quinta-feira, 29 de março de 2012

CAOS NOS TRENS...RESPONDA GOVERNADOR, OMISSÃO GERA REVOLTA! RESPOSTA: PAU NOS TRABALHADORES (AS)

A imagem acima não é uma arquibancada popular, é o sistema de metrô e trens do estado de SP...
Qual resposta foi dada para população, nenhuma. O PSDB quer respeito, respeite o povo primeiro!
29/03/2012 - 16h13

Após pane, linha 7-rubi da CPTM tem circulação restabelecida


fonte: FSP


A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) informou na tarde desta quinta-feira que a circulação de trens da linha 7-rubi foi totalmente restabelecida às 15h. Uma panena linha revoltou os usuários da CPTM na manhã de hoje.


A companhia ainda disse que a estação Francisco Morato foi reaberta na tarde de hoje e que as catracas --que foram danificadas de manhã-- ficarão liberadas para os usuários até que sejam consertadas.

A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e balas de borracha para conter o tumulto, e as portas das estações tiveram que ser fechadas. Os usuários ainda atearam fogo à estação e quebraram portas de ação e câmeras de seguranças.

Com a normalização da circulação, a operação Paese --com ônibus gratuitos fazendo a ligação entre as estações fechadas-- foi encerrada.

Segundo a CPTM, um defeito no sistema de alimentação elétricas dos trens causou a pane por volta das 7h na região da estação da Luz. A circulação entre as estações Pirituba e Luz foi paralisada, e os passageiros que estavam nos trens tiveram que descer na via e seguir a pé até as estações, que ficaram superlotadas.

A CPTM disse que o problema poderia ser resolvido em 20 minutos, caso os usuários não descessem para os trilhos. A companhia calcula que cerca de 3.000 pessoas saíram dos trens depois da falha do sistema.


Um novo e revolucionário conceito de tecnologia de informação


Por Millôr Fernandes, 1923-2012

(Como homenagem ao genial Millôr Fernandes, nada melhor do que reproduzir um texto genial dele mesmo)
Um novo e revolucionário conceito de tecnologia de informação



Na deixa da virada do milênio, anuncia-se um revolucionário conceito de tecnologia de informação, chamado de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas – L.I.V.R.O.

L.I.V.R.O. representa um avanço fantástico na tecnologia. Não tem fios, circuitos elétricos, pilhas. Não necessita ser conectado a nada nem ligado. É tão fácil de usar que até uma criança pode operá-lo. Basta abri-lo!

Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de páginas numeradas, feitas de papel reciclável e capazes de conter milhares de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantêm automaticamente em sua seqüência correta.

Através do uso intensivo do recurso TPA – Tecnologia do Papel Opaco – permite-se que os fabricantes usem as duas faces da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os seus custos pela metade!

Especialistas dividem-se quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para se fazer L.I.V.R.O.s com mais informações, basta se usar mais páginas. Isso, porém, os torna mais grossos e mais difíceis de serem transportados, atraindo críticas dos adeptos da portabilidade do sistema.

Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, em seu cérebro. Lembramos que quanto maior e mais complexa a informação a ser transmitida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.

Outra vantagem do sistema é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite o acesso instantâneo à próxima página. O L.I.V.R.O. pode ser rapidamente retomado a qualquer momento, bastando abri-lo. Ele nunca apresenta “ERRO GERAL DE PROTEÇÃO”, nem precisa ser reinicializado, embora se torne inutilizável caso caia no mar, por exemplo.

O comando “browse” permite fazer o acesso a qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda já vem com o equipamento “índice” instalado, o qual indica a localização exata de grupos de dados selecionados.

Um acessório opcional, o marca-páginas, permite que você faça um acesso ao L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na última utilização mesmo que ele esteja fechado. A compatibilidade dos marcadores de página é total, permitindo que funcionem em qualquer modelo ou marca de L.I.V.R.O. sem necessidade de configuração.

Além disso, qualquer L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso seu usuário deseje manter selecionados vários trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com o número de páginas.

Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O. através de anotações em suas margens. Para isso, deve-se utilizar um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicação Simplificada – L.A.P.I.S. Portátil, durável e barato, o L.I.V.R.O. vem sendo apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro. Milhares de programadores desse sistema já disponibilizaram vários títulos e upgrades utilizando a plataforma L.I.V.R.O.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Primeiro Plano Municipal da Juventude é apresentado para os jovens!



Eu conversei longamente com o senador Eduardo Suplicy sobre o nosso Plano Municipal da Juventude que me garantiu que iremos juntos realizar um seminário sobre o seu projeto de Renda Básica de Cidadania e os jovens brasileiros (as).

A juventude tem mais um motivo para comemorar. Na manhã desta quinta-feira (22), no Paço Municipal, o Primeiro Plano Municipal da Juventude da cidade de Guarulhos foi apresentado para Poder Executivo e servirá de subsídio para elaboração de projeto de lei. O evento reuniu representantes de diversas frentes de apoio à juventude, que puderam conhecer as propostas que foram selecionadas para compor o projeto.


Após os Encontros Regionais, realizados em diversos bairros da cidade entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março, foram selecionados itens tidos como relevantes para a juventude para compor o Plano. Mais de 1.300 jovens participaram da iniciativa, discutindo e elegendo as prioridades de maneira democrática e descontraída. Entre os itens selecionados estão a criação da Secretaria Municipal da Juventude e de centros de referência, passe livre no transporte público para estudantes e criação de casas de apoio para jovens dependentes químicos.

Entre os itens selecionados estão a criação da Secretaria Municipal da Juventude e de centros de referência, passe livre no transporte público para estudantes e criação de casas de apoio para jovens dependentes químicos.

O coordenador da Juventude destacou a importância da ação participativa dos jovens. O Plano Municipal da Juventude servirá de diretriz para que o Governo desenvolva projetos e medidas que atendam às necessidades apontadas pelos jovens como prioritárias.

Segundo o coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, o Plano é um grande avanço, pois contou com a ação participativa dos jovens na tomada de decisões e ouvi-los é extremamente importante para o progresso da cidade, afinal, em nosso município são 316 mil cidadãos entre 15 e 29 anos, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



O Plano Municipal da Juventude servirá de diretriz para que o Governo desenvolva projetos e medidas que atendam às necessidades prioritárias apontadas pelos jovens. Para o coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, o Plano é um grande avanço, pois contou com a ação participativa dos jovens na tomada de decisões e ouvi-los é extremamente importante para o progresso da cidade, afinal, no município são 316 mil cidadãos entre 15 e 29 anos, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ciclofaixa é atração dominical da cidade!


18 de março de 2012 - 10:11
Alberto Augusto Ciclofaixa tem sido bastante disputada pelos munícipes: diversão e esporte

Ciclofaixa é atração dominical da cidade
Chico Junior
fonte: Folha Metropolitana

Em quatro meses de atividade, a Ciclofaixa Paulo Faccini é foco de diversão de crianças, adultos e famílias inteiras aos domingos. No último fim de semana, a Folha Metropolitana verificou o percurso de quase 7 km, conversou com usuários e com prestadores de serviços.

Ainda sem números oficiais de circulação, é possível notar que o percurso entre as avenidas Paulo Faccini e Bartolomeu De Carlos (no retorno após a Benjamin Harris Hunnicutt) é tomado de bicicletas. A maioria dos ciclistas é composta de pais com filhos pequenos.

O arquiteto Fausto Reche levava o filho Pedro, de 3 anos. “Vou comprar uma para ele também”, disse Reche. O menino estava preso à cadeirinha e de capacete. O uso dos equipamentos é uma das recomendações da Blitz Amigos do Trânsito em Ação. A iniciativa é uma parceria com a Prefeitura.

São seis coordenadores e 29 orientadores que auxiliam ciclistas, motoristas e pedestres, disse o coordenador Fabio Aparecido da Silva. O orientador Lucas Torres comentou que às vezes as pessoas entendem mal as orientações. O trajeto conta ainda com 22 agentes de segurança. São duas viaturas da Guarda Civil Municipal e seis agentes da Ronda Bike. Apesar disso, a reportagem flagrou skatistas, patinadores e corredores invadirem o percurso.

Serviço - A Ciclofaixa Paulo Faccini opera aos domingos, das 7h às 16h. A Prefeitura de Guarulhos, por intermédio da Escola Pública de Trânsito, oferece aulas gratuitas de bicicleta para todas as idades aos sábados, entre 9h e 10h. A Escola fica no Parque Julio Fracalanza, na Rua Joaquim Miranda, 471, Vila Augusta. A inscrição pode pelos telefones (11) 2425-1743 ou 2414-2050. Neste mês, a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) sorteia dez capacetes por domingo no Bosque Maia. A inscrição é realizada em uma barraca dentro do parque.

Aluguéis de magrelas e ‘familyciclo’

Próximo do portão da Paulo Faccini do Bosque Maia, Valdomiro Manoel da Silva estaciona o caminhão, instala as duas barracas do ‘Aluguel de Bikes’ e alinha cerca de 150 bicicletas. Em média, um terço é alugada. Os custos variam R$ 6 a R$ 25 por hora. As bicicletas com mais lugares são as mais caras.

“Nós queremos uma licitação para um bicicletário. É mais seguro do que ficar carregando as bicicletas todo o domingo”, disse Silva.

Oportunidade para bico – Na Praça Alan Kardec, Clécio Antonio Rodrigues Borges, o Squash, faz pequenos consertos, aproveitando a demanda.

