Blog do Wagner Hosokawa. Para quem curte novas idéias para política, a sociedade e a vida!
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
O cordel que a globo não quer comentar!!!
Enviado pela minha amiga Ednilza, companheira das lutas...leiam é muito divertido...a Globo não merece respeito do povo brasileiro...
Da destaque para sonegadora de impostos da Daslu, tenta jogar panos quentes na morte da menina assassinada pelo jetski, o autor do crime é filho de ricos...tentou fazer coro com os que eram pelo fim dos poderes do Conselho nacional de justiça!!!
O povo não é bobo!!!!
Antonio Barreto
Cordel que deixou Rede Globo e Pedro Bial indignados
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia - Brasil.
Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.
Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.
BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.
Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara - BA, residente em Salvador.
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.
FIM
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Carta Compromisso do Levante Popular da Juventude
Carta Compromisso do Levante Popular da Juventude
Posted sex, 02/17/2012 - 02:43
Nós, do Levante Popular da Juventude, no momento em que fundamos nossa organização, em nosso I Acampamento Nacional, com a participação de 1200 jovens de 17 estados brasileiros, nos comprometemos com a transformação profunda da realidade em que vivemos.
Enxergamos um mundo dividido entre aqueles que exploram, e as trabalhadoras e os trabalhadores que têm o fruto de seu trabalho roubado. Esse é o sistema capitalista-patriarcal-racista, que mundialmente estabelece as formas de organização da sociedade na sua forma imperialista. Ele cria uma relação de dominação entre culturas e povos, destrói o meio ambiente, oprime e explora as mulheres, assassina a juventude negra, silencia gays e lésbicas e tolhe, cotidianamente, todos os nossos sonhos.
O Brasil é um país de natureza e cultura fantásticas, mas carregamos as dores da escravidão, o saqueio das grandes potências, e uma história de uma elite dependente, mas que sempre concentrou o poder em suas mãos. Os meios de comunicação, a terra, a água, energia, a educação, o lazer e a oferta de saúde de qualidade ainda estão nas mãos dessa elite. Aos trabalhadores, restaram somente as periferias das grandes cidades, as encostas de morro e as beiradas de rio, extensas jornadas de trabalho e salários miseráveis; no campo, a reforma agrária e a produção de alimentos foram deixadas de lado e substituídas pela utilização de transgênicos e agrotóxicos, tudo orientado para a exportação.
Nós, jovens, estamos no meio desse furacão: no campo, nas periferias e favelas, nas escolas e universidades, no trabalho. Somos constantemente disputados pelo projeto capitalista. É em contraposição a este projeto que nos lançamos ao desafio da construção do Projeto Popular.
Por isso, nos comprometemos:
Com a luta pela construção de uma democracia popular, que socialize com qualidade as terras, a água, a energia, os meios de comunicação, o acesso à saúde, à educação, à moradia, ao transporte.
Com a luta pela soberania, porque os povos devem tomar seu país e sua história nas mãos, sem serem sujeitados pelo imperialismo ou outros poderosos. O desenvolvimento deve ser ambientalmente sustentável e estar voltado ao interesse do povo.
Com a prática permanente de solidariedade com todos os povos que sofrem e lutam. Com atenção especial para nossos hermanos latino americanos, que carregam a mesma história de opressão e luta que nós.
Com a luta contra o machismo, na sociedade e dentro de nossa organização, pois, se os trabalhadores são explorados pelo sistema capitalista, as mulheres são duplamente oprimidas e exploradas: enquanto trabalhadoras, e enquanto mulheres, pelo sistema patriarcal. Temos que estar lado a lado com as organizações do movimento feminista no combate ao patriarcado, à violência sexista e à mercantilização do corpo e da vida das mulheres, assim como fomentar a auto-organização das mulheres do Levante.
Com a luta contra o racismo, dentro e fora de nossa organização, porque a população preta é a mais explorada da classe trabalhadora e mesmo depois de 124 anos da falsa abolição continua sendo o alvo preferencial da violência de Estado. É necessário lutarmos junto ao movimento negro e outras organizações antirracistas para que possamos construir uma sociedade livre do racismo.
Com a luta contra a lesbofobia, a transfobia e a homofobia, também dentro e fora de nossa organização, porque não existem relações afetivas mais normais e comuns que outras, e nenhuma orientação sexual deve ser motivo para legitimar desigualdades e opressões.
Com a luta por um projeto de educação que sirva aos interesses do povo. Por isso, defendemos que exista um número suficiente de vagas tanto em creches quanto em escolas secundárias e universidades, bem como cotas sociais e raciais, no campo e na cidade. Por isso, também reivindicamos os 10% do PIB para a educação; a educação só terá qualidade se estiver voltada para os interesses do povo, atendendo todas e todos.
Com a luta por transporte público, gratuito e de qualidade, enfrentando os aumentos nos preços de passagem.
Com a luta por ampliação do acesso à cultura e ao lazer, contra sua mercantilização. Lutaremos para que existam mais possibilidades de produção e troca culturais, como música, teatro, artes visuais, cinema, dança, e tantas outras formas de expressão. Também utilizaremos da cultura e do lazer como formas de resistência, de resgate da nossa história e da nossa identidade de povo brasileiro.
Com a luta contra o trabalho precarizado e informal. A luta pela garantia e expansão dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras (exploradas duplamente, no local de trabalho e em casa) é essencial para a criação de um país menos desigual. Pela jornada de 40 horas semanais, sem a redução de salários.
Sabemos que para isso é extremamente necessária a massificação desta luta, trazendo cada vez mais jovens para o nosso projeto, porque só a juventude tem a força necessária para transformar essa sociedade. É com o trabalho coletivo, combatendo o individualismo e a estagnação, que tomaremos o futuro em nossas mãos. Esse é o caminho para a liberdade com que tanto sonhamos e precisamos para viver.
