quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Reforma ministerial do governo Dilma: ideais ou discursos, qual dos dois queremos ter?


O Brasil muda (um pouco e de forma atônita), neste primeiro dia de outubro. Para a maioria pouco importa, mudanças em Brasília são como assuntos distantes da realidade do "povão" que envolvida no discurso fácil da alienação a qual a elite bem prega a política está quase ao lado do câncer - devendo pelo senso comum - ser tratada mais como um problema sem cura do que a saída para mudanças.

Bom lembrar que patologicamente e contraditoriamente a ciência provou que de um vírus pode-se extrair a cura e as vacinas provam que é verdade. Porém a política não é ciência biológica ou exata, na forma que está, parece mais futebol.

Brincadeiras a parte, o que me motiva escrever sobre a reforma "sinisterial" são meus companheiros e companheiras de "armas" (defino armas a luta, a resistência, os espaços que disputamos e a condição que temos de estar lado a lado nos mesmos ideais), que antes defensores do governo e do partido entendiam (como eu) que nada seria tão pior, que o PMDB já tinha o suficiente para nos asfixiar e que a reforma ministerial seria um "troca troca de cadeiras", bem não foi assim e ainda foi pior.

Tão ruim que a noticia da mudança na saúde ter afetado menos pelo ministro e mais pelo gesto - por telefone e informando que o PMDB assumiria - colocando mais "bandidos" de colarinho para cuidar de um orçamento gigante (da saúde) e tão estratégico. 

Tão ruim que compas que fazem defesas até mais calorosas quanto a minha, estão perplexos. Notas inclusive se propondo a uma auto reflexão  sobre o momento que vivemos. 

Sei que corríamos riscos em 2014. Sei que as alianças estavam dadas. Mas sabia também que o segundo turno seria nosso e carregada com coragem não pelos "ratos de legendas", mas por militantes que compreendiam o risco de ter o país nas mãos de uma elite canalha, bandida e sedenta por retirar direitos sociais e dos trabalhadores. Carregamos esperanças, renovadas.

Nós que nos envolvemos no plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político mais ainda ao alcançar 8 milhões de votos solidários e clamando por mudanças no atual sistema político. 

Ainda em 2014, precisamente setembro e outubro na PUC/SP, o que Dilma não sabe é que muitos apanharam e tiveram roupas e bandeiras rasgadas em seu nome e da democracia. E o que Dilma sabe? Sabe que pulamos com ela na frente do TUCA - teatro marcado pela luta pela democracia brasileira - palco novamente do clamor pela sua vitória. Ouvimos um discurso forte e que o lado de cá seria retribuído em mais mudanças.

2015 o primeiro ministério do segundo mandato do governo Dilma parecia ressaca de festa. Chiamos e quando a democracia foi ameaçada reagimos! Debaixo de chuva dissemos: "Estamos contigo!" E nem um beijo de agradecimento venho do Palácio do Planalto.

De lá pra cá a cada ação da direita golpista um ato ou manifestação. Reações reais, virtuais e carnais de ambos os lados. Golpe e Democracia se enfrentam em discursos. Do Planalto apenas comentários do lado de lá, os golpistas merecem mais atenção que os que defendem o mandato legitimo e democrático.

A cada medida de governo como ajuste fiscal, mais espaço para aliados, concessões e cessões de princípios as elites, a sua mídia e seus comparsas, medidas duras contra o assalariado e ameaças aos "ricos" (veja a diferença entre medidas e ameaças, um se realiza o outro é bravata), recuo de ideais (negociar a redução da idade é negociar a vida dos nossos adolescentes), redução de ministérios (um ajuntamento que promoverá para baixo a luta das mulheres, do povo negro e dos Direitos Humanos com o ministério da "cidadania" o tudo que gera nada se faz presente), e agora? 

Agora novas mudanças que acalmam poucos interesses, deseducam  e apontam para uma péssima simbologia: "o acharque vale a pena!"

Do partido apenas silêncio. Cautela diante da derrota. Novamente a cautela como tática. Até quando? Porque chamar de seu um governo que é dos outros? Há mais dignidade em afirmar que o PT compõe um governo de coalizão do que dizer que dirige o que está "indirigível". Na coalizão poderíamos nos rebelar de forma mais digna.

Che, o velho Guevara dizia que discurso e ideais deveriam andar juntos. Gestos falam mais por mil palavras, como o ministro que pega a fila da água, se submete ao trabalho voluntário em apoio dos demais, enfim, esse era o ministro Che Guevara. A quem o socialismo era mais do que discursos, também execício real do fazer.

O que quero dizer com isso? 

Simples, podemos até depositar novas esperanças em "lideres", "mártires" ou qualquer coisa que o valha em 2018, sabendo que estamos errados e que poderemos apenas retardar e contribuir para uma reação mais violenta desta direita esquizofrênica, contudo o peso do discurso não poderá ser maior que os ideais, que de fato carregam a nossa dignidade.

Me somo aos que estão perplexos, reflexivos e atônitos. Nos somaremos na frente Brasil Popular ou em qualquer iniciativa que apresente e diga que um projeto político está em disputa. 

Não seremos beneficiados pelas mudanças que queremos promover, somos aqueles que numa mudança promovem a demolição, porém parte da construção de uma nova sociedade será pelo exemplo daqueles que a iniciaram.

Saudações socialistas, aos que como eu estão de marreta e certeza de que essa demolição precisa de mais gente disposta a promove-la. 



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Plano Municipal da Juventude de GUARULHOS, ALGO QUE VAI ENTRAR PARA HISTÓRIA.

ALGO PARA RELEMBRAR.
NADA NASCE DO NADA, MAS DA DISPOSIÇÃO DE FAZER POLÍTICA PÚBLICA.

Primeiro Plano Municipal da Juventude é apresentado ao Poder Público


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Plano Municipal da Juventude foi apresentado nesta quinta-feira (Foto: Vera Jursys / PMG)
A juventude tem mais um motivo para comemorar. Na manhã desta quinta-feira (22), no Paço Municipal, o Primeiro Plano Municipal da Juventude da cidade de Guarulhos foi apresentado para Poder Executivo e servirá de subsídio para elaboração de projeto de lei. O evento reuniu representantes de diversas frentes de apoio à juventude, que puderam conhecer as propostas que foram selecionadas para compor o projeto.


Após os Encontros Regionais, realizados em diversos bairros da cidade entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março, foram selecionados itens tidos como relevantes para a juventude para compor o Plano. Mais de 1.300 jovens participaram da iniciativa, discutindo e elegendo as prioridades de maneira democrática e descontraída. Entre os itens selecionados estão a criação da Secretaria Municipal da Juventude e de centros de referência, passe livre no transporte público para estudantes e criação de casas de apoio para jovens dependentes químicos.
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O coordenador da Juventude destacou a importância da ação participativa dos jovens


O Plano Municipal da Juventude servirá de diretriz para que o Governo desenvolva projetos e medidas que atendam às necessidades prioritárias apontadas pelos jovens. Para o coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, o Plano é um grande avanço, pois contou com a ação participativa dos jovens na tomada de decisões e ouvi-los é extremamente importante para o progresso da cidade, afinal, no município são 316 mil cidadãos entre 15 e 29 anos, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
http://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7184:primeiro-plano-municipal-da-juventude-e-apresentado-aos-jovens&catid=128:juventude&Itemid=559

Plano Municipal de Juventude começa a ser discutido

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Discussões para o Plano Municipal de Juventude são iniciadas (Fotos: Sidnei Barros)
Enfrentar os preconceitos e dificuldades existentes na sociedade e atrair jovens para participar das Políticas Públicas de Juventude foram algumas das questões abordadas no 1º Seminário de Implementação do Plano Municipal de Juventude, realizado nesta quinta-feira (16) no auditório 2 do Adamastor Centro. O evento reuniu lideranças estudantis, entidades sociais, secretarias e coordenadorias da Prefeitura.


O coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, diz que o Plano Municipal deve seguir os princípios do governo, em que a construção de iniciativas acontece de forma participativa, ouvindo as prioridades dos jovens que, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Guarulhos são mais de 316 mil cidadãos entre 15 e 29 anos.
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Representantes de diversas áreas participaram das discussões
Profissionais do Fundo Social, Igualdade Racial, Segurança Pública, Assistência Social, Saúde e estudantes universitários acompanharam o seminário na perspectiva de integrar os novos olhares e projetos, abordando questões relevantes para serem analisadas e realizadas.

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Os Encontros Regionais são abertos para toda sociedade
As prioridades do Plano Municipal de Juventude serão decididas em encontros regionais que acontecerão de forma itinerante em diversos pontos da cidade. A participação é aberta para toda a sociedade.




Veja abaixo o local e data dos próximos Encontros Regionais:

27/2 – Região Cabuçu / Recreio São Jorge, às 10 horas, na Escola Estadual Recreio II

28/2 – Região Taboão / São João / Presidente Dutra, às 10 horas, na Escola Estadual AntonioGrotkovisk

29/2 – Região Picanço / Continental, às 19 horas, local a confirmar.

1/3 – Região Pimentas / Bonsucesso / Alvorada, às 19 horas, na Escola Estadual Maria Aparecida Rodrigues
http://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6799:iniciam-discussoes-sobre-o-plano-municipal-de-juventude&catid=128:juventude&Itemid=559

Jovens escolhem prioridades do Plano Municipal da Juventude

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Prioridades do Plano Municipal da Juventude começam a ser discutidas (Fotos: Divulgação)
Mais de 150 jovens das regiões do Cabuçu e Recreio São Jorge participaram nesta segunda-feira (27) na Escola Estadual Recreio São Jorge II do primeiro Encontro Regional do Plano Municipal da Juventude. O evento teve a mediação da Coordenadoria Municipal da Juventude e a participação de representantes da diretoria da escola, do grêmio estudantil e do programa Guard, da Secretaria de Segurança Pública.
O Plano Municipal da Juventude da Prefeitura de Guarulhos será elaborado a partir das reivindicações e propostas apresentadas pelos jovens. No encontro desta segunda-feira, os participantes reuniram-se em grupos para conversar, analisar e escolher suas prioridades. Maior acesso à internet, passe livre nos ônibus, bicicletários gratuitos, transformar a Coordenadoria da Juventude em uma secretaria municipal e cotas em faculdades públicas para alunos de escolas públicas são alguns itens que irão compor um relatório final para servir de diretriz para o Plano Municipal. Segundo o coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, os encontros regionais servem para dar voz aos jovens, que participarão de maneira ativa na construção do Plano.
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Maior acesso à internet e cotas em faculdades públicas foram alguns dos itens discutidos



Os encontros acontecem de forma itinerante e é aberto ao público. Veja abaixo o local, data e horário dos próximos encontros.

28/2 – Região Taboão / São João / Presidente Dutra, às 10 horas, na Escola Estadual Antonio Grotkovisk

29/2 – Região Picanço / Continental, às 19 horas, Salão Paroquial da Igreja Santa Mena, travessa da avenida Suplicy

1/3 – Região Pimentas / Bonsucesso / Alvorada, às 19 horas, na Escola Estadual Maria Aparecida Rodrigues
http://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6866:jovens-escolhem-prioridades-do-plano-municipal-da-juventude&catid=128:juventude&Itemid=559

Escolha de prioridades para Plano Municipal mobiliza diversos jovens da cidade


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Os encontros regionais mobilizaram mais de 1.300 jovens guarulhenses (Foto: Divulgação)
Acessibilidade à internet, cota de 50% em universidades públicas para estudantes de escola pública, cursinhos comunitários, maior acessibilidade de jovens com algum tipo de deficiência em instituições de ensino superior, criação da Secretaria Municipal da Juventude e de centros de referência, passe livre no transporte público para estudantes e criação de casas de apoio para jovens dependentes químicos foram algumas das prioridades selecionadas pelos jovens para o Primeiro Plano Municipal da Juventude da cidade de Guarulhos.


Em busca de selecionar as prioridades da juventude para a elaboração do Plano, entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março foram realizados os Encontros Regionais, que aconteceram em diversos bairros com a participação de mais de 1.300 jovens que, empolgados com a nova experiência participativa, escolheram os itens relevantes.

O coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, parabenizou a todos que participaram e contribuíram para que os encontros acontecessem e destacou a importância da participação do jovem na tomada de decisões e de existirem canais de diálogo com a juventude.
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O coordenador da Juventude destacou a importância da participação dos jovens nas iniciativas

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Entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março, mais de 1.300 jovens participaram dos Encontros RegionaisA Coordenadoria da Juventude encaminhará ao Executivo o relatório com as prioridades escolhidas pelos jovens para subsidiar o projeto de lei do Primeiro Plano Municipal da Juventude da cidade de Guarulhos. O prefeito fará a entrega simbólica do projeto de lei para a juventude ainda em março.


http://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6953:escolha-de-prioridades-para-plano-municipal-mobiliza-diversos-jovens-da-cidade&catid=128:juventude&Itemid=559



Entrega simbólica do Plano Municipal da Juventude acontece nesta quinta-feira
20/03/2012 - 16:34


Após os Encontros Regionais, realizados entre os dias 27 de fevereiro
e 1º de março em diversos bairros da cidade, será feita nesta quinta-feira
(22), às 8h30, no Paço Municipal, a entrega simbólica do Primeiro Plano
Municipal da Juventude da cidade de Guarulhos. Entre as prioridades
selecionadas estão a criação da Secretaria Municipal da Juventude e
de centros de referência, passe livre no transporte público para estudantes
e criação de casas de apoio para jovens dependentes químicos. O relatório
final será encaminhado ao Executivo para subsidiar o projeto de lei.


O Plano Municipal da Juventude servirá de diretriz para que o Governo
desenvolva projetos e medidas que atendam às necessidades apontadas
pelos jovens como prioritárias. Segundo o coordenador da Juventude,
Wagner Hosokawa, o Plano é um grande avanço, pois ouvir a juventude é
extremamente importante para o progresso da cidade, afinal, em nosso município
são 316 mil cidadãos entre 15 e 29 anos, segundo o último censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Serviço:

O Paço Municipal fica na avenida Bom Clima, 90 – Bom Clima

http://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7125:entrega-simbolica-do-plano-municipal-da-juventude-acontece-nesta-quinta-feira&catid=128:juventude&Itemid=559



Primeiro Plano Municipal da Juventude é apresentado ao Poder Público
23/03/2012 - 14:08

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Plano Municipal da Juventude foi apresentado 
nesta quinta-feira
 (Foto: Vera Jursys / PMG)
A juventude tem mais um motivo para comemorar. Na manhã 
desta quinta-feira (22), no Paço Municipal, o Primeiro Plano 
Municipal da Juventude da cidade de Guarulhos foi apresentado 
para Poder Executivo e servirá de subsídio para elaboração de 
projeto de lei. O evento reuniu representantes de diversas frentes 
de apoio à juventude, que puderam conhecer as propostas que 
foram selecionadas para compor o projeto.
Após os Encontros Regionais, realizados em diversos bairros da 
cidade entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março, foram 
selecionados itens tidos como relevantes para a juventude para 
compor o Plano. Mais de 1.300 jovens participaram da iniciativa, 
discutindo e elegendo as prioridades de maneira democrática e 
descontraída. Entre os itens selecionados estão a criação da 
Secretaria Municipal da Juventude e de centros de referência, 
passe livre no transporte público para estudantes e criação de casas
de apoio para jovens dependentes químicos.
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O Plano Municipal da Juventude servirá de diretriz para
que o Governo desenvolva projetos e
medidas que atendam às necessidades prioritárias apontadas
pelos jovens. Para o coordenador
da Juventude, Wagner Hosokawa, o Plano é um grande
avanço, pois contou com a ação
participativa dos jovens na tomada de decisões e ouvi-los
é extremamente importante para
o progresso da cidade, afinal, no município são 316 mil
cidadãos entre 15 e 29 anos,
segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).

O coordenador da Juventude destacou a importância da ação participativa dos jovens


http://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7184
:primeiro-plano-municipal-da-juventude-e-apresentado-aos-jovens&catid=128:juventude&Itemid=559
CITAÇÃO EM SITES:
Planos Municipais da Juventude, com a participação dos jovens na escolha das prioridades!
http://www.cidadedemocratica.org.br/topico/4474-planos-municipais-da-juventude-com-a-participacao-dos-jovens-na-escolha-das-prioridades
Apresentação da metodologia participativa que será utilizada na construção do Plano Municipal da Juventude de Guarulhos!

https://www.flickr.com/photos/pecaogru/sets/72157629444708987/


Escolha de prioridades para Plano Municipal mobiliza diversos jovens da cidade
http://jptguarulhos.blogspot.com.br/2012/03/escolha-de-prioridades-para-plano.html



SITE DA SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE

Últimas Notícias

17.02.2012 - Plano Municipal de Juventude começa a ser discutido em Guarulhos (SP)

17 de fevereiro de 2012
Enfrentar os preconceitos e dificuldades existentes na sociedade e atrair jovens para participar das Políticas Públicas de Juventude foram algumas das questões abordadas no 1º Seminário de Implementação do Plano Municipal de Juventude, realizado nesta quinta-feira (16) no auditório 2 do Adamastor Centro, em Guarulhos (SP). O evento reuniu lideranças estudantis, entidades sociais, secretarias e coordenadorias da Prefeitura.
foto notícias guarulhos
Foto: Sidney Barros
 
O coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, diz que o Plano Municipal deve seguir os princípios do governo, no qual a construção de iniciativas acontece de forma participativa, ouvindo as prioridades dos jovens que, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Guarulhos são mais de 316 mil cidadãos entre 15 e 29 anos. 
Profissionais do Fundo Social, Igualdade Racial, Segurança Pública, Assistência Social, Saúde e estudantes universitários acompanharam o seminário na perspectiva de integrar os novos olhares e projetos, abordando questões relevantes para serem analisadas e realizadas.
Os Encontros Regionais são abertos para toda sociedade -  As prioridades do Plano Municipal de Juventude serão decididas em encontros regionais que acontecerão de forma itinerante em diversos pontos da cidade. A participação é aberta para toda a sociedade. 

Veja abaixo o local e data dos próximos Encontros Regionais:
  • 27/2 – Região Cabuçu / Recreio São Jorge, às 10 horas, na Escola Estadual Recreio II 
  • 28/2 – Região Taboão / São João / Presidente Dutra, às 10 horas, na Escola Estadual Antonio Grotkovisk
  • 29/2 – Região Picanço / Continental, às 19 horas, local a confirmar
  • 1/3 – Região Pimentas / Bonsucesso / Alvorada, às 19 horas, na Escola Estadual Maria Aparecida Rodrigues
http://antigo.juventude.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2012/02
LEI Nº 7.359 Projeto de Lei nº 4066/2014 de autoria do Poder Executivo. Institui o Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude, e dá outras providências.
link: http://www.guarulhos.sp.gov.br/uploads/pdf/946868602.pdf

LEI Nº 7.359 Projeto de Lei nº 4066/2014 de autoria do Poder Executivo. Institui o Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude, e dá outras providências. 

O Prefeito da Cidade de Guarulhos, no uso da atribuição que lhe confere o inciso VI do artigo 63 da Lei Orgânica Municipal, sanciona e promulga a seguinte lei: 

CAPÍTULO I Do Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude

SEÇÃO I Das Disposições Preliminares 
Art. 1º Esta Lei institui o PLANO MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE destinado aos jovens com idade entre quinze e vinte e nove anos. 
Art. 2º O Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude reger-se-á pelos eixos orientadores e ações programáticas estabelecidos nesta Lei. 

SEÇÃO II Dos Objetivos e Ações Programáticas 
Art. 3º O Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude será executado em conformidade com os seguintes eixos orientadores:

I - Eixo Orientador de Desenvolvimento Integral da Juventude que compreende as seguintes diretrizes: 
a) propor a expansão do acesso à internet com a perspectiva de universalização da banda larga e estimular a criação de coletivos digitais da juventude; 
b) propor, planejar e promover festivais de música e cultura, respeitando a sua diversidade e com vista à cultura de rua, bem como às expressões escritas, manifestações artísticas, liberdade de expressão de forma a contemplar a arte contemporânea e os elementos do hip-hop; 
c) propor e estimular a participação dos skatistas organizados em toda a construção de pistas de skate; d) propor e articular com os governos estadual e federal a ampliação e criação de mais universidades públicas; garantir o direito de acesso à universidade pública com cotas raciais para estudantes oriundos de ensino público e de cursinhos comunitários; mais diversidade de cursos e priorizar a instalação do curso de medicina;

 II - Eixo Orientador do Direito ao Território que compreende as seguintes diretrizes: 
a) desenvolver planos que assegurem o transporte público de qualidade para a população jovem e garantam o acesso ao direito à meia passagem para jovens com até vinte e nove anos de idade que frequentam cursinhos comunitários reconhecidos na condição de educação não formal; 
b) desenvolver no município, propor, articular e negociar junto aos governos estadual e federal a expansão do passe livre no transporte estadual e intermunicipal para todos os estudantes das redes de ensino público e de cursinhos comunitários instalados no município; 
c) propor e expandir a política municipal de mobilidade urbana com a criação de bicicletários gratuitos que se integrem ao transporte público e a ampliação de ciclovias de lazer e de circulação diária, de forma que venham a integrar um plano cicloviário municipal; 

III - Eixo Orientador do Direito à Experimentação e à Qualidade de Vida que compreende a implantação de centros de reabilitação para atender a demanda de usuários de álcool e drogas na cidade, públicos ou em parceria, garantindo atendimento digno e de qualidade aos seus usuários;

IV - Eixo Orientador do Direito à Diversidade e à Vida Segura que compreende as seguintes diretrizes: 
a) garantir a participação de jovens com deficiência nas conferências e nos espaços públicos, levando em consideração cada especificidade e grau de deficiência; 
b) propor nas redes públicas municipal, estadual e particular de ensino instalada no município a aplicação da Lei Federal nº 10.639, de 09/01/2003, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura AfroBrasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio, bem como a inclusão do dia da Consciência Negra no calendário escolar; 
c) propor a formação dos jovens na área de direitos humanos de forma contínua com a participação dos órgãos de segurança pública; d) criar mecanismos de sensibilização e informação para diminuir a rivalidade entre os jovens promovendo a cultura de paz; 

V - Eixo Orientador do Direito à Participação que compreende as seguintes diretrizes: 

a) manter diálogo com a juventude através dos mecanismos democráticos, por meio do Conselho Municipal da Juventude;
b) incentivar a participação popular por meio do Orçamento Participativo, de Audiências Públicas e da Conferência Municipal da Juventude, que garantam o protagonismo da juventude na elaboração das políticas públicas; 
c) descentralizar territorialmente a Conferência Municipal da Juventude para proporcionar maior participação de jovens de diversas regiões da cidade;
d) fortalecer a gestão pública municipal da Coordenadoria da Juventude; 
e) propor a implantação de Centros de Referência da Juventude no Município. 

SEÇÃO III Do Plano de Ações 
Art. 4º Caberá ao Poder Executivo, por meio da Coordenadoria da Juventude e do Conselho Municipal da Juventude, elaborar o Plano de Ações que deverá ser incorporado ao Plano Plurianual do Município, de modo a garantir os propósitos estabelecidos no Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude. 

SEÇÃO IV Dos Projetos Prioritários 

Art. 5º A Coordenadoria da Juventude em conjunto com a Secretaria de Governo Municipal promoverão a coordenação intersetorial do Poder Executivo com os demais órgãos e entidades da administração pública municipal, com a sociedade civil e suas instituições, objetivando o estabelecimento de estratégias comuns de implementação dos eixos deste Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude. 

SEÇÃO V Da Avaliação do Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude 

Art. 6º O Poder Executivo realizará, através da Coordenadoria da Juventude, a avaliação periódica do Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude em articulação com os governos estadual e federal, com as organizações juvenis da sociedade civil e o Conselho Municipal da Juventude, reunidos em plenária municipal específica. Parágrafo único. A primeira avaliação realizar-se-á até o segundo ano de vigência desta Lei. 

Art. 7º A revisão e atualização do Plano Municipal de Políticas Públicas para a Juventude estabelecidas pela Conferência Municipal da Juventude, a partir das suas deliberações, serão publicadas pelo Poder Executivo. 

CAPÍTULO II Das Disposições Finais 

Art. 8º As despesas decorrentes com a execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. Art. 9º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Guarulhos, 22 de dezembro de 2014. SEBASTIÃO ALMEIDA Prefeito

“A esperança dança na corda-bamba, de sombrinha” - EDITORIAL DO JORNAL BRASIL DE FATO

PARA REFLETIR EM TEMPOS DIFÍCEIS
BOA LEITURA

EDITORIAL DO JORNAL BRASIL DE FATO

EDITORIAL
“A esperança dança na corda-bamba, de sombrinha”
Brasil de Fato
  Edição 655
                                                               14.09.2015                                                              

Já está anunciado que, em breve, teremos nos açougues e câmaras refrigeradas dos supermercados, muitas novidades para a temporada primavera-verão: alcatres de químicos, coxões moles de metalúrgicos, cupins de jornalistas, lombos de diagramadores e programadores visuais, miolos de professores, fígados de médicos, corações de enfermeiros, coxão duro de pedreiros, miúdos dos que recebem bolsa família, braços de pequenos camponeses e assalariados rurais, maminhas de servidores públicos, costelinhas de menores trabalhadores, moelas de arquitetos e engenheiros, ossobuco de fotógrafos e cinegrafistas, tutanos de tecelões, filé mignon de carpinteiros e marceneiros, pontas-de-agulha de costureiras e alfaiates, toucinhos de coureiros, línguas de advogados, carne-seca de diaristas, além de bem-casados de periguetes, etc.
Não se tratará, no entanto, de uma volta à antropofagia ritual tupi, nem à feijoada com que Mário de Andrade encerra o seu “Macunaíma” – apesar de abundarem na praça tantos heróis sem nenhum caráter.
É que, simplesmente, já prometeram mais uma vez, que vão “cortar na carne”.
(A essa altura, os “coxinhas” estarão vibrando, cada vez mais cevados e gordinhos).
No Brasil (a antiga Pindorama posterior ao desencontro dos seus povos originais com os europeus do mercantilismo), “cortar na carne” sempre significou congelamento salarial, novas taxas e impostos, demissões em massa de trabalhadores, e um encolhimento cada vez maior dos serviços que o Estado teria por obrigação disponibilizar para a população, sobretudo (ainda que não apenas) para aqueles cidadãos de baixa renda. Para estes últimos, os investimentos até que são grandes e polpudos nas esferas estadual e municipal, para a construção de pontes, viadutos, passarelas e marquises. “Minha Ponte, Minha Vida” é hoje um dos programas habitacionais com maior investimento entre governadores e prefeitos.
                                                                       
