Essa eleição já passou ou ainda dá
pra programar?
Dilma está bem nas pesquisas. Porém
se não fosse pela gestão federal, combinemos que os candidatos de
oposição também ajudam bastante. Fracos, dissimulados, com
passados recentes de descaso com recursos públicos, incoerencia de
discursos e ausência de projeto alternativo para o país.
Assim estamos caminhando para uma
eleição onde o “status quo” dos debates, as produções das
TV's e o clima de morosidade das campanhas irão bater na porta do
eleitor (a), mas não quer dizer que entrará porta adentro. Tragico.
Para um petista com raízes no
socialismo tragedia anunicada. Masi quatro anos sem muito avançar em
pautas que são sensiveis e necessárias ao Brasil, entre elas:
reforma agrária, lei de combate ao trabalho escravo,
descriminilização do aborto, entre outras, que deveriam unificar as
esquerdas em reformas que reunem o melhor do desenvolvimentismo ao
melhor da socialização de direitos.
Caso não haja um programa minimo,
viveremos perguntando o porque das manifestações, novas marchas
pela ditadura civil militar, mais jovens que entram pelos programas
sociais e saem pela visão conservadora das grandes empresas do
capital. Ideologia dominante não pode ser retorica de universidade,
mas uma questão que está sendo cada vez mais colocada e
posicionada.
A direita e suas elites querem seu
brinquedo de volta, o Estado!
Nosso problema é o maior partido de
esquerda da America Latina não saber para onde queremos ir na
condução do Estado. Não me falem de desenvolvimentismo,
crescimento de renda,programas sociais, etc., e bla,blabla, nós já
provamos que somos bons nisso.
Agora precisamos ser bons naquilo...no
abalo necessário das estruturas da sociedade por onde o Estado tem
influencia e poder de construir uma nova consicencia, um novo pacto,
uma nova ideologia.
Ser acusado de “comunismo” num
governo de coalisão e de “humanização do capitalismo” só nos
remetem a idéia de como a direita conservadora (assalariada na
média) é antiquada. A movimentação dos gagás dos círculos
militares e o apoio oculto das elites reunem um clima de “mudança”
as avessas. A mudança foi em 2003 com a vitoria de Lula nos termos e
marcos já debatidos e no que foi possível fazer.
É hora de retomar o tom da mudança,
da nossa mudança que iniciamos em 2003 e pode cair no colo dos
“mudancistas” conservadores de agora. Eles com 500 anos de
controle e exploração e nós poucos 12 anos, como retomar essa
importante questão?
Volto a pergunta inicial. Vamos passear
no parque das eleições de 2014 ou haverá possibilidade de reunir
força para um programa minimo da classe trabalhadora?
Em tempo: a mídia serviçal dos interesses do capital não para...é refinaria de petróleo, estádios...até a crise de abastecimento de água que é de incompetência do PSDB paulista recai sobre o governo federal.