“Ninguém faz esse serviço. Ele é o anjo da guarda da bicicleta”, disse a aposentada Cleyde Fonseca Santovito. Na ocasião, Squash remendava um furo na bicicleta de Cleyde.






Licitação

Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (STT), a Pasta está iniciando processo de licitação que determinará uma empresa para alugar bicicletas. Segundo a assessoria, como o processo está no começo, a Pasta irá divulgar posteriormente mais detalhes sobre exigências eprazos estabelecidos ao vencedor da licitação.

Mesmo com faixa reservada, há queixas

Instalado nas principais vias da cidade, o percurso da ciclofaixa é cercado por grande fluxo de veículos. Para alguns usuários, o convívio oferece risco constante.

“Às vezes, os carros superam a velocidade [permitida]”, disse o bancário Rafael Pereira. Ele passeava junto com a mulher, a estagiária Fabiana Dametto, e os três filhos, Vitor, 10, Melissa, 8, e Rafael, 4.

Para fugir do perigo, a empresária Claudia e o engenheiro Sérgio Lumelino orientam a filha Caroline, 9, a circular próximo ao meio-fio. “Ela pode se desequilibrar e ir para a pista”, disse Claudia. Para Vitor, o problema é outro.

“A minha maior dificuldade é a subida ali na frente”, respondeu ao ouvir a pergunta feita aos pais sobre as principais dificuldades enfrentadas.






Prefeitura pretende ampliar trajeto

O gerente de educação para o trânsito, Luís Auada, afirmou que o município está em busca de patrocinadores para a ciclofaixa. As empresas patrocinadoras serão responsáveis por cuidar da operacionalização.

A gerência desenvolveu ainda um manual para o ciclista e uma logomarca para a ciclofaixa. “A gente aguarda a aprovação da Prefeitura”, disse Auada. Há estudo também para estender o percurso para 12 km.

Para ampliar a divulgação e uso da ciclofaixa, a Prefeitura promove a 2ª Bicicletada da Juventude no dia 1º de abril. A concentração será em frente do portão principal do Bosque Maia, às 9h. As inscrições podem ser feitas aos domingos no bosque ou pelo site da Prefeitura (www.guarulhos.sp.gov.br/portaleventos)

Almeida inaugura o terceiro terminal urbano de Guarulhos. Terminal São João é inaugurado!


19 de março de 2012 - 08:39
Guilherme Kastner Prefeito Almeida inaugura o terceiro terminal urbano de Guarulhos
Terminal São João é inaugurado com show
Laís Domingues

O prefeito Sebastião Almeida e o secretário de Transportes e Trânsito, Atílio Pereira, entregaram neste domingo, 18, o terceiro terminal urbano. O Terminal São João, que está localizado na estrada Guarulhos-Nazaré, próximo da Avenida Marcial Lourenço Seródio, foi inaugurado com diversos shows ao longo de todo o dia. No fim da noite as comemorações foram encerradas com a apresentação do grupo Jamil e Uma Noites.

As operações no novo terminal começam amanhã com a circulação de 17 linhas pelo local, 12 alimentadoras e cinco estruturais. É prevista uma movimentação diária de 40 mil passageiros, com a realização de mais de 70 viagens no horário de pico pela manhã.

Orçado em R$ 7 milhões, o Terminal São João conta com área coberta de 4,2 mil metros quadrados, dividida em duas plataformas que comportam sanitários feminino, masculino e para pessoas com deficiência, fraldário, salas de administração, refeitório e vestiário para funcionários, além de um ponto descentralizado do Bilhete Único.

O secretário salientou que ainda devem ser feitas melhorias no local, com a instalação nos próximos dias de gradio ao longo da extensão do terminal e de lombofaixas, para garantir a circulação segura dos pedestres entre as plataformas.

“A função do terminal é garantir conforto aos usuários e aos operadores, além da acessibilidade universal e a melhor fiscalização e controle das saídas dos ônibus. A viagem começa no ponto de ônibus, e se já não é adequado ali, tudo já inicia mal”, disse.

O prefeito afirmou que a inauguração do terminal é a continuação da modernização do sistema de transportes na cidade. “A interligação entre terminais é essencial para que essa modernidade aconteça. O Terminal São João vai atender a bairros também como o Soberana, o Santos Dummont e o Fortaleza, que são juntos quase uma cidade. E, por isso, é muito maior do que muita rodoviária de cidade grande”, afirmou.

Moradores aprovam equipamento e conseguem empregos

A costureira Sônia Lopes, 48 anos, esteve na inauguração do Terminal São João com as filhas e netas e achou o local ‘muito bom’. Moradora do bairro desde 1970, ela acredita que o equipamento vai mudar a vida da família.

“Ele é grande, é coberto e tem mais espaço para as coisas serem mais organizadinhas. Antes ficava tudo um pouco desorganizado, principalmente para quem tinha de pegar dois ônibus”, disse.

A auxiliar de limpeza Cleonice Santos, 40, é moradora do São João há 26 anos e também estava feliz com a inauguração do novo terminal. “Vai ser mais organizado, com melhoria nas linhas, vai ter cobertura, banheiro, fraldário, e as pessoas com deficiência vão poder usar. Sem contar que vai ter gente para ajudar os idosos. Até consegui um emprego aqui”, afirmou, referindo-se à preferência que a Prefeitura deu na contratação de moradores da região para a operação do terminal.

Novo terminal vai atender 17 linhas

Confira a lista das linhas que vão interligar o bairro com a região nordeste do município, atendendo a região do Jardim Fortaleza, Cidade Soberana, Água Azul, Vila Rica, Marmelo, Lavras, Jardim Santa Paula, Tapera Grande, Cidade Satélite Cumbica, Parque Santos Dumont, Pimentas, Taboão, Vila Galvão e Centro.

433 São João/Vila Galvão (via Anel Viário)
434 São João/Centro (via Cumbica)
450 São João/Vila Galvão (via alameda Yaya)
452 São João/Vila Galvão (via Taboão)
453 São João/Centro (via Tiradentes)
481 São João/Taboão (via Primavera)
482 Parque Santos Dumont/São João
483 Marmelo/São João
484 Vila Rica/São João
485 Fortaleza/São João
486 Cidade Soberana/São João
487 Tapera Grande/São João
489 São João/Cidade Satélite (via Paes de Barros)
490 Jardim Santa Paula/São João
495 Parque Santos Dumont/São João (via UPA)
721 Pimentas/São João
880 Água Azul/São João

Trabalho escravo já rendeu 10 autuações neste ano!


9 de março de 2012 - 09:47

Guilherme Kastner De acordo com a procuradora geral, em São Paulo é basicamente o ramo têxtil que mais incorporam o sistema de mão de obra barata e grande produção

Trabalho escravo já rendeu 10 autuações neste ano
Marcela Fonseca
Fonte: Folha Metropolitana

Desenhadas para arrasar nas araras e vitrines de famosas grifes nacionais e internacionais, muitas peças que desfilam pelas ruas são confeccionadas em porões com o suor do trabalho escravo. Cada vez mais na mira da Justiça, somente entre 1° de janeiro e 12 de março deste ano, dez autuações foram determinadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) 2° Região, que investiga o trabalho escravo na Capital e nas regiões de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco, Santos e São Bernardo do Campo.

De acordo com o MPT, entre 2007 e 2011, foram registradas 169 autuações, das quais 49 apenas em 2011, número que representa aumento de 133% em relação ao total de autuações de 2007, quando foram realizadas 21 investigações.

De acordo com a procuradora geral Valdirene Silva de Assis, em São Paulo é basicamente o ramo têxtil e de confecção que mais incorporam o sistema de mão de obra barata e grande produção.

“É um fenômeno relacionado ao modo de produção de algumas empresas, que se valem desse sistema para garantir a produção de baixo custo. E os números não representam o tamanho do problema que é o trabalho escravo. Temos a estratégia de autuar o titular da cadeira produtiva”, disse a procuradora Valdirene.

Segundo ela, por trás do titular autuado há uma cadeia de produção da qual nem sequer é possível mensurar. “Em uma empresa com 200 fornecedores, cada um desses fornecedores tem suas dezenas de oficinas, sem pessoal, sem maquinário adequado, ou seja, são milhares de pequenas oficinas em condição análoga de trabalho escravo. O volume de trabalhadores lesados é de milhares”, completou.

Clandestinidade é uma das barreiras

Crime previsto pela legislação brasileira é considerado trabalho escravo o cerceamento da liberdade ou coação moral, econômica ou física, com jornadas exaustivas de trabalho e condições insalubres.

Diferente apenas no que diz respeito ao direito do empregado de ir e vir, coisa que não lhe é proibida, no trabalho degradante também são observadas as condições insalubres para o exercício da atividade trabalhista.

“Na concepção moderna, o trabalho degradante é uma espécie de trabalho escravo”, disse Valdirene Silva de Assis, procuradora geral do Ministério Público do Trabalho. “Esses trabalhadores por estarem no Brasil numa situação irregular têm dificuldade de procurar as autoridades para reclamar”, completa.

Aliciados ainda em seus países de origem, a promessa de melhor condição de vida, atrai funcionários para as situações precárias. De acordo com Valdirene, ao desembarcar no Brasil os documentos normalmente são apreendidos e sem eles, os trabalhadores acabam se submetendo ao sistema.

TAC pode resolver o problema

Feitas as denúncias, abre-se espaço para que o procedimento de investigação instaurado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) possa começar. Aos autuados é dada a oportunidade de se ajustar às normas ou uma ação pública pode ser ajuizada.