Mas, voltemos à esfera federal.
Embora nos oponhamos radicalmente a qualquer tipo de golpe contra as nossas instituições – ou seja, embora defendamos radicalmente o cumprimento do mandato da presidenta Dilma Rousseff –, por uma questão de defesa incondicional do Estado Democrático de Direito, conquistado depois de muitas lutas dos trabalhadores e dos segmentos populares (muitos pagaram com a própria vida), entendemos que, sobretudo depois do “acordão” celebrado com banqueiros, grande capital internacional, Partido dos Trabalhadores e Instituto Lula, há um grande giro (para a direita) do atual Governo. As medidas anunciadas e previstas pelo Planalto, além de agravar a situação da classe trabalhadora e do povo (povo = todos os explorados e oprimidos), retira qualquer ônus das classes dominantes e das elites, criando-lhes novos privilégios, e eximindo-as das responsabilidades por uma crise resultante das suas próprias políticas de ganância.
Ora, há um raciocínio que subjaz às decisões da presidenta Dilma que, no entanto, nos escapa: como, depois de perder importantes fatias das bases de governabilidade no Congresso; depois de ter o Partido dos Trabalhadores rachado em torno do seu mandato, ela aceita acordos que necessariamente a farão perder o apoio dos movimentos e organizações de trabalhadores e do povo? A qual tipo de chantagem estarão sujeitos ela e/ou seu partido para, de repente, entregarem anéis e dedos? Enfim, sobre uma reunião a portas fechadas – e da qual só temos (sofremos) os efeitos – permite que se possa pensar qualquer coisa e especular o que bem entender.
Isto – por si só – é profundamente preocupante, sobretudo se lembramos que a nossa presidenta é uma mulher inteligente, dona de grande cultura e experiência política e, desde sempre, comprometida com os interesses da classe trabalhadora e do povo.
Mais preocupante ainda, quando sabemos que existem vários projetos em curso no Congresso, que atentam contra a nossa soberania, como o do senador tucano José Serra sobre a entrega do Pré-Sal a empresas estadunidenses, implicando a privatização do nosso Monopólio Estatal do Petróleo – a Petrobras, para não falarmos dagrita da direita sobre o BNDES e outras tantas empresas públicas.
A falta de clareza do que está acontecendo de fato – onde se mesclam questões de Estado e questões de Governo – poderá levar alguns setores mais radicalizados das organizações e movimentos de trabalhadores e do povo, bem como partidos e agrupamentos de esquerda, a apostarem na queda da presidenta – engrossando o coro da direita, ultradireita e social-oportunistas. E aí, teremos algo como a queda do muro de Berlim e da União Soviética, derrubados pela direita, sob os aplausos de muitos setores da esquerda. Deu no que deu.
 
Se isto acontecer com a presidenta, estaremos em pleno caos. Legal ou ilegalmente, quem a substituirá? “Estadistas” da envergadura do deputado legalista Eduardo Cunha? O carreirista e Aspirante Aécio Neves? O vice-presidente Michel Temer? O grande intelectual FHC – que hoje é reprovado até em exame de DNA? A senadora Marina Silva – a Nefertite de Igarapé? O probo e ilibado senador Renan Calheiros? Fernandinho Beira-Mar? A Opus Dei, com o seu Geraldo Alckmin? O bravo combatente contra o aborto, senador José Serra?
Enfim, são esses os quadros da política brasileira.
Enfim, este é o quadro da política brasileira.

Seminário da Contee alerta para crescente desnacionalização do ensino

Seminário da Contee alerta para crescente desnacionalização do ensino

Mercantilização avança com recursos do FIES e do Prouni, denunciam professores

Escrito por: Leonardo Wexell Severo • Publicado em: 24/09/2015 - 14:48 • Última modificação: 24/09/2015 - 15:32

