quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Estatuto da Juventude: novos desafios para Guarulhos e o Brasil



Estatuto da Juventude: novos desafios para Guarulhos e o Brasil

Nove anos, este foi o tempo que levou das discussões, lobbys e a sanção da presidenta Dilma Roussef neste inicio do mês de agosto.

Finalmente a lei 12.852/2013 representa os interesses da juventude brasileira e que desde julho mostrou sua indignação das mais variadas formas nas manifestações que contestaram o modelo de transporte, o acesso aos direitos de educação e saúde, bem como mudanças na forma de se fazer política em nosso país.

O Estatuto da Juventude pode parecer mais uma lei na visão de quem não entende nada do Brasil, digo isso porque foi na adolescencia que comecei a participar da luta política por direitos e isso era suficiente para sofrer toda forma de preconceito e repressão por parte dos dirigentes sejam eles escolares, familiares ou da própria sociedade.

Ser jovem no Brasil é tarefa dificil. Muitos jovens conheceram nesta década o que é buscar carreira profissional através do ensino superior, onde os prouni's e enem's estão sendo fundamentais para esta conquista. Nos anos 90 tivemos um ministro da educação que dizia que “filho de trabalhador (a) não precisava fazer universidade”, e contra isso que lutavamos.

Cobram da juventude coisas que deveriam ser garantias dos adultos, a exemplo da educação que vive no estado de São Paulo uma crise de abandono e ao mesmo tempo de critica ao modelo de aulas, a desvalorização do conhecimento, dos professores, da aprovação automatica sem critérios, enfim, uma lista de problemas. A resposta: uns foram as ruas protestar outros foram na porta das fábricas e empresas procurar emprego. E os que nem estudam e nem trabalham vivem a ociosidade do crescimento economico como “dependentes independentes” sem prespectiva que deveria ser responsabilidade do Estado e da sociedade.

Exigem da juventude a necessidade de se preparar para vida adulta. Porém era preciso o Estatuto da Juventude recém sancionado para que fossem reconhecidos alguns direitos básicos como a saúde, direito ao transporte, ao respeito, a participação política, a livre expressão e comunicação de suas ideias e opiniões, ou seja, agora é lei. Ao jovem esta a responsabilidade de lutar pelos seus direitos para poder ser o “adulto” que a sociedade tanto espera.

Os governos vão ser obrigados a pautar os jovens. As políticas públicas para, com e da juventude devem ser compromissos, obrigações e urgências de quem governa o país. E por isso foi incluído no texto do estatuto o SINAJUVE, o sistema nacional de juventude representará um grande banco de dados, informações e pesquisa dos anseios dos (as) jovens no Brasil.

Em Guarulhos estamos a frente do próprio Estatuto da Juventude pois nosso Conselho Municipal de Juventude existe desde 2007 lado a lado a criação do CONJUVE (conselho nacional), na estrutura político administrativa da Prefeitura a Coordenadoria da Juventude tem status de secretaria com inumeras ações de dialogo, programas e ações junto a juventude.

Tudo isso não basta quando a tarefa é larga, longa e diversa. Há demandas dos segmentos no meio da juventude, há desafios entre os que estudam e os que foram expulsos do sistema educacional, há conflitos de interesses na garantia de alguns direitos.

Daqui algumas semanas teremos muitas ações na cidade pela Coordenadoria da Juventude: o programa Grafite é Cidadania está iniciando as suas oficinas, em setembro teremos a 4. Feira do Estudante com mais de 10 mil participantes, iremos promover os encontros para construir o Observatório da Juventude de Guarulhos articulada com diversas entidades e movimentos juvenis, teremos as lutas da campanha da “Juventude Negra quer Viver” e em breve pautaremos o Plano Municipal de Juventude. Tarefas não faltam para toda juventude.

É nesse contexto em que o Estatuto da Juventude vem para ficar. E que bom que seja assim, pois democracia sem opiniões diferentes não é democracia. Ou como dizia o poeta: “paz sem voz não é paz é medo”.


Wagner Hosokawa
é assistente social e Coordenador licenciado da Coordenadoria da Juventude e Mestre em Serviço Social pela PUC/SP



terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estatuto da Juventude agora é Lei. Texto foi publicado no Diário Oficial da União.


Mesmo com ressalvas, é uma conquista. Os vetos para mim não são justificáveis, pois fortalecer os conselhos de juventude e garantir meia passagens no transporte interestadual para os jovens entre 15 aos 29 anos era fundamental. Não havia necessidade dos vetos.

E a limitação de 40% dos ingressos a meia entrada, isso sim precisava ser vetado. Queremos acesso a cultura por inteiro e não pela metade!

Mas vamos seguir em frente, 10 anos para ter essa vitória é muito tempo.

Agora precisamos canalizar nosso tempo para fazer valer!!!!

Boa leitura, com matéria publicada no site da Secretaria Nacional de Juventude. Lá tem o link da lei na integra.

Últimas Notícias

06.08.2013 - Estatuto da Juventude agora é Lei. Texto foi publicadono Diário Oficial da União

6 de agosto de 2013
Estatuto da Juventude foi publicado no Diário Oficial da União como a Lei de nº 12.852, nesta terça-feira (6/8). Conheça a íntegra do texto e os vetos feitos ao texto sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.
06.08.2013 - Estatuto da Juventude agora é Lei. Texto foi publicado no Diário Oficial da União
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A Lei dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas dejuventude, além de criar o Sistema Nacional deJuventude (Sinajuve).
Conheça a íntegra do texto publicado no DOU e  os motivos dos itens vetados no texto sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.

Pesquisa IBOPE-OAB revela que 85% querem reforma política valendo para 2014



Pesquisa IBOPE-OAB revela que 85% querem reforma política valendo para 2014

Estudo mostra ainda que 78% dos entrevistados se posicionaram contra a participação de empresas em financiamento de campanhas

Um desejo que vem das ruas para que a ‘democracia do dinheiro’ possa ser varrida definitivamente das eleições a partir de 2014. Esse foi o sentimento registrado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil que divulgou pesquisa IBOPE nesta terça-feira (6), em Brasília. O estudo revela que 85% dos entrevistados são favoráveis à reforma política para valer já nas próximas eleições. Quanto ao financiamento de campanha, 78% dos entrevistados se posicionaram contra a participação de empresas nas campanhas e 90% pediram punições mais rigorosas contra a prática de “caixa-dois”. Além disso, a pesquisa mostra que 92% dos entrevistados são a favor de projeto de lei nesse sentido por iniciativa popular.

Ao lado do presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, o líder interino do Governo Dilma na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), espera que o Congresso Nacional revise seu posicionamento de não querer alterar o sistema eleitoral para o próximo ano.

“Nós temos tempo para as mudanças efetivas para 2014. Um debate feito com prioridade somente para reforma política poderá garantir que esta votação ocorra até 30 de setembro. O anteprojeto de lei de iniciativa popular “Eleições Limpas” da OAB ajuda a combater o abuso do poder econômico no processo eleitoral, porque proíbe o financiamento das campanhas por empresas. Elas não votam e por tanto não devem financiar as eleições. O projeto ainda propõe teto de gastos, e isso passa a dar igualdade aos candidatos equilibrando o processo eleitoral”, avaliou Fontana.

A pesquisa apontou, também, qual o melhor modelo para eleger deputados na opinião dos entrevistados. A favor de mudanças e pela instituição do voto em lista (lista e propostas de candidatos) ganhou a preferência de 56% das pessoas, enquanto 38% se manifestaram pela manutenção do atual modelo, de voto nominal. O IBOBE entrevistou 1.500 pessoas em todo o país de 27 a 30 de julho.

Carta da Jornada de Lutas da Juventude Brasileira: A hora e a vez da juventude



Carta da Jornada de Lutas da Juventude Brasileira

A hora e a vez da juventude

As mobilizações da juventude em junho representam uma mudança na conjuntura política no Brasil e abrem uma janela histórica para a realização das reformas estruturais necessárias para garantir a soberania nacional e os direitos da classe trabalhadora, promovendo o desenvolvimento econômico com justiça social, livre do racismo, machismo e homofobia.

Construímos no começo deste ano uma articulação ampla para fazer um diagnóstico coletivo da conjuntura, promover lutas sociais para pressionar os governos e enfrentar os inimigos do povo brasileiro. Participam diversas entidades que organizam a juventude em movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores da cidade e do campo, entidades estudantis, feministas, juventudes partidárias, religiosas, LGBT, coletivos de cultura e das periferias.

O nosso manifesto de lançamento, apresentado em fevereiro de 2013, proclamava a unidade da juventude para “avançar nas mudanças e conquistar mais direitos para juventude”. Logo depois, fizemos uma jornada de lutas em todo o país em março/abril, com a plataforma que construímos de forma conjunta.

Já havia naquele momento a expectativa de que os jovens sairiam às ruas para cobrar dos governos mais investimentos em educação, melhores condições de vida, mudanças no sistema político e respeito aos direitos. As manifestações de massa que aconteceram por todo o país, que tiveram como estopim a luta contra o aumento das passagens do transporte público, mostrou a disposição dos jovens irem às ruas exigir mudanças.

A juventude nas ruas com demandas progressistas, que implicam necessariamente o fortalecimento da classe trabalhadora, da soberania nacional e do Estado brasileiro, cria um quadro político favorável para avançar no processo de transformação do país. Nesse quadro, temos o compromisso de consolidar a unidade política, enraizando a nossa articulação nas nossas bases, intensificar o processo de luta, tendo como plataforma o nosso manifesto, e contribuir com o processo de mobilização.

Não queremos retrocessos, mas lutaremos para o país avançar. A partir de 2003, obtivemos avanços por meio da luta, em um período de crescimento econômico, com políticas sociais e distribuição de renda, porém dentro de um quadro de governo de composição de forças da burguesia e da classe trabalhadora, que tem dado sinais de esgotamento e mantém bloqueadas as reformas estruturais.

A juventude quer fazer política. Queremos casar a energia dos jovens nas ruas com o histórico de organização da classe trabalhadora. O momento é de enfrentar os inimigos do povo brasileiro, fazer pressão sobre os governos e aprofundar as mudanças.

Não queremos medidas paliativas. Precisamos de um novo modelo econômico que rompa com a herança neoliberal, assegure os direitos dos trabalhadores, retome as empresas públicas privatizadas e imponha limites para o capital financeiro.

Não bastam os discursos dos governantes. É necessário ações concretas que apontem no sentido das reformas estruturais e politizem a sociedade brasileira, tendo como motor as demandas da juventude e as lutas sociais.

Não aceitamos o discurso da “governabilidade”. O Congresso Nacional tem uma ampla maioria conservadora que, no contexto de um governo de coalizão, impede as reformas estruturais. O melhor exemplo é o recuo imposto à presidenta Dilma Rousseff depois do lançamento da proposta de realização de um plebiscito para a realização de uma Assembleia Constituinte Exclusiva para a Reforma Política, mesmo sob o calor dos protestos nas ruas.

É necessário arrebentar as amarras que impedem as transformações sociais. Os governos precisam dar um sinal claro à juventude, aos sindicatos e aos movimentos sociais de que governarão com a sociedade mobilizada em luta para fazer as mudanças.

Estamos em luta por uma Reforma Política para viabilizar as grandes mudanças e enfrentar o problema da corrupção, que tem raiz na relação do Poder Público com o capital privado, cristalizada no financiamento privado de campanhas eleitorais. Precisamos democratizar o sistema político, garantindo a participação permanente da sociedade nas grandes decisões e ampliando a presença dos jovens, trabalhadores, camponeses, estudantes, negros, mulheres e homossexuais.

Estamos em luta pela democratização dos meios de comunicação, que criminalizam os protestos e legitimam a violência policial. Lutamos por mais investimentos na educação pública, com a garantia de 10% do PIB. Lutamos pela vida da juventude que é cotidianamente alvo da violência, especialmente nas periferias das grandes cidades, defendendo a desmilitarização da PM e uma profunda reforma no sistema de segurança pública.

Ficaremos mobilizados durante todo o mês de agosto em diversas atividades. Concentraremos esforços em uma nova jornada de lutas para defender a nossa plataforma entre 28 de agosto a 7 de setembro. Faremos uma manifestação em defesa do investimento em educação pública no dia 28 de agosto. Vamos fazer protestos na frente das sedes da Rede Globo em todo o país em defesa da democratização dos meios de comunicação na última semana de agosto. Fortaleceremos a mobilização do Gritos dos Excluídos, organizado pelas pastorais e por movimentos populares, na semana do 7 de setembro. Vamos à luta, juventude, fazer as reformas estruturais para transformar o Brasil!

São Paulo, 3 de agosto de 2013

JORNADA DA JUVENTUDE BRASILEIRA*







APEOESP;


Central dos Movimentos Populares (CMP);


Confederação Nacional dos Trabalhadores em Eduacção (CNTE);


Coletivo Nacional de Juventude Negra – Enegrecer;


Coletivo Quilombo;


Coletivo Paratodos;


Coletivo Sinal Livre;


Construindo um Novo Brasil/PT;


Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil;


CUT SP;


Democracia Socialista/PT;


Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia (ENEBIO);


Esquerda Popular Socialista/PT;


Fora do Eixo;


Juventude da CUT;


Juventude do MST;


Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL);


Juventude do PT (JPT);


Juventude Revolução;


Levante Popular da Juventude;


Marcha Mundial das Mulheres (MMM);


Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB);


Movimento Camponês Popular (MCP);


Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA);


Pastoral da Juventude (PJ);


Pastoral da Juventude Estudantil (PJE);


Pastoral da Juventude Rural (PJR);


Rede Ecumênica da Juventude (Reju);


Sindicato dos Bancários de SP;


União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES);


União Estadual dos Estudantes do RJ (UEE RJ);


União Estadual dos Estudantes de SP (UEE SP);


União da Juventude Socialista (UJS);


União Nacional dos Estudantes (UNE);


União Paranaense dos Estudantes (UEP).





*Entidades que quiserem aderir à carta e participar do processo de lutas devem enviar um e-mail para juventude@cut.org.br

Pelo fim dos Autos de Resistência nos registros policiais!!!


Importante campanha. Pelo fim das mortes da juventude negra.
Desmilitarização da Polícia.
Onde está Amarildo?
Esse informe é do companheiro Jefferson Lima - Secretário Nacional da JPT

Boa leitura!

A Câmara dos Deputados deve votar na próxima semana, o Projeto de Lei n. 4471/12, que prevê o fim dos Autos de Resistência. Participamos hoje com representantes de movimentos juvenis e articuladores do Plano Juventude Viva de uma mobilização no Congresso Nacional pedindo o apoio dos parlamentares para o PL 4471.

O PL 4471 extingue o Auto de Resistência e determina que todas as mortes efetuadas pelas forças policiais no país sejam investigadas e que o agente autor do disparo chame assistência médica para a vítima, em vez dele mesmo tentar prestar socorro, o que muitas vezes impede que a perícia investigue se houve resistência de fato ou se houve abuso por parte do policial.

