Uma longa e proveitosa
tarde de sábado para o PT de Guarulhos.
Por Wagner Hosokawa
militante da EPS Guarulhos e
Coordenador de Juventude da Prefeitura
Nós da Esquerda
Popular Socialista de Guarulhos promovemos neste último sábado,
27/04, um Seminário para avaliar os avanços e desafios dos 13 anos
do nosso governo do PT em nossa cidade.
Contamos com uma
abertura valiosa dos representantes das forças do PT, onde nós da
EPS nos sentimos honrados e promoveremos mais esses encontros. Cada
companheiro/a nos trouxe a sua posição política de forma clara e
fraterna, esse é o PT que queremos construir com diferenças e
unidade para vencer os conservadores e as elites.
Longe de ser um
autoelogio do nosso governo, o debate foi um dos melhores que já
ouvi e vivi sobre o governo do PT em Guarulhos, seja porque não
falamos em números (quantas escolas, ruas, asfalto...), seja porque
discutimos sobre o nosso compromisso com a cidade, programa de
governo e a questão do socialismo.
Das intervenções
começaria pelo do companheiro Albertão, militante comunista e que
não está mais no PT, que coloca que de fato não fomos eleitos para
implantar o socialismo, mas era e é necessário fazermos reformas
como a urbana e buscar por meio do governo promover uma política que
garantisse maior direitos dos pobres. Kátia Lima nos trouxe uma
avaliação do OP e as mudanças na questão das reivindicações
populares na medida que o governo melhora as condições de vida nos
bairros e vai mudança significativamente as prioridades nas regiões.
A importância de mudar o método com a participação do sujeito
principal que é a população.
Companheiro Moacir de
Souza e Elói Pietá nos colocaram a necessidade de reavaliar o
programa, pois em 2000 a cidade tinha outras prioridades e desafios,
aleḿ da continuidade de governo que era preciso. Com o tempo os
desafios atuais passam por uma nova carta de compromissos com a
cidade.
Desafios para
juventude, o distanciamento do partido e do governo levando a falta
que nos faz o PT assumir lutas populares que forcem inclusive o nosso
próprio governo a atendê-las fora do campo dos partidos aliados e
da governabilidade.
E politizar a sociedade
ainda é um grande problema para o PT. Como mobilizar, organizar a
luta e tratar o governo como um instrumento político essencial sendo
que não controlamos os meios produtivos, a riqueza socialmente
produzida, os meios de comunicação, enfim, como ter hegemonia
política sobre a sociedade e conduzi-la com a mais ampla
participação política? Para fortalecer não só o PT, mas um campo
democrático popular e socialista.
Pode ser que estejamos
no fim de um ciclo histórico, questão afirmada pelos nossos
debatedores e debatedoras, e que o prazo para promovermos avaliações
e novos compromissos ainda estão em tempos razoáveis, porém, para
conduzir e construir um processo dessa envergadura não dependem de
uma força política ou de uma pessoa individualmente e sim do
coletivo, o nosso coletivo militante do PT.
Esse bom debate que não
termina em si. Daí surgiram muitos outros temas que precisamos nos
aprofundar!
(*) Só para explicar o porque do título deste artigo: nosso seminário começou as 14h30 e terminou as 18h30...o povo tava na sede de um bom debate no PT de Guarulhos.