sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Excelência acadêmica requer custeio público



Excelência acadêmica requer custeio público

* Fernanda de Negri, Marcelo Knobel e Carlos Henrique de Brito Cruz 
A crise fiscal dos Estados e da União e de várias universidades importantes tem suscitado um debate sobre modelos de financiamento da universidade e da pesquisa científica no País. O debate é bem-vindo, assim como a proposição de alternativas que possam impulsionar a formação de pessoas e a produção de conhecimento no Brasil.

Várias universidades de ponta pelo mundo, públicas ou privadas, têm fontes de receitas mais diversificadas (doações, fundos patrimoniais e mensalidades, entre outras) do que as universidades públicas brasileiras. Mesmo assim, quem mais paga pelos custos das grandes universidades do mundo, sejam elas públicas ou privadas, continua sendo o Estado.

Endowments são fundos patrimoniais, em geral provenientes de doações, comuns nas universidades norte-americanas. As receitas de tais fundos usualmente cobrem algo como 5% das despesas anuais. As mensalidades, por sua vez, também não são, por si sós, a solução, pelo menos não para universidades de pesquisa. No Massachusetts Institute of Technology (MIT), por exemplo, elas equivalem a cerca de 10% das receitas.

O mesmo vale para recursos de pesquisa oriundos de empresas, que no MIT são cerca de 5% da receita anual. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) têm ficado próximos de 3% nos últimos anos. Nenhuma diferença abissal aqui.

As melhores universidades do mundo, além do ensino, produzem pesquisa de alta qualidade e impacto, com benefícios sociais e econômicos acima de seus custos. Por isso o Estado é um dos seus principais financiadores. No MIT, os contratos de pesquisa e subvenções do governo norte-americano são a principal fonte de receitas da instituição: 67% do total para pesquisa no quinquênio 2011-2015. Em Oxford, cerca de 50% das receitas vêm do governo. Na Alemanha, onde as universidades são, em sua maioria, públicas, esse porcentual é ainda maior. Na Universidade Tecnológica de Munique, por exemplo, mais de 60% das receitas correntes são provenientes do governo.

Quando se fala no financiamento da pesquisa, o papel do Estado é ainda maior. Na Inglaterra, estima-se que 66% dos recursos de pesquisa das universidades sejam provenientes diretamente do governo inglês e outros 11%, indiretamente, venham da União Europeia.



No Brasil, as fontes de receitas não são tão diversificadas como em outros países. E também é verdade que nossas melhores instituições custam relativamente pouco ao Estado brasileiro. Uma comparação entre a Unicamp e o MIT, duas universidades de excelência em seus países e com grande vocação para a produção de tecnologia, evidencia esse fato. A Unicamp tem, somando repasses do governo do Estado e receitas extraorçamentárias, uma receita anual, em paridade do poder de compra, de cerca de US$ 1,1 bilhão, menos da metade da do MIT.

Acontece que o MIT possui 4.500 estudantes de graduação e 6.800 de pós-graduação, enquanto a Unicamp tem 19 mil alunos de graduação e 16.600 estudantes de pós-graduação. A Unesp tem 35000 alunos de graduação e 11000 de Pós-graduação.  O número de professores na Unicamp, por sua vez, é praticamente igual, pouco menos de 1.900 docentes nas duas instituições, e o número de funcionários técnico-administrativos é um pouco superior no MIT. A Unicamp tem mais que o triplo dos estudantes, com metade do orçamento e o mesmo número de funcionários e professores, sendo um dos mais importantes centros de pesquisa no País.  A Unesp tem 3500 docentes (relação próxima de 1 docente para 10 alunos) a relação da Unicamp é próxima a da Unesp e no MIT é de 1 docente para cada 2 alunos.  (dados da Unesp foram inseridos no texto original). 

O volume de recursos que o MIT recebe a mais do que a Unicamp é, provavelmente, o que faz a instituição norte-americana ser uma das melhores universidades do mundo. Esses recursos são investidos em novos centros de pesquisa, laboratórios e equipamentos e na contratação temporária de pesquisadores. Os pesquisadores estagiários de pós-doutorado no MIT são mais de 5 mil, enquanto na Unicamp são apenas 270. Esses profissionais são definitivos para fazer a máquina de pesquisa do MIT funcionar tão bem. Ainda assim, a Unicamp é a universidade brasileira com o maior número de patentes solicitadas ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).

Pesquisa científica é essencial não apenas para estimular a inovação e o crescimento econômico, mas também para resolver questões críticas do nosso desenvolvimento. Novas vacinas e novos tratamentos para doenças que afetam a população brasileira, tecnologias capazes de ampliar a produtividade agrícola e industrial, conhecimento capaz de mitigar os efeitos do aquecimento global sobre a nossa produção agropecuária são alguns dos exemplos. E é o Estado o grande financiador da ciência no mundo todo. Já a inovação exige investimentos empresariais.

As boas universidades no Brasil estão cada vez mais abertas às demandas da sociedade, incluídas aí as empresas. Precisam, além disso, buscar alternativas de financiamento e demonstrar transparência e visibilidade sobre os custos e resultados. Também precisam estar atentas às necessidades de uma das sociedades mais desiguais do mundo. Afinal, é o conjunto da sociedade que define, e assim deve ser numa democracia, os recursos que serão alocados para o ensino superior e a pesquisa científica.

As boas universidades no Brasil precisam e podem mostrar à sociedade que custam pouco, considerando sua qualidade e seus resultados. Precisam modernizar a gestão do orçamento, criando mecanismos internos de controle que permitam que as decisões sejam compartilhadas, transparentes e consistentes com nossa realidade econômica, demonstrando à sociedade os custos e impactos. E o Brasil precisa definir quantas boas universidades intensivas em pesquisa e ensino consegue manter em condições competitivas internacionalmente, considerando que caro mesmo para um país é não saber criar conhecimento.
* RESPECTIVAMENTE, TÉCNICA DO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA), REITOR DA UNICAMP E DIRETOR CIENTÍFICO DA FAPESP

Publicado em 5 de janeiro de 2018, O Estado de S. Paulo, página 2, Espaço Aberto

sábado, 13 de janeiro de 2018

"Nova" classe trabalhadora, ou uma esquerda que pensa o Brasil?

Concordo com Marilena Chaui, mas na real esse " novo" Brasil nunca deixou de ser o velho Brasil se pensarmos no número de pessoas que durante o governo Lula já recebiam os benefícios como salário-família, BPC, aposentadorias de um salário mínimo e os próprios trabalhadores que ainda viviam com menos de um salário mínimo e meio. A estes as condições de vida sofreram mudanças durante o lulismo graças, e verdade seja dita, a melhora nos preços com forte ampliação do de acesso do mercado consumidor e a política de valorização do salário mínimo contribuíram para "inclusão" dos Excluídos.

Porém, não alterando sua estrutura social e política, as medidas do lulismo ainda eram vítimas de uma política econômica neoliberal, perversa e intrrnacionalmente controlada pelo capital financeiro, voraz e anti-social.

Não criando mecanismos de estímulo a participação política, valorização dessa participação constante nas políticas públicas com apropriação da população pelos espaços e pelos rumos. Sem uma.politica econômica alternativa, mesmo que paripasso e concorrente à esta do rentismo, que estimulasse novas formas de comércio, relações econômicas como a economia solidária, cooperativas de trabalhadores, mercados que estivessem aclopados a uma nova "governabilidade" que dialoga com a sustentabilidade da vida do ser social. Pois, devemos reconhecer que a forma de consumo no capitalismo contemporâneo é predatória e causadorade graves doenças da mente que levam o ser humano a buscar pelo ridículo, pelo crime, pela força física, entre outros o acesso aos bens materiais nesse nosso século.

A esquerda que quer dialogar com a classe trabalhadora deve assumir que seu compromisso não é pelo acesso a bens materiais (retórica do lulismo) e sim acesso a condições de vida que agreguem vontades coletivas e individuais sem sofrimento, sem desigualdade e lógico com coragem de enfrentar e combater a exploração do capital.

Parece discurso batido, mas combater a exploração é combater os valores culturoais ultra-liberais do pensamento capitalista neoliberal como aquele mantra que diz que "não há ascensão de uns sem a derrota de muitos outros" ou a ideia de "mérito" (meritocracia) e onde a idiotização funciona como resposta à ciência e a construção do pensamento pela formação intelectual do ser social. Ou seja, o mundo do capital que gira em torno de ideias para empurrar goela abaixo da massa produtos manufaturados cada vez mais e sentido e sem necessidade, a falsa ideia de escolha (basta ver que a roupa que você veste não é exclusiva, mas produzida em larga escala) e a meta pela acumulação de riqueza monetária precisam ser combatidas.

Lógico que um sistema só se altera ppr um outro e seu processo de mudança exige uma transformação que a burguesia conhece bem e é por uma revolução.

Dizer que isso é demorado pode ser um atestado de preguiça ou um reconhecimento de que precisamos dar um novo passo, diferente, ou como diria o poeta: "um caminho começa pelo primeiro passo, e mesmo o caminhar por um outro caminho, exige de nós a iniciativa de seguir caminhando".

Bora seguir um novo caminho, sem.medo de ser feliz.

INCLUSÃO NO DEBATE

Marilena Chauí defende diálogo da esquerda com o 'subproletariado'

Para professora emérita da USP, é preciso saber o que pensa essa nova e crescente classe trabalhadora, formada por precarizados, subempregados, excluídos e órfãos dos programas sociais
por Redação RBA publicado 13/01/2018 09h49, última modificação 13/01/2018 15h11
ACERVO/UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
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Para Marilena Chauí, é preciso ouvir essas populações no enfrentamento à desconstrução do estado e dos direitos
São Paulo – A filósofa e professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Marilena Chauí, defende aproximação dos movimentos de esquerda com a nova classe trabalhadora, que surge sobretudo da precarização do trabalho pela perda dos direitos trabalhistas e dos programas sociais.
“Não sabemos o que pensam as pessoas que estão voltando à condição de miséria. Em São Paulo, o grau de exclusão atingiu uma situação alucinante, com desempregados morando nas ruas com suas famílias, o que não se via nem durante a ditadura e nem no governo de Fernando Collor. Ao mesmo tempo, em um contexto neoliberal, surgem uma nova classe trabalhadora totalmente precarizada e mais miséria. Não temos a dimensão de seus valores e percepção política e eleitoral”, disse Chauí nesta sexta-feira (12), em entrevista aos blogueiros Wellington Calasans e Romulus Maya, do Duplo Expresso.
A filósofa considera essa distância da esquerda um “problema gravíssimo”. “Tenho estudado o assunto e não vejo as esquerdas pensando nisso”, disse, ressaltando considerar que a vitória de João Doria (PSDB), para prefeito de São Paulo, não é uma simples vitória da abstenção.
“Há o grande risco de envolvimento dessa nova classe trabalhadora no processo de despolitização, da crença de que a política é corrupta e que você precisa é de um gestor. A mídia vem construindo imagens para nomes com chances de vir a ser candidatos à Presidência da República. Lula é apresentado como messiânico, populista, salvador; Bolsonaro como o nome da segurança e da ordem, e Geraldo Alckmin como o grande gestor. Nenhuma dessas imagens é política”, disse.
Ela destacou que esse diálogo é importante para o debate sobre caminhos para a desconstrução de ideologias neoliberais baseadas na supervalorização do empreendedorismo como alternativa ao emprego, ao desmonte e privatização do estado com perda de direitos.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O PT queria te ouvir. A tribuna de debates sobreviveu quase dois anos.

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Na convocação do 6º Congresso Nacional do PT uma das poucas iniciativas, abertas para militância petista, sem restrições ou filtros ou "escolhas" de preteridos começou a funcionar como um espaço de promoção do livre pensamento de opiniões e estímulo para filiadxs militantes exercer sua arma da critica. 

A "Tribuna de Debates" (TD) começou com um certo receio da militância acostumada com o mandonismo interno e os filtros das forças políticas majoritárias que pouco se esforçam para possibilitar que a base militante se manifeste em algum espaço que não seja controlado por "algum dono interno". Tanto que no começo haviam constantes mensagens nas redes sociais pedindo para que os/as filiados/as escrevessem para a  TD. Eram constantes mensagens pedindo que os/as petistas se manifestassem. 

O receio foi vencido quando militantes foram aos poucos se apropriando do processo. Escrevendo suas posições, opiniões e garantindo internamente a livre circulação de ideias que expunham abertamente posições quanto aos mais variados temas: Lula, golpe, Estado nacional, privatizações, alianças, governabilidade, etc., etc., uma infinidade de posições que expressavam a alma do partido em seu sentido de massas e de ideologia, sem desapegar do debate central: a estratégia do PT para o Brasil.

Independente das opiniões ali publicadas, o certo é que a ferramenta "pegou", tanto que foi mantida pós-congresso e legitimada como espaço permanente. O que representou um grande avanço, pois, na guerra midiática e comunicacional nas redes na internet, de que vale um militante que apenas é "convocado" para replicar posições oficiais e institucionais? Importante sim, mas não estimulante. 

Isso remete a um jargão antigo sobre o "militante e o balde de cola" que era (ou ainda é) aquele que serve apenas na "hora de colar o cartaz no poste e no muro", mas não serve para oferecer suas opiniões e posições. Ainda mais em um método que não superamos, dos encontros e congressos em que se busca sintetizar em "um minuto, com mais um para concluir" ideias, divergências e propostas. 

Incrível como a nota que "funda" esse novo espaço é apresentada como uma grande inovação: "Criado originalmente como iniciativa integrante dos preparativos para o 6º Congresso Nacional do partido, que aconteceu em junho de 2017, o espaço tornou-se permanente no site do Partido dos Trabalhadores como forma de manter acesa a chama do debate democrático e da livre troca de ideias." (http://www.pt.org.br/contribua-com-a-tribuna-de-debates-do-pt/)

E após quase dois anos no ar, a última postagem é de 30 de dezembro de 2017 e sua identidade visual saiu da página principal do site do PT. Nem é possível achar o espaço sem ajuda do buscador e detalhe, da impertinência militante em querer saber "onde está o lugar do debate?"

Sei que os esforços oficiais e institucionais estão voltados para defesa do "grande líder dos povos", onde dia 24 de janeiro de 2018 saberemos se a direita e a burguesia decidiram por permitir ou não a candidatura de Lula, no julgamento do TRF4 em Porto Alegre (RS). Nem quero entrar no mérito do debate sobre a questão dos motivos do julgamento, já que Moro exerce um judicialismo politizado à direita, e mesmo para os padrões jurídicos liberais, condenação por ausência de provas, em si, já é uma aberração contraditória para o próprio legalismo burguês.

O certo é que o site do PT voltou-se para "guerra" de 24 de janeiro e à defesa de Lula. 

Contudo, ficou exagerada a forma e o conteúdo:

Não tenho dúvida que a correlação de forças será bruscamente alterada em Lula candidato. Reconheço a alta dependência do partido a sua imagem para sobrevivência da legenda. E o pouco da própria democracia  liberal-burguesa que ainda vigora que também está em risco.

Agora eliminar, dificultar ou desconsiderar o espaço da "Tribuna de Debates" é um gesto que não pode ser desprezado. Fica a impressão de que a abertura desse espaço trouxe um problema, já que no começo não havia um filtro ideológico e político, pois, imagino que a sua primeira versão não era coordenada por burocratas, mas por "técnicos" isso permitia que as diversas posições pudessem ser publicadas sem dificuldades, obvio valendo-se da nota colocada estrategicamente no final de cada artigo, onde leia-se "ATENÇÃO: ideias e opiniões emitidas nos artigos da Tribuna de Debates do PT são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando oficialmente a visão do Partido dos Trabalhadores" 

E mesmo assim, ainda representava um alento para o debate interno. Ao ponto de ser um espaço que foi aos poucos ocupado pelo establishment do partido, com dirigentes ocupando este espaço. Basta ver o histórico dos artigos (se ainda não tiraram do ar).]
Se é um desafio desse momento histórico que vivemos estabelecer canais de debate político mais acessíveis e abertos, oos do  certo é que a última plataforma do governo federal durante os governos  do PT a frente foi o "participatório", criado para aproximar a participação da juventude. 

Também não vamos cair num velho argumento sobre "precisamos estudar meios que nos aproximem às redes sociais na internet, pois esses espaços tradicionais em sites não funcionam", caralho e vamos esperar um gênio criar essa merda para depois nos comunicar? Ou vamos criar mais e mais lugares que possamos interagir e expor nossas posições como um partido (e de esquerda) deve ser. Um lugar para o debate livre e aberto, internamente, para sua militância!

Como petista, militante e atualmente desencantado com a institucionalização da esperança na qual a direção majoritária não abriu mão e segue firme no seu conservadorismo político, desconsiderando as lições do golpe de 2016, vai aos poucos tornando o PT o que era o PT sob a ditadura do lulismo: um partido dependente da imagem e semelhança do grande líder, sem margem para o debate.

E antes que algum "indignado" venha a encher o saco com a desculpa de que foi criado a plataforma: "O Brasil que o povo quer", lançado pela Fundação Perseu Abramo, vamos ser honestos com nós mesmos, as bases que lançaram esse "fala que eu te escuto" surge tarde, soa hipócrita e não pegou onde deveria pegar: na militância.


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Diferente da "Tribuna de Debates" que permitia ao militante sem cargo, não-dirigente, pouco ouvido, as vezes sem espaço na sua cidade, localidade, zonal ou etc., que não está em corrente, tendência ou grupo, não é influente e nem apadrinhado, mas apenas preocupado com os rumos do seu partido e buscando manter vivo o debate das ideias encontrou na TD a possibilidade de expor suas posições.

Agora, desde o inicio de 2018, parece que até isso (no momento) vai dar um tempo.

Uma pena, quem perde é o próprio PT.

Muita força Lula. Se superarmos dia 24 de janeiro, aí que não haverá tribuna de debates ou plataforma que garanta incorporar a militância não-dirigente ou apadrinhada na contribuição ao debate do país, seremos engolidos pela lógica eleitoral.

Se derrotados em 24 de janeiro, a luta interna sobre quem irá "iluminar" o nosso caminho, como um poste a ser carregado pelo grande líder, com certeza será insuportável para o partido. 

De qualquer forma, novamente, estamos alijados. A militância que aos poucos quer menos esquerda institucional e mais luta de classes real vai buscando outros caminhos. A sorte está lançada.