"Medidas duras", assim o sensacionalismo oportunista contamina nosso meio democrático e alimenta as mídias conservadoras. Robocop é um personagem de filmes dos anos de 1990, reeditado agora modelo sec. XXI e se estivesse disponível teria cliente: nosso sinistro da (in) justiça, José Eduardo "Cauteloso".
Dos ministros que Dilma possui do governo que me representa e do partido que eu faço parte, como militante (e não filiado), passei a a não gostar do Sr. José Eduardo por alguns muitos motivos, vamos aos atuais que é a "lei anti terror" e o apoio ao endurecimento contra manifestantes - seja na Copa, Olimpíada, jogo de botão, etc., é injustificável num Estado Democrático de Direito onde há contradições sérias promovidas pelo capitalismo com um brutal modelo de desenvolvimento conservador que superexplora os trabalhadores/as que não haja manifestações.
Claro, já havia me manifestado em outros espaços o quanto é burro a tática de prejudicar os meios dos trabalhadores/as, como queimar ônibus não tem acordo, é no mínimo babaca, anti pedagógico para luta e não soma forças para o dialogo com a população.
Mas abusar da palavra repressão em quase toda manifestação democrática ai já é demais! Se for assim voltaremos para trás do que consideramos direitos conquistados na sociedade democrática.
Um exemplo, para os que elogiam sem usar o cérebro para uma pagina virada da história do Brasil, em 1999 o país enfrentou uma crise econômica dos diabos e para manter o nível da inflação o governo FHC promoveu ações tão duras de manutenção do capitalismo brasileiro para não afetar o sistema ao redor do mundo que deu recursos públicos para salvar banqueiros e fez medidas provisórias que flexibilizavam direitos trabalhistas levando a milhares de trabalhadores a entregar suas carteiras de trabalho na porta de empresas para serem superexplorados na forma da lei.
Agora o sinistro da (in) justiça quer apoiar "medidas duras" nem que precise usar o "viagra repressor" do Estado sobre os manifestantes "anti Copa". Novamente cria um fantoche para justificar (o injustificável) da sua relevante permanência no governo Dilma. Toda vez que faz isso ele caga! Haja papel.
Uma posição histórica que ainda não foi negociada pelo PT foi a redução da idade penal. Esse ponto de honra vem acompanhado pelos investimentos pesados em retardar o drama de milhões de crianças e adolescentes que se não fossem apoiados por programas de transferência de renda como Bolsa Família ou não houvesse uma política de valorização do salário mínimo teriam entrado nas estatísticas e no nosso sistema penitenciário.
Meu medo real. É qual será a próxima bola fora do Sr. sinistro da (in) justiça, que no PT nunca foi um dirigente aplicado no pensamento democrático e de esquerda, sua carreira institucional o levou a pisar no chão acarpetado do poder e por isso pode não ser só sua culpa posições repressoras e anti democráticas Lhe faltou como operador do direito entender que ser ministro da JUSTIÇA é preservar e defender o que mais é importante para sociedade democrática: o seu avanço e não o seu recuo nesses princípios.
A constituição já disciplina as organizações da sociedade que não podem se reunir em armas, esse instrumento está destinado ao Estado, só ele deve ter a autorização para estar em armas e utiliza-la para fins específicos.
Talvez o peso da palavra JUSTIÇA não esteja sendo bem interpretada pelo Sr. sinistro da (in) justiça, e ele confunde nas tramas da lei o que é garantir JUSTIÇA como preceito democrático e JUSTIÇA como pedem os filhinhos estupradores de papa e mama das elites que fazem "justiciamento", nos casos das famílias cuja renda é "incompatível com a violência atual" ou dos linchamentos que pré julgam estar fazendo "justiça".
Nesse caso avisem o ministro que ele não é ministro para cuidar da JUSTIÇA como palavra de ordem, ele é ministro para cuidar da JUSTIÇA como regra dos princípios, direitos e garantias individuais e coletivas, direitos civis (a todos e todas), etc..
Ele, o sinistro da (in) justiça fala grosso contra os manifestantes da Copa, apoia e propõe leis repressivas nas caladas da noite, quer "mostram serviço" para chefa, mas não é capaz de levantar um dedo contra os assassinos de farda que matam jovens negros, as violências contra a população LGBT, contra os índios em suas terras invadidas, contra os trabalhadores rurais mortos na luta pela reforma agrária, enfim, são tantas vitimas que precisariam (e precisam), da JUSTIÇA, que o sr. ministro bem que poderia ajudar!