segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

“É hora de repartir a riqueza” - entrevista com Marcio Pochmann do site OutrasMídias

E se a democracia determinasse limites, patamares e prioridades da riqueza socialmente produzida? O capitalismo estraria em crise? Não em guerra!

Estamos acostumados a seguir o debate do capitalismo e dos seus organismos como o Banco Mundial sobre os patamares "mínimos" de sobrevivência, linhas de pobreza...essa bobagem, agora vamos falar de patamares máximos. Qual é linha que determina o bem estar de uma pessoa com relação a renda? O quanto de dinheiro ela precisa para do limite da sobrevivência ir para o do viver?

No capitalismo a mais valia, o capital e sua circulação se destinam aos interesses de poucos, sem que o mereçam para isso, apenas gerenciam o sistema que lhes dá a ilusão do bem estar ou super estar bem.

E se subverter essa lógica? Se determinássemos limites? Falasse de "índice de felicidade", mas qual e para quem? Se vamos tornar a felicidade num direito social e universal, tributemos o que causa a sua infelicidade: o capital.

Se é verdade que a "alma" não levará nenhum bem material nesta terra, porque não reunir forças entre todos e todas nós para socializar agora, nesta vida!

Boa leitura com a entrevista do prof. Marcio Pochamnn ao Brasil de Fato publicano no site OutrasMídias.
http://outraspalavras.net/outrasmidias/capa-outras-midias/e-hora-de-repartir-a-riqueza/


“É hora de repartir a riqueza”



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Márcio Pochmann sustenta: políticas sociais dos últimos dez anos são positivas, mas insuficientes; Reforma Tributária pode abrir caminho para mudanças profundas

Entrevista a Mariana Desidério, no Brasil de Fato

O Brasil diminuiu a desigualdade nos últimos anos e milhões de pessoas deixaram a pobreza. Porém, o país ainda está entre os vinte mais desiguais do mundo. Para avançar, uma das mudanças urgentes é a reforma tributária.

É o que diz Márcio Pochmann, um dos principais economistas do país. “Aqui, são os ricos que reclamam dos impostos, mas quem paga mais são os pobres”, afirmou em entrevista ao Brasil de Fato. Segundo ele, há uma grande resistência dos mais ricos em mudar essa estrutura. “Um exemplo foi a tentativa de mudar a cobrança do IPTU em São Paulo”, diz.

Pochmann é professor da Unicamp e presidente da Fundação Perseu Abramo. Foi secretário de desenvolvimento na prefeitura de Marta Suplicy em São Paulo e presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Nesta conversa, ele fala ainda sobre a importância política dos trabalhadores que saíram da pobreza nos últimos anos e analisa o fenômeno dos rolezinhos. “São manifestações que mostram a falta de espaços públicos”.

O Bolsa Família, maior programa de distribuição de renda do governo federal, completou dez anos. Porém, continuamos como um país muito desigual. Por que isso permanece?
Em 1980, nós éramos a oitava economia capitalista do mundo, tínhamos praticamente metade da população vivendo em condições de pobreza e estávamos entre os três países mais desiguais do mundo. Essa situação praticamente permaneceu durante mais de vinte anos. Foi só num período mais recente que nós conseguimos reduzir a pobreza e a desigualdade. Hoje, nós estamos entre os quinze países mais desiguais do mundo. Houve uma redução importante. E isso num período difícil em termos internacionais, devido a crise econômica de 2008.

O que dificulta que esse processo avance mais?
Existem dificuldades do ponto de vista político e cultural. Nós temos, no Brasil, uma classe média tradicional que tem uma série de assistentes na casa: trabalhadores domésticos, babá, segurança. É um conjunto de pessoas que serve à classe média e aos ricos com base em baixos salários. Com o combate à pobreza e a redução da desigualdade, essa classe média tradicional vai perdendo a capacidade de abrigar todos esses serviços. E aí há uma reação, uma resistência no interior da sociedade. E tem o preconceito também. Em geral, um segmento muito pequeno da sociedade tinha acesso ao uso do transporte aéreo, de poder viajar para outros países, por exemplo. Hoje, segmentos com menor renda também podem ter acesso. Isso gera um desconforto.

Quais medidas ainda precisam ser tomadas para diminuir essa desigualdade?
A reforma tributária certamente é uma delas. No Brasil, historicamente se arrecadou recursos tirando impostos dos pobres e se gastou mais recursos para segmentos mais privilegiados da população. Olhando os governos de 2002 para cá, o que nós tivemos foi uma melhora no perfil do gasto público. Ele se voltou mais para os segmentos mais pobres. Isso é fundamental. Mas ainda há o ponto de vista da arrecadação. Da onde vem o imposto? Nós temos no Brasil uma estrutura tributária regressiva. Os mais pobres pagam proporcionalmente mais impostos do que os mais ricos.

Há perspectivas de melhorar essa conta?
O caso de São Paulo me parece exemplar. Aqui houve a proposta de reajustes diferenciados do IPTU, de acordo com o grau de elevação nos valores dos imóveis. Mas isso gerou uma reação dos meios de comunicação, dos muito ricos, que praticamente impediram na justiça a possibilidade de se melhorar o perfil da arrecadação de impostos no município. A gente percebe que, no Brasil, quem mais critica os impostos são os mais ricos, justamente os que pagam menos. Nós temos aqui em São Paulo o impostômetro, que fica no centro da cidade. Na realidade nós precisaríamos de impostômetro nas favelas. Porque é lá que se paga imposto e praticamente quase nada se recebe do Estado.

Os mais pobres têm consciência de que pagam mais impostos?
Os mais ricos têm mais consciência, até porque o tipo de impostos que eles pagam são conhecidos, são sobre propriedade. Você recebe o carnê e sabe quanto paga de imposto. A maior parte dos pobres no Brasil não tem propriedade. Então eles não têm identificação nenhuma de quanto pagam. Os impostos que os mais pobres pagam são os chamados impostos indiretos, que já estão vinculados ao preço final de um produto. Você não sabe quanto paga, por isso não gera esse questionamento.

Hoje fala-se muito da nova classe média. Há uma nova classe social em ascensão?
O que nós tivemos foi uma leva de 40 milhões de pessoas que eram considerados trabalhadores muito pobres, miseráveis, e que se transformaram em trabalhadores não pobres. Pessoas que passaram a ter um salário melhor, ter acesso à previdência social, direitos trabalhistas, creche, ampliaram o consumo. É semelhante ao que já ocorreu em outros países. Na França na década de 1950, de cada dez operários, um tinha automóvel. No final dos anos 1970, de cada dez, dez tinham automóvel. Ou seja, eles melhoraram de renda, passaram a ter um consumo que antes era visto como somente para os ricos, mas eles jamais deixaram de ser operários, trabalhadores, não mudaram de classe social.

A inclusão dessas pessoas se deu principalmente pelo consumo. Quais as conseqüências disso?
O consumo em geral é a porta de entrada. Estamos tratando de segmentos pauperizados para quem a adição de renda permite realizar demandas, até estimuladas pelos meios de comunicação, que anteriormente eram reprimidas. É natural que isso ocorra, não vejo nenhum mal. A preocupação maior é que, em algum momento, esse segmento que emergiu vai governar o Brasil. É um segmento em expansão, mais ativo, com uma série de demandas e anseios. E ele olha para a estrutura de representação que nós temos hoje, e ela não os representa.

Como assim?
Os partidos não conseguem representar esses novos segmentos, assim como os sindicatos, as associações de bairro, as instituições estudantis. Nós tivemos mais de 20 milhões de empregos abertos e a taxa de sindicalização não aumentou. Nós tivemos mais de um milhão de jovens, em geral de famílias humildes, que ascenderam ao ensino superior, através do Prouni, mas eles não foram participar das discussões estudantis. Alguma coisa está estranha. Há certo descompasso entre as instituições de representação de interesses e esses segmentos que estão emergindo. E essa é a tensão na política de hoje, saber para onde vai isso. Porque, embora não seja um contingente homogêneo, é um grupo de pessoas que, organizadamente, fará a diferença na política no Brasil. E esse é um desafio.

Vimos recentemente o fenômeno dos rolezinhos. O que esses eventos mostram sobre o momento do país?
A impressão que eu tenho é que esses movimentos expressam uma insatisfação. Acho que há neles uma crítica relativa ao grau de riqueza que o país tem, mas que não dá acesso plenamente para essa população. São manifestações que desejam mais, que cobram dos governos serviços de melhor qualidade. E não só serviços públicos. Temos hoje problemas seríssimos de serviços no país. Há uma crítica inegável aos serviços bancários no Brasil, aos serviços de telecomunicações, de saúde privada. Estamos num momento em que essa tensão em torno da questão dos serviços se associou à emergência desses novos segmentos da população. São pessoas que estão satisfeitas com a ascensão, mas querem mais.

No caso dos rolezinhos, qual seria a demanda?
Acho que é uma tensão em torno da questão do espaço público. É uma visão que se tem de que o shopping center é hoje um dos poucos espaços em que você tem segurança, tem lugares para caminhar. O que infelizmente a cidade não tem, não tem calçadas decentes, não tem um espaço público. O sonho de muitos prefeitos anteriormente era construir muitos espaços públicos, áreas de lazer, de entretenimento. Hoje isso se perdeu em nome da privatização do espaço público. É uma tensão também em torno de como ocupar o tempo livre, porque hoje praticamente inexistem oportunidades coletivas, públicas e adequadas para isso.

Dá para dizer que essa é uma das principais preocupações do jovem hoje?
Em parte sim. Mas nós ainda temos questões graves na juventude brasileira. Ainda temos um problema de desemprego. Não é um desemprego comparado ao de países europeus como Espanha e Grécia. É muito menor. Mas ainda há um problema de inserção no mercado de trabalho. Também tem a questão da qualidade do emprego. Temos empregos de baixa qualidade, principalmente para os jovens mais pobres. Ao mesmo tempo, uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostra que o jovem também não quer só emprego e renda. Ele quer também um outro horizonte de vida, que ele não consegue se observar na realidade que nós vivemos hoje.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

As ideias que nos orientam.

1848. Um ano distante de um tempo distante para muitos, mas representa um marco na história da humanidade que persiste até hoje.

Manifesto do Partido Comunista. Uma produção intelectual que une programa político que compreende a nossa sociedade como está, as amarras que a impedem de ser mais plena de humanidade e qual caminho a seguir. Não é um dogma e muito menos receita de bolo. É uma contribuição que é o ponto zero de nós comunistas para um mundo pós capitalista.

Ler é pelo menos um gesto de grandeza, antes de criticar ou ler de forma superficial. 

Não ler e criticar é gesto dos idiotas, dos imbecis e dos que preferem pertencer a massa hegemonizada pela classe dominante, ou seja, você dominado pertence a esta massa de medíocres.

Agora você, leitor/ leitora, que reconhece a grandeza do saber ler, refletir, criticar depois de uma boa e atenta leitura saberá que este não é apenas um livro, é uma contribuição para frente de tudo que já vivemos na história da humanidade.


Sua atualidade escrita em cada paragrafo explica porque Karl Marx e Engels são lembrados por esta obra em diversos países. A cada comemoração da sua primeira publicação militantes comunistas de todo mundo tem nesta "arma"a maior certeza de que mesmo com todo instrumento de dominação (a mídia principalmente), jamais poderão impedir as pessoas de pensar. Essa ousadia só pode ser reprimida com a morte.

Deixo agora permanentemente no link acima para leitura, reprodução e divulgação. 

Blogueiros progressistas de todo mundo uni-vos 

Só nos deterão se contarem os fios que mantêm a rede virtual...

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Tea Party brasileiro, é ler e de vomitar...



O "Tea Party" é um "movimento político" confuso e surge nas entranhas do partido republicano (conservador) nos EUA, se ser conservador já é um problema pela evidente postura de defender uma sociedade medieval, atrasada, pró exploração do capitalismo e liberal nas concepções de um Estado mínimo para os trabalhadores (as) e máximo para banqueiros, corporações e transnacionais imagine algo mais a direita.

Esse "movimento político" emerge dos interesses não concluídos de Bush filho (guerra no Iraque, Alfeganistão, crise financeira do capital, contra a democratização da America Latina, etc), com discurso confuso e sem uma linha política critica oportunisticamente os "privilégios de quem tem acesso aos serviços públicos", os "altos impostos", questiona serviços públicos de saúde e educação, fala mal das elites moderadas, é racista e discriminatória contra populações LGBT, negros e mulheres, é a favor da indústria das armas e contra liberdades democráticas, em resumo, versão atualizada do nazismo de Hitler.

Com certeza a pseudo jornalista do SBT, RS (ancora do jornal SBT Brasil) a quem tenho nojo de citar o nome porque quem odeia a humanidade não pode ser humana, teve o direito sagrado de publicar no panfleto falha de São Paulo um artigo.

Medo, raiva, nojo, nauseá, enfim vários seriam os sentimentos ao ler cada paragrafo. Como pode sair de um profissional formado e por (pasmem) uma universidade federal que em termos poderia fornecer um currículo no minimo progressista, teóricos abertos para liberdades democráticas, etc., como pode sair tanta asneira de uma cabecinha.

Sim na democracia todos podemos falar o que queremos, mas cuidado, há limites de bom senso. Nem morais, éticos ou legais, limites que exigem refletir antes de falar qualquer bobagem principalmente quando se esta numa posição importante em um jornal televisivo que exige certa (não toda) imparcialidade ou pelo menos um retrato do fato sem juízo de valores particulares.

Será um "Tea Party" brasileiro? E o pior,quantos seguidores teria? E nós socialistas?Vamos deixar isso prosseguir?

Não há poucas palavras para apontar os equívocos e crimes de ódio a humanidade no artigo que me refiro, mas prefiro e acredito na capacidade do pensar dos que leem o meu blog, reflitam se puderem...ou se aguentarem.

A pergunta é: 1) ela pertence a humanidade, ou é teletransportada do gabinete de Goebbles chefe da propaganda nazista para o século XXI; e 2) que país seria este que ela pretensiosamente defende?

Direto do MundodaLua.blogcast


Rachel Sheherazade: Ordem ou barbárie?


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O fenômeno da violência é tão antigo quanto o ser humano. Desde sua criação (ou surgimento, dependendo do ponto de vista), o homem sempre esteve dividido entre razão e instinto, paz e guerra, bem e mal.

Há quem tente explicar a violência, a opção pela criminalidade, como consequência da pobreza, da falta de oportunidades: o homem fruto de seu meio. Sem poder fazer as próprias escolhas, destituído de livre-arbítrio, o indivíduo seria condenado por sua origem humilde à condição de bandido. Mas acaso a virtude é monopólio de ricos e remediados? Creio que não.

Na propaganda institucional, a pobreza no Brasil diminuiu, o poder de compra está em alta, o desemprego praticamente desapareceu... Mas, se a violência tem relação direta com a pobreza, como explicar que a criminalidade tenha crescido em igual ou maior proporção que a renda do brasileiro? Criminalidade e pobreza não andam necessariamente de mãos dadas.

Na semana passada, a violência (ou a falta de segurança) voltou ao centro dos debates. O flagrante de um jovem criminoso nu, preso a um poste por um grupo de justiceiros deu início a um turbilhão de comentários polêmicos. Em meu espaço de opinião no jornal "SBT Brasil", afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude desesperada dos justiceiros do Rio.

Embora não respalde a violência, a legislação brasileira autoriza qualquer cidadão a prender outro em flagrante delito. Trata-se do artigo 301 do Código de Processo Penal. Além disso, o Direito ratifica a legítima defesa no artigo 23 do Código Penal.
Não é de hoje que o cidadão se sente desassistido pelo Estado e vulnerável à ação de bandidos. Sobra dinheiro para Cuba, para a Copa, mas faltam recursos para a saúde, a educação e, principalmente, para a segurança. Nos últimos anos, disparou o número de homicídios, roubos, sequestros, estupros... Estamos entre os 20 países mais violentos do planeta. E, apesar das estatísticas, em matéria de ações de segurança pública, estamos praticamente inertes e, pior: na contramão do bom senso!

Depois de desarmar os cidadãos (contrariando o plebiscito do desarmamento) e deixá-los à mercê dos criminosos, a nova estratégia do governo, por meio do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, é neutralizar a polícia, abolindo os autos de resistência.

Na prática, o policial terá que responder criminalmente por toda morte ocorrida em confronto com bandidos. Em outras palavras, é desestimular qualquer reação contra o crime. Ou será que a polícia ousará enfrentar o poder de fogo do PCC (Primeiro Comando da Capital) ou do CV (Comando Vermelho) munida apenas de apitos e cassetetes?

Outra aliada da violência nossa de cada dia é a legislação penal: filha do "coitadismo" e mãe permissiva para toda sorte de criminosos. Presos em flagrante ou criminosos confessos saem da delegacia pela porta da frente e respondem em liberdade até a última instância.

No Brasil de valores esquizofrênicos, pode-se matar um cidadão e sair impune. Mas a lei não perdoa quem destrói um ninho de papagaio. É cadeia na certa!
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Estatuto da Impunidade, está sempre a serviço do menor infrator, que também encontra guarida nas asas dos direitos humanos e suas legiões de ONGs piedosas. No Brasil às avessas, o bandido é sempre vítima da sociedade. E nós não passamos de cruéis algozes desses infelizes.

Quando falta sensatez ao Estado é que ganham força outros paradoxos. Como jovens acuados pela violência que tomam para si o papel da polícia e o dever da Justiça. Um péssimo sinal de descontrole social. É na ausência de ordem que a barbárie se torna lei.

RACHEL SHEHERAZADE, 40, jornalista pela Universidade Federal da Paraíba, é âncora do telejornal "SBT Brasil
"

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Nota do PT sobre o Movimento Por Uma Nova Ponte Vila Any-Itaim








Nota do PT sobre o Movimento Por Uma Nova Ponte Vila Any-Itaim


Está interditada há mais de três meses a ponte que liga a Vila Any, em Guarulhos, ao Itaim Paulista, São Paulo. Essa ligação, construída há mais de trinta anos, já não atendia dignamente as necessidades da região por tratar-se de uma ponte estreita, onde só passava veículos em um único sentido por vez (esquema pare e siga). A situação de abandono por parte do Governo do Estado – único responsável pela ponte que interliga os dois maiores municípios do Estado – fez com que a ponte cedesse parcialmente, tendo que ser interditada pela Defesa Civil para que assim fosse evitada uma tragédia maior, com o risco eminente de desabamento.

Com a interdição, ocorrida no final de outubro, a situação da população da região ficou ainda mais difícil. A população do Marcos Freire, Jd. Jacy, Vila Any, Guaracy e região, que chegava ao Itaim Paulista em cerca de 10 min, fosse de carro ou transporte público, agora tem que dar uma volta de cerca de 15 km, perdendo quase uma hora no trajeto. A interdição prejudica tanto os trabalhadores que moram do lado da Vila Any e que precisam, através do transporte coletivo, acessar a Estação de trem do Itaim Paulista, quanto prejudica os motoristas que moram do lado do Itaim e que tinham a referida ponte como principal acesso à Rodovia Ayrton Senna.

O Movimento por uma nova ponte Vila Any-Itaim é um movimento social que surgiu através da ação de lideranças da região, e que está organizando uma mobilização da população para chamar a atenção do Governo Estadual para que dê a devida atenção para o problema, construindo imediatamente uma nova ponte, que seja segura e com pistas duplas, atendendo a antiga reivindicação da população local.

O Partido dos Trabalhadores de Guarulhos participa e está dando todo apoio a esse movimento, e convoca os seus filiados e filiadas a comparecerem ao ato que está sendo preparado para o dia 7 de fevereiro, próxima sexta-feira, às 16 h, na esquina da Estrada do Capão Bonito com a Avenida da Estação, na Vila Any, próximo à ponte do Itaim. Esse ato tem por finalidade chamar a atenção da sociedade, da grande mídia, e do Governo Estadual para o problema pelo qual está passando essa população, exigindo uma solução imediata por parte do Governador Geraldo Alckmin.

A construção de uma nova ponte entre a Vila Any e o Itaim paulista é orçada em cerca de R$ 6 milhões, mas o Governo do Estado não está dando atenção para essa importante reivindicação da periferia. Porém, recentemente, os Governos Kassab/Alckmin gastaram quase R$ 200 milhões na famosa Ponte Octávio Frias de Oliveira (Ponte Estaiada), no rico bairro do Brooklin. “MESMO PESO, MESMA MEDIDA” não a discriminação. A população da periferia merece e exige respeito!