Construiremos uma organização com coerência: devemos fazer o que dizemos e dizer o que fazemos; com autonomia, construída por aqueles que trabalham no Levante; com estudo e disciplina, para dar cada passo com firmeza, conhecendo com profundidade o caminho que devemos trilhar; com o exercício decrítica e autocrítica, porque não devemos temer ou ocultar os erros, mas enfrentá-los de frente, para, então, superá-los.
Entendemos que serão esses compromissos que garantirão a construção do Levante Popular da Juventude, do Projeto Popular e da Revolução Socialista brasileira. A tarefa não é fácil: não esperamos ter todas as respostas nem construir tudo isso sozinhos, mas nos desafiaremos a dar tudo o que pudermos, porque devemos nos construir como a juventude que ousa lutar, que constrói alternativas e que é parte do povo brasileiro. Somente com alegria, amor e muita animação chegaremos lá!
Juventude que ousa lutar constrói o poder popular!
I Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude, 5 de fevereiro de 2012, Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
fonte: http://www.consultapopular.org.br/noticia/carta-compromisso-do-levante-popular-da-juventude
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Chapéu de burro para o modelo educacional do PSDB. Estados mais ricos têm evasão no ensino médio perto de 50%, diz o Ipea.
A quem chame os alunos de "burros", eu prefiro chamar o governo do PSDB de INCOMPETENTE. Ou melhor como diziam os meus amigos/as operários: "lambe botas" do capital transnacional, sim, as medidas adotadas durante do governo FHC e Covas que reformaram a educação e criaram um NOVO ANALFABETO, o funcional é o retrato da educação sob a ordem neoliberal.
O analfabetismo funcional nos diz que é aquele que cursa o ensino regular mas não aprende quase nada, se presta a DECORAR e operar os conhecimentos básicos (e olhe lá). Além da grande capacidade de ser seletivo, porque permite só aos mais bem aventurados que sejam melhores em determinadas disciplinas, ou seja o mérito é do esforço individual e não do sistema educacional.
Mesmo o educador (a) ficam em segundo plano no plano do capitalismo neoliberal, desvalorizado enquanto profissional e canalizando suas angústias para o salário temos um exército de profissionais formados em diversas áreas do conhecimento que pouco conhecem do contexto territorial, social e político da educação, o papel pedagógico diferente de ser um "REPASSADOR" de conhecimentos, como estão hoje com caderninhos, orientações sobre como devem "passar" os conhecimentos adquiridos, a ausência de cumprimento dos acordos, conceitos e produções quanto a legislação que regulamenta o ensino, enfim...
O caos instala-se em um antigo e carcomido modelo de BUROCRACIA ESTATAL EDUCACIONAL, que por melhor que sejam as leis, as propostas ou idealismos até mesmo "paulofreiriano" (o mesmo odiaria o termo), nada consegue meter na cabeça de um trabalhador INSTITUCIONALIDADO de que a escola deva ser diferente das X horas de aula, dos papéis e mais papéis que devem ser preenchidos, o "horário tempo perdido e caducado" (os próprios professores chamam o HTPC assim)...e assim termos e ações como CONSELHOS, PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE entre outros ficam em tercerio ou quarto plano.
Esta semana o Sindicato dos Professores, a APEOESP, cobrando a justa legislação (até porque dizem que lei se cumpre, mas não para o PSDB que se considera acima delas), tem cobrado o desajuste de horas que deveriam servir para os professores (as) para cursos, atividades complementares, estão em completo desacordo. Se fosse cumprida isso obrigaria o governo do estado a contratar mais 53 mil para adequar ao que exige a lei.
O governo demo-tucano de Geraldo Alckmin já disse: não vai contratar.
E aí? Onde estão os amiguinhos da escola? Onde estão o "todos pela boa educação"? Existe uma hipocrisia naqueles que dizem defender a educação. Se a escola precisa de mais professores (como todos e todas dizem, especialistas, sabe-tudos, graduados, etc, etc), porque o governo do estado não sofre uma pena dura?
Dizer para juventude brasileira de que a EDUCAÇÃO é um dos meios para "salva-la" soa como hipocrisia e cretinice discursiva na boca dos mais velhos que não ACORDAM para ver que a crise da educação NÃO É CULPA DA JUVENTUDE, MAS DA AUSÊNCIA DO GOVERNO ESTADUAL, no caso de São Paulo.
A questão não é criticar o aluno que deixa a escola, é saber porque ele está abandonando ela.
Enquanto nos preocuparmos em chamar de burros os alunos sem ver e cobrar os reais motivos da sua desistência e desinteresse, os ignorantes somos nós!
(Vejam as matérias abaixo)
1/01/2012 às 8:18h
Estados mais ricos têm evasão no ensino médio perto de 50%, diz o Ipea
SÃO PAULO – A evasão escolar do ensino médio em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Minas Gerais beira os 50%. De acordo com o estudo Presença do Estado no Brasil, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado nesta terça-feira, esses Estados, que figuram entre os mais ricos da federação, estão com as taxas mais baixas do país.
Segundo o levantamento, da população com faixa etária entre 15 e 17 anos, 45,6% deixaram de cursar o ensino médio em São Paulo, mesmo número do Rio de Janeiro, o nono colocado. No Paraná, a evasão era de 45,5%; na Bahia, de 48,7%; e em Minas Gerais, de 46,9%. O Estado com menor evasão é o Distrito Federal, com 31,2%, enquanto o que apresenta maior porcentagem de desistências é Rondônia: 68,4%. Os cálculos têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009.
O estudo do Ipea aponta que uma das principais causas da evasão do ensino médio brasileiro é a alta taxa de reprovação no ensino fundamental. Além disso, alunos de famílias de baixa renda contribuem para o fenômeno. Os sete Estados com maiores índices de desistência são da região Norte, e todos com taxas acima de 60%. Além de Rondônia, Acre (66,7%), Amazonas (65,6%), Roraima (63,9%), Pará (63,5%), Amapá (62,3%), Tocantins (61,8%), Maranhão (60,4%) e Piauí (60,1%) apresentam índices considerados elevados.
