu o Sr. Alckimin aos estudantes pode ser feito na mesma moeda quando o assunto é "venda de emendas parlamentares" e o medo de ter seu governo investigado.

Democracia, ora a democracia. E o povo quer saber disso. É só barrar a corrupção pública, manter a corrupção privada e particular (dos ricos e das camadas médias da sociedade), e a democracia, pra quê?

(é por isso que eu continuo e cresço nesse mediocridade. se os trabalhadores/as não dormem, ninguém dorme! é o meu lema!!!)

Nota referente a mobilização dos Assistentes Sociais e Psicólogas(os) Servidores da Prefeitura Municipal de Guarulhos pela adequação salarial.



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Ter, 08 de Novembro de 2011 09:55
fonte: site do Cress SP

Assistentes Sociais e Psicólogas(os) da Prefeitura de Guarulhos lutam por valorização salarial

Valorização salarial e respeito ao trabalho desenvolvido pelas(os) Assistentes Sociais e Psicólogas(os) servidores da Prefeitura Municipal de Guarulhos/SP, são estas reivindicações que mobilizaram tais categorias no último dia 12 de setembro em uma grande reunião representativa, resultando na construção de documento expondo as exigências e na indicação de Comissão de Negociação com profissionais de diversas áreas de atuação.


O ponto central é a adequação salarial considerada uma das mais baixas da região metropolitana de São Paulo. Ressaltou-se que outras categorias como os economistas, engenheiros(as), arquitetos(as), sociólogos(as) e geólogos(as) foram contemplados(as) com tal reivindicação, sendo que iniciaram a discussão juntamente com as(os) Assistentes Sociais e Psicólogas(os).

Tal ação ocorre, concomitantemente, com outras junto ao Sindicato em relação a questão da criação dos cargos largos (ou genéricos), proposta no Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) que fere as atribuições privativas das profissões e precariza o serviço público junto à população, bem como o que refere a jornada de trabalho e suas condições, ou seja, Assistentes Sociais e Psicólogas(os) que atuam diretamente com a população na garantia dos seus direitos sociais, o fazem em condições precárias de infraestrura e expostos a situações de risco.

A luta tem se estendido desde a reunião do dia 12/09/2011 com negociações diárias com os representantes governamentais e mesmo diante das diversas justificativas o grupo mantém-se firme em suas reivindicações e encaminhamentos.

Neste sentido, o Núcleo de Base Guarulhos do CRESS-SP compõe Comissão Negociação e tem apoiado e contribuído nos debates e articulações da categoria

O CRESS SP está solidário a luta dos trabalhadores do serviço público da cidade de Guarulhos e reafirma a defesa das 30 horas conquistadas pelos assistentes sociais e apoiando para as demais categorias. Valorizar os servidores públicos é garantir direitos para toda classe trabalhadora.