20 DE MARÇO DE 2013 - 10H05
Movimentos ocupam a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo
Secretário Estadual de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, não comparece à Audiência Pública e provoca indignação em quem estava presente na Audiência Pública sobre o genocídio da juventude negra. Comitê de Luta Contra o Genocídio promete mais protestos.
Após quase quatro meses de negociações e diálogo junto à assessoria da Secretaria de Segurança Pública de SP, o Secretário Fernando Grela Vieira não compareceu à Audiência Pública marcada para o início da noite de terça-feira (19).
Sem justificativa oficial, os assessores do Secretário já haviam adiantado há cerca de uma semana a possibilidade de ausência do titular da pasta, que traria também o Comandante da PM e o Chefe da Policia Civil, além da chefia do IML paulista.
Indignados com a falta de respeito e com a desfaçatez dos assessores que teimavam em justificar a ausência das autoridades, os organizadores do Comitê, em consulta aos presentes (cerca de 300 pessoas), propuseram uma ato simbólico em frente à Secretaria de Segurança Pública, situada a alguns metros apenas da Faculdade de Direito.
Aos gritos de “Cadê o Secretário?”, os manifestantes transformaram o que seria um ato simbólico, em uma ocupação relâmpago da Secretaria de Segurança Pública de SP. Já dentro do hall da secretaria, as mais de 300 pessoas realizaram um ato, onde militantes, em jogral, expuseram uma vez mais sua insatisfação e a cobrança pelo cessar dos assassinatos de jovens negros e pobres nas periferias da cidade.
O secretário, mesmo diante da manifestação em seu próprio “território de segurança”, se recusou a dialogar com os movimentos. Após cerca de uma hora de protestos e ocupação, os manifestantes deixaram o local e terminaram a manifestação em frente às arcadas do campus de direito da USP. A Próxima reunião do Comitê ficou marcada para o dia 2 de abril.
As reivindicações
Um documento com diversas reivindicações do Movimento no que diz respeito ao fim da violência policial no estado foi protocolado no ato de ocupação da Secretaria de Justiça de SP, realizado no dia 22 de novembro de 2012, mesma data da posse do Secretario Fernando Grella. Foi também neste dia que a Secretaria se comprometeu a receber o Comitê em audiência pública. Na última semana foi apresentado à Secretaria de Justiça um complemento ao documento com dados atualizados.
Vídeo: Uneafro Brasil
Fonte: Núcleo de Consciência Negra
fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=208855
Grella falta a audiência sobre segurançapública em SP e grupo ocupa secretaria
Reunião para tratar de violência policial estava marcada havia dois meses. Secretário alega pauta 'desatualizada' e transforma debate em ato de protesto
Por: Gisele Brito, da Rede Brasil Atual
Publicado em 20/03/2013, 08:14
A mesa vazia com a ausência do secretário na audiência na Faculdade de Direito do Largo São Francisco na Capital paulistana
Retratos das vítimas no cartaz das “Mães de Maio e familiares de vítimas da violência”
Auditório com representantes de movimentos sociais e familiares das vítimas.
Os manifestantes tomaram a rua e seguiram para a Secretaria de Segurança Pública, que é no Largo São Francisco próximo da Faculdade, o grupo ocupou o saguão da Secretária procurando ser atendido pelo secretário, que não os atendeu. Durante vários minutos os manifestantes leram documentos e falaram palavras de ordem pedindo justiça para os seus familiares mortos.
Douglas Belchior ergue uma foto das vitímas.
Milton Barbosa do Movimento Negro Unificado - MNU
Secretaria após a retirada dos manifestantes
Funcionários fotografando os manifestantes
No documento das entidades cobrando a diminuição da violência policial e a investigação das denúncias do envolvimento de policiais em grupos de extermínio.
A morte de cinco jovens em Guarulhos no último dia 26 é apontada no texto, pedindo uma explicação 'Sem motivo aparente, cinco jovens foram executados e um alvejado, em uma ação típica de grupos de extermínio',
'É fato que grupos de extermínio têm assombrado as periferias há algum tempo, e o governo do estado de São Paulo nada tem feito para apurar tal situação', aponta o documento. A falta de diálogo do Secretário não comparecendo abre uma falta de comunicação com os movimentos populares.
fonte: http://zulmirasomosnos.blogspot.com.br/
Após quase quatro meses de negociações e diálogo junto à assessoria da Secretaria de Segurança Pública de SP, o Secretário Fernando Grela Vieira não compareceu à Audiência Pública marcada para o início da noite de terça-feira (19).
Sem justificativa oficial, os assessores do Secretário já haviam adiantado há cerca de uma semana a possibilidade de ausência do titular da pasta, que traria também o Comandante da PM e o Chefe da Policia Civil, além da chefia do IML paulista.
Indignados com a falta de respeito e com a desfaçatez dos assessores que teimavam em justificar a ausência das autoridades, os organizadores do Comitê, em consulta aos presentes (cerca de 300 pessoas), propuseram uma ato simbólico em frente à Secretaria de Segurança Pública, situada a alguns metros apenas da Faculdade de Direito.
Aos gritos de “Cadê o Secretário?”, os manifestantes transformaram o que seria um ato simbólico, em uma ocupação relâmpago da Secretaria de Segurança Pública de SP. Já dentro do hall da secretaria, as mais de 300 pessoas realizaram um ato, onde militantes, em jogral, expuseram uma vez mais sua insatisfação e a cobrança pelo cessar dos assassinatos de jovens negros e pobres nas periferias da cidade.
O secretário, mesmo diante da manifestação em seu próprio “território de segurança”, se recusou a dialogar com os movimentos. Após cerca de uma hora de protestos e ocupação, os manifestantes deixaram o local e terminaram a manifestação em frente às arcadas do campus de direito da USP. A Próxima reunião do Comitê ficou marcada para o dia 2 de abril.
As reivindicações
Um documento com diversas reivindicações do Movimento no que diz respeito ao fim da violência policial no estado foi protocolado no ato de ocupação da Secretaria de Justiça de SP, realizado no dia 22 de novembro de 2012, mesma data da posse do Secretario Fernando Grella. Foi também neste dia que a Secretaria se comprometeu a receber o Comitê em audiência pública. Na última semana foi apresentado à Secretaria de Justiça um complemento ao documento com dados atualizados.
Vídeo: Uneafro Brasil
Fonte: Núcleo de Consciência Negra
fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=208855
Grella falta a audiência sobre segurançapública em SP e grupo ocupa secretaria
Reunião para tratar de violência policial estava marcada havia dois meses. Secretário alega pauta 'desatualizada' e transforma debate em ato de protesto
Por: Gisele Brito, da Rede Brasil Atual
Publicado em 20/03/2013, 08:14
São Paulo – Cerca de 100 pessoas ocuparam na noite de ontem (19) a sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo em protesto pela ausência do titular da pasta, Fernando Grella Vieira, em audiência pública marcada para as 18h na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no largo São Francisco, centro da capital. O encontro serviria para que membros do Comitê Contra o Genocídio cobrassem investigações de homicídios cujas suspeitas recaem sobre policiais. A presença de Grella na audiência vinha sendo articulada pelo comitê havia pelo menos dois meses. Ontem, apenas o assessor dele, Eduardo Dias, compareceu.
Sem o titular da pasta, membros do coletivo tomaram o microfone e assumiram a organização do evento, transformando-o em ato de protesto. O secretário foi chamado de "covarde" e a secretaria foi acusada de conivência com supostos assassinatos cometidos por policiais no ano passado. Dias demonstrou nervosismo com a situação e tentou tomar a palavra algumas vezes, sem sucesso. Depois de quase uma hora de manifestações duras contra asecretaria e o governo do estado, ele deixou o auditório.
Ao mesmo tempo, o grupo que havia ido até a faculdade para participar da audiência, entre eles militantes das Mãesde Maio que vivem na Baixada Aantista, decidiram ocupar a sede da SSP, distante alguns metros do local. Quando o grupo chegou ao prédio, aos gritos de “Justiça” e “Cadê o secretário?” muitos portando faixas e fotos de pessoas assassinadas supostamente pela ação de policiais, funcionários da secretaria tentaram fechar as portas, mas foram convencidos pelos manifestantes a liberar a entrada e evitar conflitos.
Lá, receberam a informação de que Grella Vieira não estava. Ainda assim, o grupo permaneceu no local por cerca de30 minutos, continuando o protesto pelo “fim da violência contra a juventude negra, pobre e periférica”. Em memória dos jovens assassinados, algumas vítimas tiveram seus nomes lidos em voz alta. Durante a saída dos manifestantes, alguns policiais com metralhadoras em punho se posicionaram diante do prédio, mas não houve nenhum tipo deconfronto.
Antes de deixar o auditório da Faculdade de Direito, Dias disse aos jornalistas que Grella estava reunido com o comando da PM e delegados da Polícia Civil e que desde a tarde da terça-feira anterior (12) os coordenadores do comitê sabiam que o secretário não iria à audiência.
A justificativa da ausência, segundo ele, é que um documento apresentado no dia 7 trazia reivindicações ainda denovembro, anteriores à nomeação de Grella para o cargo. “Aí a pauta caiu. Nesse documento de novembro pediam a cabeça do secretário e o secretário à época não é mais secretário. Nós vínhamos para esclarecer. Mandamos isso, falamos isso na terça-feira (12) antes da reunião do comitê e eu não sei o que foi dito nessa reunião à noite, mas na terça à tarde já se sabia que o secretário não viria”, justificou.
Douglas Belchior, membro do Comitê Contra o Genocídio, confirmou saber que o secretário faltaria à audiência marcada para ontem, mas ainda assim a agenda foi mantida. “Apesar do anúncio de que ele não viria, nós continuamos exigindo a presença dele porque foi uma construção com o movimento a partir de uma demanda social importante. O que importa é que o movimento convocou um agente do Estado, um cara que está a serviço da sociedade e ele deveria estar aqui”, afirmou.
fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2013/03/grella-nao-vai-a-audiencia-publica-e-grupo-ocupa-sede-da-seguranca-publica-em-sp
Repercussão:
Essa é a matéria do ato que provocou a agenda com o secretário de segurança: http://www.youtube.com/watch?v=QfbChirTioo
E esse é o seu compromisso: Ausência!!!
QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2013
Secretário de Segurança Pública, Fernando Grella ausente!
A mesa vazia com a ausência do secretário na audiência na Faculdade de Direito do Largo São Francisco na Capital paulistana
Retratos das vítimas no cartaz das “Mães de Maio e familiares de vítimas da violência”
Auditório com representantes de movimentos sociais e familiares das vítimas.
Audiência prevista para discutir violência contra jovens negros, pardos e periféricos, não ocorreu em função da ausência do Secretário de Segurança Pública, a audiência que ocorreria na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) nessa noite de terça-feira (19/3) no auditório da Faculdade no Largo São Francisco em São Paulo.
Presentes várias autoridades de diversos órgãos e entidades aguardando o Secretário Fernando Grella, porém decepcionando os presentes quem compareceu foi o assessor do secretário Eduardo Dias no lugar do secretário.
Eduardo Dias assessor ouve cobranças pela ausência do secretário Grella pelo Rapper Pirata
Os movimentos sociais formados pelo “Comitê Contra o Genocídio contra a População Preta, Pobre e Periférica” entenderam como um insulto a ausência do secretário já que diversas entendimentos se faziam desde a posse do Secretário de Segurança. A falta de dialogo com a ausência prometida do secretário Fernando Grella fez os movimentos sociais impedirem o assessor Eduardo Dias de falar. Aos gritos de “Cadê o secretário?” os manifestantes saíram em passeata.Os manifestantes tomaram a rua e seguiram para a Secretaria de Segurança Pública, que é no Largo São Francisco próximo da Faculdade, o grupo ocupou o saguão da Secretária procurando ser atendido pelo secretário, que não os atendeu. Durante vários minutos os manifestantes leram documentos e falaram palavras de ordem pedindo justiça para os seus familiares mortos.
Douglas Belchior ergue uma foto das vitímas.
Milton Barbosa do Movimento Negro Unificado - MNU
Secretaria após a retirada dos manifestantes
O prédio foi logo cercado pelas viaturas da Polícia Militar, várias viaturas estacionaram em frente ao edifício aguardando. Os manifestantes deixaram o local tranquilamente.
Depois o assessor Fernando Dias justificou a ausência do secretario Grella, alegando que ele participava de uma reunião com o comando da Polícia Militar, com os delegados de polícia desde o início da tarde. O assessor disse que “é difícil a comunicação com os movimentos” para avisar que o secretário não compareceria e tentar marcar outra audiência. A audiência marcada para ontem (19) havia sido marcada com bastante antecedência e a ausência do secretário e as desculpas quebram uma linha de entendimento.
Os movimentos sociais se irritaram com a posição do secretário e com sua falta de compromisso ao já acertado, Chico Bezerra integrante do “Grupo Tortura Nunca Mais” resumiu numa frase o sentimento “Isso é uma demonstração de falta de respeito com os movimentos sociais.”.
Funcionários fotografando os manifestantes
No documento das entidades cobrando a diminuição da violência policial e a investigação das denúncias do envolvimento de policiais em grupos de extermínio.
A morte de cinco jovens em Guarulhos no último dia 26 é apontada no texto, pedindo uma explicação 'Sem motivo aparente, cinco jovens foram executados e um alvejado, em uma ação típica de grupos de extermínio',
'É fato que grupos de extermínio têm assombrado as periferias há algum tempo, e o governo do estado de São Paulo nada tem feito para apurar tal situação', aponta o documento. A falta de diálogo do Secretário não comparecendo abre uma falta de comunicação com os movimentos populares.
fonte: http://zulmirasomosnos.blogspot.com.br/