quarta-feira, 30 de abril de 2014

Poema "Meu Maio", de Vladimir Maiakovski


Meu Maio

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!


Vladimir Maiakovski

HINO DA GREVE




É nosso dia companheiro
Nosso é o trabalho de nossas mãos
Nossas máquinas que movemos
Nossos os frutos da produção

Já vou me esperam os companheiros
Irmãos de classe para lutar
Parando as máquinas falaremos
E a nossa voz se ouvirá

É nosso dia companheiro
Nosso é o trabalho de nossas mãos
Nossas máquinas que movemos
Nossos os frutos da produção

Avante vamos classe operária
Avante todos os oprimidos
Parando as máquinas e no silêncio
Do operário se ouça o grito

É nosso dia companheiro
Nosso é o trabalho de nossas mãos
Nossas máquinas que movemos
Nossos os frutos da produção



* Hino composto e cantado pela primeira vez entre fins de outubro e início de novembro do ano de 1979, durante os "piquetões" nas portas das fábricas metalúrgicas que estavam em greve, na Zona Sul da cidade de São Paulo.Em 30/10, segundo dia de greve, o operário e metalúrgico Santo Dias da Silva, foi assassinado pela PM na porta da metalúrgica Sylvânia.