Blog do Wagner Hosokawa. Para quem curte novas idéias para política, a sociedade e a vida!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Eu tenho orgulho meu voto: Votei, votarei e voto pelo DESARMAMENTO. Um mundo de paz começa sem a necessidade de arma alguma. Nem para polícia, o bandido, o idiota da classe média na esquina, o segurança do rico...
EU TENHO ORGULHO DE NÃO FAZER PARTE DO SANGUE DERRAMADO NA ÚLTIMA CHACINA NA ESCOLA NOS ESTADOS UNIDOS.
Sinto a dor das famílias, mas eu não tenho a menor responsabilidade nisso. Nenhum. Não aceito de nenhum babaca mediano que diz que "todos temos que ter consciência", eu e muitos e muitas, brasileiros e brasileiras demos uma resposta para paz: SIM AO DESARMAMENTO.
Para quem votou a serviço da indústria das armas, digo uma coisa:
OTÁRIO, LIBERDADE É NÃO HAVER ARMAS PARA QUE NINGUÉM SE MACHUQUE OU MORRA...
É verdade morrem muitas pessoas por arma de fogo no Brasil, mais do que nos EUA.
Mas já parou para pensar que a VIOLÊNCIA no Brasil tem raízes na desigualdade e não na cultura do desarmamento?
Ou melhor, que mesmo quem tem autorização para andar armado (digo principalmente as polícias), há uma pressão tão grande que se utiliza de forma irresponsável esse "direito"...quantos casos de policiais fora de serviço não souberam utilizar a arma de fogo em momentos de brigas banais de trânsito....
LIBERDADE NÃO É ANDAR ARMADO.
LIBERDADE É PODER DECIDIR JUNTOS AONDE SERÁ INVESTIDO NOSSAS RIQUEZAS...DE PODER APLICAR O DIREITO AO LAZER, SALÁRIO DIGNO...ENFIM AQUILO QUE PRECISA SAIR DO PAPEL (DE NOSSA CONSTITUIÇÃO.
CADA UM QUE FIQUE COM A SUA OPINIÃO...A MINHA É ESTA!
LEAIM AS MATÉRIAS NA IMPRENSA:
Xiiii, até a globo amiga das indústria da morte teve que dar cartaz ao debate do desarmamento nos EUA.
Edição do dia 17/12/2012
18/12/2012 00h42 - Atualizado em 18/12/2012 00h42
Mortos de chacina em escola dos EUA começam a ser enterrados
Tragédia terminou com 28 mortos.
Direito de possuir armas é garantido pela constituição americana.
Elaine BastNova York, EUA
Cresceu nos Estados Unidos o número de pessoas que acreditam que massacres como o da escola de Connecticut são reflexos de problemas maiores da sociedade, e não só do uso de armas. A tragédia terminou com 28 mortos.
A tarefa mais difícil para quem perdeu um filho: dizer adeus. Os pequenos Noah e Jack foram enterrados nesta segunda-feira (17), os primeiros em uma semana que ficará marcada por homenagens e funerais.
Ao contrário do que se imaginava, o atirador não tinha nenhuma relação com a escola primária que escolheu para o massacre. A polícia procura pistas no computador encontrado na casa dele e vai ouvir mais testemunhas para tentar esclarecer o motivo do ataque.
O presidente Barack Obama prometeu usar seu poder para engajar a sociedade em uma discussão sobre como evitar este tipo de tragédia. Foi a deixa para voltar o debate sobre o controle da venda de armas.
O direito de possuir armas é garantido pela constituição americana, mas a brutalidade do ataque fez crescer o apoio a uma regulação mais rígida, como mostra uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira. São 54% a favor de mais controle, a maior taxa em cinco anos. Já 43% são contra qualquer tipo de restrição.
O que mais surpreendeu na pesquisa é que a maioria da população agora acha que tragédias como a de Newtown não são casos isolados, mas um reflexo de problemas maiores da sociedade americana. Manifestantes fizeram um protesto em frente à sede da associação que representa a indústria de armas.
Um homem argumenta que quem mata não são as armas, e sim as pessoas. Temendo mudanças na lei, muita gente correu para as lojas de armas. “As vendas de armas no fim de semana foram recorde”, diz o vendedor.
Em meio à polêmica, a gafe de um jornal da Carolina do Sul chamou a atenção. A propaganda da loja de armas foi publicada ao lado da reportagem sobre o massacre. O jornal pediu desculpas pelo que chamou de "um erro terrível".
O prefeito de Nova York, um dos políticos mais engajados nessa discussão, voltou a defender a restrição ao comércio de armas. "O Congresso precisa banir urgentemente o uso dessas armas com grande poder de ataque”, afirmou Michael Bloomberg.
Edição do dia 18/12/2012
18/12/2012 09h23 - Atualizado em 18/12/2012 09h23
Aumenta número de americanos a favor do controle de armas
A brutalidade do massacre na cidade de Newtown trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de regras mais rígidas para a comercialização de armas no país.
Elaine BastNova York, EUA
Nos Estados Unidos, a cidade de Newtown começa a se despedir das vítimas do massacre na escola de Sandy Hook. Uma pesquisa mostra que aumentou o número de americanos a favor do controle de armas, depois da tragédia em Connecticut.
Como consolar alguém que perdeu um filho? Lágrimas, abraços. Difícil se conformar quando a vida acaba tão cedo. Nesta segunda-feira aconteceram os primeiros funerais das vítimas do atirador.
Na memória, ficará sempre o sorriso meigo do pequeno Noah, de seis anos, descrito como a luz da família. “É inimaginável, horrível”, disse uma mulher que compareceu ao enterro.
Na segunda-feira (17), o chefe de polícia de Connecticut disse que, ao contrário do que se pensava, Adam Lanza não tinha nenhuma relação com a Escola Primária Sandy Hook. “Estamos tentando usar toda a nossa experiência e tecnologia para tentar entender porque e como isso aconteceu”, afirmou.
Questões que podem levar meses para serem respondidas, segundo a polícia. Aos poucos vão surgindo novos detalhes da família do atirador. A mãe dele havia comprado as armas para se defender, contou a cunhada de Nancy Lanza. Ironicamente, foi a primeira vítima delas.
De acordo com amigos, foi Nancy quem ensinou os filhos a usar as armas. E Adam, segundo eles, era cuidadoso ao usar o armamento. Era vegetariano porque se opunha à morte de animais.
A brutalidade do massacre trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de regras mais rígidas para a comercialização de armas no país. Nos Estados Unidos, o direito de possuir armas é garantido pela Constituição.
De acordo com uma pesquisa divulgada, 54% dos americanos são a favor de um maior controle da venda de armas - o maior apoio em cinco anos. Mas 43% da população são contra qualquer tipo de restrição.
O que mais surpreendeu nessa pesquisa é que maioria das pessoas agora acredita que tragédias como a que aconteceu na escola primária de Newtown não podem ser vistas como casos isolados. Para elas, esses massacres são reflexo de problemas maiores da sociedade americana.
Vários manifestantes fizeram um protesto em frente à sede da associação que representa a indústria de armas. E gritavam: “Vergonha”.
Em meio à discussão, a gafe de um jornal da Carolina do Sul provocou polêmica nesta segunda-feira. A propaganda da loja de armas foi publicada ao lado da reportagem sobre o massacre. O jornal pediu desculpas pelo que chamou de “um erro terrível”.
O prefeito de Nova York, um dos políticos mais engajados nessa discussão, voltou a defender a restrição ao comércio de armas. “O Congresso precisa banir urgentemente o uso dessas armas com grande poder de ataque”, afirmou.
Ser de esquerda é ter posição. É hora de mudar critério de escolha da corte e fazer da defesa da constituição.
Nunca apoiei Zé Dirceu, sempre militei (e sou militante), da esquerda socialista do PT. Em todas as eleições internas tive posição e participei ativamente das chapas "Socialismo ou barbárie", "A esperança é vermelha"..., enfim, eu sei porque combati não Zé Dirceu, mas a prática política que levaria o PT a fazer alianças inclusive com o maior algoz do partido, "Bob Jerferson" (dono do PTB, da tropa de choque do governo Collor, Fhc...)
Mas outra coisa é "vibrar" feito uma hiena idiota sem um pensamento critico sério sobre o que são os fatos e as decisões sobre o julgamento da Ação Penal 470, que discute o processo do "mensalão".
Muito bem vamos aos fatos:
As decisões são pressionadas pela mídia comercial e mercantil. Porque é o PT, é PT isso e aquilo. MUITO BEM, FHC COMPROU VOTOS NA APROVAÇÃO DA REELEIÇÃO....SILÊNCIO....SERGIO MOTTA (MINISTRO DAS TELECOMUNICAÇÕES) PROMOVEU A PRIVATIZAÇÃO MAIS FRAUDULENTA DA HISTÓRIA DO PAÍS ONDE MUITOS SÓCIOS HOJE SÃO TUCANOS AMIGOS NAS EMPRESAS...SILÊNCIO...EM SÃO PAULO TUCANOS TEM SOCIEDADE EM EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO DO GOVERNO ESTADUAL...SILÊNCIO DOS MORTOS TOTAL NA IMPRENSA...E O MENSALÃO MINEIRO...(E DO DEM/PFL TAMBÉM)...SILÊNCIO....
Livro "Privataria tucana"...silêncio sobre os picos de venda deste que revela quem é o beneficiário do NOSSO DINHEIRO PÚBLICO no processo das privatizações...Serra, Alckimin...e na midia....SILÊNCIO...
E O MAIS ENGRAÇADO: QUEM INDICOU A MAIORIA DOS ATUAIS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL? LULA E DILMA (PARA VOCÊ ANTI PETISTA, BURRO E IDIOTA), SÓ UM PARTIDO COM POSTURA DEMOCRÁTICA INDICA QUEM HOJE CONDENA MEMBROS DO PRÓPRIO PARTIDO...QUE COISA NÃO!
LEIAM...O ARTIGO É BOM PARA REFLETIR...É O QUE MAIS FALTA NESTA ATUAL CONJUNTURA!
MARCELO COELHO ccoelhofsp@uol.com.br
Teorias, fatos, indícios
O ponto polêmico recai sobre a qualidade das provas usadas para incriminar José Dirceu
Corre na internet, em especial nos meios favoráveis a José Dirceu, a tese de que ele foi condenado sem provas, com base unicamente na teoria do domínio do fato, desenvolvida pelo jurista alemão Claus Roxin.
Em entrevista à Folha, Roxin disse uma obviedade: a de que ninguém pode ser condenado sem provas. A frase, que terminou indo para o título da reportagem, não se referia, é claro, ao julgamento do mensalão -caso de que Roxin não tinha o menor conhecimento. Mas serviu para fortalecer a ideia de que o Supremo Tribunal Federal, aplicando erradamente a teoria, condenou José Dirceu com base em meras suposições.
Nenhuma teoria é capaz de condenar ninguém. Pelo menos desde que se abandonou a concepção medieval da "responsabilidade objetiva". A saber, a ideia de que alguém deva ser punido não pelo que fez, mas sim pelo que é. Nesse gênero de retaliação, qualquer judeu poderia pagar pelos supostos "crimes dos judeus", apenas pelo fato de ser judeu.
A teoria do domínio do fato não se confunde com a tese da responsabilidade objetiva: isso foi dito e repetido nas sessões de julgamento do mensalão.
Na névoa que se criou em torno do assunto, o fato de Claus Roxin ser alemão contribuiu até mesmo para que se jogassem suspeitas sobre a legitimidade de sua teoria.
No caso de José Dirceu, vale lembrar que as alegações finais do Ministério Público, pedindo sua condenação, nem sequer citaram a teoria do domínio do fato. Considerou-se haver provas suficientes de que era o mandante do esquema, nada mais do que isso.
O problema é que os ministros do Supremo gostam de embelezar seus votos com citações a doutrinas que, por vezes, apenas reiteram o senso comum.
Luiz Fux e Celso de Mello, nos seus votos sobre José Dirceu, estenderam-se bastante sobre o pensamento de Claus Roxin; Ricardo Lewandowski, inocentando o ex-chefe da Casa Civil, manifestou sobretudo sua preocupação de que a teoria do domínio do fato venha a ser aplicada indiscriminadamente, nas instâncias inferiores, a partir do prestígio que estava ganhando no STF.
Suponha-se, disse Lewandowski, que aconteça um vazamento de petróleo num terminal da Petrobras. O risco é que, com base na teoria do domínio do fato, terminem condenando o presidente da empresa por causa disso.
Não faz sentido, respondeu Luiz Fux. Seria preciso provar que o presidente desejou, ordenou, o tal vazamento; que tinha poder de interrompê-lo, mas não quis que isso acontecesse.
É o bom senso.
O maior problema teórico na condenação de José Dirceu, se é que podemos chamar de teórico, não está na questão do domínio do fato; a teoria nem precisaria ser invocada, ressaltou o ministro Ayres Britto, e sua condenação viria do mesmo jeito. Nem o STF inova, insistiu Celso de Mello, nesse ponto. A teoria vem sendo aplicada no Brasil há décadas, disse ele em seu voto.
O ponto polêmico, na verdade, recai sobre a qualidade das provas utilizadas para incriminar José Dirceu. Não houve nenhum e-mail, nenhuma transcrição de conversa telefônica, nenhuma filmagem, provando claramente que ele deu ordens a Delúbio Soares para corromper parlamentares.
Houve declarações de testemunhas, segundo as quais os envolvidos diretos no esquema sempre telefonavam a José Dirceu para "bater o martelo".
Houve a circunstância de que Marcos Valério se encontrou com Delúbio Soares, José Dirceu e o presidente de um banco português, na Casa Civil. O encontro seria para tratar de investimentos turísticos na Bahia, alegou-se. Investimentos turísticos? Com Marcos Valério e Delúbio? Difícil de acreditar.
Houve a circunstância de que a ex-mulher de José Dirceu obteve, por intermédio de Marcos Valério, facilidades na compra de seu apartamento. Isso coroou o conjunto probatório contra José Dirceu, disse Luiz Fux. Não teve maior importância, avaliou por outro lado a ministra Cármen Lúcia.
Cada ministro expôs suas convicções. Para a minoria, os fatos não comprovavam de forma indubitável a culpa de José Dirceu. Para a maioria, duvidoso seria achar que Delúbio Soares sozinho tivesse organizado tudo, que a negociação da emenda sobre a reforma da Previdência tivesse sido conduzida apenas pelo ministro específico da pasta, que José Dirceu teve encontros com a presidente do Banco Rural, Kátia Rabello (intermediados por Marcos Valério) e não conversou sobre empréstimos ao PT.
Quando alguns juristas reprovam a condenação por "sinais e presunções", disse a ministra Rosa Weber, há de se entender que devem ser descartados os "sinais e presunções" que deixam lugar à dúvida. Mas quando as circunstâncias estão intimamente ligadas com o crime, chegando a formar convencimentos, a ressalva não se coloca; os indícios, as inferências, têm a claridade da luz.
Não para todos, evidentemente.
Mas outra coisa é "vibrar" feito uma hiena idiota sem um pensamento critico sério sobre o que são os fatos e as decisões sobre o julgamento da Ação Penal 470, que discute o processo do "mensalão".
Muito bem vamos aos fatos:
As decisões são pressionadas pela mídia comercial e mercantil. Porque é o PT, é PT isso e aquilo. MUITO BEM, FHC COMPROU VOTOS NA APROVAÇÃO DA REELEIÇÃO....SILÊNCIO....SERGIO MOTTA (MINISTRO DAS TELECOMUNICAÇÕES) PROMOVEU A PRIVATIZAÇÃO MAIS FRAUDULENTA DA HISTÓRIA DO PAÍS ONDE MUITOS SÓCIOS HOJE SÃO TUCANOS AMIGOS NAS EMPRESAS...SILÊNCIO...EM SÃO PAULO TUCANOS TEM SOCIEDADE EM EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO DO GOVERNO ESTADUAL...SILÊNCIO DOS MORTOS TOTAL NA IMPRENSA...E O MENSALÃO MINEIRO...(E DO DEM/PFL TAMBÉM)...SILÊNCIO....
Livro "Privataria tucana"...silêncio sobre os picos de venda deste que revela quem é o beneficiário do NOSSO DINHEIRO PÚBLICO no processo das privatizações...Serra, Alckimin...e na midia....SILÊNCIO...
E O MAIS ENGRAÇADO: QUEM INDICOU A MAIORIA DOS ATUAIS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL? LULA E DILMA (PARA VOCÊ ANTI PETISTA, BURRO E IDIOTA), SÓ UM PARTIDO COM POSTURA DEMOCRÁTICA INDICA QUEM HOJE CONDENA MEMBROS DO PRÓPRIO PARTIDO...QUE COISA NÃO!
LEIAM...O ARTIGO É BOM PARA REFLETIR...É O QUE MAIS FALTA NESTA ATUAL CONJUNTURA!
QUESTÕES DE ORDEM (publicado em 9 DE DEZEMBRO DE 2012, na fsp)
MARCELO COELHO ccoelhofsp@uol.com.br
Teorias, fatos, indícios
O ponto polêmico recai sobre a qualidade das provas usadas para incriminar José Dirceu
Corre na internet, em especial nos meios favoráveis a José Dirceu, a tese de que ele foi condenado sem provas, com base unicamente na teoria do domínio do fato, desenvolvida pelo jurista alemão Claus Roxin.
Em entrevista à Folha, Roxin disse uma obviedade: a de que ninguém pode ser condenado sem provas. A frase, que terminou indo para o título da reportagem, não se referia, é claro, ao julgamento do mensalão -caso de que Roxin não tinha o menor conhecimento. Mas serviu para fortalecer a ideia de que o Supremo Tribunal Federal, aplicando erradamente a teoria, condenou José Dirceu com base em meras suposições.
Nenhuma teoria é capaz de condenar ninguém. Pelo menos desde que se abandonou a concepção medieval da "responsabilidade objetiva". A saber, a ideia de que alguém deva ser punido não pelo que fez, mas sim pelo que é. Nesse gênero de retaliação, qualquer judeu poderia pagar pelos supostos "crimes dos judeus", apenas pelo fato de ser judeu.
A teoria do domínio do fato não se confunde com a tese da responsabilidade objetiva: isso foi dito e repetido nas sessões de julgamento do mensalão.
Na névoa que se criou em torno do assunto, o fato de Claus Roxin ser alemão contribuiu até mesmo para que se jogassem suspeitas sobre a legitimidade de sua teoria.
No caso de José Dirceu, vale lembrar que as alegações finais do Ministério Público, pedindo sua condenação, nem sequer citaram a teoria do domínio do fato. Considerou-se haver provas suficientes de que era o mandante do esquema, nada mais do que isso.
O problema é que os ministros do Supremo gostam de embelezar seus votos com citações a doutrinas que, por vezes, apenas reiteram o senso comum.
Luiz Fux e Celso de Mello, nos seus votos sobre José Dirceu, estenderam-se bastante sobre o pensamento de Claus Roxin; Ricardo Lewandowski, inocentando o ex-chefe da Casa Civil, manifestou sobretudo sua preocupação de que a teoria do domínio do fato venha a ser aplicada indiscriminadamente, nas instâncias inferiores, a partir do prestígio que estava ganhando no STF.
Suponha-se, disse Lewandowski, que aconteça um vazamento de petróleo num terminal da Petrobras. O risco é que, com base na teoria do domínio do fato, terminem condenando o presidente da empresa por causa disso.
Não faz sentido, respondeu Luiz Fux. Seria preciso provar que o presidente desejou, ordenou, o tal vazamento; que tinha poder de interrompê-lo, mas não quis que isso acontecesse.
É o bom senso.
O maior problema teórico na condenação de José Dirceu, se é que podemos chamar de teórico, não está na questão do domínio do fato; a teoria nem precisaria ser invocada, ressaltou o ministro Ayres Britto, e sua condenação viria do mesmo jeito. Nem o STF inova, insistiu Celso de Mello, nesse ponto. A teoria vem sendo aplicada no Brasil há décadas, disse ele em seu voto.
O ponto polêmico, na verdade, recai sobre a qualidade das provas utilizadas para incriminar José Dirceu. Não houve nenhum e-mail, nenhuma transcrição de conversa telefônica, nenhuma filmagem, provando claramente que ele deu ordens a Delúbio Soares para corromper parlamentares.
Houve declarações de testemunhas, segundo as quais os envolvidos diretos no esquema sempre telefonavam a José Dirceu para "bater o martelo".
Houve a circunstância de que Marcos Valério se encontrou com Delúbio Soares, José Dirceu e o presidente de um banco português, na Casa Civil. O encontro seria para tratar de investimentos turísticos na Bahia, alegou-se. Investimentos turísticos? Com Marcos Valério e Delúbio? Difícil de acreditar.
Houve a circunstância de que a ex-mulher de José Dirceu obteve, por intermédio de Marcos Valério, facilidades na compra de seu apartamento. Isso coroou o conjunto probatório contra José Dirceu, disse Luiz Fux. Não teve maior importância, avaliou por outro lado a ministra Cármen Lúcia.
Cada ministro expôs suas convicções. Para a minoria, os fatos não comprovavam de forma indubitável a culpa de José Dirceu. Para a maioria, duvidoso seria achar que Delúbio Soares sozinho tivesse organizado tudo, que a negociação da emenda sobre a reforma da Previdência tivesse sido conduzida apenas pelo ministro específico da pasta, que José Dirceu teve encontros com a presidente do Banco Rural, Kátia Rabello (intermediados por Marcos Valério) e não conversou sobre empréstimos ao PT.
Quando alguns juristas reprovam a condenação por "sinais e presunções", disse a ministra Rosa Weber, há de se entender que devem ser descartados os "sinais e presunções" que deixam lugar à dúvida. Mas quando as circunstâncias estão intimamente ligadas com o crime, chegando a formar convencimentos, a ressalva não se coloca; os indícios, as inferências, têm a claridade da luz.
Não para todos, evidentemente.
Royalties: o que está no solo pertence a quem? Para mim pertence aos brasileiros e brasileiras!
Reproduzo a opinião do colunista Janio de Freitas sobre a polêmica do pré-sal, o melhor exemplo da hipocrisia do Brasil "solidário", na verdade em matéria de riquezas nacionais, somos um país solitário (cada um por si)...
Lembro inclusive que a luta pela reestatização da Vale do Rio Doce, entregue aos interesses privados pelo governo corrupto e anti-patria de FHC ainda está sobre o olhar atento do ministério público federal e da produradoria federal...
Royalties? Para o povo, para educação, para saúde...e não para políticos corruptos e sangue sugas como o governador do RJ, Sergio Cabral...
Lembro inclusive que a luta pela reestatização da Vale do Rio Doce, entregue aos interesses privados pelo governo corrupto e anti-patria de FHC ainda está sobre o olhar atento do ministério público federal e da produradoria federal...
Royalties? Para o povo, para educação, para saúde...e não para políticos corruptos e sangue sugas como o governador do RJ, Sergio Cabral...
02/12/2012 - 03h00
Arrastão político (publicado na fsp)
A pretendida eliminação dos contratos vigentes para a exploração do petróleo, e respectivos royalties, é uma nova modalidade de ação política por parlamentares, governadores e partidos, inspirada pela mentalidade que se dissemina no Brasil atual.
Agrupar-se em maioria para tomar bens e direitos de minoria surpreendida e indefesa é --na política, na praia, na rua-- arrastão. O lugar, a ocasião e o que é tomado (ou pretendem tomar) não faz diferença. Não mais do que a diferença entre o genérico e o remédio de marca, ou seja, o reduzido às suas condições verdadeiras e o protegido pelo facilitário das leis privilegiantes.
Foi fundamental para a sustentação do governo Lula, nos seus primórdios, a garantia de respeito integral a todos os contratos deixados pelo antecessor. A submissão aos contratos foi repetida ao longo do governo como uma ladainha. E transferiu-se como parte do mandato a Dilma Rousseff, passando, nesta etapa, a ser visto também como princípio pessoal da presidente.
Na praia e nas vias públicas, a horda atira-se ao arrastão sem meio de defesa das desavisadas vítimas, que se supõem protegidas pelo direito legal de estar onde estão. Da praia ao mar: o que dois ou três Estados produtores e retribuídos pelos royalties, com tal direito supostamente assegurado pela legislação, podem fazer em defesa desse direito se mais 23 ou 24 Estados agrupam-se para tomar-lhe a retribuição?
Não faz diferença se a arma para tanto é o voto na Câmara e no Senado e, na praia e na via pública, é outra. O voto parlamentar, por si só, não confere moralidade nem legitimidade. Durante 21 anos --para não discutir possíveis exemplos menos distantes--, os votos de Câmara e Senado consagraram indignidades por motivos, eles mesmos, os mais sórdidos.
Compete à União transferir em verbas ou serviços, aos Estados não produtores, a sua quota de recebimento pela exploração de bens nacionais.
O fato sem precedente, em tempo algum, de negar-se a um Estado o domínio do patrimônio natural de seu território, para transferir os benefícios a outros, nega a própria federação que define a ordem institucional do país. Até no nome República Federativa do Brasil.
Os arrastões pré-políticos levam os bens e o direito da pessoa. O arrastão político leva também a Constituição.
SUPREMA
Os ministros do Supremo não se entenderam muito bem em torno de confissão e colaboração. Deu no mesmo: queriam conceder a Roberto Jefferson o benefício da delação premiada e o concederam. Nem um dia de cárcere.
Decisão interessante para os conceitos de Justiça. A acusação inaugural de Jefferson era, de fato, uma forma de cobrança dos milhões que queria receber do PT. Não os recebeu mesmo, e na CPI fez, em represália, as acusações que silenciara. Daí não admitir, com certa razão, que seja delator. Interpretação muito original, portanto, a de que fez por merecer o prêmio.
Janio de Freitas
Arrastão político (publicado na fsp)
A pretendida eliminação dos contratos vigentes para a exploração do petróleo, e respectivos royalties, é uma nova modalidade de ação política por parlamentares, governadores e partidos, inspirada pela mentalidade que se dissemina no Brasil atual.
Agrupar-se em maioria para tomar bens e direitos de minoria surpreendida e indefesa é --na política, na praia, na rua-- arrastão. O lugar, a ocasião e o que é tomado (ou pretendem tomar) não faz diferença. Não mais do que a diferença entre o genérico e o remédio de marca, ou seja, o reduzido às suas condições verdadeiras e o protegido pelo facilitário das leis privilegiantes.
Foi fundamental para a sustentação do governo Lula, nos seus primórdios, a garantia de respeito integral a todos os contratos deixados pelo antecessor. A submissão aos contratos foi repetida ao longo do governo como uma ladainha. E transferiu-se como parte do mandato a Dilma Rousseff, passando, nesta etapa, a ser visto também como princípio pessoal da presidente.
Na praia e nas vias públicas, a horda atira-se ao arrastão sem meio de defesa das desavisadas vítimas, que se supõem protegidas pelo direito legal de estar onde estão. Da praia ao mar: o que dois ou três Estados produtores e retribuídos pelos royalties, com tal direito supostamente assegurado pela legislação, podem fazer em defesa desse direito se mais 23 ou 24 Estados agrupam-se para tomar-lhe a retribuição?
Não faz diferença se a arma para tanto é o voto na Câmara e no Senado e, na praia e na via pública, é outra. O voto parlamentar, por si só, não confere moralidade nem legitimidade. Durante 21 anos --para não discutir possíveis exemplos menos distantes--, os votos de Câmara e Senado consagraram indignidades por motivos, eles mesmos, os mais sórdidos.
Compete à União transferir em verbas ou serviços, aos Estados não produtores, a sua quota de recebimento pela exploração de bens nacionais.
O fato sem precedente, em tempo algum, de negar-se a um Estado o domínio do patrimônio natural de seu território, para transferir os benefícios a outros, nega a própria federação que define a ordem institucional do país. Até no nome República Federativa do Brasil.
Os arrastões pré-políticos levam os bens e o direito da pessoa. O arrastão político leva também a Constituição.
SUPREMA
Os ministros do Supremo não se entenderam muito bem em torno de confissão e colaboração. Deu no mesmo: queriam conceder a Roberto Jefferson o benefício da delação premiada e o concederam. Nem um dia de cárcere.
Decisão interessante para os conceitos de Justiça. A acusação inaugural de Jefferson era, de fato, uma forma de cobrança dos milhões que queria receber do PT. Não os recebeu mesmo, e na CPI fez, em represália, as acusações que silenciara. Daí não admitir, com certa razão, que seja delator. Interpretação muito original, portanto, a de que fez por merecer o prêmio.
Janio de Freitas
Gravidez mostra que o que interessa à realeza é o útero de Kate
Este artigo é de 09/12/12 da fsp, reproduzo porque é exatamente o que penso da monarquia - retrograda, atrasada, conservadora (da pior espécie), autocrática (contraditório até para os cristãos que não acreditam em ninguém maior que deus, imagine uma "realeza" falida)...
A manutenção desse status idiota só presta para manter "soberanos" otários sob os gastos fúteis de uma monarquia de representação, ja que o parlamentarismo e a democracia a muito tempo fazem a gestão pública do Estado-Nação.
Eu sou pela democracia, pela participação e se creio em um regime? Sim, do poder popular...sou assembleista, sou verticalista no processo decisório, sou pelo coletivo...(que de fato pouco existem como experiências de governo e nada existem enquanto (ainda) sistema de poder)
Adorei a critica (abaixo), principalmente pela forma MACHISTA e CANALHA como a monarquia trata as mulheres....
SE VOCÊ PRETENDE APOSTAR NO NOME DO HERDEIRO, NÃO TENTE NADA MUITO OUSADO; FRODO OU JUSTIN BIEBER 1º ESTÃO FORA DE QUESTÃO
Se alguém tinha dúvida sobre as utilidades de uma ex-plebeia transformada em duquesa que se casa com o herdeiro em linha direta do trono britânico, ela terá sido dissipada nos últimos meses.
Tamanha foi a especulação sobre quando, se e em que circunstâncias se daria o anúncio do nascimento do primogênito dos duques de Cambridge -e tanta tinta foi despendida elucubrando sobre a possibilidade de o casal não poder, não querer ou ter motivos misteriosos para rejeitar a paternidade- que não sobrou nenhuma ilusão sobre o papel que de fato cabe a Kate na estrutura da família real. Curto e grosso: o que interessa ali é seu útero.
E você pensando, meu caro leitor, que ela só tinha que andar, sorrir e abanar a mãozinha. Ou você, noiva à procura do vestido dos sonhos, achando que ela seria sua inspiração. Veja só o equívoco.
Há ainda a indústria da moda, que enxergava em Kate uma embaixatriz da produção "made in England", muito útil na hora de incrementar as vendas de modelitos "high-low". Tudo engano. A duquesa existe para dar prosseguimento ao show.
E a possibilidade de não haver um descendente direto de William já estava começando a deixar os súditos com urticária. É alerta vermelho com sirene de furacão de máxima potência! Já pensou o risco de ver uma das filhas do príncipe Andrew -como se chamam mesmo, Drizela e Anastácia?- coroadas?
Elizabeth engravidou de Charles logo depois de se casar com Philip. Diana a imitou dando à luz William em 21 de julho de 1982, 11 meses depois do casamento.
Nos quatro meses entre cerimônia e anúncio da gravidez, despreparada que só para as pressões do cargo, a defunta princesa de Gales disparou: "O mundo inteiro está de olho na minha barriga".
Kate é muito melhor assessorada (os Windsor são conhecidos unhas de fome, mas diante de tantos equívocos resolveram gastar em relações-públicas e, como se vê, os resultados têm surgido). Ela não dá opiniões em público.
Ninguém sabe o que pensa sobre Chelsea ou Manchester United, se tem bulimia ou anorexia, se sente vontade de se jogar da escada ou se acredita que exista gente demais no seu leito matrimonial.
A informação oficial foi a de que o casal demorou mais que o habitual (18 meses desde o casamento) para anunciar a gravidez para não interferir nas comemorações do Jubileu da rainha e porque estavam de mudança para Londres -para o palácio de Kensington, onde William e seu irmão, Harry, cresceram.
Uma dica: se você pretende fazer uma fezinha no nome do futuro herdeiro/a nas casas de apostas londrinas, sugiro que não tente nada muito ousado. Rei Nigel, Frodo, Usain ou Justin Bieber 1º estão fora de questão, bem como rainha Rihanna, Ke$ha, Selena ou Bruna Surfistinha.
Talvez não renda muito, mas nomes de reis e rainhas britânicos dificilmente fogem à regra: Elizabeth, George, James, Edward, Victoria, Henry, Mary, William, Charles, Arthur ou John são os cristianíssimos que mais emplacam.
Richard foi abandonado por um certo tabu em relação à matança de sobrinhos a fim de ascender ao trono. Margaret também não deve ser usado num futuro próximo, devido ao frescor da lembrança que os caprichos da mimadíssima irmã de Elizabeth ainda trazem a traumatizados membros da Corte de St. James.
O nome Diana também pode ser uma boa pedida. Mas eu só arriscaria essa aposta na eventualidade de a rainha já estar enterrada a sete palmos no dia do nascimento.
A manutenção desse status idiota só presta para manter "soberanos" otários sob os gastos fúteis de uma monarquia de representação, ja que o parlamentarismo e a democracia a muito tempo fazem a gestão pública do Estado-Nação.
Eu sou pela democracia, pela participação e se creio em um regime? Sim, do poder popular...sou assembleista, sou verticalista no processo decisório, sou pelo coletivo...(que de fato pouco existem como experiências de governo e nada existem enquanto (ainda) sistema de poder)
Adorei a critica (abaixo), principalmente pela forma MACHISTA e CANALHA como a monarquia trata as mulheres....
Gravidez mostra que o que interessa à realeza é o útero de Kate
BARBARA GANCIACOLUNISTA DA FOLHA
SE VOCÊ PRETENDE APOSTAR NO NOME DO HERDEIRO, NÃO TENTE NADA MUITO OUSADO; FRODO OU JUSTIN BIEBER 1º ESTÃO FORA DE QUESTÃO
Se alguém tinha dúvida sobre as utilidades de uma ex-plebeia transformada em duquesa que se casa com o herdeiro em linha direta do trono britânico, ela terá sido dissipada nos últimos meses.
Tamanha foi a especulação sobre quando, se e em que circunstâncias se daria o anúncio do nascimento do primogênito dos duques de Cambridge -e tanta tinta foi despendida elucubrando sobre a possibilidade de o casal não poder, não querer ou ter motivos misteriosos para rejeitar a paternidade- que não sobrou nenhuma ilusão sobre o papel que de fato cabe a Kate na estrutura da família real. Curto e grosso: o que interessa ali é seu útero.
E você pensando, meu caro leitor, que ela só tinha que andar, sorrir e abanar a mãozinha. Ou você, noiva à procura do vestido dos sonhos, achando que ela seria sua inspiração. Veja só o equívoco.
Há ainda a indústria da moda, que enxergava em Kate uma embaixatriz da produção "made in England", muito útil na hora de incrementar as vendas de modelitos "high-low". Tudo engano. A duquesa existe para dar prosseguimento ao show.
E a possibilidade de não haver um descendente direto de William já estava começando a deixar os súditos com urticária. É alerta vermelho com sirene de furacão de máxima potência! Já pensou o risco de ver uma das filhas do príncipe Andrew -como se chamam mesmo, Drizela e Anastácia?- coroadas?
Elizabeth engravidou de Charles logo depois de se casar com Philip. Diana a imitou dando à luz William em 21 de julho de 1982, 11 meses depois do casamento.
Nos quatro meses entre cerimônia e anúncio da gravidez, despreparada que só para as pressões do cargo, a defunta princesa de Gales disparou: "O mundo inteiro está de olho na minha barriga".
Kate é muito melhor assessorada (os Windsor são conhecidos unhas de fome, mas diante de tantos equívocos resolveram gastar em relações-públicas e, como se vê, os resultados têm surgido). Ela não dá opiniões em público.
Ninguém sabe o que pensa sobre Chelsea ou Manchester United, se tem bulimia ou anorexia, se sente vontade de se jogar da escada ou se acredita que exista gente demais no seu leito matrimonial.
A informação oficial foi a de que o casal demorou mais que o habitual (18 meses desde o casamento) para anunciar a gravidez para não interferir nas comemorações do Jubileu da rainha e porque estavam de mudança para Londres -para o palácio de Kensington, onde William e seu irmão, Harry, cresceram.
Uma dica: se você pretende fazer uma fezinha no nome do futuro herdeiro/a nas casas de apostas londrinas, sugiro que não tente nada muito ousado. Rei Nigel, Frodo, Usain ou Justin Bieber 1º estão fora de questão, bem como rainha Rihanna, Ke$ha, Selena ou Bruna Surfistinha.
Talvez não renda muito, mas nomes de reis e rainhas britânicos dificilmente fogem à regra: Elizabeth, George, James, Edward, Victoria, Henry, Mary, William, Charles, Arthur ou John são os cristianíssimos que mais emplacam.
Richard foi abandonado por um certo tabu em relação à matança de sobrinhos a fim de ascender ao trono. Margaret também não deve ser usado num futuro próximo, devido ao frescor da lembrança que os caprichos da mimadíssima irmã de Elizabeth ainda trazem a traumatizados membros da Corte de St. James.
O nome Diana também pode ser uma boa pedida. Mas eu só arriscaria essa aposta na eventualidade de a rainha já estar enterrada a sete palmos no dia do nascimento.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
DEFINIÇÃO DO SOCIALISMO PELAS LETRAS DE: Vai de Madureira - Zeca Baleiro
Vai de Madureira
Zeca Baleiro
Se não tem água Perrier eu não vou me aperrear
Se tiver o que comer não precisa caviar
Se faltar molho rose no dendê vou me acabar
Se não tem Moet Chandon, cachaça vai apanhar
Esquece Ilhas Caiman deposita em Paquetá
Se não posso um Cordon Bleu, cabidela e vatapá
Quem não tem Las Vegas, vai no bingo de Irajá
Quem não tem Beverly Hills, mora no BNH
Quem não pode, quem não pode
Nova York vai de Madureira
Se não tem Empório Armani
Não importa vou na Creuza costureira do oitavo andar
Se não rola aquele almoço no Fasano
Vou na vila, vou comer a feijoada da Zilá
Só ponho Reebok no meu samba
Quando a sola do meu Bamba chegar ao fim
Eu Despedi O Meu Patrão - música e letra Zeca Baleiro
Eu Despedi O Meu Patrão
Zeca Baleiro
-Eu Despedi O Meu Patrão!
Eu despedi o meu patrão
Desde o meu primeiro emprego
Trabalho eu não quero não
Eu pago pelo meu sossego...(2x)
Ele roubava o que eu mais valia
E eu não gosto de ladrão
Ninguém pode pagar
Nem pela vida mais vazia
Eu despedi o meu patrão...
-Eu Despedi O Meu Patrão!
Eu despedi o meu patrão
Desde o meu primeiro emprego
Trabalho eu não quero não
Eu pago pelo meu sossego...(2x)
Ele roubava o que eu mais valia
E eu não gosto de ladrão
Ninguém pode pagar
Nem pela vida mais vadia
Eu despedi o meu patrão...
-Eu Despedi O Meu Patrão!
Eu despedi o meu patrão
Desde o meu primeiro emprego
Trabalho eu não quero não
Eu pago pelo meu sossego...(2x)
Ele roubava o que eu mais valia
E eu não gosto de ladrão
Ninguém pode pagar
Nem pela vida mais vazia
Eu despedi o meu patrão...
Eu despedi o meu patrão
Desde o meu primeiro emprego
Trabalho eu não quero não
Eu pago pelo meu sossego...(2x)
Ele roubava o que eu mais valia
E eu não gosto de ladrão
Ninguém pode pagar
Nem pela vida mais vadia
Eu despedi o meu patrão...
Não acreditem!
No primeiro mundo
Não acreditem!
No primeiro mundo
Só acreditem!
No seu próprio mundo
Só acreditem!
No seu próprio mundo...
Seu próprio mundo
É o verdadeiro
Meu primeiro mundo
Não!
Seu próprio mundo
É o verdadeiro
Meu primeiro mundo
Não!
Seu próprio mundo
É o verdadeiro
Primeiro mundo
Então!...
Mande embora
Mande embora agora
Mande embora
Mande embora agora
O seu patrão
Seu patrão (O seu patrão!)
Mande embora
Mande embora agora
Mande embora, agora
Mande embora o seu patrão
O seu patrão...
Ele não pode pagar
O preço que vale
A tua pobre vida
Oh Meu!
Oh Meu irmão!...(2x)
(Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.)
Eu despedi o meu patrão
Desde o meu primeiro emprego
Trabalho eu não quero não
Eu pago pelo meu sossego...(5x)
Eu Despedi O Meu Patrão!
* A parte em parênteses é trecho de soneto de Gregório de Mattos,
poeta bahiano barroco *
domingo, 9 de dezembro de 2012
Revista alerta para golpe direitista.
“…a leitura de um dos mais qualificados arautos da direita golpista. Merval Pereira não se confunde com Carlos Lacerda, mas na semana passada avisou não ser o caso de isentar Dilma das denúncias de corrupção, presentes e passadas”.
A revista Carta Capital abre capa esta semana para o Instituto Millenium, think tank brasileiro , com capital transnacional, como o foram o Ibad e o Ipes, na conspiração contra o presidente João Goulart, em 1964. Ele estaria lançando as bases para um golpe de Estado, desta vez de escala continental, já que suas inspirações seriam os movimentos da argentina Cristina Kirchner e o venezuelano Hugo Chávez. Em “A velha cara da nova direita – Do Milenium aos jovens reacionários, o Brasil volta, ao passado, o jornalista Leandro Fortes penetra nos segredos deste novo laboratório golpista, e dando nomes e funções de ” um batalhão de 180 “especialistas”, profissionais de diversas áreas, entre eles os jornalistas José Nêumane Pinto, o historiador Roberto Damatta e o economista Rodrigo Constantino”.
” A tropa é comandada” – diz matéria de capa – “pelo jornalista Eurípedes de Alcântara, diretor de redação da revista Veja, publicação onde, semanalmente, o Millenium vê seus evangelhos e autos de fé renovados. Alcântara é um dos dois titulares do Conselho Editorial da entidade. O outro é Antônio Carlos Pereira, editorialista de O Estado de São Paulo… A dupla de jornalistas representa dois dos quatro conglomerados de mídia que formam a bússola ideológica da entidade, a Editora Abril eo Grupo Estado. Os demais são a Organizações Globo e a Rede Brasil Sul (RBS)”.
Carta Capital que dedica grande parte de suas páginas ao assunto, ainda conclui: ” Em 2010, graças à adesão maciça de empresários e doadores antipetistas em geral, a arrecadação do Millenium dobrou. A receita no ano eleitoral foi de um milhão de reais, dos quais 65% vieram de doações de e, com superavit de 153,9 mil reais.mpresas privadas. O número de funcionários remunerados quase dobrou… e as contas fecharam no azul” Leandro Fortes ainda divide o instituto em três categorias, dando foto e nomes ods responsáveis: 1) Os ” Especialistas”: Giambiagi, o argentino das contas pública; Lamounier, o figurino dos anos 1960 no século XXI; Villa (Marco Antônio), o ” intelectual” preferido da mídia; 2) os economistas: Franco (Gustavo, ex-presidente do Bando Central de FHC) e Fraga (Armínio, também presidente do BC da época FHC e financista internacional ligado a Georges Soros; e 3) Os comediantes: Madureira, o principal jornalista da turma: Mainardi (Diogo), “sua covardia o levou a se esconder na Itália; e Azevedo (Reinaldo, principal articulista da Veja On Line), “hilário”. A reportagem ainda não está disponibilizado no site da Carta Capital, mas,no editorial, intitulado ” Aonde eles pretendem chegar”, o diretor da revista Mino Carta dá algumas indicações:
”Há qualquer coisa no ar que me excita negativamente e me induz a pensamentos sombrios, algo a recordar tempos turvos, idos e vividos. É a lembrança de toda uma década, espraiada malignamente entre o suicídio de Getúlio Vargas e o golpe de 1964, aquele executado pelos gendarmes da casa-grande, e exército de ocupação. Dez anos a fio, a mídia nativa vociferou contra líderes democraticamente eleitos e se expandiu em retórica golpista logo após a renúncia de Jânio Quadros.
Muita água passou debaixo das pontes, embora algumas delas levem o nome de ditadores e até de torturadores, mas o tom atual desfraldado à larga pelos barões midiáticos e seus sabujos não deixa de evocar um passado que preferiria ver enterrado. Talvez esteja, de alguma forma, mesmo porque as personagens têm outra dimensão. Os propósitos são, porém, semelhantes, segundo meus intrigados botões. Acabava de lhes perguntar: qual será o propósito destes comunicadores, tão compactamente unidos no ataque concentrado ao PT no governo? Qual é o alvo derradeiro?
A memória traz à tona Jango Goulart e Leonel Brizola, a possibilidade de uma mudança, por mais remota, e os alertas uivantes quanto ao avanço da marcha da subversão. Os temas agora são outros, igual é o timbre. Além disso, na comparação, mudança houve, a despeito de todas as cautelas e do engajamento tucano, com a eleição de Lula e Dilma Rousseff. Progressos sociais e econômicos aconteceram. O ex-presidente tornou-se o “cara” do povo brasileiro e do mundo, a presidenta, se as eleições presidenciais se dessem hoje, ganharia com 70% dos votos.