“Temos um trabalho com a Superintendência Regional do Trabalho, principal parceiro nas denúncias coletadas. Ao mesmo tempo, recebemos denúncias de vizinhos perturbados com o barulho das máquinas que funcionam noite adentro. Esse pode ser um indício, então damos início ao processo de verificação”, afirmou a procuradora geral Valdirene Silva de Assis.

Ainda segundo a procuradora, para cada cadeia produtiva é realizado um procedimento. Mas a todas é dado o direito de manifestação. “Apresentamos a oportunidade de resolver a questão de forma extrajudicial. Estamos falando do TAC (Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta), mas as empresas, via de regra, não têm interesse na ação civil pública, elas acabam reconhecendo as irregularidades. É constituído o acordo imputando a responsabilidade de monitorar a sua cadeia produtiva, impedindo que a forma irregular de trabalho aconteça novamente”, explicou.

Segundo dados do MPT, em 2011, quando 49 autuações foram aplicadas, 22 TACs foram assinados e não houve nenhum registro de ação civil pública ajuizada.

De acordo com Valdirene, esses não são simples processos, e até chegar ao TAC há longo caminho a percorrer. Além do controle do MPT, os autuados estão sujeitos a diferentes tipos de multas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Professores de 24 estados e do Distrito Federal estão em greve pelo piso nacional


Professores de 24 estados e do Distrito Federal estão em greve pelo piso nacional
Segundo a CNTE, adesão em todo o país é forte. Apesar de a paralisação pelo cumprimento da lei do piso seguir até sexta-feira (16), mais estados podem deflagrar greve

Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 14/03/2012, 19:21
Última atualização às 19:26

São Paulo – Com passeatas e assembleias, professores de todo o país iniciaram hoje (14) greve pelo cumprimento da lei do piso nacional do magistério, fixada pelo Ministério da Educação (MEC) em R$ 1.451 em 2012 para jornadas de 40 horas semanais. A mobilização segue até sexta-feira (16). Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), apenas nove estados pagam o valor estabelecido.

A adesão à mobilização é forte, de acordo com a entidade. Somente Espírito Santo e Rio Grande do Norte não aderiram em razão de acordo feito entre sindicatos e governo, mas também endossaram a mobilização nacional com protestos.

No Distrito Federal, Rondônia, Goiás e Piauí, os professores, que já estavam em greve, também participaram da mobilização de hoje. No Acre, a paralisação é parcial, e os educadores devem parar atividades na sexta-feira.

Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE, ressalta que alguns estados podem aproveitar o espírito de mobilização e deflagrar greve por tempo indeterminado. É o caso dos professores da rede estadual de São Paulo. Apesar de já receberem o piso, eles farão assembleia geral na sexta para decidir se entram em greve por conta do descumprimento da jornada do piso.

"Eles podem embalar na mobilização, assim como outros que já entraram em greve. Vários estados farão assembleias para orientar seus professores sobre o que vão fazer nos próximos dias", disse Leão. Os professores pedem também a reestruturação dos planos de carreira e investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Nacional de Educação (PNE), em trâmite no Congresso.

Um dos estados que possui maior adesão é Tocantins, com paralisação em 11 cidades. Balanço com as escolas que tiveram as atividades suspensas será divulgado até sexta-feira.

Ato no DF
Em greve desde segunda-feira (12), os professores do Distrito Federal - onde o governo já paga o piso nacional - protestaram hoje em frente à casa oficial do governador Agnelo Queiroz (PT). Eles pedem o cumprimento de acordo de reajuste de 13,83% selado com o governo em abril do ano passado, e anunciado em outubro. Desde então, o governo alega que não poderá se comprometer com mais gastos com pessoal neste ano, sob risco de atingir o patamar previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro), apesar da LRF, o governo não se intimidou em criar novos gastos.

A adesão da categoria no terceiro dia alcançou 70% em todo o Distrito Federal, segundo a entidade. Em cidades como Brazlândia e Santa Maria, a adesão chega a 80%. Até que seja realizada a próxima assembleia geral, no dia 20, na Praça do Buriti, as regionais do sindicato continuam no trabalho de convencimento.

Professores municipais
Os professores municipais de São Paulo em campanha salarial reuniram-se hoje em frente à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, na região central. A manifestação também apoiou a paralisação nacional da categoria. A pauta de reivindicações apresentada em 2 de março pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeen) prevê a antecipação de duas parcelas de reajuste de 10,19% previstas para serem pagas em 2013 e 2014, além da incorporação das gratificações.

A prática da terceirização nas escolas públicas municipais, que avançou na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), também é criticada pelos professores paulistanos. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, o número de Centros de Educação Infantil (Ceis) indiretos, administrados por Organizações Sociais (OSs) é de 319, ante 313 do município. Outra questão em negociação na campanha salarial é a superlotação das salas de aula, além de melhoria da estrutura das escolas e condições de trabalho. A data-base dos servidores é 1º de maio.

fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/2012/03/professores-de-24-estados-mais-df-estao-em-greve-pelo-piso-do-magisterio

terça-feira, 13 de março de 2012

Folha de São Paulo ou a FARSA DE SP


Adoro o blog do PH, o Conversa Afiada (ou afiadissíma), diz tudo sem ter que falar nada...reproduz os fatos narrados na sua íntegra, o mesmo não faria a grande mídia deste país.

A TV Folha, confesso, por acaso, totalmente por acaso, assisti. Achei que seria mais uma TV de um jornal no site do próprio...como o "estadão" (ou estragão como preferirem)...mas não...foi pior...

Notícias rápidas, mais rápidas que aquela pizza que a gente pede por telefone, apesar da pizzaria ser na esquina...Notícias breves, parecia mais um comercial de VENDA do jornal...tipo "leia nesta semana...", as entrevistas breves indicavam: "compre o jornal, compre o jornal" (semelhança com um gostoso chocolate com esse bordão) quem sabe...

Falando em quem sabe os entrevistados todos os mais graduados: Kassab (prefeito semi morto nas pesquisas) e Naji Nahas (especulador#ladrão), ah esqueci, o Alckimin - claro como poderia esquecer, as vezes esqueço até que ele é imperador (ops, governador)...

Alias sobre (e novamente) com relação ao Pinheirinho em São José dos Campos, faltou na TV Folha o macaquinho, Simão...que diria (ah acho que não), Geraldo depois da desocupação do Pinheirinho, deveria ser governaDOR, entendeu...governando só na porrada, só com DOR (kkkkk, só eu ri né)

Mas é isso, a TV Folha é uma piada, de mal gosto e que ninguém riu...acho até que os jornalistas das matérias devem ter pedido para os filhos, netos, amigos (tem que ser muito amigo), que assistissem...por que de audiência só se fizer a mesma baixaria que está acostumada a publicar...

Blog é assim, como a constituição: direito de opinião. (eles não falam e escrevem o que querem, eu também digo!!! pronto escrevi)

vejam o Conversa Afiada:

Saiu no R7:


Anunciado com alarde, TV Folha é fiasco de ibope

Alardeado como nova opção na TV, o programa da Folha de S.Paulo fica em 6º lugar no Ibope

Do R7

O jornal Folha de S. Paulo estreou, neste domingo (11), entre 20h e 20h30, na Cultura, sua versão no mundo televisivo, o TV Folha – que se autoproclama “uma nova opção para o domingo à noite na TV”.

A Folha de S. Paulo fez anúncio em página dupla no jornal deste domingo ironizando os demais canais de televisão ao afirmar que não existem opções na televisão brasileira e que “o domingo à noite, enfim seria tratado como horário nobre” (veja reprodução da imagem ao fim da matéria).

Na prática, o que foi apresentado nos 30 minutos do programa foram reportagens sem edição, jornalistas se alongando em comentários confusos e se atropelando em uma mesa redonda.

A nova atração ficou em sexto lugar no Ibope, com apenas 1 ponto. No mesmo horário, a Globo registrou 19 pontos; a Record 14; o SBT 6,9; a Band 2,2 e a Rede TV 1,4. Cada ponto no Ibope equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo, praticamente o mesmo público que lê a Folha na cidade de S.Paulo.

Nesta segunda-feira (12), o jornal utilizou seu próprio instituto de pesquisa (Datafolha) para afirmar que o programa “foi amplamente aprovado”. O Datafolha realizou uma sondagem com 60 pessoas durante a exibição da atração. A Folha de S. Paulo não publicou uma linha sobre o índice medido pelo Ibope.

A atração foi produzida pelos jornalistas da empresa e contou com os colunistas do jornal, como Fernando Rodrigues, Barbara Gancia e Vinicius Torres Freire, entre outros.

Nesta primeira edição, mostrou uma reportagem sobre a Cracolândia, uma entrevista com o prefeito Gilberto Kassab, uma matéria com Chico Buarque e outra sobre o caso do goleiro Bruno, acusado como mandante do suposto assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio.

Até este momento, nenhum colunista de TV do jornal ou do portal UOL publicou em seu blog a audiência da atração.
fonte: http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/03/11/tv-folha-e-a-piaui-do-otavinho-deu-1-de-ibope/

domingo, 11 de março de 2012

Folha e Nahas, tudo a ver! Porque tanto destaque?



O jornal Folha (ou Falha) de SP pertencente a um grupo econômico empresarial deu destaque a outro ricaço, Naji Nahas. Justificou, tentou botar caricatura...mas uma coisa é certa JUSTIFICOU a ação da justiça, justiça esta que defendeu o "sagrado direito a propriedade".

Se não bastasse colocou a matéria deste especulador - alguém que ganha dinheiro com a desgraça alheia - um tipo de ladrão moderno, criado pelo capitalismo financeiro, justamente no seu caderno "Mais", voltado para debates contemporâneos, e imaginava com alguma linha de alto debate e não voltado para um "gesto" de especulador de informações (Folha), para um do mercado financeiro (Nahas).

Outra questão: e o olhar, opinião e questões sobre a população que ocupava aquela área, que até então não tinha função social nenhuma. Especulação imobiliária pura!

Juízo de valor moral burguês eu não tenho mesmo, por isso, sou contra a grande propriedade privada, portanto sou contra a especulação e a favor do direito a moradia.

Então, apesar da Folha e companhia entenderem que CENSURA é calar a sua opinião formada pelos seus pagantes e como grupo empresarial, de classe. Eu que acredito na democracia, popular e participativa, digo e escrevo que este fato hoje é completamente injustificável para mim.

Já para Folha (ou Falha, ou Farsa) não. Posição é posição e cada um tem a sua, meus caros e caras leitores e leitoras do blog, alguma coisa está errada na prioridade da mídia...e claro da forma com quem a financia.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Direito à Cidade: a bicicleta como instrumento de mobilidade urbana e melhor qualidade de vida


Por Cristiano Lange dos Santos e Marcelo Sgarbossa#

O Direito à Cidade é fundado em princípios que assegurem a democracia, plasmada pelo poder local e pelo empoderamento social das decisões públicas que melhorem a qualidade de vida, respeitando a sustentabilidade ambiental na busca de benefícios à sua população.

Trata-se de uma demanda relativamente nova, mas que tem trazido enormes discussões sobre as alterações (negativas ou positivas) nos espaços urbanos, que implicam em inúmeros problemas estruturais, decorrentes da expansão e dispersão espacial das cidades.

Nessa perspectiva, uma das pautas emergentes decorrentes dessa expansão urbana desenfreada é o tempo médio gasto com os deslocamentos nos grandes centros. Para melhor entendimento, a mobilidade urbana é conceituada como a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas de um ponto a outro no espaço urbano.
Procura-se aqui, mesmo que rapidamente, enfocar a mobilidade urbana como um elemento fundamental para a realização do direito à cidade: qual é o papel da bicicleta (veículo não-motorizado) na implementação de uma cidade sustentável e com melhor qualidade de vida aos seus habitantes?

O aumento da frota nacional de veículos motorizados sem o planejamento urbanístico necessário, como a ampliação da malha viária na mesma progressão ou o oferecimento de outras alternativas de mobilidade, transformaram as cidades em verdadeiros caos (congestionamentos, trânsito intenso, altos níveis de poluição do ar, poluição sonora, disputa por estacionamentos, altos índices de acidentes que repercutem em problemas de saúde pública). A cidade de Porto Alegre, por exemplo, possui 1 carro para cada 2,7 habitantes. Para se ter uma idéia, enquanto a população aumentou 3,6%, em dez anos, a frota de carros cresceu 20,38% de 2005 a 2010.

Estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA) demonstrou que existem 15 carros para cada 100 habitantes no Brasil e que o uso de transporte público caiu 30% em 10 anos. Apresentou também os seguintes dados que impressionam: i) para cada criança que nasce, 5 novos carros são licenciados em todo o país; ii) o atual modelo de mobilidade do Brasil, nos últimos dez anos, para cada R$ 1,00 investido em transporte público, R$ 12 foram usados em incentivos para compras de carros e motos; iii) a frota de veículos automotores dobrou nos última década, e a tendência é que ela dobre nos próximos 5 anos.

Diante desse quadro preocupante é preciso repensar urgentemente os modelos de mobilidade urbana adotados pelas cidades, principalmente aquelas – é o caso de Porto Alegre – que têm priorizado o uso do transporte individual (veículo motorizado) sobre o individual (não-motorizado) ou mesmo sobre o coletivo (motorizado).

Com base nesse diagnóstico, percebe-se que a bicicleta tem um enorme potencial para melhorar a mobilidade urbana nos centros urbanos. Para se ter uma idéia, segundo pesquisas da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), a bicicleta é responsável por 7,4% dos deslocamentos pendulares nas áreas urbanas, o que é muito pouco, se comparado com países europeus (Holanda 27% e Dinamarca 18%).

A recentíssima Lei 12.587/2012, promulgada na semana passada, instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, orientando aos Administradores e Gestores Públicos para a adoção de inúmeros princípios na criação de políticas públicas e programas locais, dentre os quais: acessibilidade universal; desenvolvimento sustentável das cidades; acesso universal dos cidadãos ao transporte público coletivo; segurança nos deslocamentos das pessoas; justa distribuição dos benefícios e ônus do uso dos diferentes meios e serviços; e acesso igualitário no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros.

O plano define ainda as diretrizes da política de mobilidade urbana a prioridade dos meios não-motorizados sobre os motorizados, e dos serviços de transporte coletivo sobre o transporte individual motorizado; e complementaridade entre os meios de mobilidade urbana e os serviços de transporte urbano.

Se não bastasse, a legislação já mencionada ainda tramita na Câmara dos Deputados — o projeto de Lei 6474/09 que institui o Programa Bicicleta Brasil (PBB) nos municípios com mais de 20 mil habitantes. Entre os objetivos da proposta está i) apoiar Estados e Municípios na instalação de bicicletários públicos e construção de ciclovias e ciclofaixas; ii) promover a integração das bicicletas ao sistema de transporte público coletivo; iii) promover campanhas de divulgação dos benefícios do uso da bicicleta como meio de transporte econômico, saudável e ambientalmente adequado. A proposta – semelhante ao Plano Cicloviário de Porto Alegre – também destina 15% do valor arrecadado com multas de trânsito para financiar o programa, até como uma forma de desestimular a utilização de veículos automotores.

Esse projeto de lei tende a impulsionar o uso da bicicleta como modal no sistema de deslocamentos urbanos. No entanto, apesar haver legislação regulamentadora, poucos são os programas e políticas públicas com esse fim. Aliás, vale lembrar que Carlos Drummond de Andrade, já poetizou que “as leis não bastam. Os lírios não nascem da lei.” (Nosso Tempo).

De fato, leis desacompanhadas de programas normativos são insuficientes para transformar um determinado histórico construído por décadas.

Para mudar o paradigma de mobilidade urbana é preciso assumir essa agenda como prioritária para o desenvolvimento local, demonstrando vontade política para fazer o debate público com a sociedade sobre que cidade se quer, adotando, inclusive, se for estritamente necessário, medidas e ações antipáticas à alguns setores. Tal objetivo deve estar acompanhada de planejamento urbano integrado, a médio e longo prazo, além de políticas públicas permanentes de incentivo para a utilização da bicicleta nas cidades.

Nesse sentido é indispensável que as Administrações Públicas (Municipal, Estadual e Federal) trabalhem, em conjunto e coordenadamente, com os conceitos de transversalidade, sustentabilidade e controle social na implementação de políticas públicas de mobilidade urbana.

Transversalidade significa que o programa deve estar correlacionado com o maior número de estruturas possíveis, ou seja, articulando as diversas políticas públicas existentes sobre a temática. No caso dos Municípios, representaria, por exemplo, que a Secretaria de Educação desenvolvesse o programa nas salas de aulas como os alunos e pais incentivando a utilização da bicicleta nos deslocamentos (casa-escola e escola-casa); que a Secretaria de Obras desenvolvesse ações com o objetivo de construir ciclovias, ciclofaixas e malha viária que permitissem a circulação de bicicletas nas vias públicas; que a Secretaria de Trânsito fiscalizassem as leis de trânsito buscando preservar os ciclistas e motoristas nas vias urbanas; que a Secretaria de Fazenda sobretaxasse os estacionamentos nas zonas centrais, fazendo com que desestimulasse a circulação e o estacionamento de veículos motorizados nessas áreas.

Já a sustentabilidade é justificada porque a emissão de Dióxido de Carbono resultante da queima de combustíveis fósseis emitido pelos veículos motorizados contribui para o aquecimento global. A bicicleta é um veículo não-motorizado com impacto ambiental zero e baixa emissão de ruídos sonoros.

Por sua vez, o Controle Social é o empoderamento popular como legítimo e exclusivo beneficiário das ações públicas estatais. A formulação de políticas públicas, sem a processo participativos-populares tendem a perder força no momento da execução e na avaliação posterior, pelo fato de excluir os interesses coletivos, representados pela insatisfação da comunidade que utiliza as prestações ou serviços.

Percebe-se, dessa forma, que formular políticas públicas participativas que valorizem a bicicleta como veículo não-motorizado é proporcionar a eficiência dos deslocamentos urbanos, assegurando uma cidade sustentável e com melhor qualidade de vida e bem estar à população.

Criar políticas públicas com a participação social que invistam no uso de bicicletas é garantir uma cidade para o futuro.

Cristiano Lange dos Santos é advogado. Especialista e Mestre em Direito, foi Professor de Direito Constitucional na Faculdade de Direito da Anhanguera de Passo Fundo. Atua como Procurador Jurídico do Laboratório de Políticas Públicas e Sociais – LAPPUS.

Marcelo Sgarbossa é advogado. Mestre em Análise de Políticas Públicas pela Universidade de Turim (Itália) e Doutorando em Direito pela UFRGS, professor da ESADE e Diretor-Geral do Laboratório de Políticas Públicas e Sociais – LAPPUS.

#fonte http://sul21.com.br/jornal/2012/01/direito-a-cidade-a-bicicleta-como-instrumento-de-mobilidade-urbana-e-melhor-qualidade-de-vida/