quinta-feira, 24 de março de 2016

ÂNIMO, MILITANTE!



 ÂNIMO, MILITANTE!

            Sabemos que há um tempo para tudo; que se ligam o presente e o passado, pois o que foi não se encontra superado, e o que é está caindo em desapreço. Mas é o futuro que está sem endereço e precisa de uma forte intervenção. Falta um acerto na canção e pôr as notas na nova melodia; ascender em cada mente a rebeldia e pôr-se em marcha na mesma direção..

            Não se amedronte ao ver que os tribunais e o parlamento se agigantam sobre todas as conquistas, eles são o que de pior já se inventou na ordem capitalista. Nessas instâncias o indivíduo concentra a autoridade e faz da sua função uma extensão de suas propriedades. Escondem-se sob o manto das representações, e ignoram a vontade dos milhões de sujeitos que compõem a sociedade.

            Não se envergonhe quando as televisões repetem reportagens, expondo com imagens, vozes e letreiros, a linguagem e a revolta de nossos companheiros. É próprio do caráter dos patrões fazer politicagem, esconder a verdade e alimentar os noticiários com bobagens. No entanto, mostram que são infinitamente inferiores e temem as palavras duras dos trabalhadores, porque são sinceras e cheias de coragem.

            Não se acomode nem se deixe tomar pela impotência. Levante, vá às ruas, mostre a sua consciência, carregada de saberes e de lições. Não dê ouvidos aos que pedem paciência, nem para aqueles que adoram as instituições. Há momentos que somente os empurrões podem abrir o caminho para a frente. Acredite que os elos da corrente, têm imensa fraqueza no cadeado; rompe-se a impostura de poderes concentrados, quando se assume com vigor as tarefas do presente.

            Aproveite e faça uma revisão. Compreenda que apenas uma intenção, não faz a história. Que a ausência temporária de conflitos, não é sinal de Paz nem de vitória. A vitória só vem quando ficam do outro lado, contingentes de inimigos derrotados. Aprenda pela sua vida inteira, que a burguesia é sempre traiçoeira e vai lhe atacar mais dia menos dia. Por que então aliar-se aos inimigos, se já sabemos que joio é joio, trigo é trigo e em toda a história sempre fomos a maioria?

            Aceite os desafios, não as provocações! Mostre que as revoluções sempre começam e seguem em frente, porque as forças populares se levantam em todos os lugares e se mantêm em luta permanente.

            Por fim, não perca as esperanças, também não aja por vingança, ódio ou espírito mercenário. Lembre que o amor é revolucionário, faz por si e por todas as nações; basta pôr em marcha as multidões que o processo como o rio segue adiante. Assuma a sua função de comando, porque as tarefas já estão dadas. Levante e faça da madrugada, o momento do novo amanhecer. Ânimo, força e persistência, é hora de fazer com coerência, o futuro que queremos ter.
                                                                                  Ademar Bogo
Teixeira de Freitas, Bahia.

terça-feira, 22 de março de 2016

MANIFESTO DAS/OS ASSISTENTES SOCIAIS PELA DEMOCRACIA.Apoie este Abaixo-Assinado. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante.


LINK DO ABAIXO ASSINADO: http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR89289


MANIFESTO DAS/OS ASSISTENTES SOCIAIS PELA DEMOCRACIA

Para: Povo brasileiro. Assistentes Sociais.

MANIFESTO DAS/OS ASSISTENTES SOCIAIS PELA DEMOCRACIA! 

MANIFESTO DAS/OS ASSISTENTES SOCIAIS PELA DEMOCRACIA! 
Considerando a conjuntura atual do Brasil, que passa por uma grave crise política e institucional, são de extrema importância o exercício do diálogo, a busca pelo conhecimento e a tomada de posição. 

Todos os dias somos bombardeados com novas notícias de corrupção e escândalos envolvendo o Partido dos Trabalhadores e seus representantes porém, há de se deixar claro que tais denúncias são motivadas pela parcialidade da mídia, que claramente possui um caráter plutocrático e golpista, bem como do judiciário, que atropela a legislação com divulgações ilegais e coloca em cheque as instituições democráticas, que desde a queda da ditadura militar em 1985, foram duramente construídas e até hoje encontram-se em processo de consolidação. 

Deste modo, nós Assistentes Sociais, nos manifestamos em relação aos seguintes pontos: 
1. Na Câmara dos Deputados há um número significativo de parlamentares envolvidos por denúncias na Operação Lava Jato mas, o foco das publicações midiáticas está na presidente Dilma. É notório quando falamos em corrupção, a figura do deputado Eduardo Cunha na condição de presidente do processo de impeachment se configura como uma afronta à inteligência e ao bom senso das pessoas visto que, o citado deputado possui muito dinheiro em suas contas na Suíça, fruto de uma renda não declarada. 

2. Sem dúvidas, todos devem ser investigados e punidos. Mas, não podemos deixar de perceber que há uma visível aliança de parte do Judiciário com a Mídia, mobilizando o "saudoso" Conservadorismo de tempos da Ditadura Militar, bem como o Neoconservadorismo, geralmente individualista e sem claras propostas para o Brasil. Isso é perceptível quando pessoas vão às ruas não contra uma pessoa, mas contra o projeto político implementado nos últimos anos e sem a defesa de um projeto claro, sem direção política, tornando instável e duvidoso os reais interesse deste movimento. 

3. Fora o caráter político, nota-se que juízes possuem opiniões partidárias e pré-julgamentos, bem como atropelam as normas legais e constitucionais de forma a implantar o caos, com vazamentos irregulares – e cabe destacar, ilegais -, como também com condutas desnecessárias e crime de segurança nacional. Tudo isso, analisamos, em nome de uma pirotecnia e sensacionalismo midiático. Quando a justiça trabalha de forma parcial, com pré-julgamentos e sem levar em conta a legislação, estamos falando claramente de uma ameaça ao Estado Democrático de direito. 

4. O que está em questão não é a defesa de um partido A ou B, mas da DEMOCRACIA DO NOSSO PAÍS. Não aceitamos de forma alguma pedidos de intervenção militar e pedidos de impeachement sem base legal e por isso, sem fundamento. 

5. É notório que o perfil das pessoas que vão às ruas, em sua maioria, possui uma alta renda, deixando claro o caráter classista das manifestações favoráveis ao impeachment da Presidente Dilma. O que nos assusta nisso tudo é o discurso contra as políticas sociais, numa crítica rasteira aos programas de transferência de renda, principalmente ao bolsa família. Notamos que estes colocam um caráter pejorativo aos usuários culpabilizado-os pelas suas condições de vida. Enquanto profissionais, que também trabalhamos com a política de Assistência Social, condenamos veementemente toda e qualquer forma de preconceito e discurso de ódio contra as famílias inseridas no Programa Bolsa Família. 

6. Como profissionais que atuam nas expressões da “questão social”, é nosso dever alertar aos que como nós são defensores dos direitos sociais e aos nossos usuários, a gravidade do discurso de ódio e de classe existente em curso, e por muitas vezes racista, que além de preconceito é crime. 

Assim, Convocamos os/as Assistentes Sociais para irem às ruas, ao diálogo e na defesa INCANSÁVEL da democracia. 
Defendemos a ampliação das políticas sociais, mais financiamento para as políticas sociais, mais controle social, respeito às decisões das conferências de políticas e de direito, e por isso, AVANÇOS na justiça social e na defesa da classe trabalhadora. 

POR MAIS DIREITOS E MAIS DEMOCRACIA! 

Assinam esse manifesto: 

1. Shellen Galdino. Assistente Social e Mestre em Serviço Social (UFPB) 
2. Aline Maria Batista Machado. Professora de Serviço Social (UFPB) 
3. Elaine Nunes Silva Fernandes. Professora Mestra em Movimentos Sociais/ UFAL 
4. Elisabete Vitorino Vieira. UFPB 
5. Carmem Dolores da Silva. Assistente Social. 
6. Dalnes Gondim. Assistente Social da PMJP. 
7. Míriam Cavalcante Rodrigues. Mossoró/RN 
8. Thyone Assunção Silva Santos- Assistente Social. SEMAS/ SMS. Maceió/AL. 
9. Maria de Fátima Dantas Galvão 
10. Maria Aparecida Pereira da Silva 
11. Erlandia Lima Santos
12. Ricardo Leão. Assistente Social e Mestre em Serviço Social
13. Valdismagna Novais de Santana
14. Anajara Nascimento Tavares
15. Serviço Social para Concursos
16. Valdir de Lima Silva
17. Noeli Lopes Cordeiro Residente Multiprofissional -UFPB
18. Acácia Cristina Reis de Andrade Brito
19. Jaciara dos Santos Silva Professora de Serviço Social (FIP-Patos) 
20. Jonathas Soares. Recife/PE 
21. Camila Vaz de Freitas
22. Adriana Ferreira de Oliveira
23. IZAIRANE DUTRA DE SOUSA DUTRA
24. Leni Oliveira
25. Maria Rosa das Neves Araújo
26. Nara Veloso Correia
27 ANA PAULA MORAIS DA SILVA
28 Amanda Lopes Silva
29 Nadia Lene. Assistente Social
30 Edna Aparecida Guido
31 Bruna Rodrigues de Almeida Lima
32 Andreia pereira da silva rocha
33 Bruna Surdi Alves
34 Ana Luiza Pereira Dantas
35 Paola Loureiro Carvalho
36 Jéssica Juliana. Assistente Social
37 Raphaela Beserra Ramalho
38 Nadja Carla Souza Corrêa
39 KÁSSIA JÉSSICA PINHEIRO MELO
40 Ana Lúcia Menezes do Carmo
41 Viviane Alves Machado
42 Fabiana Paschoal dos Santos. Assistente Social - Especialista em Serviço Social e Saúde 
43 Jane oliveira
44 Tatiane Moraes de Sal 
45 Angela Beatriz Trindade Girardi 
46 Carlos Eduardo Ferreira Damasceno Silva 
47 Cintia Falcão Brito 
48 Vera Elisa De Carvalho Ponchio 
49 Dayana Pereira de Almeida 
50 Eliana marta Barbosa 
51 Diane Balbinot 
52 Ivaneide de Souza Ferreira 
53 Samara Klislane Torres da Rocha 
54 Yanara de Souza 
55 Vanderlei Benaci 
56 Priscila presotto 
57 IVONE GOMES DE FRANÇA 
58 DILSO LEANDRO DE SOUSA 
59 Danielly Tavares 
60 Fabiana Souza 
61 Faustina Viana Silva 
62 Ceres Ferreira Hartmann 
63 Alessandra Soares Alves Azeredo 
64 Debora Flamia Vieira 
65 Mercy Marshall 
66 Maria Therezinha Bastos Fini 
67 ELZA BETANIA PORTO DE MOURA 
68 Syrleide Gomes Correia 
69 ROMÁRIO HENRIQUE VITORIANO DE OLIVEIRA 
70 Alexandra de Souza Trivelino 
71 jennifer tavares da silva 
72 Luciano Izidoro 
73 Solange Moura Gomes 
74 EMANUEL LUIZ PEREIRA DA SILVA 
75 Thiago Martins Pinto 
76 Nadja Deborah Cardozo de Souza 
77 GISELA RESENDE GARCIA 
78 Jane Klecia de Oliveira 
79 Márcia de Sousa Figueiredo Teotônio 
80 Kattia Gerlania Soares Batista 
81 Suelen Vieira Costa 
82 Adriana Giselle Alves Carvalho 
83 Edinalva Pereira Rodrigues 
84 Sarah cintia maciel pinto 
85 Orlaneide Cristóvão 
86 Fernanda Amélia Cruz 
87 Katarina Calado 
88 Niedja Lúcia da Silva Santos 
89 Jessika Walter Araujo 
90 Tereza Costa 
91 Aline Mendonça 
92 Laísa Nascimento 
93 Maciana de Freitas e Sousa 
94 Patrícia Alessandra Trindade costa 
95 Aurineide maria de oliveira 
96 Roberto Novaes 
97 Marilza Donizeti da Silva de Castilho 
98 arlinda silmaria vieira 
99 Gislaine Cassia Leal 
100 Sebastião Rodrigues Marques 
101 Marluce Pereira Silva 
102 Maria Cristina Fernandes Silva 
103 Júlio Vieira Menezes 
104 Aline Soares Vitoriano 
105 Alice de Siqueira Silva - MT 
106 Adriana Barbosa dos Santos 
107 Marcelo Nascimento Rocha 
108 Juliane Carla Rodrigues Bezerra - Assistente social (PE) 
109 DIDEANNE CYNARA ALVES NUNES 
110 Eloisa Freitas 
111 Vânia Aguiar 
112 Ana Célia Pereira Vieira 
113 Michelle Scala caldas 
114 Thaysa gazaniga ferreira bernert 
115 Najara Sousa Medeiros 
116 Leudenia Maria Oliveira dos Reis 
117 Damiana Deuzulene Gonçalves Saraiva e acadêmica Serviço Social 
118 Fabíola Lacerda 
119 Fernanda Sonaglio 
120 Elaine Simone Costa Silva 
121 Rosângela Maria dos Santos 
122 Juliana Pedro da Silva (UFPB) 
123 ADEMIR VILARONGA RIOS JUNIOR 
124 Danny Santos 
125 Silmara de Cássia Oliveira Ferreira 
126 Emile Regina Bueno 
127 Carlos Alberto Oliveira Bonifácio Júnior 
128 Daniela Ferreira Leite de Oliveira 
129 Vanessa Rosi 
130 Patrícia Larrissa de Lima Oliveira 
131 Izabel Cristina Castro Veloso Ribeiro 
132 Iara Regina Teixeira Ribeiro 
133 Jacqueline Ernesto 
134 Nite Muniz 
135 Thuanny Priscila de Araújo Silva 
136 Michelle de Assis da Rocha 
137 Míriam Rodrigues 
138 Imaculadam Camargo 
139 Rodrigo Faria Pereira 
140 Bismarck Oliveira da Silva 
141 Márcio Monjòlo 
142 marilene a fischer 
143 adelina baldissera 
144 Orlando Gomes Dantas 
145 Joel Aparecido olivo 
146 Claudia Rejane Lino da Silva 
147 Fernando Abath Cananéa 
148 Jane Cruz Prates 
149 Maria Nizan de Sousa 
150 Gerson Dias Olivo 
151 Adriano Portela 
152 Anailandia Souza 
153 IONEIDE DA COSTA SILVA 
154 Mônica Campos dos Anjos 
155 Raquel Paiva Gomes 
156 Graciene de Souza Rocha Cunha 
157 Vera Suzana miranda 
158 Flávio Urra 
159 Vera lucia silva de lima 
160 Ruben Sisto 
161 Beatriz Rebolho 
162 Juliana Cassim Teixeira 
163 VALÉRIA GADELHA SANTOS ANDRADE 
164 Unimeire Gabriela de Araujo Moura 
165 Sonia Maria Mimura Cortez 
166 cristina surdo 
167 Sabrina Salvador Andrades 
168 Lucia de Fatima Figueiredo 
169 Delficastro Gonçalves de Andrade 
170 Claudiane da Silva Tavares 
171 Marta Schaefer 
172 Maria Helena de Aquino 
173 Jetson Lourenço 
174 Aryelle Sousa 
175 Angelo Luiz de Lima Tetilia - Assistente Social 
176 Lidiane Ferreira Candido 
177 Flávia Dantas de Sousa 
178 Brenda Medeiros 
179 Janne Rocha Janne 
180 Tiana de Jesus Araújo Borba 
181 Angelo Luiz de Lima Tetilia - Assistente Social - Dourados MS 
182 Juliana dos Santos Nascimento 
183 Mariana Victor barbosa 
184 Veronica dos Santos Oliveira 
185 Débora Aparecida Araujo Galli 
186 José Valdir Ferreira de Azevedo Junior 
187 Tereza Cristina Oliveira da Silva 
188 Clevislane de França Silva 
189 Francineide Alves de Sousa 
190 Roberto dos Santos Pimentel 
191 Isabel de Sousa Lins 
192 CLAUDINEIDE REIS DOS SANTOS 
193 Viviane Zanuni 
194 Janna Candido de Oliveira 
195 Luzimar Lacerda Rolim 
196 Chirli Francini de Oliveira Vieira 
197 Luzipere Pereira de Araújo Ferreira 
198 Simone Diehl 
199 Arlete Lobo Reis 
200 Andréa Paula Sousa Peixoto 
201 Cimeia Cristina Reis 
202 Lanuzia Alves dos Santos Bezerra 
203 Priscila Wilkella de Vasconcelos Andrade 
204 Viviane Almeida 
205 MILENA DINIZ MENEZES 
206 Breno Cesar de Morais Xavier 
207 Kamilla Verônica 
208 Willyam Sousa 
209 Maria Carolina Nascimento Silva 
210 Maria de Fátima Peralva Souza Vivas ( Assistente Social ) 
211 Judizeli Baigorria 
212 Isaura Danda 
213 Karine Fernandes de Souza 
214 alessandra Almeida da Silva Lima 
215 isabel tavares 
216 Nailê Rocha 
217 Márcia Sueli Queiroz 
218 Julyana de Lira Fernandes. Assistente Social e Mestranda em Educação 
219 Suely dos Santos Cunha Sandoval 
220 Michelly Laurita Wiese (UFSC) 
221 WIGNA LETICIA DUTRA DOS SANTOS 
222 Thiago Meneses 
223 Dinelma gomes barbosa 
224 Liv Najara de Camargo 
225 Eliane Buciman de Lima Rossi 
226 Adriana Fratoni Pereira 
227 Fernanda ferreira canfield da luz 
228 glauce karine alves dias 
229 CAMILA DE PAULA SOUZA CARNEIRO 
230 Eliza Favaretto Villani 
231 Leiliane Silva Santos 
232 Acélia de Oliveira Araujo 
233 Flávia Vieira 
234 Marli Barbosa Guterres 
235 Diva Cristina Mota da Cunha 
236 Juliane Pereira dos Santos 
237 Gilzyane RIbeiro Braz 
238 Ediney dos Santos Martins 
239 Elvira Maria Figueiredo Rego 
240 tatianne soares flor 
241 Mara Rosange Acosta de Medeiros 
242 Jéssica Pereira Santos 
243 SAMARA DA COSTA BANDEIRA DE FREITAS 
244 Sílvia Monique Pires Raposo 
245 Aildo Pimenta 
246 Thatiane Sobral Chaves 
247 franciney p. dos anjos 
248 Édina Mayer Vergara 
249 Cláudio Paixão 
250 Maria Betânia da Silva 
251 Monique Sarah Dias Freire Faheina 
252 Jairo Dias Nogueira 
253 Maklane Barbosa de Albuquerque Candido 
254 Alexandre Cruz 
255 Joana Lopes 
256 Maria B. de Siqueira Silva 
257 Miriam Leirias 
258 Christiane de Medeiros da Silva 
259 Renata Rodrigues Ferreira de Souza 
260 Maria Rosângela Pinheiro damaso 
261 Judite Vieira Rocha Maciel 
262 Adriano Araujo 
263 Renildo Lúcio de Moraes 
264 Natanael Marcolino 
265 Ana Florence Magalhães do Nascimento 
266 Maria do Socorro Estrela Lopes 
267 Bruna Amador Goncalves 
268 Laíse Santos 
269 JACELINO BATISTA DA SILVA 
270 Eluzyana raquel Targino Saturnino 
271 Maria Deivaneth Araujo Dias 
272 Maristela Ribeiro Amorim Franco 
273 Carlos Eduardo Freitas da Silva 
274 Erica Amanda Garcia Gobatti 
275 osvaldo soares 
276 Anarita Salvador 
277 cristine jaques ribeiro 
278 Cláudia Alves de Freitas 
279 Ana Maria Marcondes Cyrineu 
280 Maria Andréa Lima da Fonseca 
281 Samara Longo Fernandes 
282 Jse Danilo Braga Cunha 
283 Rodolfo Borges mota 
284 Andrea Pereira da Silva de Avila 
285 Sandra Marrocos 
286 Andressa pricila de Souza leite 
287 Elisabete Moreira da Silva Fabiano 
288 Juliana C. Pereira 
289 Eliene Estevão de Almeida 
290 Rosana Nobre Santos 
291 glaucilene gleidsan da silva andrade 
292 maria de fatima alves 
293 Maria Emilia de Souza 
294 Josimar Lucas do Nascimento 
295 Murilo PereiraVinhal 
296 Sancleyton Calixto Lima 
297 Claudia Winter da Silveira 
298 Fabiana Porto 
299 Helena Joana dos Santod 
300 Marcus Vinicius Sousa de Jesus 
301 Edna Gottert 
302 Luana Maria de Barros Guedes 
303 Joelma Brandão dos Santos Rocha 
304 Rociane Trajano da Fonsêca - Assistente Social- UFPB- Campus II 
305 Ana Carolina Santos da Silva 
306 Simone Maria Gauto 
307 Leia Brito 
308 Maria Leonilia Gonçalves Pereira Locatelli 
309 maria jose de castro capistrano 
310 Maria do Socorro Campos Fretas 
311 Andressa Xavier da rosa 
312 Susane Cármen Cardoso da Silva 
313 Anna Priscilla Matos de Lima 
314 John Keven Nunes Silva 
315 Aurenir Marinho Costa 
316 Priscila Rafaela da Silva Soares 
317 Larissa Tourinho 
318 Camila Macedo 
319 Flavinha Santos 
320 Bárbara Morais -Assistente Social 
321 Maria Elizabeth A. de S. Lima 
322 Rosimeire Antonio Pinto 
323 ADRIANA SANTIAGO ROSA 
324 Jhony Felipe Barbosa 
325 Silvana Melo da Silva 
326 Kleber Jose da Silva 
327 Mariza Altamira O araujo 
328 Klaverlane Ferraz da Silva 
329 EMANUELA SILVA BRITO 
330 Claudia Maria do amaral Fischer 
331 Maria Lucia da Silva bueno 
332 Kátia Mendes 
333 Amanda Cristina de Oliveira Silva 
334 Francisco Antonio Pires 
335 Simone B. de Assunção 
336 Lorena Pereira machado 
337 Maria do Socorro de Souza Vieira 
338 Janaina Teixeira 
339 Bruna Mirtis Silva 
340 francimaria Alves de Moura 
341 Sofia Ulisses Santos 
342 Debora Dga 
343 RITA DE Cacia Rios Guirra 
344 glaucimar gomes de britto antunes 
345 Marilene Morais 
346 Andréa Heidrich 
347 Luciana Paiva Cavalcante 
348 Lidinaldo Pacheco Marinho 
349 Ana Paula de Castro 
350 Joacely Carneiro Figueiredo 
351 Tereza de Jesus Garcia Matos 
352 Michele Leardini 
353 Marisa da Penha Pereira 
354 Alceu Salamoni 
355 Cristine Rodrigues Brito Brito 
356 Rosa de Lourdes Azevedo dos Santos 
357 sara nascimento 
358 Alexsandra Tomazelli Sartório 
359 Marina V. D. V. Mancini/ mestranda em serviço social na UFJF 
360 Luiza Ester Lima de Oliveira 
361 Lucilene aparecida Rosa da Cruz 
362 Suzana Sedrez 
363 Wagner Hosokawa - assistente social, mestre em Serviço Social pela PUC/SP, doutorando pelo Programa de Ciências Humanas e Sociais pela UFABC e docent 
364 Érika Flávia Soares da Costa 
365 Rosi Oliveira 
367 Carmem Barbosa 
368 Evelinny alves de oliveira 
369 Olga Chagas Costa 

domingo, 20 de março de 2016

Filme | Militares da Democracia: os militares que disseram NÃO


Patriotas, nacionalistas, enfim, não importa o nome.
Os militares que foram contra o golpe civil-militar defenderam o que era e é mais importante: a democracia.
A estes, o nosso respeito!

Três Irmãos de Sangue (Completo)


Queridos e queridas acompanhantes do blog. Pipoca, refri e sonhos...
Bom filme.

"Um filme que mostra um pouco do que foi a vida desses três irmãos revolucionários que o Brasil teve a honra de conhecer: Betinho, Chico Mário e Henfil."

sábado, 19 de março de 2016

Democracia. É isso que representou dia 18 de março. As imagens falam mais que as palavras!


lutemos, hoje, amanhã, sempre! A vida exige isso, é o sentido da vida.


Créditos das fotoso abaixo: Jornalistas Livres








segunda-feira, 14 de março de 2016

"Grândola, Vila Morena", sempre a democracia. Não recuaremos!



"(...) Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena (...)"
Zeca Afonso

Porque me toca e choro ao ouvir na voz de Zeca Afonso, Nara Leão, Chico Buarque e tantos e tantas vozes, vai ver porque é a mesma emoção dos portugueses quando venceriam a ditadura civil-militar durante da "revolução dos cravos" que castigava Portugal ou agora em nosso novo século o povo que calou o ministro português diante de um parlamento paralisado diante das vozes contra o nefasto capitalismo mundializado.

Democracia, é isso que significa ouvir e chorar ao sentir que o momento exige que se retome para vida o seu sentido. Sentido real, ideal e verdadeiro. Sentido a palavras que ficaram em desuso como emancipação, liberdade, coerência, ideais...

Não basta mandar as pessoas estudarem a história, é preciso ensina-lá.

Não basta a "luta livre" das redes sociais virtuais, é preciso reatar e fortalecer as relações de nossa classe.

Em tempos de homens partidos, a busca da unidade. Possível e necessária.

Romper com poucos interesses para defender interesses coletivos.

Se ainda choro é porque em mim não morreu aquela vontade de gritar bem alto: Democracia!

Democracia que te quero mais, renovada, ampla e distributiva - igual - nem menos e nem mais.

"Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade"

A democracia vive horas decisivas em nosso país.

Pela Legalidade Democrática
Fórum 21 convoca a intelectualidade brasileira à defesa da democracia, contra o golpe


A democracia vive horas decisivas em nosso país. 


O ar empesteado de avisos da véspera, lubrificados pelo Jornal Nacional, e pelas manchetes desta fatídica 6ª feira, 4 de março de 2016, desdobrou-se na ruptura longamente cevada, desde outubro de 2014. 

Os agentes da PF chegaram a residência do ex-presidente Lula e o levaram sob condução coercitiva. Praticamente sequestrado: durante horas não havia notícia oficial de seu paradeiro, com a desculpa de se evitar manifestações, ou seja, parecem temer o povo ou a democracia. 

A revanche dos interesses derrotados nas eleições presidenciais do ano passado desfechou assim seu bote final contra a soberania das urnas. 


Dê-se a isso o nome que se quiser dar. 

Os acontecimentos das últimas horas, a obscena sintonia entre a mídia e a polícia partidarizada, falam por si. 

O pudor e as aparências foram sacrificados em nome do que importa: a caça implacável à Lula, apontado pelo Datafolha, no início desta semana, o melhor presidente da história deste país, por 37% dos brasileiros 


É impossível levar a cabo o projeto de restauração neoliberal preconizado pelos grandes interesses do dinheiro local e estrangeiro, com um estorvo que detém esse trunfo na urna. 

Não se trata da pessoa do ex-presidente. 

O que foi sequestrado neste 4 de março de 2016 é o que ele representa em carne e osso – com todas virtudes e limitações da carne e do osso humanos. 

Os pilares erguidos desde 2003, na construção da grande ponte de acesso dos brasileiros aos direitos da civilização e da democracia social, estão sendo demolidos. 

A caça a Lula, consumada agora, é a parte mais explosiva dessa faina demolidora, edulcorada de cruzada ética pela narrativa dominante. 

O Fórum 21 nasceu como um espaço ecumênico de aglutinação da inteligência brasileira. 

Reúne todos aqueles empenhados em contribuir para a construção da frente democrática e progressista em formação no país. 

Não podemos subestimar o que temos pela frente a partir de agora. 

O assalto em curso visa a democracia, as lideranças que dificultam a subordinação radical do país aos interesses rentistas e, em última instancia, sonegar um futuro melhor ao povo brasileiro. 

O ataque desfechado por José Serra esta semana às maiores reservas de petróleo descobertas no século XXI ilustra a força motriz desse mutirão. 


Dilapidar o pré-sal e o potencial que ele representa em direitos e autonomia econômica simboliza o modelo que eles querem vestir a fórceps no país. 

Isso não se faz sem o uso da força. 

Reacende-se a velha fornalha que incinerou ou tentou incinerar governos, soberania e direitos em 1932, 1954, 1962, 1964, 1989 … 

Hoje, como das vezes anteriores, vivemos uma transição de ciclo de desenvolvimento. 

Esgotou-se um capítulo do crescimento brasileiro. 

Outro precisa ser construído. 

A complexidade da travessia consiste no fato de que o velho já não atende às necessidades nacionais, mas o novo ainda não se estruturou para servi-las. 

Estamos na soleira de escolhas cruciais na vida de uma nação. 

O passo seguinte terá como bússola a solidez econômica voltada para atender as necessidades e urgências do nosso povo? Ou o país, seu parque fabril, seus recursos e seu gigantesco mercado de massa serão reduzidos a um anexo de interesses dissociados das urgências nacionais? 

É isso que está em jogo nas horas que rugem. 

Para resistir não basta a emoção. 

É preciso organização --local, regional, nacional. 

É preciso impulsionar uma espiral ascendente de mobilizações, consistentemente preparadas. 

O Fórum 21 conclama seus integrantes, o mundo acadêmico e todos os intelectuais brasileiros a cerrarem fileira ao lado da democracia. 

Não apenas para resistir. 

Mas para fazer dessa resistência uma ponte de repactuação da nossa riqueza e do nosso potencial, com o potencial e a riqueza do nosso povo. 

Esse é o sentido das reuniões que o Fórum 21 convocará em seguida, para discutir o novo degrau do golpe, a crise econômica, a partidarização da justiça e a manipulação do discernimento social pela mídia. 


Essa maratona não se confunde com uma tertúlia acadêmica. 

Trata-se de aglutinar a inteligência brasileira para refletir e agir. 

E isso significa, entre outras coisas, levar a círculos amplos da população a verdadeira natureza do embate que se acirra e se acelera. 

O embate entre um projeto de sociedade para 30% de sua elite; ou a árdua luta pela construção de uma verdadeira democracia social no Brasil. 

Em breve, a agenda de encontros do Fórum 21 nas universidades e capitas brasileiras será divulgada. 

Todos nós sabemos de que lado devemos marchar. 

Trata-se agora de exercer integralmente esse discernimento juntando forças na trincheira ecumênica do Fórum 21 e de outras iniciativas democráticas em curso. 

Resistir ao golpe para construir um Brasil mais justo e soberano: essa é a tarefa para a qual a História nos convoca nesse momento. 

Só podemos cumpri-la juntado forças em torno da nossa maior arma: a palavra engajada. 



Assinaturas: 


Alexandre Rocha Padilha - Secretário Municipal de Saúde de São Paulo
Alipio Freire - Militante político
Altamiro Borges - Jornalista
Andrea Loparic, professora de Filosofia/USP
Andrei Koerne - Professor de Direito do Largo São Francisco - USP
André Vitor Singer - Professor da FFLCH-USP
Anivaldo Padilha - Presidente do Fórum 21
Arlete Moysés Rodrigues, professora/Unicamp
Bernardo Kucinski - Professor aposentado de comunicação da USP e Escritor
Breno Altman - Jornalista
Carlos Eduardo Fernandez Da Silveira
Carolina Maria Pozzi de Castro, professora/UFSCar
Claudineu De Melo - Advogado
Clemente Ganz Lucio - Diretor do DIEESE
Eduardo Fagnani - Professor de Economia da UNICAMP
Erminia Maricato - Professora de Arquitetura da USP
Fabio José Bechara Sanchez - Professor de Sociologia da UFSCAR
Fernando Morais - Escritor
Flavio Wolf Aguiar - Professor e Jornalista
Francisco César Pinto Fonseca - Professor de Ciência Política da FGV
Fábio Konder Comparato - Jurista
Gabriela Calazans, professora (Santa Casa)
Georgia Haddad Nicolau - Jornalista
Gerson Sobrinho Salvador De Oliveira - Médico
Gilberto Bercovici - Professor de Direito do Largo São Francisco - USP
Gonzalo Berron - Economista
Guilherme Santos Mello - Professor de Economia da UNICAMP
Igor Fuser - Jornalista e Professor de Relações Internacionais da UFABC
Jean François Germain Tible - Professor de Ciência Política da USP
Joaquim Calheiros Soriano - Diretor da Fundação Perseu Abramo
Joaquim Ernesto Palhares - Secretário Político do Fórum 21
José Luiz Del Roio - Militante Político
José Reinaldo Carvalho - Jornalista
José Ricardo Maciel Kobayaski - Professor
Kenarik Boujikian - Desembargadora do TJSP
Ladislau Dowbor - Professor de Economia da PUC-SP
Laura Capriglione - Jornalista
Laurindo Leal Filho - Professor de Comunicação da ECA-USP
Leda Paulani - Professora de Economia da USP
Lucas Baptista De Oliveira - Mestrando da UNICAMP
Lucius Provase - Professor de teoria literária
Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo - Professor de Economia da UNICAMP e FACAMP
Luiz Kohara, arquiteto e urbanista
Léa Maria Aarão Reis, Jornalista
Magda Barros Biavaschi - Desembargadora aposentada do RS
Marcelo Brandão Ceccarelli - Mestrando da UNICAMP
Marcio Pochmann - Presidente da Fundação Perseu Abramo e membro do Fórum 21
Maria Alice Vieira - Membro do Fórum 21
Maria Inês Nassif - Jornalista e Membro do Fórum 21
Maria Luiza Flores da Cunha Bierrenbach
Maria Rita Garcia Loureiro Durand - Professora de Ciência Política da FGV
Martonio Mont'Alverne Barreto Lima, jurista
Nuno de Azevedo Fonseca, professor FAU/USP
Paulo Roberto Salvador - Jornalista
Pedro Paulo Zahluth Bastos - Professor de Economia da UNICAMP
Pedro Rossi - Professor de Economia da UNICAMP
Reginaldo Mattar Nasser - Professor de História da PUC-SP
Reginaldo Moraes - Professor de Ciência Política da UNICAMP
Ricardo Guterman - Servidor da Assembleia Legislativa de SP
Ricardo Musse - Professor de Sociologia da USP
Rodrigo de Luiz Brito Vianna - Jornalista
Rosa Maria Marques - Professora de Economia da PUC
Rubem Murilo Leão Rêgo - Professor de Ciência Política da UNICAMP
Silvio Angrisani Caccia Bava - Jornalista
Socorro Gomes - Presidenta do Conselho Mundial da Paz
Tais Ramos - Advogada e professora de Ciência Política
Vera Soares - Professora
Vicente Carlos Y Pia Trevas - Sociólogo
Vicente Trevas, Sociólogo
Wagner Nabuco de Araujo - Jornalista
Walfrido Jorge Warde Jr - Advogado
Walquiria Gertrudes Domingues de Leão Rego - Professora de Ciência Política da UNICAMP

terça-feira, 8 de março de 2016

Lava Jato e Mãos Limpas: diferenças e semelhanças (justiça seletiva?)

Lava Jato e Mãos Limpas: diferenças e semelhanças

SAB, 05/03/2016 - 10:51
ATUALIZADO EM 05/03/2016 -
http://jornalggn.com.br/noticia/lava-jato-e-maos-limpas-diferencas-e-semelhancas 13:51

Por Edú Pessoa
A Operação Mãos Limpas (em italiano, Mani Pulite) tem diferenças e semelhanças com a Lava Jato brasileira, embora ambas tenham sido criadas com o intuito de desestabilizar a política dos dois países - Itália e Brasil - criando um novo arranjo político-institucional.
DI PIETRO E MORO
Di Pietro e Moro são os concurseiros com a cara do golpismo moderno. Di Pietro estudou Direito na Universidade dos Estudos de Milão e em 1981 se tornou juiz da comarca de Bergamo (região norte da Itália), após aprovação em concurso público.
Quatorze anos depois, Moro, hoje o titular da Lava Jato, também se forma em Direito pela Universidade Estadual de Maringá, fundada por seu pai, Dalton Moro, e se torna juiz federal da 4ª região (Paraná) em 1996, após aprovação em concurso público de 4 fases.
ORIGEM DA MÃOS LIMPAS
A Mãos Limpas começou na cidade de Milão, nos anos 90, com 4 juízes e 2 procuradores atuando na operação. O juiz titular da Operação era Antonio Di Pietro. Coincidência (ou não) o juiz titular da Operação Lava Jato também tem um sobrenome de origem italiana: Sergio Moro.
Mãos Limpas seria um prosseguimento da investigação contra o Banco Ambrosiano, instituição financeira privada criada por padres italianos, acusada de realizar operações ilegais da Loja Maçônica P2, do Banco do Vaticano e da máfia. As operações ilegais do banco podem estar por trás da estranha morte do Papa João Paulo I (que queria aprofundar as investigações nas finanças do Banco do Vaticano).
O banco também foi usado pelos norte-americanos contra o Contras da Nicarágua e o Sindicato Solidariedade da Polônia, como forma de patrocinar conflitos e golpes nesses países (em virtude da ascensão dos governos de esquerda e a "guerra" contra o comunismo).
SEMELHANÇA DO AMBROSIO COM O BANESTADO
Muito parecido com o Ambrosio é o caso do Banestado, banco público paranaense (depois privatizado no governo FHC), usado para lavar dinheiro e levar recursos para paraísos fiscais. Moro também foi o juiz responsável pela operação judicial que investigava a ida ilegal de dinheiro para o exterior, através das contas CC5. Os recursos ilegais foram fruto das privatizações e acordos espúrios, ocorridas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique.
A CAÇA A NOMES NACIONALISTAS
Enquanto hoje, Moro caça Odebrecht, Pessoa e outros nomes da engenharia nacional, Di Pietro, no seu tempo, prendeu o engenheiro e membro do Partido Socialista Italiano (PSI), Mario Chiesa. Chiesa, preso e torturado por Di Pietro, revelou um suposto esquema de uso de contas na suiça para desvio de recursos públicos.
É ou não é a cara da história do Triplex do Lula e do suposto uso de "offshores" pelo ex-presidente?
Falando em Triplex, a operação italiana também representou uma verdadeira caçada a líderes de esquerda em todo o país, incluindo Bettino Craxi, líder do PSI. O PSI ganhou eleições importantes, como as de Roma e vinha crescendo na preferência do eleitorado.
É possível traçar (guardadas as proporções entre os sistemas políticos-eleitorais italiano e brasileiro) um paralelo com a ascensão do PT após 2003, cujas vitórias sucessivas culminaram em um conjunto de ações midiáticas e judiciais para tirá-lo do poder.
A caçada da Mãos Limpas contra Craxi (que morreu durante as investigações) é a mesma que fazem hoje contra Lula, perseguido politicamente por Moro et caterva de forma implacável.
DI PIETRO, MORO E A OPINIÃO PÚBLICA
O apoio da imprensa foi fundamental para que a população italiana apoiasse as ações guiadas de Di Pietro. Prova disso foram as pesquisas de sondagem, feitas durante a operação, que mostravam o juiz com mais de 80% de aprovação, o que pavimentou seu caminho para a política. Recebeu tratamento da mídia italiana e da opinião pública de "herói", com direito a cartazes, faixas penduradas nas sacadas dos prédios e até "brindes".
Mais uma vez podemos traçar um paralelo com Moro, alçado pela opinião pública nacional e internacional, com apoio da velha mídia brasileira (e da mídia norte-americana), à condição de herói. Uma publicação norte-americana retrata Moro com a roupa dos "caça fantasmas", sugerindo seu "combate à corrupção". PHA mostrou que a revista tem FHC no conselho editorial, mas a mídia tupiniquim escondeu esse (importante) detalhe.
No Brasil, Moro é admirado pela velha mídia e pelos coxinhas. Da Globo, recebeu o prêmio "Faz a Diferença", prêmio também recebido por Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, pelos serviços prestados à Casa Grande. Dos coxinhas, recebe flores, tira fotos e posa de "popstar" nos poucos lugares em que apareceu publicamente. E não só: usa palestras, mobilizando a classe média para legitimar o golpe institucional via Judiciário.
AS ESTATAIS DE PETRÓLEO
Muito se fala do rearranjo político, promovido pela Mãos Limpas (Di Pietro largou a magistratura para se dedicar a política e fundar um partido), mas pouco se fala das consequências dessa operação para a estatal de petróleo daquele país: a AGIP. Criada em 1953 (mesmo ano da Petrobrás), a AGIP (sigla para Azienda Generale Italiana Petroli ou Empresa Pública Italiana de Petróleo) era uma estatal do ramo do petróleo, com capital 100% público e controlada pelo governo italiano.
O envolvimento da estatal na operação, supostamente usada para desviar recursos para financiamento ilícito de partidos políticos, acabou gerando como consequência política sua privatização, em 1995, adquirida pelo grupo ENI, da qual manteve apenas o antigo logotipo (o cão com 6 patas que cospe fogo sob o fundo amarelo e letras na cor preta).
A Petrobrás, do mesmo ano da AGIP, também foi alvo de ações semelhantes na Lava Jato, ao ter sido colocado no olho do furacão, acusada de ser usada para financiar campanhas eleitorais de Dilma Rousseff, através da irrigação em contas dos empreiteiros nacionais.
As acusações envolvendo a estatal brasileira vão além de um mero combate à corrupção, mas servem de base para ações contra o PT no TSE, promovidas pelo PSDB, e álibi para justificar sua privatização. É comum ouvir da boca de parlamentaristas oposicionistas de que a Petrobrás está sob "má gestão", "corrupção", "rapina", etc.
Qualquer semelhança com a AGIP não é mera coincidência...
OS EUA E OS PARTIDOS DE ESQUERDA
A guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética (atual Rússia) nos anos 50-80, foi o pano de fundo para uma caça a partidos e líderes identificados com as ideias de esquerda.
A Mãos Limpas isentou o Partido Comunista Italiano (PCI). O partido capitalizou politicamente com a Mãos Limpas e vários de seus líderes aproveitaram a investigação para blindar do sentimento anticomunista, garantido assim apoio popular com a veiculação de discursos e trechos de seus líderes, a favor da investigação (um pouco como o que o PSDB faz hoje com a Lava Jato).
Prova disso é que o PCI, anos 70, foi considerado o maior partido de esquerda da Europa. Dentro da Itália, fez contraponto à Democracia Cristã, principal força política do país até então.
Com uma visão próxima da social-democracia (hoje praticada pelo PT), Enrico Berlinguer, então presidente do partido, propôs um "compromisso histórico" dos comunistas com os cristãos, a fim de unir o país. Mas o acordo acabou não se concretizando, por causa da morte do líder cristão e ex-primeiro ministro Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas.
E onde os EUA entram nisso? Ora, a morte de Aldo pelos Brigadas Vermelhas foi patrocinada pelos EUA, através de grupos clandestinos situados na OTAN, chamados "Stay Behind". Na Itália o nome do grupo era Gladio, supervisionado pela CIA. A morte de Aldo foi exatamente impedir a ascensão e a vitória dos comunistas no poder. 
No Brasil, a coisa anda de um jeito diferente: a Lava Jato não é capitalizada pelo partido de esquerda no governo, o PT, mas sim pela oposição, capitaneada pelo PSDB e que sofre com a falta de propostas, militância política e votos e identificação dos eleitores (principalmente os mais humildes) com suas plataformas privatizantes.
Contudo, o objetivo da Lava Jato é o mesmo da morte de Aldo: enfraquecer o PT no poder e minar qualquer possibilidade de união entre as forças antagônicas nacionais, fortalecimento da soberania nacional e crescimento do nosso processo econômico.
As pegadas norte-americanas apareceram através de investigação de blogueiros, mostrando a relação entre empresas donas do Triplex em Parati com a Monsak Fonsesa, offshore que financia golpes e atentados terroristas no mundo todo, sob coordenação do governo norte-americano.
O RESULTADO POLÍTICO DA MÃOS LIMPAS E AS LIÇÕES DA LAVA JATO
Não sabemos ainda as consequências da Lava Jato para o futuro do país, mas alguns indícios mostram que ela produziu efeitos catastróficos na economia: queda do PIB, redução dos contratos de grandes obras, desemprego nas áreas de engenharia pesada, entre outros. Na Operação Mãos Limpas, uma das principais consequências foi a pavimentação da carreira política de Di Pietro.
Em 1997, abandonou de vez a magistratura e assume a carreira política. Primeiro pelo centro, mas recebeu convites da direita (como do empresário e político Silvio Berlusconi). Três anos depois, DI Pietro funda o "Itália de Valores", classificado como um partido autônomo, com orientação "nem de esquerda, nem de direita".
Estranho, mas a Rede me lembra muito esse Itália de Valores?
Não sabemos ainda se Moro irá galgar carreira política após a Lava Jato. O fato concreto é que além da privatização da estatal de petróleo, a Mãos Limpas acabou rachando politicamente o país. Hoje, os italianos amargam PIBs negativos, como resultado da vinculação à política neoliberal norte-americana, muito fruto desse racha e do enfraquecimento de suas estatais, por força da operação judicial.
A lição para a Lava Jato é a seguinte: sair do ciclo vicioso requer diálogo e consenso para superar a crise política e econômica. Com a prisão de Lula hoje, será que o Moro ajudou a "rachar" o país, como a morte do outro Moro, o ex-premier italiano?
A conferir...