terça-feira, 9 de abril de 2013

Representantes de Camaçari conhecem projetos realizados pela Coordenadoria da Juventude


Representantes de Camaçari conhecem projetos realizados pela Coordenadoria da Juventude

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Fotos: Nicollas Ornelas - PMG
A Coordenadoria da Juventude recebeu nesta sexta-feira (5) a visita da subsecretária de Cidadania e Inclusão Social, Ara Brasil, e do membro da Comissão de Esporte, Cultura e Lazer, vereador Otaviano Barreto, ambos representantes da cidade de Camaçari - BA, localizada a 41 quilômetros da capital Salvador. A comitiva foi recebida pelo coordenador da Juventude, Wagner Hosokawa, que apresentou a estrutura da coordenadoria e explicou os programas, projetos e ações idealizados pelo órgão, além de discutirem sobre as experiências em Políticas Públicas para Juventude (PPJ).



“Nossa campanha em prol da Juventude está ultrapassando limites e fronteiras. Nosso trabalho está atingindo outras cidades. Já recebemos a visita de representantes da cidade de Santo André e também fomos convidados para iniciar uma conversa de PPJ com a Coordenadoria da Juventude de Salto, cidade do interior de São Paulo. Isto é a consequência do empenho do governo municipal para que cada vez mais o jovem tenha voz e direitos”, disse Wagner Hosokawa.

“Todos os projetos e programas realizados na cidade despertaram nosso interesse e com certeza iremos levar esses exemplos para Camaçari”, disse a subsecretária Ara Brasil. “Destaque para as oficinas do Grafite é Cidadania, pois em nosso município existem muitas pessoas que já trabalham com isso, porém não possuem meios para se manifestar. Além disso, também fiquei muito interessada na Bicicletada da Juventude e em toda a mobilização que acontece em Guarulhos”, completou Ara.

Já o vereador Otaviano Barreto disse que ficou extremamente impressionado com a Feira do Estudante, que terá sua 4ª edição este ano. “Esta ação é extremamente importante, principalmente por possibilitar o acesso de classes mais pobres a palestras diversas, além de conhecer cursos, instituições de ensino e trocar experiências com profissionais e alunos”, disse Otaviano.
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O Juventude Negra Quer Viver também foi uma das ações que despertou o interesse da comitiva, pois a Bahia possui um número considerável de cidades envolvidas no debate sobre morte de jovens. Nossa campanha na avaliação da comitiva de Camaçari foi muito positiva pela forma como abordamos o assunto, pois não o tratamos de forma sensacionalista”, disse Wagner Hosokawa.

Durante a tarde, a comitiva foi recepcionada na Câmara Municipal pela presidente do Conselho Municipal de Juventude de Guarulhos, Fernanda Curti.

Os representantes de Camaçari tiveram ainda a oportunidade de conhecer o Centro Municipal de Educação Adamastor. “Ficamos impressionados com a estrutura do local e a história da fábrica desativada que se tornou um equipamento municipal de educação e cultura”, disse Ara.

A comitiva recebeu um relatório das atividades realizadas pela Coordenadoria da Juventude desde 2010, com dados das atividades de PPJ, experiências, números de participação, perfil do público, entre outros.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Jornada de Formação Política da EPS Guarulhos, queremos militantes e não seguidores!



Nós da Esquerda Popular Socialista (EPS Guarulhos), avançamos mais uma vez em nossa tarefa de organizar um PT democrático, socialista, de massas e de luta.

Isso só será possível com a nossa iniciativa de formação política para todos e todas: militantes de base, novos e novas filiados e filiadas e dirigentes. Sim, nós da direção organizamos e participamos da formação como elemento importante para formar militantes e não seguidores.

O socialismo só será construído de forma ampla quando for constituído de militantes determinados a entender que é preciso organizar as lutas, pertencer mais espaços de disputa de poder, qualificar nossas intervenções e estudo que é central como Lênin nos alertava: não há luta revolucionária sem um programa revolucionário!

Esse programa esta presente na nossa formação política.

Compareça, confirme sua presença!

abraços e boa participação!

EPS convoca PT junto aos movimentos sociais para disputar o Brasil



EPS convoca PT junto aos movimentos sociais para disputar o Brasil

Aprofundar a relação do Partido dos Trabalhadores com os movimentos sociais para disputar a sociedade e defender o projeto democrático e popular dentro do governo da presidenta Dilma Rousseff foi a síntese do debate realizado pelos palestrantes da mesa “10 anos do PT no Governo Federal e Conjuntura Nacional e Internacional”, que abriu os trabalhos do Seminário Nacional da EPS, realizado no sábado, 06, na sede do Diretório Nacional do PT.

O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Paulo Rodrigues reafirmou a proximidade do movimento com a tendência e com o partido na luta institucional. Informou que o movimento campesino está fazendo uma análise da atual conjuntura, que avaliam que o neoliberalismo não está derrotado e que é ponto central a necessidade do fortalecimento das forças de esquerda dentro da “frente” que sustenta o governo federal. “As mudanças que queremos virão da combinação da luta social com a luta institucional”, afirmou João Paulo.

João Felício, secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), alertou para o crescente ataque ao movimento sindical que está ocorrendo em todo o mundo. Sobre o PT, ressaltou a importância de todas as correntes petistas fazerem um grande esforço para impedir o distanciamento dos movimentos sociais da luta institucional. João Felício também declarou ser “questão de sobrevivência para a construção de um outro Brasil a democratização da comunicação e a ampliação dos investimentos em educação”.

O líder do governo na Câmara Federal, deputado Arlindo Chinaglia, da tendência Movimento PT, afirmou ser necessário o partido retomar o enfrentamento ideológico e político para consolidar o papel do PT e preparar o futuro do Brasil.

Representando a Consulta Popular, Ronaldo Fragoso também apontou como desafios para o aprofundamento do projeto democrático e popular maior ênfase na luta ideológica, unidade na luta pelas reformas necessárias capaz de democratizar a sociedade, e a capacidade de combinar a tática institucional com a luta social.

Para Angélica Fernandes, membro do Diretório Nacional do PT e da direção nacional da EPS, o governo do PT promoveu muitos avanços, mas ainda não desatou os nós para a construção de uma sociedade com homens e mulheres livres, e isso passa pela discussão das bases do projeto que o partido irá apresentar nas eleições de 2014. “A EPS tem que colocar na pauta a sintonia com os movimentos sociais. Nossa tarefa é defender o PT, mas não qualquer PT, é defender o PT que teve a capacidade de eleger um operário presidente e uma mulher presidenta”. Angélica finalizou afirmando que o PT precisa apresentar um projeto para que a sociedade reconheça que “nós somos o partido capaz de continuar a mudar o Brasil porque nós temos compromisso com a classe trabalhadora”.

EPS declara apoio a Rui Falcão presidente do PT

Num segundo momento do Seminário, após intenso debate, os membro da EPS aprovaram por unanimidade resolução de apoio à candidatura do companheiro Rui Falcão a presidente nacional do PT.

O apoio ao candidato que irá disputar a presidência do partido no Processo de Eleição Direta (PED), a ser realizado em novembro, tem bases programáticas que busca a unidade do partido e o debate profundo sobre o projeto petista para continuar disputando a sociedade brasileira com objetivo de construir um país mais justo e igual.

O candidato à reeleição recebeu a notícia com entusiasmo e emoção. Em seu discurso de agradecimento, relembrou sua trajetória política e de luta que teve início no período da Ditadura Civil-Militar e afirmou a importância de ter o apoio de uma corrente ideológica, que faz crítica construtiva. “É significativo [o apoio] porque muito do que vocês pensam vêm de encontro com o que eu acredito”, ressaltou Rui Falcão.

No final do Seminário, o ex-presidente do PT e ex-deputado federal José Dirceu esteve presente para saudar os membros da EPS e dizer da importância de ter uma tendência interna que mantenha viva a relação com os movimentos sociais. 

Colaborou: Fabiana Caramez

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Estatais paulistas respondem por metade dos gastos do governo com propaganda Em dez anos de governo Alckmin e Serra, administração direta e empresas desembolsaram R$ 2,44 bilhões, com participação cada vez maior das companhias 31 de março de 2013 | 22h 00


quem é que usa a máquina pública para o que mesmo, tucanos?

boa leitura...


Estatais paulistas respondem por metade dos gastos do governo com propaganda

Em dez anos de governo Alckmin e Serra, administração direta e empresas desembolsaram R$ 2,44 bilhões, com participação cada vez maior das companhias

31 de março de 2013 | 22h 00

Fernando Gallo, de O Estado de S. Paulo


As empresas estatais paulistas responderam por metade dos gastos com propaganda do governo do Estado na última década. Levantamento feito pelo Estado via Lei de Acesso à Informação mostra que, enquanto a administração direta desembolsou R$ 1,2 bilhão entre 2003 e 2012, as cinco principais estatais de São Paulo pagaram R$ 1,24 bilhão - os valores estão atualizados pela inflação.

Os gastos da administração direta, que inclui o gabinete do governador e as secretarias de Estado, são conhecidos - é possível acessá-los pelo sistema de execução do orçamento do Estado. Já as despesas das empresas nunca tinham sido tornadas públicas de maneira ampla e sistematizada.

Somados, os gastos com publicidade do governo paulista nesses dez anos somaram, portanto, R$ 2,44 bilhões. No período, o Estado foi governado por Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB.

Com o valor gasto em propaganda, seria possível construir, por exemplo, mais de metade da segunda fase da linha 5 do metrô, que vai ligar o Largo Treze à Chácara Klabin, ou custear o Instituto do Câncer por sete anos. O valor gasto com publicidade também equivale a 33 vezes o orçamento da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

A lógica dos desembolsos se inverteu há quatro anos, quando as empresas passaram a gastar mais do que a administração direta. Entre 2003 e 2008, as estatais gastaram uma média de R$ 57,6 milhões por ano, ao passo que as secretarias do governo gastaram uma média de R$ 82,6 milhões anuais. De 2009 a 2012, as empresas desembolsaram um total de R$ 900 milhões, média de R$ 225 milhões ao ano, enquanto a administração direta pagou R$ 710 milhões - média de R$ 117,5 milhões.

Pico de gastos. Os dados obtidos mostram que o pico dos gastos das estatais Sabesp, Metrô, CPTM, CDHU e Dersa ocorreu em 2009, quando elas gastaram um total de R$ 340,6 milhões. O valor é quase igual aos R$ 345,9 milhões que as cinco estatais gastaram em todos os seis anos anteriores, no período 2003-2008 - em 2008, por exemplo, elas despenderam R$ 110 milhões; em 2007, R$ 48 milhões.

Em 2010, o gasto diminuiria para R$ 258 milhões, ainda assim o segundo maior do decênio. Em 2011 e 2012, já na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), ficaria na casa dos R$ 150 milhões por ano.

Em 2009, quando o PSDB articulava a candidatura do então governador Serra a presidente da República, o Metrô e a CPTM fizeram fortes campanhas de marketing sobre a expansão de linhas e a compra de novos trens. A Dersa investiu na publicidade do Rodoanel e da Nova Marginal. A Sabesp criou campanhas sobre o projeto Tietê e o uso responsável da água e a CDHU gastou em publicidade com o Programa Serra do Mar, com a reformulação dos padrões de seus imóveis e com o Programa Cidade Legal, para promover a regularização de imóveis.

O gasto do Metrô com publicidade saltou de R$ 11,5 milhões em 2008 para R$ 71 milhões em 2009, elevação de 517%. A Dersa, que gastou R$ 2,7 milhões em 2008, elevou o dispêndio para R$ 63,4 milhão em 2009 - 2.248% a mais. A CPTM passou de R$ 4 milhões para R$ 55,7 milhões nos mesmos anos, um incremento de 1.292%.

Recorde com Serra. O governo Serra foi aquele em que as cinco estatais mais gastaram com publicidade, com valor total de R$ 756 milhões - média de R$ 189 milhões por ano. No segundo governo Alckmin, entre 2003 e 2006, elas gastaram R$ 188 milhões, ou R$ 47 milhões anuais.

No atual governo Alckmin, as empresas se tornaram mais gastadoras que na sua primeira passagem pelo Palácio dos Bandeirantes. Em 2011 e 2012, desembolsaram R$ 300 milhões, média de R$ 150 milhões por ano, embora Alckmin tenha rebaixado a secretaria de Comunicação ao status de subsecretaria, subordinada à Casa Civil, como uma sinalização de que o governo seria mais austero.

Das estatais, a Sabesp é a que mais contratou publicidade: foram R$ 557 milhões em dez anos. Em seguida vem a CDHU, com R$ 216 milhões, e o Metrô, com R$ 198 milhões. A Dersa destinou a esse fim R$ 138 milhões e a CPTM, R$ 135 milhões.

No caso da administração direta, o pico de gastos também se deu em 2009, com Serra, quando os desembolsos somaram R$ 246,7 milhões. O segundo ano com mais investimento em publicidade foi o de 2010, com R$ 217 milhões. No atual governo Alckmin, os gastos ficaram na casa dos R$ 125 milhões entre 2011 e 2012.

Diário de Classe: problemas antigos, novos desafios!

A matéria abaixo é antiga, o problema nem tanto. E se a pequena Isadora que com seu "Diário de Classe" já deu o que falar contra o autoritarismo da burocracia e demagogia escolar, imagine um movimento novo que atinge velhos problemas: o da qualidade do ensino público.

Novos sujeitos só mostram que ideais não morrem. Quando militei no movimento estudantil secundarista o diálogo era no orelhão de ficha, os panfletos de denúncia das condições do ensino eram no antigo mimeógrafo (um aparelho que utilizava papel especial - stencil - e alcóol para imprimir cópias) e as vezes o apoio solidario nas xerox dos sindicatos combativos.

Agora a moda é o facebook. Que venha as novas formas de denúncia e organização para manter viva a luta por uma educação pública e de qualidade para todos e todas.

abraços e boa leitura!
Wagner Hosokawa






Aluna do blog Diário de Classe incentiva manifestações em prol da educação

Isadora Faber convidou estudantes, pais e professores a enviarem emails ao MEC com reclamações e sugestões

22 de outubro de 2012 | 18h 31

A estudante Isadora Faber, de 13 anos, criadora da página Diário de Classe no Facebook, convidou alunos, pais, professores e funcionários de escolas públicas de todo o País a enviarem, nesta segunda-feira, 22, emails com denúncias sobre o estado precário de suas instituições ao Ministério da Educação (MEC) e às secretarias municipais e estaduais. "Vamos mostrar a eles que não estamos satisfeitos com a situação da educação no Brasil e queremos mudanças", diz a estudante em um de seus posts.

Intitulada como o Dia do basta, a mobilização surgiu por sugestão de um dos 344 mil seguidores do Diário de Classe. Além da indicação dos problemas, Isadora pediu também que seus leitores enviassem sugestões de solução para as dificuldades que enfrentam. "Se é professor e acha que tá ganhando pouco, faz igual a professora que mostrou o contracheque, tira uma fotografia e manda. Alunos que vem os problemas da escola também pode fazer isso, tira uma foto dos problemas e manda. Isso é o mínimo que cada um de nós podemos fazer pela educação", disse a adolescente.

Segundo a estudante, hoje seria um dia em que todos que atuam junto ao ministro Aloizio Mercadante teriam de trabalhar bastante. "Vamos mandar fotos de tudo que acharmos que está errado. Eles nunca mais vão poder dizer que não sabiam", afirma.
Contatado pela reportagem, o MEC disse não ter recebido denúncias por email nesta segunda-feira. A assessoria de imprensa da pasta afirmou que assim que recebidas, as denúncias serão acolhidas e analisadas como normalmente são. Os cidadãos podem contatar o Ministério pelo telefone 0800-616161 ou pelo formulário Fale conoscoexistente no portal do MEC.
Diários de classe pelo Brasil

Tomando a estudante catarinense como exemplo, alunos de todo o Brasil têm criado páginas semelhantes ao Diário de Classe. Nelas, eles registram, por fotos e textos, uma série de dificuldades estruturais de suas escolas. Entre os problemas apontados estão carteiras quebradas, banheiros sem porta, salas de aula abandonadas, reformas inacabadas e a constante ausência de professores.

Atualmente, há dezenas de páginas semelhantes, com denúncias de instituições públicas espalhadas pelo Brasil. Abaixo, uma lista com os "diários de classe" encontrados, indicados pelo nome da escola a que se referem.
Escola Estadual Dr. Washington Luis - Mogi das Cruzes, SP
Escola Estadual São Paulo - São Paulo, SP
EEB José Boiteux - Florianópolis, SC

quarta-feira, 27 de março de 2013

É uma questão de classe.



Bipolaridade pode ser a doença do século ou um distúrbio utilizado como novo bode expiatório para a mesma pessoa ter duas opiniões ou gestos.

Danuza Leão conseguiu num curto espaço de tempo (uma semana) criticar a burguesia carioca e detonar o direito das trabalhadoras domésticas. Em seu artigo de 24/02/2013, "Não chore, Guilhermina" fez uma brilhante critica satirica sobre os sócios de um famoso clube do Rio, o Country, num trecho até diz: "O Country é um clube decadente, frequentado por pessoas --excetuando algumas poucas-- tão decadentes quanto. Gente que não tem coragem de se expor, e passa a vida almoçando, jantando, casando, traindo, roubando, dando pequenos golpes dentro da própria família, protegida pelas paredes do clube;" e consegue elucidar como se comporta a burguesia deste país (incluído ela, claro).

Já no artigo de 4/03/2013 intitulado "A PEC das empregadas" ela literalmente "solta os bofes" para fora e destila todo o seu veneno sobre as trabalhadoras que vivem ainda a margem dos direitos nesta sociedade. Faz comparações em outros países numa forma de como se as empregadas lá fora nos EUA e na Europa não vivem esse "luxo" porque as nossas brasileiras deveriam? E assim ela vai construído (ou fantasiando) um biotipo de madame que "coitadinha" não tem como pagar uma creche integral para seus filhos/as e como "pagará para aos da empregada".

 Esse tipo de bipolaridade só pode ser entendida como ela é: posição de classe.

Ela pertence a uma classe que por anos olhou (e olha) a sociedade de cima, sempre tentando filantropizar os de baixo. Criticam os programas de transferência de renda como o Bolsa Família quando ela (a burguesia) passou anos distribuindo moedas e migalhas para evitar uma revolta ou revolução social, assim cantou Cazuza que também era burguês e que nunca negou que também "cheirava mal" em uma das suas acídas canções.

Tudo então no Brasil em desenvolvimento de hoje é o mesmo de antes quando a sociedade é capitalista:  é uma questão de classe!

O problema é unir em torno de uma mesma causa ou idealismo todos/as assalariados/as deste país que não são ricos e nem burgueses, mas que se permitem a querer parecer o que não são. Essa falsa idéia de "classe média" que divide opiniões e fragmenta a possibilidade de construir um país dos trabalhadores/as.

Uma coisa eu diria aos meus conhecidos da "classe média": "- vocês compram a revista Caras, mas nunca irão aparecer nas fotos dela", quanta pobreza de espírito tem essa gente assalariada média superior que pertence a classe trabalhadora, mas não se reconhece nela.

Feliz páscoa. Boa Leitura (dos artigos abaixo)
Ah, e contrariando Vanuza vejam as matérias depois dos artigos dela!

24/02/2013 - 03h00
Não chore, Guilhermina


Passei a detestar clubes desde o dia em que, há muitos anos, presenciei uma conversa entre alguns sócios de um famoso clube do Rio, o Country. Nesse tempo a garotada tinha a mania de roubar carros, dar umas voltas no quarteirão e depois largá-los em qualquer lugar. Detalhe: não eram ladrões, apenas adolescentes brincando de transgredir.

Só que nesse dia a polícia viu, e foi atrás; os meninos, apavorados, entraram no estacionamento do Country (eram filhos de sócios), e a polícia foi atrás. O final dessa história não importa, mas nunca esqueci do que ouvi. Segundo esses sócios, a polícia não tinha o direito de entrar num clube privado, que tal? Foi a partir daí que comecei a detestar clubes e, mais ainda, os que ditam as regras dos clubes.

No Country é assim: a pessoa que pretende ser sócia, em primeiro lugar compra um título --entre R$ 500.000,00 e R$ 1.000.000,00; depois paga o mico de ter seu nome estampado num quadro, e se arrisca a pagar um mico ainda maior, o de não ser aceito (as famosas bolas pretas), e ter que fingir que nada aconteceu. Ninguém jamais saberá porque a pessoa levou bola preta, e também jamais saberá quem deu a(s) bola(s) preta(s). Esse é um ato de covardia, e como no clube ninguém tem assunto, um prato para os sócios. O alvo predileto dos que votam costuma ser mulheres solteiras e bonitas; eles sabem, intuitivamente, que a elas jamais terão acesso. E tem o grupo das mulheres, que pressiona os maridos para votar contra, porque não querem no clube mulheres solteiras e bonitas, ai ai.

O Country é um clube decadente, frequentado por pessoas --excetuando algumas poucas-- tão decadentes quanto. Gente que não tem coragem de se expor, e passa a vida almoçando, jantando, casando, traindo, roubando, dando pequenos golpes dentro da própria família, protegida pelas paredes do clube; lá tudo pode e tudo é perdoado, desde que aconteça entre os sócios. É como se fosse um país dentro de outro país, com um presidente, seus ministros, suas fronteiras, suas leis. Não sei onde tem mais mofo, se nos sofás ou nas cabeças desses frequentadores, que adoram seus privilégios: as piscinas, as quadras de tênis, a liberdade de assinar as notas para pagar no fim do mês --quando pagam. Como os sócios estão, em boa parte, falidos, podem comer seu picadinho --ruim-- lembrando dos velhos tempos. Bom mesmo vai ser no dia em que um deles escrever um livro contando as histórias do clube, que devem ser de arrepiar, mas vai ser difícil: quando você fica sócio, passa automaticamente a fazer parte de uma sociedade secreta, tipo uma máfia, onde a omertà (voto de silêncio) é sagrada. Tudo pode --e põe tudo nisso--, desde que seja só entre eles.

Logo que cheguei de férias soube do affair Guilhermina Guinle, que tentou ser sócia do clube mas foi bombardeada por bolas pretas. Pensei, pensei, e não entendi. Por que uma mulher bonita, charmosa, rica, de sucesso, quer ser sócia do Country? E pensei que, como todos os que já receberam as tais bolas pretas, ela mereceu: é o castigo de querer pertencer ao clube mais gagá do Brasil. Dá para entender que uma pessoa pague uma fortuna pelo título de um clube em que alguns poucos vão decidir se ela pode frequentá-lo? E é possível alguém querer frequentar um lugar em que é preciso pedir licença para entrar, e essa permissão ser dada --ou não-- por um pequeno grupo cujo momento de gloria é a reunião do clube, onde podem dar vazão às suas frustrações e se vingar da vida? Não dá para entender mes-mo.

Aliás, seria uma boa ideia desapropriar aquele belo terreno que dá frente para a av. Vieira Souto e fazer ali um jardim público onde os atuais sócios poderiam ir dar seus passeios e falar mal da vida dos outros, sem pagar um só tostão.

O papa se demitiu, os meteoros estão caindo, o mundo se acabando, e o Country continua acreditando em suas bolas pretas. É de chorar.


24/03/2013 - 03h00
A PEC das empregadas




Essa Pec das empregadas precisa ser muito discutida; como foi mal concebida, assim será difícil de ser cumprida, e aí todos vão perder.

A intenção de dar as melhores condições à profissional, faz com que seja quase impossível que o empregador tenha meios de cumprir com as novas leis; afinal, quem vai pagar esse salário é uma pessoa física, não uma empresa.

Vou fazer alguns comentários sobre as condições --diferentes-- em que trabalham as domésticas aqui e em países mais civilizados.

Vou falar da França e dos Estados Unidos, que são os que mais conheço. Lá, quem mora em apartamento de dois quartos e sala, é considerada privilegiada, mas nenhum deles tem área de serviço nem quarto de empregada (costuma existir uma área comunitária no prédio com várias máquinas de lavar e secar, em que cada morador paga pelo tempo que usa); uma família que vive num apartamento desses tem --quando tem-- uma profissional que vem uma vez por semana, por um par de horas.

É claro que cada um faz sua cama e lava seu prato, e a maioria come na rua; nessas cidades existem dezenas de pequenos restaurantes, e por preços mais do que razoáveis.

Apartamentos grandes, de gente rica, têm quarto de empregada no último andar do prédio (as chamadas "chambres de bonne", que passaram a ser alugadas aos estudantes), ou no térreo, completamente separados e independentes da família para quem trabalham.

Essas domésticas --fixas e raras-- têm salario mensal, e sua carga horária é de 8 horas por dia, distribuídas assim: das 8h às 14h (portanto, 6 horas seguidas) arrumam, fazem o almoço, põem a casa em ordem. Aí param, descansam, estudam, vão ao cinema ou namoram; voltam às 19h, cuidam do jantar rapidinho (lá ninguém descasca batata nem rala cenoura nem faz refogado, porque tudo já é comprado praticamente pronto), e às 21h, trabalho encerrado.

Mas no Brasil, muitos apartamentos de quarto e sala têm quarto de empregada, e se a profissional mora no emprego, fica difícil estipular o que é hora extra, fora o "Maria, me traz um copo de água?". E a ideia de dar auxílio creche e educação para menores de 5 anos dos empregados, é sonho de uma noite de verão, pois se os patrões mal conseguem arcar com as despesas dos próprios filhos, imagine com os da empregada.

Quem vai empregar uma jovem com dois filhos pequenos, se tiver que pagar pela creche e educação dessas crianças? É desemprego na certa.

Outra coisa esquecida: na maior parte das cidades do Brasil uma empregada encara duas, três horas em mais de uma condução para chegar ao trabalho, e mais duas ou três para voltar para casa, o que faz toda a diferença: o transporte público no país é trágico. Atenção: não estou dando soluções, estou mostrando as dificuldades.

Na França, quando um casal normal, em que os dois trabalham, têm um filho, existem creches do governo (de graça) que faz com que uma babá não seja necessária, mas no Brasil? Ou a mãe larga o emprego para cuidar do filho ou tem que ser uma executiva de salário altíssimo para poder pagar uma creche particular ou uma babá em tempo integral, olha a complicação.

Nenhum país tem os benefícios trabalhistas iguais aos do Brasil, mas isso funciona quando as carteiras das empregadas são assinadas, o que não acontece na maioria dos casos; e além da hora extra, por que não regulamentar também o trabalho por hora, fácil de ser regularizado, pois pago a cada vez que é realizado? Se essa PEC não for muito bem discutida, pode acabar em desemprego.

P.S.: É difícil saber quem saiu pior na foto esta semana: se d. Dilma, dizendo em Roma que a culpa pelas tragédias de Petrópolis se deve às vítimas, que não quiseram sair de suas casas, ou se Cristina Kirchner, pedindo ajuda ao papa no assunto das Malvinas.

Danuza Leão é o símbolo vivo de uma elite inculta, egoísta e vil
fonte: http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/danuza-leao-e-o-simbolo-vivo-de-uma-elite-inculta-egoista-e-vil/


Há um setor da sociedade que simplesmente não consegue enxergar e aceitar o processo civilizatório em que o Brasil mergulhou após os seguidos desastres administrativos, econômicos e sociais que governos medíocres, vendidos e ladrões lhe impuseram até 2002.

Talvez o mais eloquente símbolo do processo civilizatório em curso no Brasil seja estar se tornando raro famílias de classes média e alta terem “empregadas domésticas” que trabalhem de sol a sol por ninharias que não pagam refeição em um bom restaurante.

Agora, após séculos de verdadeira escravidão a que mulheres e até meninas pobres se submeteram trabalhando nessas condições para famílias de classe social superior, o Congresso criou vergonha e estendeu aos trabalhadores domésticos os direitos de todos os outros.

Um dos muitos avanços sociais para a maioria empobrecida do nosso povo que os governos Lula e Dilma vêm proporcionando está na raiz do ódio que a elite tem deles, pois acabou a moleza de madames como a colunista da Folha de São Paulo Danusa Leão terem escravas.

Eis que a socialite-colunista, que já andou vertendo seu ódio de classe devido à conquista dos aeroportos e viagens internacionais pelas classes “inferiores”, agora se revolta com os direitos trabalhistas serem estendidos também às “domésticas”.

Para tanto, como bem anotou o site Brasil 247, a socialite-colunista se valeu dos “argumentos” que há mais de século os escravocratas brasileiros usaram para manter este país como o único em que persistia a escravidão de negros.

Os escravocratas diziam que se os negros fossem libertados, seriam os principais prejudicados porque não conseguiriam se sustentar sem a “proteção” do senhor de escravos.

Agora, uma centena e tanto de anos depois, a colunista da Folha diz que dar direitos trabalhistas a domésticas seria ruim para elas porque, dessa forma, não conseguirão emprego.

Essa mulher é colunista do dito “maior jornal do país”. Espanta como alguém tão desinformada pode ter espaço em um veículo de projeção nacional para provar por escrito sua ignorância desumana.

Danusa é o retrato de uma elitezinha minúscula, iletrada, desinformada, egoísta, racista, sonegadora e pervertida. Leia a sua diarreia mental na Folha deste domingo. Prossigo a seguir.


06/05/2011 16:41

Situação das empregadas domésticas é precária
Comunicado do Ipea traçou o perfil atual das trabalhadoras domésticas
Foto: João Viana
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“A situação do emprego doméstico permanece precária”, aponta Luana Pinheiro

A formalização no emprego doméstico avançou pouco entre 1999 e 2009. A constatação está no Comunicado 90: Situação atual das trabalhadoras domésticas no país,divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira, 5. Com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/ IBGE), o estudo revela que, em dez anos, a proporção de trabalhadoras domésticas com carteira assinada mudou de 23,7% para 26,3%, crescendo menos de três pontos percentuais.

Como conseqüência do alto índice de informalidade, a renda média do emprego doméstico permaneceu abaixo do salário mínimo. Em 2009, as trabalhadoras


domésticas ganhavam R$ 321,27. No mesmo ano, a remuneração mínima nacional era R$ 465. “Houve ganho de renda nesse período porque, mesmo para quem não tem carteira assinada, o salário mínimo funciona como um indexador, mas a situação do emprego doméstico permanece precária”, comentou Luana Pinheiro, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. 

O Comunicado mostrou ainda que, por causa da baixa perspectiva da ocupação e a abertura de novas oportunidades com o aquecimento da economia, o emprego doméstico tem atraído cada vez menos as jovens brasileiras. Em dez anos, ocorreu um significativo envelhecimento entre as trabalhadoras domésticas. As mulheres com mais de 30 anos ganharam importância na composição do grupo, representando 72,7%. Em 1999, elas eram 56,5%.

“O envelhecimento aponta uma redução gradual no número de mulheres com ocupação doméstica. Até 2009, isso vinha acontecendo; mas, especificamente nesse ano, houve recuperação da proporção de trabalhadoras domésticas, o que pode ter sido provocado pela crise econômica”, explicou Luana.

No período avaliado pela pesquisa, houve um crescimento expressivo no número de diaristas. A proporção de trabalhadoras domésticas que prestam serviços em mais de um domicílio atingiu, em 2009, 29,3%, 12 pontos percentuais acima do registrado dez anos antes. Se, por um lado, a opção pela ocupação de diarista elevou a renda do emprego doméstico, por outro, tornou o vínculo empregatício ainda mais precário.

“O ganho de renda foi de cerca de R$ 50, muito pouco se considerarmos que essas mulheres não têm carteira assinada, férias, 13º. O poder público deveria ter uma preocupação em regulamentar essa atividade”, concluiu Luana Pinheiro.

http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=8298

Racismo contra empregadas domésticas no Brasil é denunciado na CIDHEFE – seg, 11 de mar de 2013

Washington, 11 mar (EFE).- Associações de defesa dos direitos das mulheres denunciaram nesta segunda-feira para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washignton, nos Estados Unidos, o tratamento racista e sexista que as empregadas domésticas são vítimas no Brasil.

A ONG Global Rights e a Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN) lamentaram um "racismo estrutural", e especialmente forte em relação às empregadas domésticas, em um país onde na última década os negros passaram a ser a maioria da população

"Jornadas de entre dez e quinze horas diárias, turnos noturnos, condições de insalubridade e salários que, em muitas ocasiões, se pagam mais tarde do que o pactuado" são algumas das denúncias apresentadas diante dos membros da comissão da CIDH

"A Constituição brasileira discrimina as empregadas domésticas ao não reconhecer a elas os mesmos direitos que a outros trabalhadores, e isso, para começar, lhes nega o acesso aos serviços de seguridade social", disse o porta-voz da Global Rights Carlos Casado.

O funcionário frisou que "apenas 27% das empregadas domésticas são registradas". Para a porta-voz da ACMUN Eva Regina Pereira Ramão "sexo e raça são condições determinantes do lugar de trabalho" no Brasil, como demonstra o fato do emprego doméstico ser desempenhado em sua maioria por mulheres negras.

"Poucas mulheres negras tiveram educação e com isso ficam em postos de trabalho nos quais sobressaem a informalidade, a precariedade e a ausência de equidade", afirmou a ativista, que pediu ao governo "maior envolvimento" para terminar com a discriminação.

Os membros da delegação do governo brasileiro enviados a Washington reconheceram o racismo e o sexismo "estrutural", mas asseguraram que estão trabalhando para resolver o problema por meio de programas de discriminação positiva como "Brasil Sem Miséria" e "Minha Casa, Minha Vida".

"É um problema que cada vez mais levamos em conta. Antes, o governo passava pisando em ovos sobre a questão, mas já faz tempo que é uma prioridade para nós", estamos realizando medidas "para melhorar a instrução entre as empregadas domésticas", disse a funcionária Angela Nascimento.

Mesmo com as respotas, a comissária da CIDH Rose-Marie Belle Antoine pediu que o governo enfente o problema com mais seriedade.

"A situação, apesar dos esforços do governo, continua sendo ruim e ameaçadora. Quando as empregadas domésticas, que já sofrem discriminação por si só, pertencem todas a uma mesma raça, o fenômeno aumenta", concluiu Rose-Marie. EFE

fonte:

http://br.noticias.yahoo.com/medvedev-expressa-condol%C3%AAncias-oferece-ajuda-primeiro-ministro-jap%C3%A3o-20110311-052925-393.html


Senado aprova PEC das Domésticas

O Senado encerrou nesta terça-feira (26) a votação da proposta de emenda à Constituição que iguala o direito de trabalhadores domésticos aos demais urbanos e rurais, naquela que ficou conhecida como PEC das Domésticas.
provada em primeiro turno, a proposta voltou a ser aprovada por unanimidade na votação desta terça. Informalmente, vários senadores apelidaram, durante a votação, a PEC de Benedita da Silva, hoje deputada federal pelo PT-RJ e ex-empregada doméstica, uma das principais articuladoras da aprovação.

No total a PEC traz 16 direitos aos trabalhadores domésticos: indenização em caso de despedida sem justa causa, seguro-desemprego em caso de desemprego involuntário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), garantia de salário mínimo para aqueles que recebem renumeração variável, adicional noturno, salário-família, proteção ao salário, jornada de oito horas diárias e 44 horas semanais, observância de normas de higiene, saúde e segurança, hora-extra, auxílio creche e pré-escola, reconhecimento de acordo e convenções coletivas, seguro contra acidente de trabalho, proibição de discriminação de salário, de função e de critério de admissão, proibição de trabalho noturno, em condições insalubres ou perigoso a menores de 16 anos e proibição de discriminação com pessoa com deficiência.

Imediatamente serão aprovados nove aspectos, sendo que os outros sete dependem de regulamentação para que comecem a ser aplicados.

Dentre os aspectos que serão validados imediatamente estão a garantia de salário nunca inferior ao mínimo (hoje em R$ 678), jornada de trabalho não superior a 8 horas por dia (máximo de 44 horas semanais), pagamento de horas-extras, além do reconhecimento de convenções ou acordos coletivos.

terça-feira, 26 de março de 2013

Coronel foi executado na zona norte de SP. Acusados foram absolvidos por falta de provas


São Paulo
18/3/2013 às 00h30
Após cinco anos, execução de comandante da PM continua sem solução

Coronel foi executado na zona norte de SP. Acusados foram absolvidos por falta de provas
Do Domingo Espetacular
A execução do comandante da PM, o coronel José Hermínio Rodrigues, não foi esclarecida até hoje. Uma investigação polêmica e um processo com falhas levaram a absolvição dos acusados por falta de provas.O Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu o ex-soldado Pascoal dos Santos e o ex-sargento Lelces André Pires.
Pascoal falou ao Domingo Espetacular por um radiocomunicador. Ele disse que vai ter dificuldades para trabalhar.
— De repente acontece uma desgraça dessa na sua vida. Tira a sua farda, tira a sua arma, e hoje eu tenho que me esconder igual rato pra poder sobreviver e manter minha família. É um absurdo. Eu temo mesmo, temo.
O coronel Hermínio comandava 10 mil homens de quatro batalhões na zona norte de São Paulo. Ele investigava um grupo de extermínio formado por policiais militares, que ficou conhecido como “Matadores do 18”, em referência ao número do batalhão da PM.
Em janeiro de 2008, ele caiu em uma emboscada. O coronel estava de férias e à paisana, passeava de bicicleta por uma avenida da zona norte. O assassino chegou de moto, parou próximo à vítima e atirou diversas vezes no policial. Três disparos atingiram o rosto dele.
Duas investigações foram abertas, no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, e outra na Polícia Militar.
O delegado Marcos Carneiro era o chefe da divisão de homicídios na época do crime. Ele contou que o objetivo era justamente executar o coronel.
— Descobriu-se que o interesse foi matar o coronel Hermínio, não foi para roubar, não foi para fazer nada. Era para matar o coronel Hermínio. 
O primeiro indício contra os PMs Pascoal e Lelces veio de um suspeito de integrar um grupo de extermínio. Em depoimento, Wellington franco disse que "o executor do homicídio do coronel foi Pascoal. Havia um mandante: Lelces André Pires de Morais." Ainda segundo Wellington, "Lelces sempre dizia a Pascoal que se conseguissem matar aquele coronel, os problemas deles estariam resolvidos".
Lelces e Pascoal eram subordinados ao coronel no 18º batalhão da grande SP. O coronel decidiu transferir alguns policiais acusados de pertencer a grupos de extermínio. Entre eles, Pascoal. Esse poderia ser um motivo para o assassinato.  
Pascoal e Lelces tiveram a prisão temporária decretada em 2010. Eles ficaram quase dois anos presos, até conseguir na Justiça o direito de responder em liberdade. O inquérito da Justiça Militar está diferente do da Polícia Civil. No depoimento de Wellington, ele desmentiu tudo diante do juiz e disse que foi torturado pela polícia para incriminar os dois.
Além da denúncia de tortura, o julgamento militar apontou outro problema. A perícia feita nas cápsulas encontradas perto do corpo do coronel e a perícia das armas apreendidas não foram confrontadas. Isso só aconteceu depois de dois anos e nada foi constatado.
Por fim, com a questão da perícia, o inquérito da Polícia Civil não pode chegar a um resultado conclusivo. Os dois PMs foram absolvidos. A promotoria vai recorrer da absolvição.
Linhas de investigação
Três pistas que podem levar à morte do coronel ainda não foram analisadas pela polícia: um grampo telefônico que monitorava o coronel, uma lista no computador dele de policiais que seriam punidos e uma suposta pressão sofrida por Hermínio para agilizar a compra de radiocomunicadores no valor total de R$ 150 milhões. 
Assita ao vídeo: