quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Seu Jorge recita "Negro Drama", dos Racionais

É a vida, só a luta muda essa vida!

É hora de reposicionar as peças do jogo. Mas antes saber o que está em jogo?



Terminou a festa da democracia. Resultados já dados, festas já passadas, descansos merecidos e retomada da vida diária. Isso poderia ser o cenário da trajetória normal da política tradicional brasileira.

Porém para uma parte dos que se dedicaram, debateram e apresentaram propostas para população partem para uma nova jornada: disputar a sociedade com as condições em jogo.

Há setores hoje no PT já em olho em 2014 e outros em 2016. Projetos para o futuro só deveriam ser traçados e determinados pelo presente, mas há quem já sonhe com a próxima cadeira que quer se sentar.
Para nós da esquerda socialista brasileira os caminhos que existem são os que estão colocados já faz um tempo:
  • 1)      Disputar as eleições no marco das regras atuais, ocupar espaços institucionais e seguir na resistência e no fortalecimento de movimentos contestatórios a ordem vigente;
  • 2)      Envolver-se nas entranhas do movimento sindical e fazer de lá, com todos os seus problemas, um espaço a ocupar, sobreviver e resistir;
  • 3)      Organizar-se nos movimentos sociais e populares, sobrevivendo pelas beiradas da institucionalidade, das organizações não governamentais e mandatos parlamentares. Correndo riscos de todo tipo nos enfrentamentos e conflitos sociais.

Todas as alternativas de lutas estão aí sendo realizadas, sem demérito ou crise com a forma. O que importa agora é saber de fato o que se quer e qual é a perspectiva pela frente.

Qualquer escolha depende do grau de organização dos militantes e da sua evidente sobrevivência econômica, uma vez que o modelo de partido que Lênin previu não cumpre mais esse papel para agremiações como o PT ou Psol que repartem a partir das forças internas seus militantes liberados. Ou quando o partido de quadros persiste em existir as formas mais fechadas e que são mais rígidas na escolha dos seus militantes organizadores como Pstu, Pcb e PcdoB.

E qual acúmulo social queremos e para onde? Estas duas perguntas vivem de respostas vagas e  beirando o oportunismo de quem já está estabelecido em seus cargos, portanto se não for feito de forma seria, com uma análise partindo do estudo, da vivencia e da certeza do sacrifício que a organização esta disposta a fazer nenhuma resposta é sincera.

Mesmo o crescimento do PSB não foi um definidor da vitória dos “socialistas”, pois parte dessa vitória é debitada na conta de Eduardo Campos (governador do Pernambuco) que com o sonho em chegar ao Palácio do Planalto dialoga inclusive com o playboy-tucano de Minas Gerais, Aecio Neves. O PcdoB recuou na linha programática e amargou derrotas, a maior em Porto Alegre foi dada pela trágica linha da candidata sem bandeira ideológica como se definia Manuela. O Psol será testado na administração pública no governo do Macapá, e já foi derrotado no quesito alianças pois ao ser eleito até com o DEM no Amapá joga de lado a “unidade da esquerda contra o Pt e o Psdb”, vive uma crise de identidades onde diferente (mas não tanto), no RJ o efeito Marcelo Freixo é mais ligada ao bom mandato que possui do que a força organizada do Psol no estado, vamos ver como se comporta a bancada de quatro vereadores.

Hoje para nós da Esquerda Popular Socialista (EPS) há algumas certezas sobre porque construir o pensamento socialista no PT, organizar a resistência ao capitalismo e manter-se na luta popular e institucional. São elas:

  • a)      O PT ainda é a força eleitoral e popular que agrega parte significativa dos setores populares, comunitários e sociais nas cidades, reúne um sentimento de compromisso com os mais pobres ao mesmo tempo tem essa idéia de “partido que se preocupa com o social”, exemplo disso é a votação expressiva na cidade de São Paulo nos extremos;
  • b)      Quando há o confronto entre idéias que buscam romper com o velho Estado nacional tradicionalista e patrimonialista, seja na defesa das cotas raciais e sociais nas universidades, nas políticas para mulheres, direitos para a população LGBT, liberalização da maconha, enfim, as vozes mais atrasadas da sociedade se levantam, acusam e taxam o PT como se fossemos ungidos de um “lugar do mal” para acabar com a “santa aliança moral”. Esse confronto de idéias ainda nos posiciona como setor progressista e de pensamento avançado de sociedade;
  • c)       A qualidade das políticas públicas e da atuação parlamentar continua sendo referencia na sociedade brasileira;
  • d)      Estamos ainda com raízes nas lutas sociais, nas entidades de categorias e na luta sindical, sendo que causamos as polêmicas necessárias, as mobilizações necessárias e estamos presentes em movimentos onde mesmo hostilizados pela posição partidária, somos respeitados como militantes.
  • Por isso é preciso superar a “vergonha” de 2005. Para quem não conhecia essa diferenciação interna no PT nós já combatemos os mesmos acusados pelo “mensalão” em outros encontros internos, já enfrentávamos o desvio de nossos princípios e ideais e, portanto não nos cabe ter problemas de consciência moral e sim de enfrentar o debate político.

O Supremo Tribunal Federal mostra a sua parcialidade diante de uma constituição que é objeto histórico da conciliação entre as classes, e claro quando chamada a enfrentar grandes polêmicas pode ser tão progressista quanto atrasada, dependendo de cada cabeça . Ingênuos ou não provamos que nossas indicações ao STF não foram para privilegiar ninguém, pois é o PT o partido que está no banco dos réus e não o processo 470.

Reposicionar o jogo da disputa pela sociedade é reafirmar nosso compromisso com a luta socialista, buscando meios de construir a revolução social e popular, unir as forças progressistas, democráticas e revolucionárias que querem romper com o velho Brasil patrimonialista, clientelista, moralmente atrasado, elitista e de classes.

Reposicionar o jogo é romper agora com as velhas picuinhas da esquerda ou a velha necessidade de saber quem tem a verdade. Quem insistir nesse não-método esquerdista vai ficar só, sozinho mesmo, pois alguns debates precisam ser feitos com a população e não com guetos ou grupos dos “mesmos”.
Reposicionar o jogo é não ter medo de ter posição.

Reposicionar o jogo é saber o tamanho da nossa força, o que acumulamos no período e como poderemos sustentar nossa força ou nosso crescimento.

Aqui me dirijo aos companheiros/as que disputaram as eleições de 2012, onde é momento de fazer um balanço do que cresceu em nossa tática, o que mantemos para manter viva nossa organização e  do que não foi possível conquistar. E claro, o que queremos conquistar.

O que está em jogo são os elementos que nos fazem permanecer e continuar a luta revolucionária no PT.

Agora é preciso organizar, preparar, visitar, cativar, cuidar e construir as bases para um novo período que pode ser constituído pela hegemonia do lado de cá, só depende de nós!

Wagner Hosokawa
Militanto do PT de Guarulhos e da EPS.

Vitória do PT e aliados, a certeza da governabilidade da cidade com Almeida!

Mais de 60% dos votos válidos. A oposição pode chiar, a imprensa local pode chamar a população de incapaz de escolher, mas a verdade é uma só: elegeu-se o projeto mais adequado a governar a cidade, no momento.

Dizer que a culpa foi do medo não condiz com o clima da última semana. Inclusive os "cães raivosos" do oponente deveriam ser colocados numa celinha e substituídos por pessoas que possam promover diálogo com a população. Foi um show de xingamentos, vozes roucas, acusações, enfim, a baixaria é a marca do oponente.

Guarulhos é uma cidade que vive presa aos velhos paradigmas do passado, um tradicionalismo besta ligado a velha sombra de ser ex região administrativa da capital que formou uma elite falida, pouco capaz de produzir um representante político a altura e incapaz de governar a cidade sem se lambuzar com a corrupção, não importa a sua proporção será corrupta.

Do outro lado vive um momento importante de crescimento vivido (e inconteste, como guarulhense e militante que correu o mundo nas escolas de nossa cidade), que foi fruto do investimento público em serviços, novos espaços culturais, nova cultura habitacional, educacional, mesmo na saúde (criticada aqui em todos os lugares do Brasil), são visíveis a vinda de novos profissionais no setor público e privado. Finalmente a vinda de algumas lojas de porte não são recebidas com a chave da cidade como fez o falecido (e esquecido), prefeito Nefi Tales em 1997 ao dar a chave da cidade para o gerente do Mc donald's na av. Tiradentes. Imagine se fizéssemos isso com o fran's cafe, armarinhos fernandes, poupe-me...que venham, aqui o desenvolvimento chegou e tem nome e rg.

O governo do PT não superou certas contradições da política brasileira como as alianças para governanr e vencer eleições, as vezes percebo até certo "petismo" nos olhos de um aliado, com mais vigor do que certos "companheiros" que vejo na sede e na vida do partido.

Vencer o quarto mandato leva a várias análises, inclusive as catastróficas. A eleição do companheiro Almeida foi para o PT um teste, um teste ruim de uma nova lógica interna: do chantagismo eleitoral!

Montou-se um central de inverdades e análises de botequim. Muitas jogando o governo e o companheiro prefeito para baixo! Impondo derrota no segundo turno e se chegasse ao segundo turno não teria folego para chegar ao final...

Pois bem, todos que apostaram nisso falharam. Vencemos bem no primeiro turno ao ponto de faltar poucos 2 mil votos para encerrar esse período. Novamente testados na urna no segundo turno vencemos com mais de  60% dos votos e o nosso adversário perdeu de forma vergonhosa (com menos votos que da última vez que disputou conosco em 2008).

Quem ganha com isso? Não é o PT e nem a cidade!

O quarto mandato dá ao PT e seus aliados uma condição tranquila de construção do quinto mandato por diversos fatores:

1) Almeida terá tranquilidade para governar, pois não é candidato a reeleição e governar bem agora é  construir uma vitrine para 2016;

2) A cidade tem atraído grandes investimentos de grande, médio e pequeno porte, basta administrar bem interesses, principalmente da população para que haja resposta popular;

3) Com a parceria através do governo Dilma a cidade continua com as grandes obras e investimento social, as eleições de 2014 apontam para sua reeleição, uma vez que alcança picos de 70% de aprovação da sua atuação a frente do governo federal;

4) Manter-se no meio da população, ir às ruas e bairros, sem perder essa relação popular através não só dos meios participativos mas principalmente participar da vida da cidade;

Estas condições básicas podem construir uma passagem tranquila para o quinto mandato, tendo sempre que responder a grande pergunta que fará sempre a população: "Porque manter nosso partido frente da responsabilidade de governar a cidade?"

Essa resposta precisa ser respondida com a militância, a mesma que foi convocada para sair as ruas para pedir os votos. É a mesma que dará essa resposta e a governabilidade!

(Sobre o debate socialista e a luta dos trabalhadores é preciso maior análise, caminhando nas ruas é perceptível que a massa popular reconhece isso no PT. Falta a nós militantes da esquerda socialista saber penetrar, dialogar e não abandonar a relação comunitária, diária e necessária com nosso povo para aí saber como construir um projeto político hegemonico de cidade e de sociedade, e não apenas ser um "bom governo" sem identidade político-ideologica e sem organização política para as lutas reais do povo)

Wagner Hosokawa
é militante do PT e da Esquerda Popular Socialista (EPS)
e mestre em Serviço Social pela PUC/SP

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Leiam: Stédile: Esquerda sectária faz jogo da direita


Prefiro deixar a matéria falar por si. Tem muito militonto metido a esquerda mais preocupado em manter sua vidinha de renda média e criticar tudo a que construir a luta...


publicado em 24 de outubro de 2012 às 20:52
Para Stédile, esquerda sectária faz jogo da direita


O candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, Elmano de Freitas, participou, na manhã desta sexta-feira (19) de uma mesa de debates com os movimentos sociais da cidade. Com o tema “Análise política nacional e perspectivas para Fortaleza”, a mesa foi realizada no Centro Frei Humberto e contou com a participaçãode João Pedro Stédile, membro da Coordenação Nacional do MST.

Primeiro a falar, Stédile fez uma rápida análise conjuntural das eleições deste ano, à luz da luta de classes no país. Ele criticou de forma veemente os grupos de esquerda que se deixam levar pelo sectarismo e esquecem da importância de disputar as instituições de poder com a direita: “O sectarismo é como se fosse o pentecostalismo da esquerda: são pequenos grupos que se agarram a defesa de uma leitura doutrinária da teoria e esquecem de fazer as disputas institucionais da luta de classes. Não por coincidência são grupos formados pela pequena burguesia, que não tem problemas objetivos para resolver na luta de classes, então se dão ao luxo de ficar apenas pregando a ideologia”, afirmou.

Para o companheiro, essa falta de perspectiva de luta real pelas instituições faz com que esses grupos se acomodem ao discurso do voto nulo ou, ainda pior, passem a torcer por vitórias da direita, quando suas candidaturas não têm chance de vencer: “É uma vergonha para a esquerda alguém como o Plínio defender o voto no Serra contra o Haddad”, exemplificou.

E continuou: “Isso é tudo o que a burguesia quer. Deixar os trabalhadores lutarem por terra, trabalho, moradia enquanto ela cuida do dinheiro público, que nada mais é do que a mais-valia geral que o Estado recolhe na forma de impostos”, concluiu.

Segundo Stédile a única maneira de transformar a luta de classes em uma luta permanente e acumular forças para a classe trabalhadora é combinar a luta de massas dos movimentos sociais com a luta institucional. Para finalizar, o companheiro listou as cinco principais batalhas que a esquerda vai travar neste segundo turno, que na sua opinião são São Paulo, Contagem, Belém, Salvador e Fortaleza.

Sobre o pleito de Fortaleza, Stédile afirmou que a eleição de Elmano é fundamental para frear a aliança entre Aécio Neves e Eduardo Campos — que é a nova aposta da direita brasileira, frente ao esfacelamento dos partidos conservadores tradicionais — e para lutar contra a oligarquia dos Gomes no estado.

“Por isso, se tem uma coisa que eu gostaria de pedir para vocês é: não durmam até o dia 27. Arregacem as mangas, porque parte do futuro do país, parte do que vai acontecer em 2014, começa a ser decidido aqui”, finalizou.

Durante sua fala, Elmano mostrou muita confiança na vitória, principalmente pelo crescimento da candidatura petista entre os segmentos mais pobres da cidade. O candidato, porém, disse que espera uma disputa muito embolada até o final e fez coro com Stédile no chamado à militância para estar nas ruas até o último dia da campanha.

Para Elmano, o segundo turno tem servido para deixar bem claro que a candidatura do PT representa os interesses dos mais pobres na luta de classes local, enquanto a candidatura adversária representa os interesses da elite política e econômica local. Essa divisão ficou bem clara na última pesquisa do Datafolha. No segmento com renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos, a intenção de votos do candidato do PSB é de 67%, contra 33% do petista.

Já entre aqueles com rendimento familiar mensal de até dois salários mínimos, o petista abre 10 pontos de diferença: 55% a 45% dos votos válidos, em uma população formada majoritariamente pelas classes C e D.
Elmano falou ainda sobre a importância dos oito anos do governo do PT em Fortaleza para a melhoria de vida da população mais pobre, com a construção de moradias, a diminuição do número de áreas de risco, a melhoria da cobertura do sistema público de saúde, entre outras conquistas.

De acordo com o candidato, uma das maiores conquistas do governo do PT foi o aumento da participação da população na discussão das prioridades do município, com o Orçamento Participativo, do qual foi coordenador.
“Eu quero ser prefeito para abrir uma nova etapa na consolidação do nosso projeto político, avançando na participação popular e na relação com os movimentos sociais. Quero que essa cidade seja ainda mais uma referência de governo de esquerda e de governo comprometido com a melhoria da qualidade de vida da população mais pobre”, concluiu.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Eleições 2012, a indiferença do eleitor (a) foi o grande vencedor!


Eleições 2012, a indiferença do eleitor (a) foi o grande vencedor!

O eleitor está mudando? Os cidadãos e cidadãs estão mudando? Isso se observa nas escolhas para representantes no Brasil e em especial em nossa cidade.

Se considerarmos o fator representatividade olhamos para o Poder Legislativo e percebemos que mais de 140 mil eleitores votaram para eleger os 34 vereadores (as) numa cidade onde mais de 800 mil são eleitores num total de cerca de 1 milhão e 300 mil habitantes.

A conta não fecha? Sim não fecha porque ser vereador (a) para a população em geral não significa muita mudança local ou em geral na política.

Então porque tivemos só em Guarulhos o maior número de candidatos (as), onde só perdemos para a capital fluminense no Rio de Janeiro? Simples, o aumento do numero de partidos e a forte pulverização dos nichos da política local, ou seja, lugares onde haviam candidatos (as) tradicionais foram ocupadas por candidatos que ora foram seus apoiadores ou a própria renovação que sempre bate na casa dos 50% das vagas nas Câmaras.

É importante não mudar o foco do debate como o que foi ouvido nas ruas e que em vez de colaborar para o avanço da qualidade da democracia servem como cortina de fumaça contra o que é mais importante: valorizar a participação política.

A generalização por parte dos meios de comunicação não contribuem para o processo democrático e assim podemos pontuar:

  1. “Todo político é ladrão ou corrupto” - o incentivo a esse tipo de opinião destroí a democracia, porque é um pré julgamento de todos (as) em detrimento de uma parcela de representantes e candidatos (as) com propostas, projetos políticos e ideologia;
  2. “O horário eleitoral devia ser extinto” - a concessão dos meios de comunicação é pública e de poder do Estado Brasileiro através dos seus poderes, o uso comercial portanto é um direito econômico, a população tem o direito de ver, ouvir e comparar ideias e devendo ser exibidas de forma que atenda o chamado democrático das eleições. Por isso as redes de TV e rádio devem dicar quietinhas, porque se tem a concessão é devido a democracia, não fazem nada além da sua obrigação;
  3. “Todo mundo promete e não cumpre” - a dependencia política da sociedade sobre os seus representante sé o pior medidor que indica baixa participação política. Isso só pode ser mudado com participação e presença que vai desde as organizações da sociedade que acompanham o trabalho dos vereadores (as) e dos governos, a ausência de consultas, plebisicitos e referendos que não permite a decisão soberana do povo sobre grandes temas, vamos lembrar que o último plebiscito foi em 1993 (sobre o sistema de governo) e o único referendo foi em 2005 (sobre a comercialização de armas de fogo);

Outro grande derrotado pela apatia da sociedade são os grupos ou candidatos (as) que defendem ideias ou segmentos, onde as mulheres foram as que mais perderam pois em Guarulhos haviam na última legislatura cinco vereadoras, agora se elegeram duas ambas iniciantes no legislativo.

Culpa das mulheres? Não. Existem o enfraquecimento dos debates quanto a presença ou a defesa de ideias ligadas aos direitos destes segmentos como mulheres, negros (as), lgbt, jovens, idosos, etc., a fragilidade em candidatos (as) que defendem políticas públicas marcou as campanhas, parecendo que concorriam ao cargo os mais “honestos”, “limpos” sob a bandeira da “saúde e da educação”, destacando-se pouco outras reivindicações populares.

O voto distrital imposto de forma fragmentada também prevaleceu. Figuram entre os vitoriosos os representantes carnais de bairros ou regiões figurando o chamado reduto, seja pelas mais longas formas de retribuição do voto “em troca de” marcou fortemente essa forma de conquista do eleitor (a).

Para quem defende o voto distrital uma reflexão apenas: Guarulhos tem oficialmente 46 regiões com diversos bairros neles distribuidos, com uma Câmara de Vereadores (as) de apenas 34 representantes. Ou se reúnem regiões ou aumenta-se cadeiras de representantes, o risco esta justamente na formula para baixo: diminuir representantes. Isso sim é a ameaça a democracia.

Quanto menos representantes mais poderes nas mãos de poucos! Por isso qualquer país democrático que se preze aumenta representantes sem aumentar custos e qualifica o processo de escolha, e isso só com reforma política!

E a esquerda socialista? Esta é a maior derrotada nestas eleições municipais.

Com candidatos (as) espalhados por diversos partidos que vão desde o PT, Psol, Pstu e demais agremiações, estes candidatos (as) buscaram qualificar o debate, dislogar com a população, apresentar um programa político, mostrar a possibilidade de alternativa política contra a ordem e ter ideologia contida nas suas campanhas. Todos (as) foram derrotados.

Não recorreram as espertezas do processo eleitoral atual, como por exemplo: não compraram votos, não torcaram o voto por ajuda (de qualquer tipo), não se corromperam para meios sujos de financiamento, não coagiram o eleitor, etc., e por isso não chegaram nas vontades mais intimas de uma parte dos eleitores (as).

Quem não quis ficar de mal com ninguém ou não conheceu estas candidaturas votou na legenda. Ou seja ajudaram as candidaturas mais fortalecidas.

Essa indiferença vinda principalmente das categorias de renda média da população, a chamada “classe média”, tão assalariada quanto os que trabalham por um salário mínimo se valeram da máxima do “não é comigo” e do voto familiar e de amizade (o tio, o cunhado, o padeiro, o açougueiro, etc), e assim preferiram jogar na vala dos comuns as candidaturas da esquerda socialista.

Ea pobreza que atinge diretamente as candidaturas da esquerda socialista, porque não há como competir agora contra quem paga em $ o pão de hoje, enquanto nós pregamos pela luta o pão de amanhã.

Bem esta foi mais uma eleição que passou. É hora de analisar, avaliar, não fechar nossos olhos e opiniões sobre um fator apenas, mas ter uma certeza: precisamos tirar boas lições para que o dia a dia e o futuro sejam diferentes.

Wagner Hosokawa
Outubro de 2012.

domingo, 21 de outubro de 2012

ALMEIDA CRESCE EM RITMO ACELERADO E LIDERA PESQUISAS! Do outro lado é desespero, desrespeito e despreparo!






Mais de 60% dos guarulhenses estão com Almeida. É o que aponta o resultado da pesquisa de intenções de voto publicada nesta segunda-feira (15) pelo jornal Folha Metropolitana. Com 62,52% dos votos válidos, Sebastião Almeida segue crescendo em ritmo acelerado – quase 13% acima do resultado consolidado do primeiro turno.

Mesmo se considerarmos os votos brancos, nulos e indecisos, Almeida continua com grande vantagem. O Instituto que realizou a pesquisa ainda ressalta que o candidato do PT está na frente em 17 das 18 regiões pesquisadas.

A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 11 de outubro, ouviu 1.062 eleitores de 46 bairros da cidade. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos -


Registro no TRE SP - 01853/2012 - Instituto MAS Opinião e Pesquisa.

fonte:http://almeidaprefeito13.com.br/noticias/entry/almeida-cresce-em-ritmo-acelerado-e-lidera-pesquisas

Conheçam a Venezuela



MAXIMILIEN ARVELÁIZ
TENDÊNCIAS/DEBATES
Conheçam a Venezuela
A mídia brasileira não admite a nossa plena democracia, apoia a oposição e ataca Chávez com adjetivos elitistas de quem não conhece o país, como 'populista'
Quando amanheceu o dia 8 de outubro, os venezuelanos puderam se sentir orgulhosos. Nosso sistema eleitoral, automatizado e seguro, foi respeitado por governo e oposição, acompanhado por entidades e personalidades internacionais e considerado o melhor do mundo pelo ex-presidente americano Jimmy Carter.

Nossa população, numa demonstração de consciência e politização, compareceu em massa às urnas desde a madrugada até que votasse a última pessoa na fila, já de noite. Alcançamos mais de 80% de participação do eleitorado em um país onde o voto não é obrigatório. Não se pode ignorar: a Venezuela é exemplo de democracia para o mundo.

Diante de tudo isso, constrange a forma com que os meios de comunicação internacionais, dentre os quais os brasileiros têm relevância, custam a enxergar a existência de uma democracia consolidada na Venezuela.
Seja por puro desconhecimento da realidade do nosso país, seja em união a uma campanha internacional contra os avanços da revolução bolivariana, a mídia privada brasileira fez uma cobertura desequilibrada do processo eleitoral no país.

É claro que utilizo aqui o recurso da generalização. Mas, numa leitura rápida das notícias, salta aos olhos o apoio deliberado da mídia pela oposição e a tentativa sistemática de deslegitimar o processo revolucionário em curso na Venezuela.

Grande parte das reportagens e editoriais priorizou ressaltar as críticas ao governo Chávez, deu exagerada importância a uma minoria de pesquisas que apontavam o empate ou a vitória de Henrique Capriles e ainda alardeou um caos político que viria da não aceitação do resultado das urnas por parte do governo, supostamente, "ditatorial" de Chávez.

Ainda mais graves foram as teses que tentavam buscar explicações para os mais de 8 milhões de votos a favor da reeleição de Hugo Chávez, como se não fosse nada menos do que natural a vitória do candidato que proporcionou uma série de mudanças positivas na vida dos venezuelanos, tendo reduzido à metade a pobreza extrema nos últimos 13 anos.

O favoritismo de Chávez foi creditado primeiro a um "populismo" do presidente "caudilho" e depois ao suposto uso da máquina pública e abuso de tempo de propaganda televisa. Tal análise, elitista e preconceituosa, pressupõe que a população, passiva e despolitizada, troca votos por casas, comidas e eletrodomésticos -o que é facilmente desconstruído com uma visita ao país.
Mais do que comparecer às urnas toda vez sempre (entre eleições e referendos, já aconteceram 16 pleitos desde que Chávez chegou ao poder), os venezuelanos, incentivados pelo presidente Chávez, constroem a cada dia mecanismos de participação direta na vida política do país.

O mais importante deles são os Consejos Comunales, microgovernos construídos no interior das comunidades, compostos e geridos por moradores. Se há um povo despolitizado e passivo, não é o nosso.
A liberdade de expressão, imprescindível na democracia, também é facilmente constatável. Os principais jornais da Venezuela hoje, o "El Nacional", o "El Universal" e o "Últimas Noticias", são claramente simpáticos à oposição e circulam sem qualquer censura ou boicote. Quadro similar se dá na TV e no rádio.
O que não foi divulgado em quase nenhum meio de comunicação internacional é que Capriles, cuja família é dona de uma cadeia de comunicação, teve, segundo estudo do Centro de Análise e Estudos Estratégicos Aluvión, mais tempo de propaganda eleitoral na televisão privada do que Hugo Chávez. A propaganda do presidente ocupou apenas 12% do tempo nos meios privados. A do candidato da oposição, 88%.

Vencer o desconhecimento sobre o que ocorre na Venezuela é hoje nosso maior desafio. Por isso, transmito o convite feito pelo presidente Hugo Chávez em coletiva de imprensa aos meios de comunicação nacionais e internacionais logo depois de votar: "Aos que queiram ver uma democracia pujante, sólida e madura, venham à Venezuela". Torço para que venham livres de preconceitos e dispostos a enxergar as verdadeiras razões pelas quais Hugo Chávez foi reeleito com 55,25% dos votos.

MAXIMILIEN ARVELÁIZ, 39, é embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil

E dizem que "cristãos" não desejam a morte de ninguém, ou não acreditam em Cristo ou mentem, veja a noticia: "Fidel Castro vai 'muito bem', assegura ex-vice-presidente venezuelano"

Olha, eu tenho preferências políticas. Já afirmei em meu facebook que sou uma pessoa que tem posição política, não falo o que todo mundo quer ouvir, esse tipo de fazer política acaba com a própria política.

As opiniões nada democráticas de pessoas no site do yahoo que reproduziu a informação sobre a visita do vice presidente da Venezuela ao ex-presidente Fidel Castro foram lamentáveis. Lamentáveis porque dizem que os princípios cristãos não promovem e nem desejam a morte de nenhum ser humano.

Isso deixa de ser verdade quando alguns cidadãos respeitados e que se definem como "cristãos" me envergonha.

Cuba tem sua realidade histórica, lembrem-se imbecis que Jesus Cristo (assim está devidamente registrado por um documento chamado biblía) que Jesus lutou contra opressores, isso mesmo ditadores de saiote que representavam um cartório em nome do que chamavam de Deus. Tinha seguidores/as, organização social e definição de um programa político (porque não, pregar idéias vem de longe)...no azar da luta foi crucificado.

Pois bem, e se Jesus tivesse vencido? Um território de paz, sem ricos esbanjando ou ostentando, contudo um território em guerra contra os romanos (lá havia um Império, aí que medo), e os setores da sociedade que vinham de castas ricas e sacerdotes cheio de dotes cobrados a partir da exploração do povo.

Me digam, se Jesus tivesse vencido num território, haveriam outros a serem convencidos de seus ideias, porém seria inevitável a guerra. (Porque Jesus queria, não!) , porque ninguém entrega o poder assim de bondade e fraternidade, lembrem-se mandaram ele para cruz.

O mínimo do possível é respeito. Querem debater Cuba, debatam, mas de forma inteligente!

Por isso, replico neste blog a informação do vice-presidente da Venezuela, Jaua sobre o estado de saúde do  ex- presidente Fidel Castro, líder comunista e convicto dos compromissos com uma Cuba com niveis sociais e de participação popular ocultados pela mídia mercantil.

Me vale as opiniões do jornalista Fernando de Morais sobre Cuba e a necessidade de entender que um país que esta sofrendo um embargo econômico está em guerra com outro.

leiam, leiam...boa leitura (sempre educado, diferente dessas categorias médias de renda que comem mortadela e arrotam pernil)...


O ex-vice-presidente da Venezuela, Elias Jaua, afirmou neste domingo em Havana que se reuniu com Fidel Castro, que, segundo ele, "está muito bem", desmentindo assim os boatos que circulam há meses sobre o estado de saúde do líder cubano.
Fidel Castro, de 86 anos, "está muito bem e muito lúcido", declarou à imprensa em um hotel da capital.
Jaua afirmou que conversou com Fidel durante cinco horas, principalmente sobre assuntos agrícolas.
Há vários meses, boatos persistentes circulam nas redes sociais sobre a morte ou deterioração da saúde de Fidel Castro, afastado do poder por motivos de saúde em 2006.
Vários blogueiros ficaram surpresos com o fato de Fidel não enviar os parabéns ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, após sua reeleição em 7 de outubro.
Suas últimas aparições públicas datam 28 de março, durante a visita a Havana do Papa Bento XVI, e depois em 5 de abril, com a líder estudantil chilena Camila Vallejo.
No dia 12 de outubro, um de seus cinco filhos, Alex Castro Soto del Valle, assegurou que o "Lider Máximo estava saudável".
"Ele realiza suas atividades diárias, faz exercícios, lê e se mantém em forma", garantiu.
Jaua foi substituído em 10 de outubro como vice-presidente da Venezuela pelo ministro das Relações Exteriores, Nicolas Maduro. Ele deve representar o partido no poder nas eleições locais de 16 de dezembro, no estado de Miranda, onde enfrentará Compete Henrique Capriles, candidato que perdeu nas eleições presidenciais.



Imprensa cubana publica artigo de Fidel Castro e fotografias



Havana, 21 out (EFE).- A imprensa cubana publicará nesta segunda-feira um artigo de Fidel Castro acompanhado de fotografias, segundo anunciou a televisão estatal, que não revelou os temas que o ex-presidente do país abordará nesse texto.
A televisão oficial da ilha fez o anúncio após informar e emitir as declarações feitas neste domingo pelo ex-vicepresidente venezuelano Elías Jaua, que revelou que no sábado passado se reuniu cinco horas com Fidel Castro, e que depois este o acompanhou a um conhecido hotel da capital.
Jaua mostrou a jornalistas uma fotografia onde se vê um Fidel Castro sorridente no interior de um veículo junto com sua esposa Dalia Soto, o político venezuelano e o diretor do Hotel Nacional de Havana, Antonio Martínez, entre outras pessoas.
Tanto Martínez como Jaua concordaram que o ex-presidente de Cuba está "muito bem".
Esta "reaparição" de Fidel Castro, de 86 anos e afastado do poder desde 2006, acontece após semanas de rumores sobre sua saúde e quase sete meses após seu último ato público conhecido, que foi em março passado, quando se encontrou com o papa Bento XVI em Havana.
O artigo anunciado para esta segunda-feira seria o primeiro que Fidel Castro publica em quatro meses. EFE

Cuba realiza eleições municipais em meio a reformas de Raúl Castro

21 de outubro de 2012  21h28  atualizado às 21h40

Mulher beija estudante em local de votação. Os alunos, conhecidos como pioneros, estão em todos os locais de votação para supervisionar o processo .... Foto: AP
Mulher beija estudante em local de votação. Os alunos, conhecidos como "pioneros", estão em todos os locais de votação para supervisionar o processo eleitoral
Foto: AP


Cuba realizou, neste domingo, eleições municipais, em um processo sem surpresas nem candidatos opositores, que os simpatizantes do governo interpretam como um apoio às reformas de Raúl Castro e a oposição desestimula, promovendo o boicote.
Mais de 8,5 milhões de cubanos maiores de 16 anos foram convocados a votar para eleger 14.500 vereadores, entre mais de 50 mil candidatos. "Este exercício democrático de nosso povo significa também um apoio ao que se está sendo realizado como parte dos acordos do VI Congresso" do Partido Comunista (PCC, único) em abril de 2011, que aprovou as reformas do presidente, disse a ministra da Justiça, María Esther Reus, à televisão local.
Já os dissidentes marcam sua oposição com a abstenção, votando em branco ou escrevendo frases contra o governo nas cédulas, já que o voto é secreto. "O grande problema das eleições em Cuba é que as pessoas não acreditam que delas vá surgir mudança alguma, transformação alguma", disse a blogueira opositora Yoani Sánchez em seu twitter. O segundo turno será realizado no domingo, 28.
fonte: http://elecciones.ain.cu/
Concluído com sucesso no dia da eleição
Foto dia concluiu com sucesso a eleição: Omara Garcia

O Habanat (AIN) O dia da votação para a eleição de delegados para as assembleias municipais do Poder Popular, foi concluído com sucesso em toda Cuba, disse o vice-presidente Rosa Charroó da Comissão Nacional Eleitoral (CNE). Até cinco da tarde, ou seja, uma hora antes de fechar a maioria das escolas tinham votado sete milhões 889 mil 314 cidadãos, o que representa 89,61 por cento do total de mais de oito milhões de eleitores chamados exercer o seu direito de voto.

Estamos satisfeitos com o entusiasmo demonstrado enorme e ele disse Charroó, e também elogiou o trabalho das autoridades eleitorais.
Acrescentou que não havia organização e disciplina pelos eleitores para ir para cumprir este dever cívico , para escolher aqueles que, por seus méritos e qualidades devem representá-los em órgãos do governo municipal.
contando atualmente é feito, a fim de fornecer logo que os resultados do dia, disse ele.
Charroó lembrou que em alguns municípios as províncias de Santiago de Cuba, Camagüey e Ciego de Ávila, e em uma escola em Sancti Spiritus, foi necessário estender em uma hora o horário de fechamento de escolas devido às chuvas nestas áreas
Alina Balseiro, presidente da CEN, informou mais cedo que em alguns lugares houve dificuldades de comunicação devido ao mau tempo, forçando variantes previstas utilização para transmissão de dados, no entanto estes são garantidos em todos os casos.
Onde havia envolvimento fluido elétrico pode ter a ajuda de geradores, afirmou.
Nestas eleições foram eleitos 537 14 000 delegados às Assembleias Municipais do Poder Popular, entre mais de 32.000 candidatos em todo o país no mês passado setembro.
segundo turno será realizado em 28 de outubro, em círculos eleitorais onde houver um empate, ou nenhum candidato obtiver mais de metade dos votos válidos.
Fidel exerceu o seu direito de voto

Havana, 21 out (ACN) O líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, exerceram o seu direito de voto nas urnas no domingo para eleger os delegados às Assembléias Municipais do Poder Popular.

Pouco antes das quatro da tarde e devidamente dobrado e selado, como corresponde ao sigilo do voto, a cédula de Fidel chegou à estação de voto número um, de 13 Township eleitorado Praça da Revolução, para ser depositado na urna.

Conforme o estipulado na Lei Eleitoral para os casos de cidadãos com deficiência, mas apto para o exercício do sufrágio, o Comandante em Chefe foi visitado em casa por um membro do conselho eleitoral para trazer o voto, e desde então o voto do Fidel, retornou ao local e depositados na urna.

Carmen Llopiz, presidente da assembleia de voto, foi responsável por quebrar o selo e anunciar, sob aplausos, que Fidel Alejandro Castro Ruz, escrito no livro dos eleitores com o número 28 do CDR um, exerceu o seu direito de voto, igual aconteceu nas eleições de outubro de 2007, janeiro de 2008 e abril de 2010.

Às sete horas no domingo abriu as suas portas, e cada um dos 29 000 585 assembleias de voto no país elegível para estas eleições, que foram chamados mais de oito milhões e meio de cubanos para eleger a 14 537 mil 168 delegados para as Assembleias Municipais do Poder Popular.

A primeira votação foi Salomé Caridad Fernández, aposentado e prestes a completar 86 anos de idade, mas vital e orgulhoso cidadão de exercer este direito, que é ao mesmo tempo um dever, na mesma escola que ele faz o líder da Revolução Cubana de eleições históricas primeira em outubro de 1976.

Feliz era muito ativo e também ao longo deste dia agitado para Camila Nunez, estudante colegial, membro da assembleia de voto como uma alternativa, e um dos cubanos 200.000 jovens, alcançando 16 anos de idade, exercício primeiro o seu direito de votar nesta eleição.

Os dois candidatos neste círculo eleitoral, incluindo a empresa atual, são uma amostra botão humanos qualidades, méritos e competências dos 32 mil 183 candidatos por as pessoas a serem seus representantes nos órgãos do governo local.

Raul Castro exerceu o seu direito de voto

Havana, 21 out (AIN) começou o dia apenas para eleger os delegados para as assembleias municipais do Poder Popular no domingo 21 de outubro, quando o General de Exército Raúl Castro Ruz, Presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, exerceu seu direito de voto na estação de pesquisa eleitoral n º 1 107, no município de Plaza de la Revolution.

"Obrigado a todos por me deixar vir a esta hora", ele disse aos moradores presentes na escola depois de uma breve troca com eles.Ao chegar na votação Raul falou com seus membros e, depois de lançar a votação, carinhosamente saudado os pioneiros que guardavam a urna, enquanto parabéns por fazer esse dever importante

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Democracia é boa nos olhos dos outros? Chavez, viva a Chavéz!



Registro do blogueiro, reproduzir opiniões que considero boas para o debate não representa concordar de forma cega ao que está escrito.

Abaixo o artigo de Clovis Rossi sobre a vitória do Chavismo na Venezuela é boa para refletirmos:

1) É incontestável a vitória de Chavéz porque ele implementa suas propostas e projetos socialistas através da democracia, que os liberais tanto falam;
2) Nas eleições estadunidenses o povo não vota diretamente, votam os delegados por estado;
3) Ah, e a reeleição também é ilimitada e exemplos não faltam...
4) Acusar de manipulação ou cerceamento da imprensa é fácil na democracia dos outros, vamos lembrar que Bush filho venceu roubando votos, convocou uma guerra com informações falsas e meteu o mundo numa situação de total intranquilidade ao promover ódio a outras religiões e pensamentos;
5) Vencer na democracia que não foi inventada pelos estadunidenses e sim desde a formação do que chamamos de humanidade!

boa leitura e bom debate!


30/09/2012 - 03h00

2.131.332 razões pró-Chávez





Há exatamente 2.131.332 razões para acreditar que Hugo Chávez Frías tende a ser re-reeleito presidente da Venezuela no dia 7.

É o número de pessoas que deixaram a pobreza nos 13 anos de reinado desse militar de 58 anos, caudilho por excelência.

Quando Chávez ganhou sua primeira eleição, em 1998, a Venezuela tinha 11.212.273 pessoas em situação de pobreza, das quais 4.523.392 eram extremamente pobres.
Em 2011, os números caíram para 9.080.941 e 2.450.621.

Os que deixaram de ser pobres representam pouco mais de 10% de um eleitorado de quase 19 milhões. É natural que votem em um presidente que faz questão de vincular todas as benesses a ele próprio.

Há outros avanços sociais a respaldar o favoritismo de Chávez, mas ele tomou o cuidado de cobrir-se com uma campanha eleitoral que a oposição reconhece ser "livre", mas não "justa", para usar as palavrinhas mágicas com que a comunidade internacional carimba pleitos civilizados.

A presença de Chávez na mídia eletrônica, obviamente decisiva, é avassaladoramente superior a de Henrique Capriles, o opositor.

Limpeza eleitoral à parte, Stephen Johnson, do conservador Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos dos EUA, aponta uma coleção de problemas para depois reconhecer que, "apesar de frequentes apagões, do racionamento de comida, do desaparecimento de muitos empregos no setor privado e da inflação, muitos venezuelanos acham que estão melhor hoje do que há uma década e meia".

O opocionista Capriles promete a quadratura do círculo: resolver todos os problemas apontados por Johnson e, ainda por cima, manter os programas sociais.

Promessas que estão lhe dando sobrevida nas pesquisas: das três mais confiáveis (se é que pode haver confiabilidade em pesquisas em país tão polarizado), uma coloca-o em empate técnico com Chávez. As outras duas cravam Chávez, mas todas apontam crescimento de Capriles desde o início da campanha.

Chávez gosta tanto de se comparar com Lula que importou o marqueteiro do então presidente, João Santana, e o bordão "nunca antes neste país".

A política social chavista tem de fato pontos de contato com as de Lula, mas há entre eles uma diferença fundamental: Chávez busca permanentemente a confrontação com as elites; Lula aposta sempre na conciliação, ainda que as ataque retoricamente.

Explica Jesse Chacón, ex-tenente que esteve preso com Chávez após o frustrado golpe de 1992 e figura eminente do chavismo: "A renda média dos 20% mais ricos não foi afetada nem seu estilo de vida, mas percebem que já não retêm o controle do Estado e da sociedade, o que lhes provoca medo e raiva" (declarações ao "site" brasileiro Opera Mundi).

No Brasil, a renda dos ricos não só não foi afetada como continua remunerada com juros siderais, o que lhes provoca o gozo com as políticas de Lula, que jogou no lixo, como "bravatas", as antigas propostas esquerdistas do PT. Ao contrário de Chávez, que aposta seu "socialismo do século 21" nas urnas.



A democracia no centro da Roda Viva....




Duas opiniões diferentes sobre o mesmo tema e que tem a mesma perspectiva: fazer a democracia avançar, se reinventar ou qualquer coisa que supere o atual estágio dela.

Clientelismo, paternalismo e oportunismo eleitoral de todo tipo foram os grandes vencedores em grande parte da disputa pelas cadeiras dos legislativos municipais, o crescimento de vereadores/as de esquerda para as Câmaras Municipais teve crescimento sem grandes perspectivas de mudanças, a não ser por um lugar: no Rio de Janeiro o pequeno Psol fez através da campanha de Marcelo Freixo quatro cadeiras para os socialistas.

Eu como militante do PT da Esquerda Popular Socialista considero avanço todos/as eleitos/as por uma programa ou pensamento socialista, por isso computo as demais organizações que não compõem a hegemonia desta sociedade.

Mas vamos aos artigos: nem sempre concordo com os que escrevem, porém não lhes impeço a possibilidade de colaborarem com o debate através das suas opiniões.

Nos dias atuais a vitória de um tipo de oportunismo eleitoral tem avançado porque o cidadão-eleitor tem adotado características as vezes cada vez mais hibrida, outras vezes flex, ou é pragmático (negocia o voto por dinheiro, favores ou ajuda local), ou indiferente (não importa a posição política, é tudo igual).

Isso faz esfriar a relação e a apresentação de idéias de candidaturas sérias ou com conteúdo político para ser apresentado, transforma compromissos em mera peça publicitária e não permite o fator da oportunidade. Dar uma chance é a forma de testar propostas, métodos e idéias.

Ainda mais quando se dá a oportunidade para a total desqualificação, vide o perfil de parte dos parlamentares guarulhenses: apoio a baladas, cervejadas, times de futebol, vagas em creches, cestas básicas trianuais ou bianuais, cursos de todo tipo de falta de utilidade a vida, etc, etc...

O voto perde o valor da democracia e torna-se mercadoria nas mãos de quem trabalha muito bem essa lógica.

Fazer a democracia avançar depende de uma profunda reforma política que interfira nos partidos, na relação  com a sociedade, na igualdade de condições junto as candidaturas, fortalecimento do direito de conhecer propostas via campanha eleitoral, entre outras e necessárias ações.

boa leitura, vamos ao debate!



Carlos Heitor Cony - Astros e ostras



RIO DE JANEIRO - Retorno a um assunto que abordei recentemente: a necessidade de um aprimoramento da democracia representativa. Agora mesmo, uma pesquisa feita no Ceará e publicada num jornal de Fortaleza revela que mais de 70% dos eleitores já foram abordados por candidatos e seus cabos eleitorais que ofereceram dinheiro em troca de votos. Desse total, uma porcentagem significativa topou a oferta.

Deve-se acrescentar a grande parcela do eleitorado que troca o voto por benefícios específicos, promessas de emprego, casa própria, tratamento de saúde e até dentaduras. Nada de admirar que a corrupção escancarada no julgamento do mensalão, em diferentes níveis, tenha chegado ao ponto a que chegou, com a compra de votos dos próprios parlamentares para a formação de eventuais maiorias no Congresso.

Na presente campanha eleitoral dos Estados Unidos, os astros democratas e republicanos já gastaram bilhões de dólares arrecadados em forma de compromissos que deverão ser honrados pelos eleitos.

Não é caso para discutir a democracia em si, mas a forma pela qual ela é exercida para legitimar o exercício do poder. Afinal, o processo de votar -seja em cascas de ostras, como na Grécia antiga (que consagrou a palavra "ostracismo"), seja em cédulas de papel ou em impulsos nas urnas eletrônicas- precisa ser substituído por outra forma de captar o poder que vem do povo, princípio fundamental da própria democracia.

A humanidade chegou à Lua, ao celular, ao transplante de órgãos e a outras façanhas julgadas impossíveis. Seria o caso de juntar 10 ou 12 agraciados com o Nobel ou criar um prêmio internacional (e bem substancioso) para o gênio ou o grupo de gênios que bolasse outra forma de exercício democrático.