Antonio Olmedo, Fátima Silva, Madalena Guasco e Celso Napolitano: mais verbas para a educação pública. Foto: Jordana MercadoAntonio Olmedo, Fátima Silva, Madalena Guasco e Celso Napolitano: mais verbas para a educação pública. Foto: Jordana Mercado“Estamos diante de uma crescente desnacionalização do ensino, uma mercantilização que avança em nosso país com recursos públicos do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) e do Prouni (Programa Universidade para Todos). Nesta disputa entre o público e o privado o problema não está só no financiamento, mas no conteúdo ideológico que passa a ser repassado”, afirmou a professora Fátima Silva, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), no seminário “Os diferentes modos de privatização da educação no mundo e as estratégias globais e locais de enfrentamento”. Iniciado na segunda-feira e encerrado nesta quinta, o evento realizado pela Contee, no Hotel Braston, reuniu especialistas e sindicalistas do ramo.
“O fato é que essas instituições do mercado preferem trabalhar com o FIES e o Prouni, pois há uma transferência automática de recursos, é dinheiro líquido e certo, sem os riscos de uma mensalidade”, destacou Fátima, lembrando que programas pensados para ser transitórios acabaram se cristalizando, passando a sugar importantes parcelas do Orçamento da educação para os cofres privados. “A qualidade do ensino também vem sofrendo com esta opção”, alertou, “uma vez que essas empresas trabalham com a demissão de quadros altamente qualificados, substituídos por professores que ganham 50% menos”.
SETOR ESTRATÉGICO
Prestigiando o Seminário, o professor João Antonio Felicio, presidente da Confederação Sindical Internacional e membro da executiva nacional da CUT, também alertou para os riscos do avanço do capital estrangeiro “em um setor estratégico, que dialoga com a construção de um projeto de país, de nação”. Transferir o ensino universitário a essas grandes corporações transnacionais, sublinhou, “abre espaço para que sejamos submetidos à sua hegemonia econômica e política, deixando o país refém dos seus interesses”.  
João Felicio também alertou para o fim da liberdade de cátedra através da “padronização” imposta pelas instituições mercantis, “sem relação com a nossa concepção cultural, geográfica ou histórica, pois suas necessidades são tão somente a de gestão da empresa, a maximização dos lucros com mão de obra barata, anulando o papel do cidadão”. “Qualquer professor que expresse uma concepção diferente desta ficará muito pouco tempo nestas instituições, será dispensado”, enfatizou.
O professor Celso Napolitano, presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), denunciou que “com o FIES, as grandes corporações trocaram receitas duvidosas por certas, um capitalismo sem risco, com aluno cativo e dinheiro do Tesouro Nacional”. Citando a entrevista do reitor da Universidade Federal do Rio, Roberto Leher, Celso lembrou que com a aquisição da Anhanguera pelo grupo internacional Kroton, o conglomerado passou a contar com 1,2 milhão de estudantes, “passando a ser maior do que todas as universidades federais juntas”.
No dia 22 de abril de 2013, quando Kroton e Anhanguera anunciaram sua “fusão”, criando  uma  nova  companhia,  avaliada em 5,9 bilhões de dólares – a maior do mundo – passaram a contar com  123  campus  de  ensino  presencial,  647  polos  de  ensino  à  distância,  unidades  em  80 cidades  do  país  e  mais  de  dois mil  cursos  de  graduação,  mestrado  e  doutorado,  tendo  obtido receita líquida de 3  bilhões de reais e lucro líquido de 420 milhões de reais.  Naquele momento a fusão englobava cerca de 15% de todos os alunos do ensino superior do país.
No Brasil, apontou Celso Napolitano, cinco fundos de investimento têm 40% das matrículas da educação superior brasileira e apenas três fundos controlam 60% da educação à distância. Também presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), Celso apresentou o estudo “Análise econômico financeira de empresas do setor de Educação” com indicadores e resultados dos grupos (de capital aberto) Kroton-Anhanguera, Estácio, Anima e Ser; e empresas particulares de capital fechado (Mackenzie e Unicsul). Entre outros abusos, foi constado que as companhias Kroton, Anima, Estácio e Ser tiveram, em média, salto de 201% na receita líquida no período, direcionando cada vez menos recursos aos professores.
Contando com a injeção de recursos públicos, em agosto de 2013, o grupo americano proprietário da Anhembi Morumbi adquiriu as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) por R$ 1 bilhão, passando a contar com mais de 200 mil alunos no país.  Em  outubro  do mesmo ano,  o  Grupo  Anima,  formado pelo  Centro  Universitário  de  Belo Horizonte  (UNIBH)  e  a  UNA,  da  capital mineira,  a  Unimonte  de  Santos  e  o  fundo  de Investimento  BR  Educacional,  na  sua  oferta  pública  inicial  de  ações  (IPO)  na  Bolsa  de Valores, captou 468.1 milhões de reais  para expansão de suas atividades.  Em 11 de abril de 2014,  o  mesmo  Grupo  Anima  adquiriu  uma  tradicional  instituição  educacional  da  capital  paulista,  Universidade  São  Judas  Tadeu,  com  25,8  mil  alunos  em  35  cursos,  por  R$320 milhões.
SISTEMA PERVERSO
Para Lucas da Silva Tasquetto, pesquisador de pós-doutorado pela UFRGS e professor do curso de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), nem foi preciso o Brasil ser signatário de acordos de livre comércio para que o capital estrangeiro pintasse e bordasse, tanto na aquisição de empresas quanto na negociação da bolsa de valores. “Temos um sistema lucrativo privado de massa extremamente perverso”, disse Tasquetto, defendendo uma ação governamental mais firme para frear o descontrole.
Na avaliação de Lalo Watanabe Minto, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (Unicamp), sem regras para sua atuação, “o capital está se apropriando do setor educacional de todas as maneiras possíveis, legais e ilegais, éticas e não éticas”. Esta apropriação “pelos interesses políticos, econômicos e ideológicos de grupos tornam o ensino um modelo de negócio rentável”, desprezando sua importância para o interesse individual e coletivo. “Temos que retomar as lutas em defesa da educação pública como único modo de resistir e contrapor-se a essas forças, que são muito poderosas”, defendeu, denunciando a crescente a influência privatista sobre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário). Exemplo disso, citou, são os 10% do PIB para a Educação, alvo de intensa disputa entre o público e o privado.
A professora Madalena Guasco Peixoto, coordenadora-geral da Contee, traçou um histórico da expansão da educação superior brasileira, a partir da mercantilização e financeirização do setor. A concentração mercantil, avalia, ganhou força a partir do ProUni e do Fies.
Para Madalena, além de lutar para que os recursos públicos fiquem integralmente na esfera pública, é fundamental buscar uma regulação mais eficiente para garantir a qualidade do ensino, obrigando as instituições a cumprirem com suas responsabilidades. “Daí a importância em pressionar pela aprovação do Insaes (Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior)”, sublinhou.

Iniciado na segunda-feira e encerrado nesta quinta, o evento realizado pela Contee no Hotel Braston, em São Paulo (SP), contou com a parceria da Internacional de Educação (IE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação).