Preferia não escrever esse artigo. Mas o momento exige atenção: o fascismo bolsonarista esta pautando a sociedade e deixando o governo amedrontado. Quem preferir a estupida e medíocre posição dizendo que a (PL) 1409/202, lei pró estuprador é um risco menor e que o governo Lula tem "problemas" maiores recomendo que se é filiado, se desfilie do PT.
O PT se orgulha de ser o primeiro partido a criar uma secretaria de mulheres, mas parece que não compreendeu nada no processo de impeachment de Dilma e os ataques aos direitos de mulheres durante os governos Temer e Bolsonaro, e agora com a omissão da liderança do governo Lula. (https://www.ocafezinho.com/2024/06/13/a-irritacao-com-lider-do-governo-que-nao-conta-votos/)
Sabemos de onde vem a imposição pela aprovação dessa PL pró estupradores. Vem da bancada fascista bolsonarista que tendo atendido parte de sua pauta econômica pelo próprio governo do Lula, vamos lembrar que arcabouço fiscal foi uma grande articulação que contou com apoio de setores do bolsonarismo, e agora a proposta de reduzir as despesas obrigatórias com saúde e educação questão sendo discutidas pelo ministro Haddad foi antes uma proposta do sr. Guedes-Bolsonaro, que não passou.
Ou seja, ganhamos as eleições, porém não estamos atuando nas questões que são fundamentais para fortalecer as lutas do povo brasileiro. Lira governa mais que Lula contra o governo Lula.
Um bombardeio do projeto moralizante e ultraconservador ataca não o governo, mas suas bases sociais de um lado e Lira faz recuar o governo de outro. Sinais de desestabilização? Sim, não há duvidas.
O fascismo bolsonarista quer minar as bases sociais e ataca mulheres, população LGBTQIA+, negros e negras, trabalhadores e até as praias entraram na lista de enfrentamento contra o povo brasileiro. Caminhamos para um Estado liberal na economia e controlador dos corpos e vidas da maioria, o risco de um Estado teocrático conservador é presente.
No campo de luta entre capital e trabalho, nós trabalhadores perdemos de longe nesse terceiro mandato de Lula, pois, nada da reforma previdenciária e trabalhista foi revogado, a única pauta interessante que é a questão que retirar a desoneração da folha de pagamento, que não criou um emprego novo para classe trabalhadora e apenas manteve as margens de lucro dos empresários, nem essa vingou, está no impasse a favor do capital.
Agora estamos caminhando para um ponto que é o limite!
Se governo e partido são diferentes, palavras do presidente Lula, para quem governar é fazer alianças e partido, no caso o PT é parte dessa aliança, e onde o presidente mesmo afirma que mesmo sendo do PT, governa para todos. Então temos uma dura escolha a fazer: avançar ou recuar como partido.
Gleisi como presidenta do partido na questão da redução das despesas na saúde e na educação se posicionou contra e fez certo, mostrou posição, que é histórica na defesa da manutenção dos recursos desses direitos sociais. E as bases? Estarão os filiados e filiadas unidos e com compreensão suficiente de que não se trata afrontar o governo Lula, mas defender direitos fundamentais? O lulismo é um cancêr que cerca toda posição necessária do partido, depõe até contra o próprio Lula.
Lula podia ter dado uma bola dentro no caso das greves dos servidores públicos federais da educação e ter dado recado que precisou ser dito no Primeiro de Maio: de que durante o seu governo, ou os trabalhadores se organizam e vão pra cima e assim podem avançar ou nada virá. Porém, essa não foi a fala, preferiu dar um "pito" nos trabalhadores em greve, a ter que admitir que o PAC universidades só foi possível pela luta necessária dos servidores públicos federais da educação.
Até as 21h45 desse dia 13 de junho de 2024 o site oficial do PT está calado sobre a aprovação recorde (23 segundos) da PL dos estupradores, apenas a Secretaria de Mulheres se posicionou: