Novos sujeitos só mostram que ideais não morrem. Quando militei no movimento estudantil secundarista o diálogo era no orelhão de ficha, os panfletos de denúncia das condições do ensino eram no antigo mimeógrafo (um aparelho que utilizava papel especial - stencil - e alcóol para imprimir cópias) e as vezes o apoio solidario nas xerox dos sindicatos combativos.
Agora a moda é o facebook. Que venha as novas formas de denúncia e organização para manter viva a luta por uma educação pública e de qualidade para todos e todas.
abraços e boa leitura!
Wagner Hosokawa
Aluna do blog Diário de Classe incentiva manifestações em prol da educação
Isadora Faber convidou estudantes, pais e professores a enviarem emails ao MEC com reclamações e sugestões
22 de outubro de 2012 | 18h 31
A estudante Isadora Faber, de 13 anos, criadora da página Diário de Classe no Facebook, convidou alunos, pais, professores e funcionários de escolas públicas de todo o País a enviarem, nesta segunda-feira, 22, emails com denúncias sobre o estado precário de suas instituições ao Ministério da Educação (MEC) e às secretarias municipais e estaduais. "Vamos mostrar a eles que não estamos satisfeitos com a situação da educação no Brasil e queremos mudanças", diz a estudante em um de seus posts.
Intitulada como o Dia do basta, a mobilização surgiu por sugestão de um dos 344 mil seguidores do Diário de Classe. Além da indicação dos problemas, Isadora pediu também que seus leitores enviassem sugestões de solução para as dificuldades que enfrentam. "Se é professor e acha que tá ganhando pouco, faz igual a professora que mostrou o contracheque, tira uma fotografia e manda. Alunos que vem os problemas da escola também pode fazer isso, tira uma foto dos problemas e manda. Isso é o mínimo que cada um de nós podemos fazer pela educação", disse a adolescente.
Segundo a estudante, hoje seria um dia em que todos que atuam junto ao ministro Aloizio Mercadante teriam de trabalhar bastante. "Vamos mandar fotos de tudo que acharmos que está errado. Eles nunca mais vão poder dizer que não sabiam", afirma.
Intitulada como o Dia do basta, a mobilização surgiu por sugestão de um dos 344 mil seguidores do Diário de Classe. Além da indicação dos problemas, Isadora pediu também que seus leitores enviassem sugestões de solução para as dificuldades que enfrentam. "Se é professor e acha que tá ganhando pouco, faz igual a professora que mostrou o contracheque, tira uma fotografia e manda. Alunos que vem os problemas da escola também pode fazer isso, tira uma foto dos problemas e manda. Isso é o mínimo que cada um de nós podemos fazer pela educação", disse a adolescente.
Segundo a estudante, hoje seria um dia em que todos que atuam junto ao ministro Aloizio Mercadante teriam de trabalhar bastante. "Vamos mandar fotos de tudo que acharmos que está errado. Eles nunca mais vão poder dizer que não sabiam", afirma.
Contatado pela reportagem, o MEC disse não ter recebido denúncias por email nesta segunda-feira. A assessoria de imprensa da pasta afirmou que assim que recebidas, as denúncias serão acolhidas e analisadas como normalmente são. Os cidadãos podem contatar o Ministério pelo telefone 0800-616161 ou pelo formulário Fale conoscoexistente no portal do MEC.
Diários de classe pelo Brasil
Tomando a estudante catarinense como exemplo, alunos de todo o Brasil têm criado páginas semelhantes ao Diário de Classe. Nelas, eles registram, por fotos e textos, uma série de dificuldades estruturais de suas escolas. Entre os problemas apontados estão carteiras quebradas, banheiros sem porta, salas de aula abandonadas, reformas inacabadas e a constante ausência de professores.
Atualmente, há dezenas de páginas semelhantes, com denúncias de instituições públicas espalhadas pelo Brasil. Abaixo, uma lista com os "diários de classe" encontrados, indicados pelo nome da escola a que se referem.
Tomando a estudante catarinense como exemplo, alunos de todo o Brasil têm criado páginas semelhantes ao Diário de Classe. Nelas, eles registram, por fotos e textos, uma série de dificuldades estruturais de suas escolas. Entre os problemas apontados estão carteiras quebradas, banheiros sem porta, salas de aula abandonadas, reformas inacabadas e a constante ausência de professores.
Atualmente, há dezenas de páginas semelhantes, com denúncias de instituições públicas espalhadas pelo Brasil. Abaixo, uma lista com os "diários de classe" encontrados, indicados pelo nome da escola a que se referem.
EEEM Alexandre Zacarias de Assunção - Belém, PA
Escola Tenente Rêgo Barros - Belém, PA
Centro de Ensino Professor Barjonas Lobão - São Luís, MA
Centro de Ensino Governador Edison Lobão - São Luís, MA
Escola Estadual de Ensino Médio Profº Pedro Augusto Porto Caminha - João Pessoa, PB
Escola Estadual Maria Zeca de Souza - Massaranduba, PB
Escola João Batista de Vasconcelos - Tacaratu, PE
Escola Estadual Professora Benedita de Castro Lima - Maceió, PE
Colégio Estadual Bolívar Santana - Salvador, BA
Colégio Estadual de Aplicação Anísio Teixeira - Salvador, BA
Colégio Estadual Roberto Santos - Salvador, BA
Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães - Itamaraju, BA
Centro de Ensino Médio 02 do Gama - Brasília, DF
Escola Municipal Carlos Rodrigues de Melo - Tiradentes, MG
EEEFM Coronel Gomes de Oliveira - Anchieta, ES
Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch - Rio de Janeiro, RJ
EMIEF Marisa Lapido Barbosa - Taubaté, SP
Escola Estadual Cardoso de Almeida, Botucatu, SP
Escola Estadual Roque Savioli - Cotia, SP
Escola Estadual Dr. Washington Luis - Mogi das Cruzes, SP
Escola Estadual Professora Emília Anna Antônio - Guarulho, SP
Escola Estadual São Paulo - São Paulo, SP
Escola Estadual Luiz Gonzaga Pinto e Silva - São Paulo, SP
EEB José Boiteux - Florianópolis, SC