Movimentos ocupam a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo
Secretário Fernando Grella Vieira não comparece à Audiência Pública. Comitê de Luta Contra o Genocídio promete mais protestos
Após quase quatro meses de negociações e diálogo junto à assessoria da Secretaria de Segurança Pública de SP, o Secretário Fernando Grela Vieira não compareceu à Audiência Pública marcada para o início da noite desta terça-feira, 19 de março.
Sem justificativa oficial, os assessores do Secretário já haviam adiantado há cerca de uma semana a possibilidade de ausência do titular da pasta, que traria também o Comandante da PM e o Chefe da Policia Civil, além da chefia do IML paulista.
Cerca de 300 pessoas que compareceram ao Salão Nobre do Campus de Direito da USP, no Largo São Francisco, centro de São Paulo, acompanharam um rápido ato político onde os membros do Comitê expuseram um histórico de ações do movimento nos últimos anos, assim como o processo de construção da Audiência. Para os movimentos, a ausência do Secretário significou completo desrespeito à luta pelo fim da violência, e aos familiares de vítimas que estiveram presentes.
Indignados com a falta de respeito e com a desfaçatez dos assessores que teimavam em justificar a ausência das autoridades, os organizadores do COMITÊ, em consulta aos presentes, propuseram uma ato simbólico em frente à Secretaria de Segurança Pública, situada a alguns metros apenas da Faculdade de Direito.
Aos gritos de “Cadê o Secretário?”, os manifestantes transformaram o que seria um ato simbólico, em uma ocupação relâmpago da Secretaria de Segurança Pública de SP. Já dentro do hall da secretaria, as mais de 300 pessoas realizaram um ATO, onde militantes, em jogral, expuseram uma vez mais sua insatisfação e a cobrança pelo cessar dos assassinatos de jovens negros e pobres nas periferias da cidade.
ASSISTA AQUI VÍDEOS DA OCUPAÇÃO:
Entrada
Dentro
Poema e Saída
O secretário, mesmo diante da manifestação em seu próprio “território de segurança”, se recusou a dialogar com os movimentos. Após cerca de uma hora de protestos e ocupação, os manifestantes deixaram o local e terminaram a manifestação em frente às arcadas do campus de direito da USP. A Próxima reunião do Comitê ficou marcada para o dia 2 de abril.
AS REIVINDICAÇÕES
Um documento com diversas reivindicações do Movimento no que diz respeito ao fim da violência policial no estado foi protocolado no ato de ocupação da Secretaria de Justiça de SP, realizado no dia 22 de novembro de 2012, mesma data da posse do Secretario Fernando Grella. Foi também neste dia que a Secretaria se comprometeu a receber o Comitê em audiência pública. Na última semana foi apresentado à Secretaria de Justiça um complemento ao documento com dados atualizados.
A íntegra dos dois documentos pode ser acessada nos links:
Carta do Comitê ao Governo do Estado em 22 de Novembro de 2012:
Carta do Comitê ao Governo do Estado em 19 de Março de 2013
1. Elucidação de chacinas e mortes do ano de 2012/2013;
2. Reconhecimento e investigação dos grupos de extermínio;
3. Redução da letalidade policial com participação da sociedade civil no monitoramento;
4. Garantia de segurança para denúncias;
5. Ouvidoria e corregedoria com autonomia e efetividade no controle e punição;
6. Indenização a familiares e vítimas fatais ou não;
7. Pelo fim do encarceramento em massa;
8. Fim de registros que mascaram a violência policial;
9. Alteração de evidências no sistema de saúde;
10. Qualificar dados sobre violência e letalidade policial;
11. Autonomia e controle interno do IML.
19 de Março de 2013
Movimentos ocupam a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo
Secretário Fernando Grella Vieira não comparece à Audiência Pública. Comitê de Luta Contra o Genocídio promete mais protestos
Após quase quatro meses de negociações e diálogo junto à assessoria da Secretaria de Segurança Pública de SP, o Secretário Fernando Grela Vieira não compareceu à Audiência Pública marcada para o início da noite desta terça-feira, 19 de março.
Sem justificativa oficial, os assessores do Secretário já haviam adiantado há cerca de uma semana a possibilidade de ausência do titular da pasta, que traria também o Comandante da PM e o Chefe da Policia Civil, além da chefia do IML paulista.
Cerca de 300 pessoas que compareceram ao Salão Nobre do Campus de Direito da USP, no Largo São Francisco, centro de São Paulo, acompanharam um rápido ato político onde os membros do Comitê expuseram um histórico de ações do movimento nos últimos anos, assim como o processo de construção da Audiência. Para os movimentos, a ausência do Secretário significou completo desrespeito à luta pelo fim da violência, e aos familiares de vítimas que estiveram presentes.
Indignados com a falta de respeito e com a desfaçatez dos assessores que teimavam em justificar a ausência das autoridades, os organizadores do COMITÊ, em consulta aos presentes, propuseram uma ato simbólico em frente à Secretaria de Segurança Pública, situada a alguns metros apenas da Faculdade de Direito.
Aos gritos de “Cadê o Secretário?”, os manifestantes transformaram o que seria um ato simbólico, em uma ocupação relâmpago da Secretaria de Segurança Pública de SP. Já dentro do hall da secretaria, as mais de 300 pessoas realizaram um ATO, onde militantes, em jogral, expuseram uma vez mais sua insatisfação e a cobrança pelo cessar dos assassinatos de jovens negros e pobres nas periferias da cidade.
O secretário, mesmo diante da manifestação em seu próprio “território de segurança”, se recusou a dialogar com os movimentos. Após cerca de uma hora de protestos e ocupação, os manifestantes deixaram o local e terminaram a manifestação em frente às arcadas do campus de direito da USP. A Próxima reunião do Comitê ficou marcada para o dia 2 de abril.
AS REIVINDICAÇÕES
Um documento com diversas reivindicações do Movimento no que diz respeito ao fim da violência policial no estado foi protocolado no ato de ocupação da Secretaria de Justiça de SP, realizado no dia 22 de novembro de 2012, mesma data da posse do Secretario Fernando Grella. Foi também neste dia que a Secretaria se comprometeu a receber o Comitê em audiência pública. Na última semana foi apresentado à Secretaria de Justiça um complemento ao documento com dados atualizados.
A íntegra dos dois documentos pode ser acessada nos links:
Carta do Comitê ao Governo do Estado em 22 de Novembro de 2012:
1. Elucidação de chacinas e mortes do ano de 2012/2013;
2. Reconhecimento e investigação dos grupos de extermínio;
3. Redução da letalidade policial com participação da sociedade civil no monitoramento;
4. Garantia de segurança para denúncias;
5. Ouvidoria e corregedoria com autonomia e efetividade no controle e punição;
6. Indenização a familiares e vítimas fatais ou não;
7. Pelo fim do encarceramento em massa;
8. Fim de registros que mascaram a violência policial;
9. Alteração de evidências no sistema de saúde;
10. Qualificar dados sobre violência e letalidade policial;
11. Autonomia e controle interno do IML.
Secretário Fernando Grella Vieira não comparece à Audiência Pública. Comitê de Luta Contra o Genocídio promete mais protestos
Após quase quatro meses de negociações e diálogo junto à assessoria da Secretaria de Segurança Pública de SP, o Secretário Fernando Grela Vieira não compareceu à Audiência Pública marcada para o início da noite desta terça-feira, 19 de março.
Sem justificativa oficial, os assessores do Secretário já haviam adiantado há cerca de uma semana a possibilidade de ausência do titular da pasta, que traria também o Comandante da PM e o Chefe da Policia Civil, além da chefia do IML paulista.
Cerca de 300 pessoas que compareceram ao Salão Nobre do Campus de Direito da USP, no Largo São Francisco, centro de São Paulo, acompanharam um rápido ato político onde os membros do Comitê expuseram um histórico de ações do movimento nos últimos anos, assim como o processo de construção da Audiência. Para os movimentos, a ausência do Secretário significou completo desrespeito à luta pelo fim da violência, e aos familiares de vítimas que estiveram presentes.
Indignados com a falta de respeito e com a desfaçatez dos assessores que teimavam em justificar a ausência das autoridades, os organizadores do COMITÊ, em consulta aos presentes, propuseram uma ato simbólico em frente à Secretaria de Segurança Pública, situada a alguns metros apenas da Faculdade de Direito.
Aos gritos de “Cadê o Secretário?”, os manifestantes transformaram o que seria um ato simbólico, em uma ocupação relâmpago da Secretaria de Segurança Pública de SP. Já dentro do hall da secretaria, as mais de 300 pessoas realizaram um ATO, onde militantes, em jogral, expuseram uma vez mais sua insatisfação e a cobrança pelo cessar dos assassinatos de jovens negros e pobres nas periferias da cidade.
ASSISTA AQUI VÍDEOS DA OCUPAÇÃO:
Entrada
Dentro
Poema e Saída
O secretário, mesmo diante da manifestação em seu próprio “território de segurança”, se recusou a dialogar com os movimentos. Após cerca de uma hora de protestos e ocupação, os manifestantes deixaram o local e terminaram a manifestação em frente às arcadas do campus de direito da USP. A Próxima reunião do Comitê ficou marcada para o dia 2 de abril.
AS REIVINDICAÇÕES
Um documento com diversas reivindicações do Movimento no que diz respeito ao fim da violência policial no estado foi protocolado no ato de ocupação da Secretaria de Justiça de SP, realizado no dia 22 de novembro de 2012, mesma data da posse do Secretario Fernando Grella. Foi também neste dia que a Secretaria se comprometeu a receber o Comitê em audiência pública. Na última semana foi apresentado à Secretaria de Justiça um complemento ao documento com dados atualizados.
A íntegra dos dois documentos pode ser acessada nos links:
Carta do Comitê ao Governo do Estado em 22 de Novembro de 2012:
Carta do Comitê ao Governo do Estado em 19 de Março de 2013
1. Elucidação de chacinas e mortes do ano de 2012/2013;
2. Reconhecimento e investigação dos grupos de extermínio;
3. Redução da letalidade policial com participação da sociedade civil no monitoramento;
4. Garantia de segurança para denúncias;
5. Ouvidoria e corregedoria com autonomia e efetividade no controle e punição;
6. Indenização a familiares e vítimas fatais ou não;
7. Pelo fim do encarceramento em massa;
8. Fim de registros que mascaram a violência policial;
9. Alteração de evidências no sistema de saúde;
10. Qualificar dados sobre violência e letalidade policial;
11. Autonomia e controle interno do IML.