No ensino fundamental, a situação melhora. O Pará é o Estado com menor porcentagem de alunos entre seis e 14 anos frequentando as aulas: 87,2%. Mato Grosso do Sul possui 94,4% de sua população nessa faixa etária estudando. São Paulo conta com 93,4%.
Para o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, há correlação entre os maus resultados dos Estados do Norte e a política de educação do país. “O Estado não está colocando seus maiores esforços onde as carências são maiores. Esse modelo aprofunda ou mantém as desigualdades regionais”, afirmou, para depois criticar a taxa de evasão do país. “Ainda não temos, como pensávamos, acesso universalizado ao ensino fundamental. E no ensino médio a diferença regional é acentuada. Isso é inadmissível se o país quiser dar o salto para virar uma sociedade do conhecimento.”
O estudo do Ipea também mostrou desigualdade regional na qualificação dos professores. No Norte, 51,9% dos docentes que atuam no ensino fundamental não possuem ensino superior. Na região Sul, o índice é de 18%, enquanto no Sudeste é de 18,3%. No ensino médio, a diferença diminui um pouco. No Nordeste, 18,7% dos professores não fizeram licenciatura. No Sudeste, a porcentagem cai para 3,9%. “Não é uma relação direta, mas há correlação entre maior aprendizagem do professor e o nível de ensino. O problema no país não é número de escolas, pois elas existem em número suficiente, mas a qualidade do que é ensinado”, diz Pochmann.
A deficiência na área de educação no país também é refletida em levantamento sobre o acesso a cultura. Segundo estudo do Ipea, 378 municípios brasileiros não possuem biblioteca pública. Apenas 28% deles possuem livrarias, enquanto museus existem em 23,3%. Quadro semelhante é o de centros culturais, com presença em 29,3% dos municípios. Salas de cinemas existem em 9,1% deles, sendo que 53,1% delas estão concentradas em cidades do Sudeste.
Do Valor Econômico
Fonte: http://ruifalcao.com.br/estados-mais-ricos-tem-evasao-no-ensino-medio-perto-de-50-diz-o-ipea/
Desinteresse é o principal motivo da evasão escolar dos jovens, afirma pesquisa da FGV-RJ
A falta de interesse pela escola é o principal motivo que leva o jovem brasileiro a evadir. A pesquisa Motivos da Evasão Escolar, lançada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas - FGV-RJ, revela que 40% dos jovens de 15 a 17 anos que evadem deixam de estudar simplesmente porque acreditam que a escola é desinteressante.
A falta de interesse pela escola é o principal motivo que leva o jovem brasileiro a evadir. A pesquisa Motivos da Evasão Escolar, lançada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas - FGV-RJ, revela que 40% dos jovens de 15 a 17 anos que evadem deixam de estudar simplesmente porque acreditam que a escola é desinteressante. A necessidade de trabalhar é apontada como o segundo motivo pelo qual os jovens evadem, com 27% das respostas, e a dificuldade de acesso à escola aparece com 10,9%.
Coordenada pelo economista Marcelo Neri, a pesquisa mostra que, apesar de diversos estudos demonstrarem o impacto da Educação na qualidade de vida e na renda dos indivíduos, em 2006, 17,8% da população 15 a 17 anos, que deveriam estar cursando o Ensino Médio, caso não houvesse atraso escolar, estavam fora da escola.
Entre as motivações que levaram esses jovens a evadir, na comparação entre 2004 e 2006, o desinteresse pela escola caiu de 45,12% para 40,29%, embora ainda seja o principal motivo. Já a necessidade de trabalhar aumentou de 22,75% para 27,09%.
O coordenador da pesquisa acredita que o desinteresse do jovem pela escola reflete a falta de demanda por Educação. "O que a pesquisa está mostrando é que não basta garantir o acesso ou criar programas de transferência de renda para assegurar que esse jovem permaneça na escola, é preciso torná-la mais atrativa, interessante e cativante. O problema da evasão é grave e atinge quase 20% da população de 15 a 17 anos", explica.
Na opinião do pesquisador, as políticas públicas só terão sucesso se houver a concordância e a participação dos pais e os alunos. "É preciso entender as necessidades dos clientes dessas políticas", explica. Marcelo Neri diz que é importante informar e conscientizar esses jovens sobre os benefícios trazidos pela Educação e atraí-los à escola.
Na avaliação de Wanda Engel, superintendente executiva do Instituto Unibanco, uma das organizações que patrocinam o estudo, esses dados refletem uma situação preocupante. "As pessoas não estão atentas a esse problema, nem os governos, nem a opinião pública, nem a mídia, não se deram conta de que isto é uma bomba relógio. Estamos alimentando a exclusão desses jovens da entrada no mercado de trabalho moderno e, pior do que isso, excluindo o País de condições de competitividade no mercado internacional", argumenta.
Segundo Wanda Engel, falta ao jovem entender que a Educação é um investimento necessário. "Conseguir o diploma do Ensino Médio é essencial para entrar na vida adulta", afirma. Para ela, o problema precisa ser atacado em três níveis: criar as condições mínimas para que esse jovem freqüente a escola; melhorar a qualidade da escola; e fazer um trabalho para que esse jovem readquira a sua capacidade de sonhar com um futuro. "Os gestores públicos precisam conhecer o fenômeno, avaliar na sua própria realidade o que pesa mais desses três níveis e desenvolver estratégias específicas para cada um", explica.
O estudo, patrocinado por Fundação Educar DPaschoal, movimento Todos Pela Educação, Instituto Unibanco e Fundação Getulio Vargas - Rio de Janeiro, foi realizado com base nos suplementos de Educação das PNADs de 2004 e 2006 e na Pesquisa Mensal do Emprego - PME/IBGE, utilizando as respostas diretas de pais e alunos sobre os motivos da evasão escolar.
Fonte: Todos pela Educação
fonte: http://www.anj.org.br/jornaleeducacao/noticias/pesquisa-da-fgv-mostra-causas-da-evasao-escolar-no-pais
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Humano e desumano, o exemplo de Vitor o "não heroi"
Existem informações e fatos que não podem ser deixados de lado. Uma sociedade como a nossa que mercantiliza sentimentos, que nos torna individualistas, que materializa a felicidade em carros, tablets e demais coisas desse nosso tão "justo" sistema capitalista transnacional, pode esconder gestos e atitudes que nos fazem voltar a ser humanos.
O caso do jovem Vitor de 21 anos que indignou-se e buscou impedir que um morador em situação de rua fosse covardemente agredido por cinco humanos desumanos de fato pode não ter sido um fato heroico para os fãs de heróis de mentira como superman, batman, mulher maravilha, a liga da justiça, enfim, mas demostrou qual é o grau de civilidade e humanidade que deveriamos ter ou que gostaríamos de ter.
A imprensa tratou uns de forma mais incisiva outros de forma (digamos) indiferente. Eu vi as matérias, ouvi e li, só falta agora a grande midía dizer que eu não presto atenção ou que não compreendi as suas mensagens.
Um exemplo foram os segundos dados pelo panfleto midiatico, jornal Nacional da tv Globo, que apenas CITOU a saída de Vitor e CORTOU a sua declaração de, um "não sou heroi", dois "faria tudo de novo", as palavras tem um poder imenso como já nos ensinava Jose Saramago.
Sendo assim reproduzo as matérias sobre o fato, inclusive com a expulsão bem dada no rapaz que era (e já foi tarde), do soldadinho que incitou a violência contra Vitor. esse tipo de canhalha não serve para defender meu país, mesmo com minhas divergências com as forças armadas na sua concepção atual da antiga Escola Superior de Gerra.
Boa leitura e boa indignação contra os que não preferem viver como zumbis do sistema.
FAB expulsa militar que incentivou agressores de estudante pelo Twitter
Postado em 10/2/2012 20:36:33
Soldado disse que "se estivesse na briga, o estudante não sairia vivo"
Vitor Suarez Cunha deixou o hospital onde estava internado na tarde desta quarta-feira (8)
Vitor Suarez Cunha deixou o hospital onde estava internado na tarde desta quarta-feira (8)
Foto: Julie Alves
A FAB (Força Aérea Brasileira) expulsou nesta sexta-feira (10) o soldado Yuri Monteiro Ribeiro. Ele publicou mensagens no Twitter incentivando os agressores do estudante de Desenho Industrial Vítor Suarez Cunha, de 21 anos.
Leia também: Jovem é espancado ao defender mendigo de agressão
O jovem apanhou de cinco homens após tentar defender um morador de rua que levava uma surra deles, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro Os cinco suspeitos já estão presos.
O militar, que conhece os agressores, disse no Twitter que "se estivesse na briga, ele (o estudante) não estaria vivo".
Segundo a Aeronáutica, Yuri foi expulso pela prática de ato contra a moral pública, pundonor militar ou falta grave que, na forma da Lei ou de Regulamentos Militares, caracteriza seu autor como indigno de pertencer às Forças Armadas.
Vítor Suarez recebeu alta do hospital na última quarta-feira *8). Por causa das agressões, o estudante teve 15 ossos do rosto fraturados e foram colocados 63 pinos e oito placas de titânio.
http://www.cafedasquatro.com.br/materia/?cM=262808
Quatro dos cinco jovens suspeitos de espancar
estudante que tentou defender mendigo são presos
Polícia Civil tenta localizar o quinto envolvido no caso nesta segunda-feira
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Marcelo Bastos, do R7 | 06/02/2012 às 13h17
Quatro dos cinco suspeitos de espancar um estudante que tentou defender um morador de rua na Ilha do Governador, no Rio, foram presos até esta segunda-feira (6). Rafael Zanini Maiolino se entregou e Filipe Melo dos Santos, conhecido como Geminha, foi capturado, ambos nesta manhã.
Outros dois rapazes já tinham sido presos na sexta-feira (3). Um quinto envolvido no caso ainda está sendo procurado. Todos os presos vão responder por tentativa de homicídio qualificado, segundo o delegado Deoclécio Francisco de Assis Filho, titular da Delegacia da Ilha (37ª DP).
Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, foi espancado no último dia 2 ao intervir em uma agressão a um morador de rua. Ele permanece internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do Hospital Santa Maria Madalena.
O rapaz passou por uma cirurgia de reconstrução da face, que durou quatro horas, no último sábado (4). Ele está bem e seu estado de saúde é considerado estável.
De acordo com o hospital, foi preciso implantar oito placas de titânio na testa e no céu da boca da vítima, assim como 63 parafusos, enxerto e três membranas protetoras, entre outros. Ainda não se sabe se o jovem ficará com sequelas.
O crime aconteceu na praça Jerusalém, no Jardim Guanabara, área de classe média alta na Ilha. O pai de um dos agressores, que não quis se identificar, disse que a família também está sofrendo.
- Ninguém cria um filho para ser agressor ou agredido. O sofrimento é de todo mundo.
Segundo o delegado, Rafael Zanini Maiolino, que se entregou nesta manhã, não participou da agressão ao estudante, mas impediu que o mesmo fosse socorrido pelo amigo que testemunhou o espancamento.
A polícia pretende ouvir outras testemunhas para esclarecer o caso, inclusive o morador de rua que foi o pivô da confusão.
De acordo com o irmão de Vítor, Vinícius Suarez Cunha, de 28 anos, o morador de rua teria passado mal pouco antes das agressões. Ele foi socorrido por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que o deixou no mesmo local após o atendimento. Ele teria voltado a se sentir mal e deitou na praça.
- A minha mãe é assistente social e trabalha na prefeitura. Ela está acostumada a lidar com pessoas em situação de rua e a nossa família está acostumada a esse universo. Meu irmão sabe das dificuldades pelas quais essas pessoas passam. Ele só quis impedir a agressão e agora está com o rosto deformado. Esse tipo de situação acontece com frequência aqui na Ilha, mas pelo poder aquisitivo, nunca acontece nada porque as famílias pagam bons advogados. Não queremos que esse caso fique impune.
Todos os suspeitos são jovens de classe média alta. Os socos e chutes contra o estudante só pararam depois que o amigo dele se jogou sobre ele para impedir o espancamento. Vítor ficou desacordado. Um dos agressores tentou justificar o ataque ao morador de rua e teria falado que, pela manhã, o pai dele iria fazer uma caminhada pelo local e que não queria passar por um mendigo no caminho.
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/quatro-dos-cinco-jovens-suspeitos-de-espancar-estudante-que-tentou-defender-mendigo-sao-presos-20120206.html
‘Não me considero herói, mas faria tudo novamente se preciso fosse’
Estudante espancado ao defender mendigo deixa clínica após cirurgia
Paulo Carvalho
O Globo
Com G1
Publicado: 8/02/12 - 16h12
Atualizado: 8/02/12 - 23h39
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O estudante Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, recebeu alta do Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador, nesta quarta-feira. Ele foi espancado por um grupo de jovens ao tentar defender um mendigo Foto: Extra / Marcelo Theobald
O estudante Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, recebeu alta do Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador, nesta quarta-feira. Ele foi espancado por um grupo de jovens ao tentar defender um mendigo Extra / Marcelo Theobald
RIO - “Não me considero herói, mas faria tudo novamente se preciso fosse”. Estas foram as primeiras palavras do estudante Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, ao deixar na tarde desta quarta-feira a clínica Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador, onde foi internado após ser espancado ao defender um morador de rua que estava sendo agredido por um grupo de jovens no bairro. Visivelmente emocionado e fazendo gestos de positivo, ele afirmou que seu ato foi apenas o de tentar impedir que uma pessoa fosse ferida.
— Fui lá apenas para conversar. Convencer os agressores a pararem com o que estavam fazendo. Faria tudo de novo hoje, amanhã — disse.
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* Jovem agredido ao defender mendigo na Ilha
Vítor vai passar os próximos dez dias em casa ainda sob cuidados médicos. Ele vai continuar com alimentação especial e tomando remédios para evitar dores. Após esse período, o estudante, que teve 63 pinos implantados no rosto, além de oito placas de titânio, retorna para uma nova avaliação.
De acordo com o cirurgião Leonardo Peral, além das agressões sofridas no rosto, Vítor ainda foi mordido nas costas por um dos agressores. Os exames constataram que ele teve fratura em pelo menos 15 ossos da face. O médico afirmou que é preciso aguardar que os edemas no rosto do estudante diminuam para poder avaliar se ele ficará mesmo com os movimentos do olho direito afetados.
— A recuperação dele está superando nossas expectativas. A tomografia está ótima — disse o médico.
Ao deixar o hospital, Vítor disse que quer voltar a ter uma vida normal. Ele agradeceu a atenção recebida dos médicos e funcionários do hospital, dos amigos e das pessoas que prestaram solidariedade.
— Foi tudo ótimo. Ninguém acredita o jeito que eu estou agora. Quero poder voltar para casa, comer hambúrguer, beber refrigerante, entrar na internet, jogar videogame e conversar com os amigos.
Último dos agressores, que estava foragido, se entrega
Enquanto Vítor voltava para casa, Edson Luis Junior, o Flim, último dos cinco agressores do estudante que ainda estava foragido, se apresentou nesta quarta-feira na 37ª DP (Ilha do Governador), acompanhado de um advogado. A exemplo dos outros quatro agressores, que já estão presos, ele negou que tivesse agredido o estudante na praça.
Nesta quarta, o delegado Deoclécio de Assis Filho afirmou que tem 30 dias para concluir o inquérito e pedir a prisão preventiva dos acusados. O delegado confirmou que também já ouviu Vítor no hospital.
— Ele lembra apenas de ter sido agredido pelo Tadeu e pelo William. Depois ficou desacordado e não lembra mais de muita coisa — disse o delegado.
Com relação ao jovem Yuri Ribeiro, que fez ameaças pelo Facebook, defendendo um dos agressores, o delegado entendeu que não havia motivos para que ele fosse indiciado.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/nao-me-considero-heroi-mas-faria-tudo-novamente-se-preciso-fosse-3916791#ixzz1mTteqAsO
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Uma marcha, vários corações
Uma marcha, vários corações
Feche seus olhos e coloque sua mão no seu coração
só a razão humana para tornar um órgão
de carne e sangue em um símbolo
o coração que pode representar tantas coisas
o amor, a esperança, um símbolo universal
com a sua mão no seu peito lembre-se de quem nos deixou
quem já morreu seja de morte morrida, de vida já realizada
ou de quem nos deixou morto pela desumanidade deste sistema
de um sistema cruel que desumaniza a vida
e comercializa inclusive o símbolo que representa
os nossos corações
por isso, juntos vamos celebrar a nova vida
vamos marchar em direção dos nossos sonhos
desendurecer os corações
derrubar as cercas que impedem o amor
que aprisiona a todos e todas nós a ignorancia
ao começar esta grande marcha
erga agora seu braço, tão alto que possa alcançar as estrelas
vamos todos e todas marchantes de um só coração
um coração que pulsa, o coração do povo brasileiro
no dia de amanhã ficará para as próximas gerações
nosso exemplo de luta contra a injustiça
nosso presente fará um futuro melhor
um futuro da solidariedade, do socialismo
e da verdadeira humanidade!
Ousar lutar, ousar vencer
Todo Poder ao Povo!
autor WH
Canção da Terra, Pedro Munhoz
Esta canção cantada em coletivo nos remete a certeza da nossa luta. Outras fotos e musícas podem ser vistas nos links http://www.mst.org.br/node/8752 e também http://letras.terra.com.br/pedro-munhoz/1264649/Canção da Terra
Pedro Munhoz
Tudo aconteceu num certo dia
Hora de Ave Maria
O Universo viu gerar
No princípio, o verbo se fez fogo
Nem Atlas tinha o Globo
Mas tinha nome o lugar
Era Terra,
E fez o criador a Natureza
Fez os campos e florestas
Fez os bichos, fez o mar
Fez por fim, então, a rebeldia
Que nos dá a garantia
Que nos leva a lutar
Pela Terra,
Madre Terra, nossa esperança
Onde a vida dá seus frutos
O teu filho vem cantar
Ser e ter o sonho por inteiro
Sou Sem Terra, sou guerreiro
Co'a missão de semear
A Terra, Terra,
Mas, apesar de tudo isso
O latifúndio é feito um inço
Que precisa acabar
Romper as cercas da ignorância
Que produz a intolerância
Terra é de quem plantar
A Terra, Terra,
Terra, Terra...
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Facebook: como lucrar com uma máquina de espionagem
Escrito por Rodrigo de Oliveira Andrade
Sexta, 10 de Fevereiro de 2012
Na última semana, o Facebook oficializou sua intenção de ir a público ao entregar à Comissão de Valores Imobiliários (Securities and Exchange Commission) dos Estados Unidos seu pedido para oferta pública inicial. De acordo com texto publicado pela NewScientist, a expectativa é que a empresa de Mark Zuckerberg fature, a curto prazo, a bagatela de US$ 5 bilhões. No entanto, calcula-se que quando o processo tiver sido concluído o Facebook valha até US$ 100 bilhões (R$ 172 bilhões).
Junto ao pedido também foi enviado um documento (disponível aqui), o qual me chamou a atenção por divulgar algumas das marcas alcançadas pela rede social nos últimos anos, a saber: o Facebook possuía até dezembro do ano passado 845 milhões de usuários, sendo que 483 milhões, isto é, mais da metade, o acessavam todos os dias, gerando, com isso, 2,7 bilhões de “likes” e comentários – provavelmente sobre as cerca de 250 milhões de fotos que, diariamente, são enviadas ao site de relacionamento.
Segundo o jornalista Jacob Aron, tais números (e outros também) fizeram com que o Facebook tivesse lucro de US$ 1 bilhão em 2011 e uma receita de US$ 3,7 bilhões, tornando-se, assim, mais rentável que o Google quando, em 2004, foi a público com sua oferta pública inicial (Initial Public Offering). Agora, mais importante do que discutir o futuro da rede social é discutir o que faz do Facebook algo tão valioso e rentável a ponto de permitir que seu fundador receba um salário de quase US$ 500 mil, como atesta texto publicado esta semana pelo Observatório da Imprensa.
Em entrevista ao Russia Today em maio de 2011, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, já afirmava ser o Facebook a “mais espantosa máquina de espionagem já inventada”. Isso porque, para Assange, as redes sociais são capazes de fornecer aos serviços de inteligência estadunidenses amplas bases de dados sobre os cidadãos que delas fazem uso, o que inclui suas relações, nomes de seus contatos, seus endereços etc. Os protestos que assolaram as ruas da Inglaterra, principalmente as do bairro de Tottenham, no ano passado ilustram bem tal afirmação, visto que a polícia local (Scotland Yard) utilizou-se de páginas como as do Twitter, Facebook e Youtube para localizar possíveis “perturbadores da ordem pública” (o vídeo com a entrevista de Assange encontra-se disponível aqui).
Para além da Teoria da Conspiração, contudo, o fato é que o negócio do Facebook é a venda de espaços publicitários. Para se ter uma idéia, de acordo com Lori Andrews, em texto publicado pelo jornal The New York Times, apenas em 2011, o site de relacionamento arrecadou US$ 3,2 bilhões com anúncios publicitários, ou seja, 85% de sua receita total. O curioso, porém, é que cada anúncio postado pelo Facebook é direcionado aos usuários de acordo as informações que os próprios fornecem ao site.
Em outras palavras, significa dizer que, ao mudar seu status de relacionamento, compartilhar um link de um filme ou de uma peça teatral, comentar a foto de um amigo ou “curtir” um comentário qualquer, você está fornecendo ao Facebook informações que definem seus gostos e preferências. A partir daí, afirma Andrews, “os anunciantes escolhem palavras-chave ou detalhes – como o status de relações, a localidade, as atividades, os livros preferidos e o emprego – e o Facebook publica os anúncios, dirigindo-os ao subconjunto de seus milhares de usuários”.
Logo, quem utiliza as redes sociais, além de trabalhar de graça para as agências de inteligência dos Estados Unidos, como podemos concluir com base nas declarações de Assange, está contribuindo para que seu tempo e trabalho, gastos lendo, publicando, comentando e compartilhando conteúdos, se materializem no valor de mercado da empresa, no caso o Facebook. De acordo com Rafael Evangelista, doutor em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), essa é uma característica de um fenômeno chamado Web 2.0. Afinal, indaga o pesquisador, será que interagir e colaborar em espaços proprietários não significa trabalhar sem ser pago?
Segundo Evangelista, o termo Web 2.0 engloba o que seria a segunda geração da internet, a qual possui uma gama de serviços que promovem as comunidades virtuais, a interatividade e o conteúdo construído pelo grande público. Entretanto, a questão apresentada pelo pesquisador é que esses sites, construídos coletivamente, ganharam um alto valor de mercado e hoje são objeto de negociação em bolsas de valores.
O Facebook é constituído, majoritariamente, pelo compartilhamento de informações. Esse é seu único e principal atrativo. O problema nesse caso é que a rede social não detém os direitos autorais acerca desses conteúdos, os quais, na maioria dos casos, resumem-se a imagens, vídeos e links externos. Estes, por sua vez, são lidos, debatidos e, novamente, compartilhados por todos no site. Mesmo os fóruns de discussões são construídos a partir das reflexões dos usuários. Impossível, assim, não relacionar tal fenômeno ao conceito de mais-valia, adaptado, aqui, por Evangelista para Mais-Valia 2.0.
Desenvolvida por Karl Marx, o conceito de mais-valia, grosso modo, representa a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Trata-se do excedente produzido pelo trabalhador referente ao necessário para que ele mantenha seus meios de subsistência.
Pois ao possibilitar que seus usuários compartilhem conteúdos produzidos por terceiros, obtendo de quebra informações valiosas sobre seus gostos – os quais possibilitam ao site mapear seus interesses e, com isso, criar mecanismos, ancorados em banco de dados, que permitem aperfeiçoar o direcionamento das mensagens publicitárias, fazendo com que o site arrecade valores com anúncios publicitários superiores aos divulgados –, o Facebook está gerando lucro tendo como matéria-prima o tempo e o talento intelectual de seus usuários, afirma Evangelista. Neste contexto, a Mais-Valia 2.0 configura-se, portanto, a partir da não divisão dos lucros do Facebook com seus reais funcionários.
O acesso gratuito à rede social, condição que por vezes acaba por atrair mais usuários, pode ser considerada, pois, uma ilusão, visto que quem usa o Facebook não tem acesso 100% livre ao site, no sentido de poder acessar seus códigos e até mesmo modificá-lo, característica esta corriqueira no dia-a-dia de usuários de softwares livres. Pelo contrário, a maioria das modificações feitas por Zuckerberg até hoje foram impostas, algumas delas, inclusive, esbarram em questões delicadas, tais como até que ponto a privacidade dos usuários pode ser violada pela rede social. O acesso gratuito ao Facebook poderia ser comparado, então, ao valor da força de trabalho, isto é, ao valor dos meios de subsistência indispensáveis à reprodução da classe trabalhadora – leia-se aqui usuários. Essa seria a única compensação aos milhares de usuários do Facebook por alimentarem, diariamente, o site.
Em suma, tudo indica, no entanto, que Mark Zuckerberg se tornará a nona pessoa mais rica do mundo ainda este ano.
Rodrigo Oliveira Andrade é jornalista.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Campus Party e a juventude guarulhense
Copiar faz parte, criar é uma especialidade nossa bem brasileira. A edição 2012 da versão brasileira que reúne milhares de jovens, principalmente, e que se encontram nestes dias acampados ou não para trocar, conhecer, produzir e ampliar os horizontes do mundo tecnológico e da internet.
Games, programas, novas tecnologias da informação, das redes sociais e muita interatividade, o papel do Campus Party é integrar e interagir olho no olho. Poderia ser um encontro virtual? Sim, mas a sua proposta mostra que: a força está nas relações entre as pessoas.
Mesmo que elas passem horas nos chats, bate-papos e na troca de msg (mensagens), as oficinas, encontros, palestras, stands e todas as atividades do evento mostram a força desse mundo que mesmo virtual, devem manter viva as relações presenciais, vivas.
Guarulhos é uma metrópole que reúne mais de 300 mil jovens dos 15 aos 29 anos, destes pelo menos a metade freqüentam lan-houses, telecidadanias ou telecentros públicos e estão conectados na rede internacional de computadores, temos instituições de ensino superior especializadas para formação em tecnologia e a internet, além de ter um governo municipal que avança no atendimento via tecnologia cidadã.
Somos uma real potência. E por quê? Simples, jovens idealistas fizeram fortunas ou construíram novas tecnologias ousando, procurando, buscando meios de tornar reais os seus sonhos.
É valorizando essa busca criativa é que a Coordenadoria da Juventude está pelo segundo ano de sua existência investindo nestes jovens. Iremos levar jovens de vários Barrios e regiões da nossa cidade para a o Campus Party 2012. Para proporcionar oportunidades e garantir o direito ao acesso a este mundo da tecnologia.
Iniciamos nossas atividades oficiais em 2010, onde por iniciativa do prefeito Almeida podemos pela Prefeitura de Guarulhos apoiar nossa juventude em inúmeras ações que visam justamente valorizar a criatividade destes jovens empreendedores, que ainda estão no anonimato e precisam apenas do nosso incentivo.
Os jovens guarulhenses tem se destacado nas mídias sociais pela qualidade das suas produções, opiniões e criações. Dois públicos são presença cativa em nossos telecidadanias e telecentros, os jovens e idosos (as), mostrando o vigor do encontro de gerações e a troca das vivências.
Neste ano começamos com uma lista de espera para os jovens interessados (as) em participar da versão 2012 do Campus Party pela Coordenadoria da Juventude, são três ônibus lotados de “sede de conhecimento”, isso nos mostra que para frente teremos novidades destes jovens participantes. Quem sabe não teremos nossos Jobs, Gates, Zuckerberg, etc. entre nossos jovens de Guarulhos?
Wagner Hosokawa
Coordenador Municipal de Juventude da Prefeitura de Guarulhos
Assistente Social e blogueiro: wagnerhosokawa.blogspot.com
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
VITÓRIA!!!! A Justiça fez justiça, não é confusão não, Supremo Tribunal decidiu: a justiça não tem poderes absolutistas.
Finalmente o bom senso constitucional VENCEU sobre o corporativismo! O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA é legítimo para investigar e punir juízes que devem se submeter ao controle social da justiça.
Venceu o povo e Brasil!O grande medo dos "magistrados" (só os mal intencionados, claro), queriam por exemplo ser punidos apenas com uma aposentadoria com salário integral...opa desse jeito vale a pena a punição.
Mas o debate no Supremo Tribunal, órgão maior de decisão da magistratura nos dá uma certeza: os juízes não são deuses e devem cumprir suas obrigações constitucionais.
Veja e saiba mais:
STF mantém poderes de investigação do CNJ
Conselho pode abrir processos e punir magistrados sem depender das corregedorias locais
Severino Motta, iG Brasília | 02/02/2012 20:25 - Atualizada às 21:29
Por 6 votos a 5 os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem o poder de iniciar investigações e punir magistrados independentemente da atuação das corregedorias locais dos Tribunais. Na prática, foi rejeitada a tese da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que tentou reduzir os poderes do Conselho através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI).
Entenda a polêmica envolvendo o CNJ
Foram favoráveis à manutenção dos poderes do Conselho os ministros Gilmar Mendes, Ayres Britto, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Joaquim Barbosa. Os demais ministros defenderam a tese de que o CNJ só poderia abrir processos ou tirar os já abertos nas corregedorias locais em situações excepcionais e com motivação explícita.
Durante o debate o ministro Gilmar Mendes disse que até mesmo as pedras sabem que o CNJ foi criado pela incapacidade das corregedorias locais julgarem seus pares – no caso, desembargadores de Tribunais de Justiça - por isso, deve ter seus poderes mantidos.
Discurso: Peluso diz que Judiciário se tornou alvo de 'pressões impróprias'
Polêmica: Órgãos de controle do Judiciário correm o risco de virar 'decorativos'
Divisão: Decisão sobre poderes do CNJ provoca racha no Supremo
“O CNJ estava voltado para exercer poder correcional em relação aos desembargadores. Até as pedras sabem que as corregedorias não funcionam quando se cuida de investigar os próprios pares. Jornalistas e jornaleiros dizem isso a toda hora”, disse.
O presidente do STF, Cezar Peluso, que ficou vencido na votação, criticou a tese de plenos poderes do CNJ. Para ele, autorizar o Conselho a abrir processos ou puxar das corregedorias aqueles que já abertos, significaria o fim dos colegiados correcionais locais.
“O CNJ veio para que as corregedorias trabalhem como devem ou para acabar com as corregedorias?”, questionou.
O relator da matéria, ministro Marco Aurélio Mello, que também ficou vencido, concordou com Peluso e disse que as corregedorias dos Tribunais locais - 90 em todo o País – gastam o dinheiro do contribuinte e não podem ser esvaziadas.
Apesar disso, o voto majoritário foi sintetizado pelo ministro Ayres Britto. “O CNJ veio para se somar às corregedorias, quando possível. E para substituí-las, quando necessário”.
Julgamento
Apesar da definição sobre os poderes de investigação do CNJ, o STF não encerrou o julgamento da ADI proposta pela AMB. Os ministros ainda devem avaliar se os critérios e tramites para o julgamento dos magistrados pelo Conselho estão de acordo com a Constituição. Devido ao horário avançado nesta quinta-feira, a Corte decidiu que isso será feito na próxima semana.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/stf-mantem-poderes-de-investigacao-do-cnj/n1597611647395.html
02.02.2012 - 21h21
Supremo decide que CNJ tem poder para investigar magistrados
Por 6 x 5 votos, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (2) que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tem poder para investigar magistrados, que serão julgados publicamente no caso de denúncia. A mais alta corte do país definiu também que os membros do Poder Judiciário poderão recorrer das decisões.
Os ministros Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto, Dias Toffoli e a estreante Rosa Weber formaram maioria ao rejeitar a liminar concedida em dezembro pelo ministro-relator Marco Aurélio de Mello, barrando uma investigação do CNJ sobre a atuação de 22 tribunais. A ação é de autoria da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).
Foram derrotados na primeira votação importante do plenário do Supremo neste ano o presidente da Corte, ministro Cézar Peluso, e seus colegas Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, além do relator.
Para Marco Aurélio Mello, o conselho só pode iniciar investigações sobre membros do Poder Judiciário quando os tribunais locais já tiverem apurado as suspeitas em suas esferas competentes, como corregedorias. Além da maioria dos ministros do Supremo, também divergiram a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o ex-presidente do Supremo Nelson Jobim, entre outros. Ao longo desta quinta-feira, as redes sociais se mobilizaram pelo julgamento.
Atuação do CNJ
Ao longo de cerca de seis horas, os ministros discutiram separadamente os pontos da liminar, mas acabaram explicitando desde o início suas opiniões sobre o ponto mais importante: a extensão em que o CNJ pode atuar. O mais enfático entre os críticos da decisão de Marco Aurélio Mello foi Gilmar Mendes. Segundo ele, “até as pedras sabem” que as corregedorias não vão punir seus próprios magistrados. “Jornalistas e jornaleiros dizem isso. O que se quer é acabar com a função fiscalizadora do CNJ”, afirmou.
Marco Aurélio rebateu: “O CNJ está ganhando poderes demais, retirando a independência da magistratura”. Para Peluso, presidente da Corte, o conselho tem competência para iniciar processos contra magistrados, mas precisaria explicitar suas razões sempre que fizer isso.
Sem crise
Diante das investigações do CNJ, o ministro Lewandowski suspendeu esses trabalhos, apenas para mais tarde ser acusado de receber pagamentos sob investigação quando era membro do Tribunal de Justiça de São Paulo. Peluso, também foi citado entre os que receberam do TJ-SP de forma suspeita. A corregedoria do CNJ nega que esteja investigando ministros do STF.
Na quarta-feira, na cerimônia de abertura do ano do Poder Judiciário, Peluso negou que haja crise e elogiou o CNJ. Durante a sessão, ele foi o crítico mais duro ao conselho, do qual, aliás, também é presidente. “Temos ouvido, com surpresa, que o Poder Judiciário está em crise. Os mais alarmistas não excepcionam sequer os outros dois Poderes da República”, disse o presidente do Supremo.
Segundo Peluso, “embora as tarefas fiscalizatórias chamem mais a atenção da sociedade, a atuação do CNJ como orientador da política nacional tem sido decisiva para os progressos do Poder Judiciário, especialmente num país continental como o nosso, com tantas diferenças regionais”.
fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/02/02/supremo-decide-que-cnj-tem-poder-para-investigar-magistrados.htm
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