30/09/2012 TENDÊNCIAS/DEBATES/Folha de S. Paulo
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/514113-utopia-congelada#.UGoUAvxuXm0.blogger

Utopia congelada


"A moratória com a utopia socialista pressupõe uma convergência à esquerda a partir dos valores básicos da democracia e da república, daí tendo como fulcro o Estado de Direito: a observância das "regras do jogo" (Bobbio)", escreve Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul - PT, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 30-09-2012.
Segundo ele, "a democracia no Brasil, neste período histórico, está mais avançada do que no continente europeu, porque a adoção da dogmática de "não há alternativa" (ao caminho pautado pelas agências de risco e pelo poder privado do capital financeiro) não tem vigência nem efetividade em nosso país".
Pois, segundo Tarso Genro, "na Europa, não somente foi feita uma moratória com a utopia socialista, cujo impulso foi responsável pelas grandes conquistas de proteção social e de coesão nacional no século passado, mas também foi congelada a utopia democrática".
Eis o artigo.
Há anos (em janeiro de 1994), escrevi um artigo nesta seção da Folha, cujo título era "Uma moratória para a utopia".

Na época, fui criticado pela autodenominada "esquerda" do meu partido - que mais tarde tomou seus próprios caminhos - e também pela esquerda acadêmica, que agora se especializou no antilulismo e no antipetismo e que faz coro com a direita mais retrógrada, "contra os políticos" e "contra a corrupção", estabelecendo uma identidade mecânica e autoritária entre ambos.

A moratória com a utopia socialista pressupunha - e ainda pressupõe - uma convergência à esquerda a partir dos valores básicos da democracia e da república, daí tendo como fulcro o Estado de Direito: a observância das "regras do jogo" (Bobbio).

Isso pressupunha a inversão de prioridades, a partir dos governos de esquerda, pautando - em oposição à mera estabilidad e- a estabilidade com distribuição de renda e inclusão social e educacional amplas.

Tratava-se de colocar os "de baixo" na mesa da democracia, como dizia Florestan Fernandes. E isso foi feito.

Felizmente (e não foi obviamente por artigos como aquele) o Brasil trilhou este caminho. E por mais que se possa criticar o cerco midiático ao STF no processo do "mensalão", por mais que se possa discordar da avaliação das provas, da inovação de teses para proporcionar condenações, da "politização" excessiva do processo, ninguém pode dizer que os ministros da nossa corte suprema estão julgando contra as suas convicções ou insuflados por pressões insuportáveis.

Nada do que está acontecendo é estranho a qualquer Estado de Direito, por mais democrático e maduro que ele seja.

O Estado de Direito democrático é assim mesmo. A sua superioridade em relação às ditaduras é que as suas limitações e insuficiências são abertas e podem ser contestadas, tanto no plano da política como do direito, de forma pública e sem temor, por qualquer cidadão.

Faço estas observações porque eminentes intelectuais e jornalistas europeus, em distintas manifestações, hoje questionam a situação da democracia na Europa.

Boaventura Sousa Santos
 (na revista "Visão", de Lisboa) escreve "Portugal é um negócio ou é uma democracia?".Joaquin Estefania ("El País", de Madrid), defende que "começa a ser um mistério que alguém se moleste de votar e estimular a alternância partidária (...) se não existe capacidade de intervenção efetiva por parte de uma autoridade política eleita".

Antonio Baylos Grau, da Universidade Complutense de Madrid, diz que a Espanha está "numa democracia limitada", com a "soberania limitada (doutrina Brejnev) através da arquitetura financeira mundial, concentrada em poucas mãos".

Assim, sugiro que a democracia no Brasil, neste período histórico, está mais avançada do que no continente europeu, porque a adoção da dogmática de "não há alternativa" (ao caminho pautado pelas agências de risco e pelo poder privado do capital financeiro) não tem vigência nem efetividade em nosso país.

As medidas que a presidenta Dilma tem tomado na gestão econômica, dando sequência às políticas do presidenteLula, de inserção soberana, cooperativa e interdependente do país, na economia e no mercado mundial, mostram que a democracia, sim, pode ter consequência na economia e no desenvolvimento social de qualquer estado.

Na Europa, não somente foi feita uma moratória com a utopia socialista, cujo impulso foi responsável pelas grandes conquistas de proteção social e de coesão nacional no século passado, mas também foi congelada a utopia democrática. Os governos eleitos, sejam socialdemocratas ou conservadores, na primeira fala que fazem, quando chegam ao poder, é que "não há alternativa".

Logo, não adianta votar e escolher.

Nós, da esquerda e do PT, e todos os democratas de todos os partidos celebremos esta diferença: ainda não conseguiram congelar, aqui, a utopia democrática.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Carta de Agradecimento



Quero agradecer os mais de 1422 votos de confiança recebidos nesta eleição de 2012. Não fui eleito desta vez, recebo cada voto como gesto de carinho e certeza de que a população quer novas idéias para Guarulhos.

Caminhamos e visitamos casa a casa nossa população. Pude aprender e conhecer a realidade vivida por cada um de nós, homens e mulheres. Recebi a força da juventude, dos idosos e idosas da melhor idade, das crianças e suas famílias que me ouviram e apoiaram minhas propostas.

Fiquei feliz com o resultado por não ter feito uma promessa, não ter comprado votos ou me corrompido diante de uma democracia que precisa passar por uma reforma política necessária.

O diálogo foi a principal marca da campanha e isso será preservado. Minha candidatura sempre adotou uma postura coletiva de ação e pensamento, sabendo sempre que o candidato não se separa do seu coletivo, não se elege sozinho e não trabalha sozinho.

Por isso manteremos viva a busca pela mudança política através de um projeto popular de cidade, democrático na participação, viva na luta pelos direitos sociais e firmes na construção de uma nova sociedade socialista, com justiça social e plural para todos e todas.

Continuamos a fazer nosso trabalho nos bairros e regiões organizando a luta por uma vida melhor para nossa comunidade.

Continuamos organizando os movimentos sociais que defendem direitos da população através do Cursinho Popular da UNEAFRO, das Promotoras Legais Populares, das lutas estudantis e da juventude, dos trabalhadores (as) onde for necessário nossa presença.

Manteremos nosso telefone, nosso espaço  e contatos na redes sociais para manter a referencia aberta para a população.

Somos militantes, acreditamos na política como meio de transformar a realidade. Fazemos com a fé no novo amanhecer, assim não queremos só o seu voto, mas a sua participação política.

Peço o seu voto de confiança agora no 2. turno para o prefeito Almeida - 13 para que a cidade siga pra frente sem aventuras ou os problemas do passado. Quero sua confiança depositada em mim agora no Almeida prefeito 13, para juntos continuar a fazer uma cidade melhor.

Grande abraço e seguimos para novas (e necessárias) lutas.

Wagner Hosokawa

Esquerda Popular Socialista, coletivo interno do Partido dos Trabalhadores
Telefone: 4963-2822
www.wagnerhosokawa.com.br