A aprovação do PL faz com que a alegação de resistência , comum em todas as corporações do país, seja investigada e o policial sejo preso em flagrante. Vários crimes hoje não investigados passaria por um novo processo de investigação. Esse PL é de suma importância no combate ao exterminio da juventude em sua maioria negra. — #AprovaçãoDaPL4471

Definimos como prioridade nas nossas ações deste ano e já estamos na luta. Importante a mobilização nas redes para avançar na tramitação.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Queremos direitos por inteiro e para toda juventude. Limitar meia entrada pra apenas 40% dos ingresso NÃO! #VetaDilma




Queremos direitos por inteiro e para toda juventude. Limitar meia entrada pra apenas 40% dos ingresso NÃO!  #VetaDilma

Link. http://migre.me/fEt8T    
Carta sobre o limite de 40% na meia-entrada no Estatuto da Juventude

Compreendemos que impor o limite de 40% para a oferta de meia- entrada ataca uma conquista histórica da juventude e do movimento estudantil brasileiro
1º/08/2013
 Movimentos e organizações sociais da cidade, do campo e das florestas,
 Ex.ma, Presidenta da República Dilma Roussef,
 Nós, organizações de jovens da cidade, do campo e das florestas, viemos publicamente nos manifestar sobre o limite de 40% para ingressos com meia-entrada - em eventos culturais, esportivos e cinemas para estudantes e jovens de baixa renda, contida no Estatuto da Juventude (PL 4529/2004) recentemente aprovado no Congresso Nacional que segue para sanção da Presidenta.

Após quase 10 anos de tramitação, consideramos que a aprovação e a sanção presidencial do Estatuto da Juventude é fundamental e necessária, pois além de ser uma conquista histórica de toda a juventude brasileira, será um grande passo para a conquista de direitos sociais que possibilitarão para as juventudes mais e melhores condições sociais para a construção de projetos de vida com autonomia e emancipação social. E reconhecemos que no texto aprovado há um conjunto de artigos que auxiliam na promoção de direitos para o conjunto da juventude brasileira.

O conjunto das organizações e movimentos sociais que assinam esta Carta construíram, ao longo dos 10 anos de tramitação do Estatuto da Juventude no Congresso, um processo intenso de debates e incidência no sentido de disputar os rumos políticos do Estatuto da Juventude, na perspectiva dele ser um instrumento para a promoção de mais direitos para o conjunto da juventude brasileira, e não para parte dela.

Contudo, na leitura que realizamos do Estatuto aprovado, percebemos que a aprovação do Estatuto no seu Artigo 23, em especial no parágrafo 10, que refere-se à meia-entrada em eventos esportivos, culturais e nos cinemas, foi alvo do interesse dos grandes empresários e produtores da cena cultural de massas em articulação com setores do movimento estudantil. Esclarecemos a Presidenta, que esse setor representa apenas uma pequena parte, e não os muitos e grandes grupos sociais do conjunto da juventude brasileira que vivem nas cidades e no campo. Ainda, salientamos que este parágrafo foi incluído por uma emenda durante a votação no plenário sem nenhum diálogo com a sociedade civil.

Compreendemos que impor o limite de 40% para a oferta de meia- entrada ataca uma conquista histórica da juventude e do movimento estudantil brasileiro. Além disso, ampliará a exploração exercida pelos grandes empresários e produtores culturais que foram e são historicamente privilegiados com acesso a grandes montantes de verbas públicas, pela Lei Rouanet, por outros meios e privilégios concedidos.

Além disso, para nós, compactuar e sancionar com esse limite de 40% na meia-entrada é um ato que agrava a situação das políticas públicas de juventude e da desigualdade social no Brasil. Lembramos que as últimas e imensas manifestações ocorridas em todo o Brasil ocorreram também pela negligência e falta de prioridade nos temas relacionados à juventude brasileira e aos direitos sociais básicos, como a mobilidade e transporte público, a questão das reformas urbana e agrária e a falta de planejamento diante do atual momento demográfico do país, com a maior população em faixa etária jovem da sua história.

Por isso, nós reivindicamos o VETO do parágrafo 10, do artigo 23 da PL 4529/2004, pg. 15:
“§ 10. A concessão do benefício da meia-entrada de que trata o caput é limitada a 40% (quarenta por cento) do total de ingressos disponíveis para cada evento”.

Ainda, reivindicamos o direito irrestrito a meia-entrada para toda juventude. Ex.ma Presidenta, com essa atitude, acreditamos que o Estatuto da Juventude terá maiores condições de se consolidar como uma carta de direitos, reconhecendo as e os jovens da cidade, do campo e das florestas como sujeitos de direitos.

Sendo uma representante do povo e da maioria da população brasileira, temos a certeza que irá atender a nossa reivindicação de veto. Mais do que sentar à mesa e nos ouvir, o essencial é escutar e dar respostas efetivas às demandas das organizações e movimentos sociais de todo o país.

NÃO AO LIMITE DE 40% NA MEIA-ENTRADA! VETA DILMA!

Assinam essa carta:
ASSOCIAÇÃO DE CULTURA E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO BANTU - ACBANTU
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS - ABGLT
ARTICULAÇÃO BRASILEIRA DE LÉSBICAS - ABL
ÁGERE - COOPERAÇÃO EM ADVOCACY
ARCAFAR-SUL - ASSOCIAÇÃO REGIONAL DAS CASAS FAMILIARES RURAIS DO SUL DO BRASIL
ASSOCIAÇÃO DE JUVENTUDE PELO RESGATE A CULTURA E CIDADANIA – AJURCC
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA JUVENTUDE RURAL TERRA LIVRE - ANJR TERRA LIVRE
ASSOCIAÇÃO VIVA A CULTURA – AVIVAC
CENTRO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE - CEDAPS
COLETIVO ARTISTICO CUTURAL DO ALTO DO MATHEUS - MULINGA
COLETIVO NACIONAL DE JUVENTUDE NEGRA - ENEGRECER
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA - CPT
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA - CONTAG
COIAB - COORDENAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DA AMAZÔNIA
ESCOLA DE GENTE
FASE - SOLIDARIEDADE E EDUCAÇÃO
FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO BRASIL - FEAB
FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA AGRICULTURA FAMILIAR DA PARAÍBA – FETRAF – PB
FÓRUM DE JUVENTUDES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FÓRUM ECUMÊNICO ACT BRASIL
FÓRUM MUNICIPAL DE JUVENTUDE DE APODI - RN
FÓRUM SOCIAL DE MANGUINHOS
GRUPO CONEXÃO G
INSTITUTO ALIANÇA
INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS - IBASE
INSTITUTO DE JUVENTUDE CONTEMPORÂNEA – IJC
INSTITUTO IMAGEM E CIDADANIA
INSTITUTO JUVENTUDE EM AÇÃO
INSTITUTO PÓLIS
JUVENTUDE DA CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES – CUT
JUVENTUDE DA COORDENAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES NEGRAS - JCONEN
JUVENTUDE DO PARTIDO DOS TRABALHADORES – JPT
JUVENTUDE SOCIALISMO E LIBERDADE - JSOL
JUVENTUDE EXTRATIVISTA DO CONSELHO NACIONAL DAS POPULAÇÕES EXTRATIVISTAS - CNS
LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE
MOVIMENTO AGROECOLÓGICO - MAE
MOVIMENTO DA MULHER TRABALHADORA RURAL DO NORDESTE – MMTR/ NE
MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS - MMC
MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS - MAB
MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES - MPA
MOVIMENTOS DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - MST
ORGANIZAÇÃO DA JUVENTUDE INDÍGENA POTIGUARA – OJIP
PASTORAL DA JUVENTUDE - PJ
PASTORAL DA JUVENTUDE RURAL - PJR
REDE DE JOVENS DO NORDESTE – RJNE
REDE DE JUVENTUDE PELO MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE - REJUMA
REDE ECUMÊNICA DA JUVENTUDE - REJU
REDE FALE
RENAJOC - REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS COMUNICADORES
REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS
SERVIÇO DE TECNOLOGIA ALTERNATIVA – SERTA
UNIÃO NACIONAL DAS ESCOLAS FAMÍLIAS AGRÍCOLAS DO BRASIL - UNEFAB
UNIÃO NACIONAL DE COOPERATIVAS DA AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA - UNICAFES