Percebe-se, também, a ausência de Carlos Lacerda. Ao menos, o torquemada de Getúlio e Jânio lidava melhor com o vernáculo do que os medíocres inquisidores de hoje. Medíocres? Toscos, primários, sempre certos da audiência dos titulares e dos aspirantes do privilégio, em perfeita sintonia com sua própria ignorância. Contamos, isto sim, com o Instituto Millenium. Há quem enxergue na misteriosa entidade, apoiada inclusive com empresários tidos como próximos do governo, uma exumação do Ibad e do Ipes, usinas da ideologia fascistoide que foi plataforma de lançamento do golpe de 64.
Até onde vai a parvoíce e onde começa o fingimento? É possível que graúdos representantes do poder econômico não se apercebam das responsabilidades e alcances da sua adesão ao insondável Millenium? Ou estariam eles incluídos na derradeira prece de Cristo na cruz: perdoe-os, Pai, eles não sabem o que fazem? Que o golpismo da mídia da casa-grande seja irreversível é do conhecimento do mundo mineral. Causa espécie o envolvimento de personalidades aparentemente voltadas aos interesses do País em lugar daqueles da minoria.
….E à presidenta, que CartaCapital apoiou e apoia, recomendamos a leitura de um dos mais qualificados arautos da direita golpista. Merval Pereira não se confunde com Carlos Lacerda, mas na semana passada avisou não ser o caso de isentar Dilma das denúncias de corrupção, presentes e passadas. Está clara a intenção de aplicar à presidenta a tese do domínio do fato”.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Por uma escola de governo urgente!
16 anos governando uma cidade que traz mais
de 450 anos de história de atraso político, social e econômico. Pouco ou muito
tempo para resolver problemas que vem ao longo da sua trajetória histórica?
O debate é quente!
Aos pessimistas, oposicionistas ao governo
atual, novos moradores, gerações que cresceram ao longo desse tempo diriam que
16 anos é tempo suficiente para transformar um município, diante da sua
arrecadação e tamanho.
Outros defensores da continuidade do governo
do momento, a população beneficiada e os sujeitos que viveram a história da
cidade dirão com força que 16 anos são insuficientes diante das dividas
financeiras e sociais herdadas da corrupção e de corruptos.
Entre meias verdades temos a certeza que
Guarulhos ainda possui desafios com inúmeras comunidades vivendo precariamente
em favelas, o baixo atendimento em creches, o numero insuficiente de
funcionários públicos para o melhor atendimento a população, crescimento urbano
e expansão sem critérios claros, a violência urbana, o transporte público
eterno vilão do dia a dia, enfim, se não houvesse desafios não haveria
compromissos e plano de governo apresentados pelo companheiro prefeito,
Sebastião Almeida.
A questão que me move agora, depois da
euforia da vitoria eleitoral é olhar para uma cidade renovada e diferente daquela
em que se vivia a 20 anos atrás com vacas sendo conduzidas por sitiantes pela
estrada de terra que leva hoje ao Parque da Transguarulhense ou no total
abandono visível a 12 anos atrás na avenida Jurema no Pimentas. Eu vivi essa
cidade que passou por grandes mudanças, promovidas sim, pelo governo do PT.
Agora a pulga que nos incomoda depois de 12
anos governando (indo para mais quatro), é qual o saldo político que tivemos
para além dos mais de 115 mil votos de legenda e 15 mil filiados (as)?
Quantos militantes foram incentivados a
estudar, se formar e contribuir para pensar políticas públicas em nossa cidade?
Quais experiências de políticas realizamos e
que são estudadas, conhecidas ou tem a contribuição da militância política do
partido?
Quantos petistas conhecem de fato a
organização administrativa da prefeitura, os trâmites principais, os caminhos
legais e as nossas ações, programas e
projetos?
Quantos quadros políticos formamos para
substituir pessoas em funções chaves (importantes para o funcionamento da
máquina), uma vez que todos (as) somos seres humanos que adoecemos e morremos
como conseqüência natural da vida.
Quais ações ousadas e necessárias serão ainda
preciso fazer para tornar a máquina mais eficiente na execução das políticas
públicas na cidade?
Todas essas e outras perguntas dependem de
uma posição que não pode ser debitada no prefeito, nem em Eloi e nem em
Almeida. Essa responsabilidade é coletiva e partidária.
As chamadas escolas de governo criadas pelas
primeiras prefeituras do PT tinham como objetivo fortalecer, aprimorar e
consolidar os avanços nas políticas locais, valorizando servidores públicos com
ética política no exercício das suas funções, militantes que poderiam apoiar ou
substituir outros para continuar o projeto político em curso.
Mesmo a Escola de Sociologia e Política de
São Paulo, que reúne intelectuais das mais variadas posições ideológicas surge
num momento histórico que se exigia a formação de quadros políticos, pessoas
voltadas para políticas públicas.
Não quero fazer critica a ninguém e nem a
nenhuma ação do nosso governo, mas quero poder lembrar que todos somos substituíveis
em nossas tarefas e que governar exige também dar respostas a população que nos
creditará ou não um novo mandato. Na democracia não há eternidade, mas há alternância.
O que é preciso fazer agora é um balanço dos
nossos 12 anos de governo. Um balanço que seja geral partindo da cidade como um
todo e seus grandes desafios e especifica partindo para políticas públicas que
precisam se consolidar e outras a serem criadas.
Redirecionar o debate sobre o futuro da
cidade para o partido e nele a responsabilidade de reunir uma avaliação fria e
necessária dos quadros da administração, de políticas de carreira e cargos que
permitam formar servidores públicos que compreendam o projeto político em jogo.
E não apenas as alianças.
De nada adianta uma Câmara de vereadores
azeitada frente uma prefeitura engessada nos seus pontos estratégicos. Se temos
oposição, nada impede que ela se enraíze na máquina.
E não proponho a mágica de fazermos ou
fundarmos uma escola de governo, mas repito: “precisamos de um bom balanço de qual
é a cidade temos? O que fizemos nela? Quais desafios vamos enfrentar? E como
podemos nos transformar e revolucionar sem perder o horizonte da continuidade
de governo a serviço das mudanças necessárias?"
Escola de governo não representa a “arca de Noé” para o governo. Seu papel é depurar
dos nossos mais de 15 mil filiados (as), e saber quais são os militantes
dispostos a socializar o que sabem e outros aprenderem o que é preciso para
fazer com que o projeto político que governa Guarulhos possa ser reconhecido
para estar à frente o tempo que for necessário.
Wagner Hosokawa – militante da Esquerda
Popular Socialista, tendência interna do PT. Foi membro do DM, da Executiva da
macroregião, Secretário da Assistencia Social e Coordenador da Juventude no
governo. É mestre em Serviço Social pela PUC/SP e servidor público municipal.
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