quarta-feira, 27 de março de 2013

É uma questão de classe.



Bipolaridade pode ser a doença do século ou um distúrbio utilizado como novo bode expiatório para a mesma pessoa ter duas opiniões ou gestos.

Danuza Leão conseguiu num curto espaço de tempo (uma semana) criticar a burguesia carioca e detonar o direito das trabalhadoras domésticas. Em seu artigo de 24/02/2013, "Não chore, Guilhermina" fez uma brilhante critica satirica sobre os sócios de um famoso clube do Rio, o Country, num trecho até diz: "O Country é um clube decadente, frequentado por pessoas --excetuando algumas poucas-- tão decadentes quanto. Gente que não tem coragem de se expor, e passa a vida almoçando, jantando, casando, traindo, roubando, dando pequenos golpes dentro da própria família, protegida pelas paredes do clube;" e consegue elucidar como se comporta a burguesia deste país (incluído ela, claro).

Já no artigo de 4/03/2013 intitulado "A PEC das empregadas" ela literalmente "solta os bofes" para fora e destila todo o seu veneno sobre as trabalhadoras que vivem ainda a margem dos direitos nesta sociedade. Faz comparações em outros países numa forma de como se as empregadas lá fora nos EUA e na Europa não vivem esse "luxo" porque as nossas brasileiras deveriam? E assim ela vai construído (ou fantasiando) um biotipo de madame que "coitadinha" não tem como pagar uma creche integral para seus filhos/as e como "pagará para aos da empregada".

 Esse tipo de bipolaridade só pode ser entendida como ela é: posição de classe.

Ela pertence a uma classe que por anos olhou (e olha) a sociedade de cima, sempre tentando filantropizar os de baixo. Criticam os programas de transferência de renda como o Bolsa Família quando ela (a burguesia) passou anos distribuindo moedas e migalhas para evitar uma revolta ou revolução social, assim cantou Cazuza que também era burguês e que nunca negou que também "cheirava mal" em uma das suas acídas canções.

Tudo então no Brasil em desenvolvimento de hoje é o mesmo de antes quando a sociedade é capitalista:  é uma questão de classe!

O problema é unir em torno de uma mesma causa ou idealismo todos/as assalariados/as deste país que não são ricos e nem burgueses, mas que se permitem a querer parecer o que não são. Essa falsa idéia de "classe média" que divide opiniões e fragmenta a possibilidade de construir um país dos trabalhadores/as.

Uma coisa eu diria aos meus conhecidos da "classe média": "- vocês compram a revista Caras, mas nunca irão aparecer nas fotos dela", quanta pobreza de espírito tem essa gente assalariada média superior que pertence a classe trabalhadora, mas não se reconhece nela.

Feliz páscoa. Boa Leitura (dos artigos abaixo)
Ah, e contrariando Vanuza vejam as matérias depois dos artigos dela!

24/02/2013 - 03h00
Não chore, Guilhermina


Passei a detestar clubes desde o dia em que, há muitos anos, presenciei uma conversa entre alguns sócios de um famoso clube do Rio, o Country. Nesse tempo a garotada tinha a mania de roubar carros, dar umas voltas no quarteirão e depois largá-los em qualquer lugar. Detalhe: não eram ladrões, apenas adolescentes brincando de transgredir.

Só que nesse dia a polícia viu, e foi atrás; os meninos, apavorados, entraram no estacionamento do Country (eram filhos de sócios), e a polícia foi atrás. O final dessa história não importa, mas nunca esqueci do que ouvi. Segundo esses sócios, a polícia não tinha o direito de entrar num clube privado, que tal? Foi a partir daí que comecei a detestar clubes e, mais ainda, os que ditam as regras dos clubes.

No Country é assim: a pessoa que pretende ser sócia, em primeiro lugar compra um título --entre R$ 500.000,00 e R$ 1.000.000,00; depois paga o mico de ter seu nome estampado num quadro, e se arrisca a pagar um mico ainda maior, o de não ser aceito (as famosas bolas pretas), e ter que fingir que nada aconteceu. Ninguém jamais saberá porque a pessoa levou bola preta, e também jamais saberá quem deu a(s) bola(s) preta(s). Esse é um ato de covardia, e como no clube ninguém tem assunto, um prato para os sócios. O alvo predileto dos que votam costuma ser mulheres solteiras e bonitas; eles sabem, intuitivamente, que a elas jamais terão acesso. E tem o grupo das mulheres, que pressiona os maridos para votar contra, porque não querem no clube mulheres solteiras e bonitas, ai ai.

O Country é um clube decadente, frequentado por pessoas --excetuando algumas poucas-- tão decadentes quanto. Gente que não tem coragem de se expor, e passa a vida almoçando, jantando, casando, traindo, roubando, dando pequenos golpes dentro da própria família, protegida pelas paredes do clube; lá tudo pode e tudo é perdoado, desde que aconteça entre os sócios. É como se fosse um país dentro de outro país, com um presidente, seus ministros, suas fronteiras, suas leis. Não sei onde tem mais mofo, se nos sofás ou nas cabeças desses frequentadores, que adoram seus privilégios: as piscinas, as quadras de tênis, a liberdade de assinar as notas para pagar no fim do mês --quando pagam. Como os sócios estão, em boa parte, falidos, podem comer seu picadinho --ruim-- lembrando dos velhos tempos. Bom mesmo vai ser no dia em que um deles escrever um livro contando as histórias do clube, que devem ser de arrepiar, mas vai ser difícil: quando você fica sócio, passa automaticamente a fazer parte de uma sociedade secreta, tipo uma máfia, onde a omertà (voto de silêncio) é sagrada. Tudo pode --e põe tudo nisso--, desde que seja só entre eles.

Logo que cheguei de férias soube do affair Guilhermina Guinle, que tentou ser sócia do clube mas foi bombardeada por bolas pretas. Pensei, pensei, e não entendi. Por que uma mulher bonita, charmosa, rica, de sucesso, quer ser sócia do Country? E pensei que, como todos os que já receberam as tais bolas pretas, ela mereceu: é o castigo de querer pertencer ao clube mais gagá do Brasil. Dá para entender que uma pessoa pague uma fortuna pelo título de um clube em que alguns poucos vão decidir se ela pode frequentá-lo? E é possível alguém querer frequentar um lugar em que é preciso pedir licença para entrar, e essa permissão ser dada --ou não-- por um pequeno grupo cujo momento de gloria é a reunião do clube, onde podem dar vazão às suas frustrações e se vingar da vida? Não dá para entender mes-mo.

Aliás, seria uma boa ideia desapropriar aquele belo terreno que dá frente para a av. Vieira Souto e fazer ali um jardim público onde os atuais sócios poderiam ir dar seus passeios e falar mal da vida dos outros, sem pagar um só tostão.

O papa se demitiu, os meteoros estão caindo, o mundo se acabando, e o Country continua acreditando em suas bolas pretas. É de chorar.


24/03/2013 - 03h00
A PEC das empregadas




Essa Pec das empregadas precisa ser muito discutida; como foi mal concebida, assim será difícil de ser cumprida, e aí todos vão perder.

A intenção de dar as melhores condições à profissional, faz com que seja quase impossível que o empregador tenha meios de cumprir com as novas leis; afinal, quem vai pagar esse salário é uma pessoa física, não uma empresa.

Vou fazer alguns comentários sobre as condições --diferentes-- em que trabalham as domésticas aqui e em países mais civilizados.

Vou falar da França e dos Estados Unidos, que são os que mais conheço. Lá, quem mora em apartamento de dois quartos e sala, é considerada privilegiada, mas nenhum deles tem área de serviço nem quarto de empregada (costuma existir uma área comunitária no prédio com várias máquinas de lavar e secar, em que cada morador paga pelo tempo que usa); uma família que vive num apartamento desses tem --quando tem-- uma profissional que vem uma vez por semana, por um par de horas.

É claro que cada um faz sua cama e lava seu prato, e a maioria come na rua; nessas cidades existem dezenas de pequenos restaurantes, e por preços mais do que razoáveis.

Apartamentos grandes, de gente rica, têm quarto de empregada no último andar do prédio (as chamadas "chambres de bonne", que passaram a ser alugadas aos estudantes), ou no térreo, completamente separados e independentes da família para quem trabalham.

Essas domésticas --fixas e raras-- têm salario mensal, e sua carga horária é de 8 horas por dia, distribuídas assim: das 8h às 14h (portanto, 6 horas seguidas) arrumam, fazem o almoço, põem a casa em ordem. Aí param, descansam, estudam, vão ao cinema ou namoram; voltam às 19h, cuidam do jantar rapidinho (lá ninguém descasca batata nem rala cenoura nem faz refogado, porque tudo já é comprado praticamente pronto), e às 21h, trabalho encerrado.

Mas no Brasil, muitos apartamentos de quarto e sala têm quarto de empregada, e se a profissional mora no emprego, fica difícil estipular o que é hora extra, fora o "Maria, me traz um copo de água?". E a ideia de dar auxílio creche e educação para menores de 5 anos dos empregados, é sonho de uma noite de verão, pois se os patrões mal conseguem arcar com as despesas dos próprios filhos, imagine com os da empregada.

Quem vai empregar uma jovem com dois filhos pequenos, se tiver que pagar pela creche e educação dessas crianças? É desemprego na certa.

Outra coisa esquecida: na maior parte das cidades do Brasil uma empregada encara duas, três horas em mais de uma condução para chegar ao trabalho, e mais duas ou três para voltar para casa, o que faz toda a diferença: o transporte público no país é trágico. Atenção: não estou dando soluções, estou mostrando as dificuldades.

Na França, quando um casal normal, em que os dois trabalham, têm um filho, existem creches do governo (de graça) que faz com que uma babá não seja necessária, mas no Brasil? Ou a mãe larga o emprego para cuidar do filho ou tem que ser uma executiva de salário altíssimo para poder pagar uma creche particular ou uma babá em tempo integral, olha a complicação.

Nenhum país tem os benefícios trabalhistas iguais aos do Brasil, mas isso funciona quando as carteiras das empregadas são assinadas, o que não acontece na maioria dos casos; e além da hora extra, por que não regulamentar também o trabalho por hora, fácil de ser regularizado, pois pago a cada vez que é realizado? Se essa PEC não for muito bem discutida, pode acabar em desemprego.

P.S.: É difícil saber quem saiu pior na foto esta semana: se d. Dilma, dizendo em Roma que a culpa pelas tragédias de Petrópolis se deve às vítimas, que não quiseram sair de suas casas, ou se Cristina Kirchner, pedindo ajuda ao papa no assunto das Malvinas.

Danuza Leão é o símbolo vivo de uma elite inculta, egoísta e vil
fonte: http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/danuza-leao-e-o-simbolo-vivo-de-uma-elite-inculta-egoista-e-vil/


Há um setor da sociedade que simplesmente não consegue enxergar e aceitar o processo civilizatório em que o Brasil mergulhou após os seguidos desastres administrativos, econômicos e sociais que governos medíocres, vendidos e ladrões lhe impuseram até 2002.

Talvez o mais eloquente símbolo do processo civilizatório em curso no Brasil seja estar se tornando raro famílias de classes média e alta terem “empregadas domésticas” que trabalhem de sol a sol por ninharias que não pagam refeição em um bom restaurante.

Agora, após séculos de verdadeira escravidão a que mulheres e até meninas pobres se submeteram trabalhando nessas condições para famílias de classe social superior, o Congresso criou vergonha e estendeu aos trabalhadores domésticos os direitos de todos os outros.

Um dos muitos avanços sociais para a maioria empobrecida do nosso povo que os governos Lula e Dilma vêm proporcionando está na raiz do ódio que a elite tem deles, pois acabou a moleza de madames como a colunista da Folha de São Paulo Danusa Leão terem escravas.

Eis que a socialite-colunista, que já andou vertendo seu ódio de classe devido à conquista dos aeroportos e viagens internacionais pelas classes “inferiores”, agora se revolta com os direitos trabalhistas serem estendidos também às “domésticas”.

Para tanto, como bem anotou o site Brasil 247, a socialite-colunista se valeu dos “argumentos” que há mais de século os escravocratas brasileiros usaram para manter este país como o único em que persistia a escravidão de negros.

Os escravocratas diziam que se os negros fossem libertados, seriam os principais prejudicados porque não conseguiriam se sustentar sem a “proteção” do senhor de escravos.

Agora, uma centena e tanto de anos depois, a colunista da Folha diz que dar direitos trabalhistas a domésticas seria ruim para elas porque, dessa forma, não conseguirão emprego.

Essa mulher é colunista do dito “maior jornal do país”. Espanta como alguém tão desinformada pode ter espaço em um veículo de projeção nacional para provar por escrito sua ignorância desumana.

Danusa é o retrato de uma elitezinha minúscula, iletrada, desinformada, egoísta, racista, sonegadora e pervertida. Leia a sua diarreia mental na Folha deste domingo. Prossigo a seguir.


06/05/2011 16:41

Situação das empregadas domésticas é precária
Comunicado do Ipea traçou o perfil atual das trabalhadoras domésticas
Foto: João Viana
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“A situação do emprego doméstico permanece precária”, aponta Luana Pinheiro

A formalização no emprego doméstico avançou pouco entre 1999 e 2009. A constatação está no Comunicado 90: Situação atual das trabalhadoras domésticas no país,divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira, 5. Com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/ IBGE), o estudo revela que, em dez anos, a proporção de trabalhadoras domésticas com carteira assinada mudou de 23,7% para 26,3%, crescendo menos de três pontos percentuais.

Como conseqüência do alto índice de informalidade, a renda média do emprego doméstico permaneceu abaixo do salário mínimo. Em 2009, as trabalhadoras


domésticas ganhavam R$ 321,27. No mesmo ano, a remuneração mínima nacional era R$ 465. “Houve ganho de renda nesse período porque, mesmo para quem não tem carteira assinada, o salário mínimo funciona como um indexador, mas a situação do emprego doméstico permanece precária”, comentou Luana Pinheiro, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. 

O Comunicado mostrou ainda que, por causa da baixa perspectiva da ocupação e a abertura de novas oportunidades com o aquecimento da economia, o emprego doméstico tem atraído cada vez menos as jovens brasileiras. Em dez anos, ocorreu um significativo envelhecimento entre as trabalhadoras domésticas. As mulheres com mais de 30 anos ganharam importância na composição do grupo, representando 72,7%. Em 1999, elas eram 56,5%.

“O envelhecimento aponta uma redução gradual no número de mulheres com ocupação doméstica. Até 2009, isso vinha acontecendo; mas, especificamente nesse ano, houve recuperação da proporção de trabalhadoras domésticas, o que pode ter sido provocado pela crise econômica”, explicou Luana.

No período avaliado pela pesquisa, houve um crescimento expressivo no número de diaristas. A proporção de trabalhadoras domésticas que prestam serviços em mais de um domicílio atingiu, em 2009, 29,3%, 12 pontos percentuais acima do registrado dez anos antes. Se, por um lado, a opção pela ocupação de diarista elevou a renda do emprego doméstico, por outro, tornou o vínculo empregatício ainda mais precário.

“O ganho de renda foi de cerca de R$ 50, muito pouco se considerarmos que essas mulheres não têm carteira assinada, férias, 13º. O poder público deveria ter uma preocupação em regulamentar essa atividade”, concluiu Luana Pinheiro.

http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=8298

Racismo contra empregadas domésticas no Brasil é denunciado na CIDHEFE – seg, 11 de mar de 2013

Washington, 11 mar (EFE).- Associações de defesa dos direitos das mulheres denunciaram nesta segunda-feira para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washignton, nos Estados Unidos, o tratamento racista e sexista que as empregadas domésticas são vítimas no Brasil.

A ONG Global Rights e a Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN) lamentaram um "racismo estrutural", e especialmente forte em relação às empregadas domésticas, em um país onde na última década os negros passaram a ser a maioria da população

"Jornadas de entre dez e quinze horas diárias, turnos noturnos, condições de insalubridade e salários que, em muitas ocasiões, se pagam mais tarde do que o pactuado" são algumas das denúncias apresentadas diante dos membros da comissão da CIDH

"A Constituição brasileira discrimina as empregadas domésticas ao não reconhecer a elas os mesmos direitos que a outros trabalhadores, e isso, para começar, lhes nega o acesso aos serviços de seguridade social", disse o porta-voz da Global Rights Carlos Casado.

O funcionário frisou que "apenas 27% das empregadas domésticas são registradas". Para a porta-voz da ACMUN Eva Regina Pereira Ramão "sexo e raça são condições determinantes do lugar de trabalho" no Brasil, como demonstra o fato do emprego doméstico ser desempenhado em sua maioria por mulheres negras.

"Poucas mulheres negras tiveram educação e com isso ficam em postos de trabalho nos quais sobressaem a informalidade, a precariedade e a ausência de equidade", afirmou a ativista, que pediu ao governo "maior envolvimento" para terminar com a discriminação.

Os membros da delegação do governo brasileiro enviados a Washington reconheceram o racismo e o sexismo "estrutural", mas asseguraram que estão trabalhando para resolver o problema por meio de programas de discriminação positiva como "Brasil Sem Miséria" e "Minha Casa, Minha Vida".

"É um problema que cada vez mais levamos em conta. Antes, o governo passava pisando em ovos sobre a questão, mas já faz tempo que é uma prioridade para nós", estamos realizando medidas "para melhorar a instrução entre as empregadas domésticas", disse a funcionária Angela Nascimento.

Mesmo com as respotas, a comissária da CIDH Rose-Marie Belle Antoine pediu que o governo enfente o problema com mais seriedade.

"A situação, apesar dos esforços do governo, continua sendo ruim e ameaçadora. Quando as empregadas domésticas, que já sofrem discriminação por si só, pertencem todas a uma mesma raça, o fenômeno aumenta", concluiu Rose-Marie. EFE

fonte:

http://br.noticias.yahoo.com/medvedev-expressa-condol%C3%AAncias-oferece-ajuda-primeiro-ministro-jap%C3%A3o-20110311-052925-393.html


Senado aprova PEC das Domésticas

O Senado encerrou nesta terça-feira (26) a votação da proposta de emenda à Constituição que iguala o direito de trabalhadores domésticos aos demais urbanos e rurais, naquela que ficou conhecida como PEC das Domésticas.
provada em primeiro turno, a proposta voltou a ser aprovada por unanimidade na votação desta terça. Informalmente, vários senadores apelidaram, durante a votação, a PEC de Benedita da Silva, hoje deputada federal pelo PT-RJ e ex-empregada doméstica, uma das principais articuladoras da aprovação.

No total a PEC traz 16 direitos aos trabalhadores domésticos: indenização em caso de despedida sem justa causa, seguro-desemprego em caso de desemprego involuntário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), garantia de salário mínimo para aqueles que recebem renumeração variável, adicional noturno, salário-família, proteção ao salário, jornada de oito horas diárias e 44 horas semanais, observância de normas de higiene, saúde e segurança, hora-extra, auxílio creche e pré-escola, reconhecimento de acordo e convenções coletivas, seguro contra acidente de trabalho, proibição de discriminação de salário, de função e de critério de admissão, proibição de trabalho noturno, em condições insalubres ou perigoso a menores de 16 anos e proibição de discriminação com pessoa com deficiência.

Imediatamente serão aprovados nove aspectos, sendo que os outros sete dependem de regulamentação para que comecem a ser aplicados.

Dentre os aspectos que serão validados imediatamente estão a garantia de salário nunca inferior ao mínimo (hoje em R$ 678), jornada de trabalho não superior a 8 horas por dia (máximo de 44 horas semanais), pagamento de horas-extras, além do reconhecimento de convenções ou acordos coletivos.