O nome acima é o que vai identificar um conjunto de militantes, trabalhadores (as), estudantes, jovens, negros (as), sindicalistas, dirigentes de movimentos sociais e todos (as) com uma só característica, serem petistas e socialistas.
Não somos uma organização formada apenas de jovens, mas somos uma tendência nacional jovem na perspectiva das nossas lutas. Madura diante dos desafios que temos no PT, em sermos sujeitos de um processo histórico que vem de longe e acreditamos que irá mais longe ainda.
No mundo de hoje a certeza que temos é uma só: que o capitalismo derrotará a humanidade. É nossa tarefa retomar a identidade da esquerda brasileira. Onde ser de esquerda representa estar em sintonia com o povo, na sua melhor definição, daqueles que na massa compartilham, disputam e sobrevivem nesta sociedade desigual econômica e socialmente.
Povo na sua máxima definição: classe trabalhadora, portanto assumimos para nós a responsabilidade de tornar estes milhares de simpatizantes e eleitores (as) do PT em militantes. Neste momento histórico é o nosso grande desafio!
Nadar na contramão do pensamento único do “governismo”, é saber que nossa contribuição não é para manutenção de meios ilícitos e nem de formas copiadas das velhas elites que se encastelam no poder do Estado servindo os interesses dos ricos. Contribuímos para construir políticas públicas, ações e serviços que legitimem um estado de direitos sociais e humanos para avançar numa outra visão política sobre a coisa pública.
Somos homens, mulheres, gay`s, lésbicas, travestis, negros, negras, jovens, idosos, pessoas com deficiência, enfim somos humanos, queremos elevar à vida a condição plena da liberdade, e não do livre mercado.
Temos ideologia e por isso nos contrapomos às idéias do capitalismo: o liberalismo, o neoliberalismo, o conservadorismo e o conjunto de teorias que hoje forjam esta sociedade, que não é a nossa.
Não temos medo de dizer: somos socialistas, buscando na tradição clássica marxiana a certeza de que esta é a teoria fundante e dialética do comunismo, da liberdade e igualdade plena, nos propomos a estudar para não nos tornarmos seita, a ouvir para não sermos sectários e a defender nossos ideais para não sermos cooptados pelas vozes e pensamentos da ordem.
Faremos desobediência civil quando a justiça social estiver ameaçada, onde houver a discriminação, a homofobia, o preconceito racial e de toda forma, recusaremos toda lei e toda decisão legal que prejudique a sociedade, e principalmente os trabalhadores (as).
Aprendemos que o momento é de acumular forças, por isso não somos ingênuos em não reconhecer a luta institucional como meio de divulgar nossas idéias, defender nossos companheiros e companheiras e construir uma alternativa de poder que seja exercido pela grande maioria dos homens e mulheres do nosso país.
Não iremos nos isolar, porque queremos também afirmar que a violência daqui também é a violência do lado de lá das nossas fronteiras territoriais seja na grande pátria latino americana, seja na Ásia e em toda Europa, sabemos que se perdermos em algum lugar, toda humanidade perderá. As crises econômicas no atual estágio do capital indicam que não haverá o imperialismo de nações capitalistas, mas sim das suas corporações que subempregam os povos, desrespeitam suas soberanias e superexploram os países do mundo “em desenvolvimento” para manter seus padrões de vida e estética mundial dos ricos.
Antes que alguém que está distante da realidade do PT diga que nossa iniciativa é só mais uma que se adaptará ao poder institucional-burocrático que dirige o PT hoje, nós só temos uma resposta: não nos acomodamos!
Essa é a certeza que finca no chão duro e seco da política partidária atual a nossa força em seguir em frente buscando fazer nesta “terra arrasada” a construção de uma tentativa de resistir, mudar os rumos e inaugurar um novo período para o PT e para o Brasil.
O calor da solidariedade da classe presente e viva no conjunto dos companheiros e companheiras que depois de um longo processo de mobilização e articulação, nos trouxe até a Escola Nacional Florestan Fernandes, na cidade de Guararema, nestes dois dias, 03 e 04 de dezembro. Nosso congresso nacional de fundação da nova tendência nacional do PT só mostra que é possível e necessário reunir a militância petista em torno de um programa democrático, popular e socialista para contribuir na longa marcha que temos na revolução brasileira.