segunda-feira, 14 de março de 2016

"Grândola, Vila Morena", sempre a democracia. Não recuaremos!



"(...) Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena (...)"
Zeca Afonso

Porque me toca e choro ao ouvir na voz de Zeca Afonso, Nara Leão, Chico Buarque e tantos e tantas vozes, vai ver porque é a mesma emoção dos portugueses quando venceriam a ditadura civil-militar durante da "revolução dos cravos" que castigava Portugal ou agora em nosso novo século o povo que calou o ministro português diante de um parlamento paralisado diante das vozes contra o nefasto capitalismo mundializado.

Democracia, é isso que significa ouvir e chorar ao sentir que o momento exige que se retome para vida o seu sentido. Sentido real, ideal e verdadeiro. Sentido a palavras que ficaram em desuso como emancipação, liberdade, coerência, ideais...

Não basta mandar as pessoas estudarem a história, é preciso ensina-lá.

Não basta a "luta livre" das redes sociais virtuais, é preciso reatar e fortalecer as relações de nossa classe.

Em tempos de homens partidos, a busca da unidade. Possível e necessária.

Romper com poucos interesses para defender interesses coletivos.

Se ainda choro é porque em mim não morreu aquela vontade de gritar bem alto: Democracia!

Democracia que te quero mais, renovada, ampla e distributiva - igual - nem menos e nem mais.

"Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade"