terça-feira, 29 de dezembro de 2015

sábado, 19 de dezembro de 2015

Quem venceu os atos de dezembro? A democracia, claro!

Reproduzo a informação do inimigo. Sim da "Falha de SP", que não pode "simplesmente" negar que o ato contra o golpe e pela mudança na política econômica reuniu o maior número de pessoas dispostas a defender a democracia.

E foi tão significativo que o próprio Levy preferiu sair de cena, exonerou-se do cargo de (si)nistro da Fazenda, uma luta foi conquistada (não ganha), e ainda falta derrubar o CUNHA.

Segue então o que a imprensa deles (dos ricos) não gostaria de ter noticiado:

(e sempre distorcido, claro!)


Imprensa 1 - Folha:






Ato contra impeachment reúne 55 mil pessoas em SP, segundo Datafolha Veja DE SÃO PAULO 16/12/2015 21h07 Três dias após as manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, protestos contrários à destituição da petista ocorreram nesta quarta (16) em ao menos 21 capitais do país mais o DF. Segundo o Datafolha, 55 mil pessoas foram aos atos em São Paulo, que partiram da avenida Paulista, em frente ao Masp, e se dirigiram até a praça Roosevelt. 

No horário de maior movimento do protesto, às 19h, 45,4 mil pessoas estiveram no ato. Ainda segundo a pesquisa, 14,8 mil pessoas ficaram durante todo o tempo do protesto. No último domingo (13), 40,3 mil pessoas estiveram na avenida Paulista em defesa do impeachment, número distante do pico de março, quando 200 mil pessoas foram aos protestos contra o governo. Embora os atos desta quarta­feira tenham contado com a participação de manifestantes espontâneos, a imensa maioria era ligada a movimentos ou centrais sindicais. Essas entidades condicionaram a participação nos protestos à possibilidade de fazer críticas ao ajuste fiscal promovido pelo governo de Dilma. 

Segundo a Folha apurou, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), mais próximos ao PT, eram contrários às críticas ao Planalto durante os atos. Marlene Bergamo/Folhapress Manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff, na avenida Paulista, em São Paulo Outras entidades presentes, no entanto, como MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem­Teto), Intersindical (ligada ao PSOL) e Frente Povo Sem Medo ­que articula vários grupos­, temiam que os movimentos parecessem "chapa­branca". Um dos líderes do MST, Gilmar Mauro afirmou que o ato deve "colocar uma pá de cal" no impeachment e que o próximo passo será cobrar da presidente a discussão das "pautas dos trabalhadores". Já o coordenador­geral da Central de Movimentos Sociais, Raimundo Bonfim disse que a reunião é uma oportunidade para Dilma "entender quem é que está com ela". CUNHA 

As manifestações também tiveram como alvo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB­RJ). O deputado, que aceitou o pedido de impeachment da presidente, é alvo de dois inquéritos no STF por suspeita de envolvimento com a Lava Jato, além de uma nova apuração que averigua se ele atrapalhou as investigações. No Rio, em Brasília e em São Paulo, quando locutores em carros de som anunciaram que a Procuradoria Geral da República pediu o afastamento do presidente da Câmara, os manifestantes gritaram "Ai, ai, ai, empurra o Cunha que ele cai". Junto ao canto, os gritos de "fora, Cunha" e "não vai ter golpe" também foram repetidos nos atos desta quarta. 

Coordenador do MTST, Guilherme Boulos afirmou que "esse impeachment é ilegítimo, é fruto de chantagem de Eduardo Cunha". "É uma saída à direita para a crise", disse ele, que também disparou contra o vice­presidente, Michel Temer. "Quer escrever carta, v/2015 Ato contra impeachment reúne 55 mil pessoas em SP, segundo Datafolha ­ 16/12/2015 ­ Poder ­ Folha de S.Paulo http://tools.folha.com.br/print?site=emcimadahora&url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/12/1720023­ato­contra­impeachment­reune­55­mil­pesso… 2/2 trabalhar nos Correios", atacou, em referência à carta enviada por Temer a Dilma no último dia 7. Em cidades como Salvador e Porto Alegre, manifestantes usaram máscaras de Cunha e levaram cédulas falsas de dinheiro durante o protesto. 

Já no Recife, além do presidente da Câmara, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) também foi alvo dos manifestantes. Possível sucessor de Cunha, o ex­governador de Pernambuco é visto como aliado da oposição a Dilma. LULA Lula, que estava em Brasília, não foi às manifestações. Segundo Paulo Vannuchi, ministro de Direitos Humanos na gestão do expresidente, ele não compareceu porque "tem muita gente aqui que é contra a presidente e que não gosta do PT." Seguindo uma sugestão de Lula, o comando do partido mandou um representante ao ato em São Paulo, mas não teve participação expressiva para evitar disputas com os movimentos sociais. O presidente estadual do PT, Emídio de Souza, representou a legenda. Ele reconheceu que havia "militantes que não apoiam Dilma, mas que são contra o golpe".

Imprensa 2: EBC


Secretaria revê para 50 mil cálculo de público em ato contra impeachment em SP

  • 17/12/2015 13h33publicação
  • São Paulolocalização
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo corrigiu a sua estimativa de público na manifestação de ontem (16) na capital paulista contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Até a noite de ontem, a Polícia Militar (PM) informava que havia 3 mil pessoas no ato. Em comunicado divulgado no final da manhã de hoje (17), o número foi revisto para 50 mil participantes no ápice do protesto.
“O registro de 3 mil manifestantes refere-se ao início da manifestação, atingindo 50 mil manifestantes no seu ápice, pela contagem da PM”, afirma a nota. “Foi noticiado apenas 3 mil manifestantes como número total, confundindo e desinformando a população”, diz a secretaria.
A manifestação organizada por movimentos sociais e sindicais contra o impeachment de Dilma teve início por volta das 17h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), região central da capital. Quase uma hora depois, os manifestantes saíram em caminhada pela Avenida Paulista, Rua da Consolação e Avenida Ipiranga, encerrando o ato na Praça da República.
Edição: Juliana Andrade

Imprensa 3: Rede Brasil Atual

Contra o golpe, movimentos sociais organizam atos públicos nesta quarta

Além de defender a democracia e o mandato de Dilma, conquistado nas urnas, manifestações em todo o País também protestarão contra as medidas do ajuste fiscal que impactam a classe trabalhadora
por ABCD Maior publicado 15/12/2015 09:59, última modificação 15/12/2015 10:48
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
FF-ManifestacaoRJ-20151208-21.jpg
Novo ato na Paulista, às 17h, desta vez pede respeito ao resultado das urnas
ABCD Maior – Com o apoio de sindicatos de trabalhadores, movimentos sociais e partidos políticos, a avenida Paulista será palco de novo protesto nesta quarta-feira (16), desta vez contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e contra as medidas do ajuste fiscal que penalizam os trabalhadores. A mobilização, que defende a democracia e o resultado das urnas em 2014, ttambém será realizada em outros estados do Brasil.
Em São Paulo, o ato terá início a partir das 17h, no vão livre do Masp. Manifestações em outras cidades do país também marcarão a resistência contra o a tentativa de golpe contra as instituições democráticas. Setores da sociedade que defendem o impeachment da presidenta convocaram manifestações no último domingo (13), mas com resultados abaixo do esperado pelos organizadores.
"Não podemos nos pautar pelo pequeno número de pessoas que compareceram ao ato de domingo. Temos que trabalhar para virar rapidamente a página do golpe. O Congresso não pode ser irresponsável a ponto de empurrar de forma definitiva o impeachment", afirmou Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo.
A exemplo dos 17 governadores que declararam apoio a presidente Dilma na última semana, ontem (14) foi a vez de 14 prefeitos divulgarem carta elogiando a presidenta e criticando o impeachment. A carta congrega prefeitos de vários partidos, desde o PT ao PMDB, PSB, PDT, PSD, PP e PSB.
Imprensa 4: Brasil de Fato
Ato contra o impeachment reúne milhares na Paulista

Contra Eduardo Cunha e o ajuste fiscal, movimentos disseram que querem "a Dilma que elegeram".
16/12/2015
Por Bruno Pavan e Norma Odara,
De São Paulo (SP)

 
Crédito: Mídia Ninja 
Milhares de pessoas saíram as ruas em dezenas de cidades brasileiras para protestar contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), pedindo a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e por mudanças na política econômica do governo federal.
A manifestação ocorreu um dia depois da Polícia Federal cumprir um mandado de busca e apreensão na casa de Cunha, em mais uma etapa da Operação Lava Jato. O ato foi organizado pelas centrais sindicais e movimentos populares que pertencem a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo.
"Nós não precisamos de pato inflável na manifestação, nós enchemos a Paulista de povo", provocou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Em determinado momento, a organização do ato chegou a anunciar a presença de 80 mil pessoas. Segundo o Datafolha, foram 55 mil. Em termos comparativos, segundo o mesmo instituto, no último domingo (13), o ato a favor do impeachment reuniu 40 mil.
Ele também chamou a tentativa de impeachment de "oportunismo do PSDB" e lembrou que o ex - presidente Fernando Henrique Cardoso "inventou" as pedaladas fiscais. 
Durante o ato, os militantes souberam da decisão do Procurador Geral da República Rodrigo Janot de afastar Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados.
Política econômica
Além da defesa do mandato presidencial, os movimentos desejam que a crise política se encerre rapidamente para que o país possa se focar em outros problemas. 
"Esperamos colocar uma pá de cal rapidamente nessa questão do impeachment porque nós temos muito mais coisas pra resolver" disse o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, é preciso, após a superação da crise política, "ter de volta a Dilma que nós elegemos". "Temos que mudar esse ajuste econômico pra devolver o país aos trilhos".

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

NÃO VAI TER GOLPE!

NÃO VAI TER GOLPE!
Os setores golpistas da direita através de um grupo de parlamentares, liderados pelo deputado Eduardo Cunha, querem oimpeachment da Presidenta da República.
A maioria do povo brasileiro, através das centrais sindicais, dos movimentos  populares, dos estudantes, das organizações de juventude, mulheres, negros, LGBT, indígenas, das pastorais das igrejas, da intelectualidade democrática, bem como através da opinião de cada cidadão e cidadã, está se pronunciando contra o impeachment. Somam-se  amplos setores democráticos da sociedade civil, do mundo religioso, jurídico, intelectual e cultural do país.
Somos contra o impeachment, porque sobre a presidenta Dilma Rousseff não paira nenhuma acusação ou suspeita de crime, desonestidade ou ilegalidade. Não há qualquer fato ou decisão da presidenta, que possa ser considerado crime de responsabilidade. E sem crime de responsabilidade, não existe motivo para o impeachment.
Somos contra o impeachment, porque pretendem afastar a presidenta Dilma para revogar as conquistas e os direitos do povo brasileiro, para destruir e privatizar a Petrobrás, para submeter o Brasil aos interesses imperialistas. 
Somos contrários ao impeachment, porque sabemos das motivações criminosas do deputado Eduardo Cunha. Dono de contas bancárias na Suíça, onde estão depositados vários milhões de reais, dinheiro de origem ilícita, Cunha quer que a oposição o proteja da cassação, em troca do que promete manipular o processo de impeachment e cassar o mandato legítimo da presidenta Dilma.
Entendemos que se trata de um verdadeiro que afronta a democracia, a legalidade e a soberania do voto popular. Os que pretendem substituir Dilma Rousseff devem disputar as próximas eleições presidenciais, em 2018. É isto que pensam aqueles setores da oposição que também são contrários ao impeachment.
Queremos uma política econômica que retome e aprofunde o legado de conquistas sociais, promova a retomada do desenvolvimento, da distribuição de renda, da geração de emprego e da inclusão social.
Este é um momento de unidade de todo o povo, das forças democráticas, progressistas, na intransigente luta pelas conquistas democráticas. Conclamamos a presidenta Dilma a convocar o povo brasileiro a defender seu mandato, com este objetivo: retomar o programa vitorioso nas eleições presidenciais de 2014.
A decisão sobre o impeachment será tomada, ao longo das próximas semanas, pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Para derrotar os golpistas, apoiar os democratas convictos e convencer os indecisos, a Frente Brasil Popular conclama cada brasileiro e cada brasileira a se engajar na jornada nacional de lutas Em defesa da democracia, Não vai ter golpe.
Contra o golpe, em defesa da democracia!
Fora Cunha!
Por uma nova política econômica!
 
São paulo 7 de dezembro de 2015
Coletivo nacional dos 66 movimentos populares, pastorais e partidos politicos que conformam a FRENTE BRASIL POPULAR
 
Nota: Conclamamos a todos se mobilizarem em atos de massa nos estados, e na mobilização nacional programada para dia 16 de dezembro de 2015

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Bola dividida, opressões e repressões. A conjuntura exige resistência!



Bola dividida, opressões e repressões. A conjuntura exige resistência!

Cunha cai ou Cunha fica? Para quem recebe a bola agora esse chute define muito. E quem está com a bola? O PT, ou melhor os membros da bancada que estão no Conselho de Ética. De um lado a tuitada do presidente Rui Falcão, "não tem arrego", do outro os observadores do Planalto, "libera o cara" e no meio a esquerda brasileira assistindo como quem assiste jogo da seleção brasileira.

Avançar contra Cunha é assumir riscos. Mas quem quer ficar conhecido na história do Brasil como a força política que derrubou uma presidenta eleita democraticamente e que nada possui contra o seu governo dentro da legitimidade da legislação democrática-burguesa? O próprio PSDB ganhou a sua parte apoiando Cunha e agora capitaliza a sua derrubada, são vários deputados tucanos pedindo nas redes sociais "fora Cunha", é de enlouquecer o mais astuto dos cientistas políticos.

Cunha ameaça, compra, esbraveja e recua. Vai impor derrotas as medidas fiscais do governo Dilma, vai travar as contas e pensa até se arriscar com o pedido de "impedimento" da presidenta. Mas vai mesmo até o fim.

É de praxe o Congresso Brasileiro ser mais o lugar do acharque do que da posição. Foi brando com a ditadura, devolveu a democracia a meia boca, a constituição foi incompleta, o impedimento de Collor foi jogo de cena, as criticas ao governo FHC foram bravatas, a fúria contra o governo  Lula não passou das manchetes de jornais - a não ser pelo ação penal 470 e os petistas e aliados presos - tudo até agora passam mais pelos acordos e apertos de mão do que vontade efetiva.

O PT vence mais se avança do que recua!

Recuar representa um risco maior ao PT. Confirmaria as denúncias sobre a submissão e pactuação com um corrupto de quinta categoria (Cunha), e ainda mostraria mais fragilidade no campo da militância que daria o troco nas eleições, tornando a recondução de Lula mais difícil. Pois quem quer dar "cheque em branco" para um líder que no momento mais crucial prefere os velhos acordos?

Recuar é mostrar até onde chegamos, no "volume morto" da política. Perspectivas de avançar para um novo sistema político, ou enfrentar de fato o dilema desta democracia representativa e figurativa estariam quase nulas. A cada mudança no sistema eleitoral uma facada nas costas do povo brasileiro. Até os ministros do Supremo chantageiam o moribundo governo Dilma.

A ofensiva anti-PT é implacável. Assistir o noticiário global é como ver a oposição manifestando-se diariamente, em horas variadas e a todo momento, com uma análise pior que a outra numa versão do filme "Xuxa contra o baixo astral", o baixo astral vai derrotar a "rainha" dos de baixo.

Num freio de resistência há mais dirigentes do que partido. Ao assumir para si a posição contra as atitudes do senador Delcílio e a votação no Conselho de Ética, o presidente Rui Falcão mostra coragem com abandono, pois são suas posições enviadas por tuitada mesmo ou notas da presidência. A questão é onde está a direção? Onde estão os fóruns democráticos e coletivos do partido em resposta aos acontecimentos?

O PT era o partido das posições avançadas, progressistas e inovadoras. Não eramos surpreendidos, causávamos surpresa. Agora tomamos susto!

Outra vez escrevi sobre o caráter espectador da militância, que assiste essa novela "mexicana" com a dor de quem lutou e luta ainda hoje. 

2015 foi um ano de atos pela democracia, da frente Brasil Popular, do Povo sem Medo, das margaridas, do povo negro, dos cabelos crespos e resistências.

Também foi a porta do inferno, mostrando que uma direita antes resignada e "politicamente correta" mostrou seus dentes, ferozes na defesa de privilégios, dócil diante das tragedias contra o povo trabalhador e truculenta contra o direito de manifestação, portando armas, num país onde o porte tem restrições sérias.

Em São Paulo, centro financeiro do capital e meca das lutas sociais vive agora a conjuntura das escolas ocupadas, onde o governo imperial do tucanato pagou para ver, tentou desocupar a força e no momento não vê saída para sua própria fome de lucros. 

Tenta usar toda força que tem na mídia, Impõe  e coloca sua "tropa de choque" contra os estudantes, e coloca os piores burocratas da sua corja para falar em nome do governo estadual, ele próprio - o picolé de chuchu - diz que não vai ter repressão, mas na pratica o "pau come" a cada ato democrático.

A indiferença é a maior oposição as lutas dos estudantes. Confirmando que a classe assalariada média gosta de um discurso, fala o "blablabla" da defesa da educação, mas quando algo realmente acontece e reage a favor disso, mostra o lado real da submissão de joelhos ao sistema.

Resistir é preciso, viver não é preciso.

Nem o natal irá parar essa intensa lutas de classes em que estamos vivendo nesse atual momento.

FPA Informa 335 ­ Recessão prossegue e impõe mudança de estratégia

Ou Levy cai ou caem as conquistas do período do governo Lula-Dilma.
Boa leitura!



ECONOMIA NACIONAL Recessão prossegue e impõe mudança de estratégia: O resultado do PIB do terceiro trimestre no Brasil assustou a maioria dos analistas, ao indicar uma deterioração ainda maior que a esperada. Na média, os analistas esperavam uma queda de 1,2% do PIB na comparação com o trimestre imediatamente anterior. No entanto, os resultados divulgados pelo IBGE mostram uma queda de 1,75% nesta comparação, totalizando queda de 4,5% na comparação com o mesmo trimestre de 2014. Todos os componentes do PIB apresentaram queda: pela ótica da oferta, a indústria teve queda de 1,3%, a agricultura diminuição de 2,4% e os serviços -1%; já sob a ótica da demanda, a queda do consumo das famílias foi de 1,5%, os investimentos caíram 4% e apenas o consumo do governo apresentou leve crescimento, de 0,3%. O alento veio do setor externo, onde as importações caíram 6,9% e as exportações diminuíram apenas 1,8%, aumentando o superávit comercial e reduzindo a necessidade de financiamento doméstico em moeda estrangeira. Comentário: A queda do PIB, apesar de já aguardada, veio acima do esperado. 


A recessão prossegue em um ritmo muito acelerado, destruindo emprego, renda e lucros pelo caminho. A ideia de uma “recessão controlada”, planejada para amenizar os efeitos inflacionários da recomposição dos preços relativos (tarifas públicas e câmbio), fracassou e deixou para trás uma recessão fora do controle, não trazendo consigo nenhum elemento que aponte para a recuperação econômica no curto/médio prazo. 

A recomposição dos preços ocorreu, trouxe consigo os efeitos inflacionários (que não foram significativamente afetados pela alta dos juros ou queda do PIB) e não trouxe a recuperação da confiança dos empresários, muito menos a recomposição das taxas de rentabilidade que poderiam promover a retomada do investimento privado. Conforme já alertado por diversos economistas, a estratégia recessiva apenas serviu para destruir os horizontes de investimento privado, deteriorar as expectativas empresariais na esteira da queda da demanda agregada e da retração do crédito, além de deteriorar ainda mais as combalidas finanças públicas devido à queda de arrecadação decorrente da recessão.

 Sair desta armadilha que o país adentrou não será fácil e passará, necessariamente, por uma mudança no discurso e na ação política e econômica do governo, que deve comunicar que o ajuste dos preços  relativos se completou e que, para o futuro, o tema a ser enfrentado é o da retomada do crescimento econômico. As ferramentas, mesmo que pouco ortodoxas, existem e estão à disposição do governo: a manutenção do atual patamar cambial (que incentiva as exportações e reduz importações), a manutenção da atual taxa de juros real (que permitirá a redução da taxa nominal, uma vez que os índices inflacionários caírem no início de 2016) e a retomada dos investimentos e crédito, através da criação de um fundo de investimentos que utilize parte do excesso de reservas internacionais que o país acumulou ao longo dessas décadas. 

A comunicação adequada do fim do ciclo recessivo, da abertura de uma nova estratégia (negociada com os setores empresariais e trabalhadores) de retomada do investimento e do crescimento, além da escolha adequada das ferramentas utilizadas para esta estratégia(priorizando investimentos públicos e privados com alto efeito multiplicador, além de crédito direto às empresas e consumidores, não ao sistema bancário privado), pode ser a chave para a superação desta recessão, que ameaça prosseguir a todo vapor ao longo de 2016. 

ESTAMOS COM O POVO VENEZUELANO E APOIAMOS O PROCESSO ELEITORAL BOLIVARIANO




ESTAMOS COM O POVO VENEZUELANO E APOIAMOS O PROCESSO ELEITORAL BOLIVARIANO

         Nos últimos quinze anos o processo bolivariano realizou dezesseis eleições e consultas populares na Venezuela.  Nenhuma delas foi contestada. Ao contrário, permitiram a eleição de notórios oposicionistas do processo bolivariano e vetos a mudanças constitucionais.
         O governo nunca contestou os resultados, mesmo quando estes lhes foram desfavoráveis.
         A Venezuela possui um eficiente, seguro e reconhecido sistema eleitoral que inclui urnas eletrônicas, identificação digital por tinta indelével e impressão de canhotos dos votos em papel– processo que permite fiscalização e questionamento, a posteriori, de todas as zonas eleitorais do país.
         Como qualquer outra, a sociedade venezuelana tem problemas e dificuldades, e para enfrentá-los vem buscando e encontrando as soluções adequadas aos interesses de seu povo.
         O povo venezuelano, a imprensa e  todas as formas de organização social participam ativamente da vida política com ampla e reconhecida liberdade.
Assim, nós, intelectuais e dirigentes de movimentos populares das Américas vimos a público para:
-       Apoiar o processo de consulta democrática que se realiza no país.
-       Apoiar a Revolução Bolivariana, que visa melhorar as condições de vida do povo.
-       Refutar toda e qualquer tentativa de ingerência de poderes políticos e econômicos externos para influenciar o processo eleitoral.
-       Repudiar todos os atos de violência que pretendam conturbar as eleições.
         O povo venezuelano sabe muito bem quem são seus inimigos e quem são seus aliados.
         Nós somos seus aliados.
Continente americano, 30 de novembro de 2015.

PRIMEIRAS ADESÕES
Alain Harrison,  citoyen, Québec, CANADA
Alcides García, periodista y educador popular, CUBA
Anivaldo Padilha, lider ecumênico e militante dos Direitos Humanos, BRASIL
Anita Prestes, escritora e professora universitária, Rio de janeiro, BRASIL
Adriano Esteves, do MTC, movimento dos trabalhadores do campo, Alagoas, BRASIL
Ariovaldo Ramos, pastor evangélico,  Visão Mundial, BRASIL
Carole Radureau, Militante des droits humains, Magnanville, France
Célia Regina Vendramini, professora na Universidade Federal de Santa Catarina, BRASIL
Claude Baesens,Professeur à l’Université de Warwick, Royaume Uni (REINO UNIDO)
Claudia Korol, jornalista e educadora popular, feminista. ARGENTINA
Daniel Veltin, Responsable associative, FRANCE
Dominique F. Dionisi, FRANCE
ELIETTE PERNOT, FRANCE
Eric Nepomuceno, escritor, Rio de Janeiro, BRASIL
Fernando Morais,  escritor, São Paulo, BRASIL
Gaudencio Frigotto, professor universitário, Rio de janeiro, BRASIL
Ignacio Ramonet, escritor, ESPAÑA
Horacio Martins de Carvalho,  pesquisador agrário- Parana, BRASIL
Jacqueline LAVY, Ciudadana, Francia
Leopoldo Nunes, cineasta, Rio de janeiro, BRASIL
Léone Mayero, France-Uruguay
Joao Pedro Stedile- MST- Via campesina, BRASIL
Julie Devès, Rédactrice presse citoyenne et libre, FRANCE
Manuel Bertoldi, Dirigente de “Pátria Grande”, ARGENTINA
Marcos  Barros, pastor evangélico, BRASIL
Michel Maillet , médecin , France 
Paola Estrada, da secretaria operativa dos movimentos populares da ALBA
Paul Nicholson, via campesina, PAIS BASCO
Raimundo Bonfim - Central de Movimentos Populares-CMP, BRASIL
Rémi Durieux, FRANCE
Ricardo Gebrim, dirigente da consulta popular e do sindicato dos advogados de São Paulo, BRASIL
Sfia Bouarfa, Députée Honoraire, Ancienne Sénatrice, FRANCE
Silvana Maria Gritti, professora, BRASIL
Sylvie Carrasco Marano, FRANCE
Thiago Pará - dirigente do Levante Popular da Juventude e Secretário Geral da União Nacional dos Estudante (UNE) – Brasil
Tuca Moraes, atriz e produtora cultural, Rio de Janeiro, BRASIL
Valter Pomar, professor universitário e militante do PT, São Paulo, BRASIL