terça-feira, 6 de agosto de 2013

Pesquisa IBOPE-OAB revela que 85% querem reforma política valendo para 2014



Pesquisa IBOPE-OAB revela que 85% querem reforma política valendo para 2014

Estudo mostra ainda que 78% dos entrevistados se posicionaram contra a participação de empresas em financiamento de campanhas

Um desejo que vem das ruas para que a ‘democracia do dinheiro’ possa ser varrida definitivamente das eleições a partir de 2014. Esse foi o sentimento registrado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil que divulgou pesquisa IBOPE nesta terça-feira (6), em Brasília. O estudo revela que 85% dos entrevistados são favoráveis à reforma política para valer já nas próximas eleições. Quanto ao financiamento de campanha, 78% dos entrevistados se posicionaram contra a participação de empresas nas campanhas e 90% pediram punições mais rigorosas contra a prática de “caixa-dois”. Além disso, a pesquisa mostra que 92% dos entrevistados são a favor de projeto de lei nesse sentido por iniciativa popular.

Ao lado do presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, o líder interino do Governo Dilma na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), espera que o Congresso Nacional revise seu posicionamento de não querer alterar o sistema eleitoral para o próximo ano.

“Nós temos tempo para as mudanças efetivas para 2014. Um debate feito com prioridade somente para reforma política poderá garantir que esta votação ocorra até 30 de setembro. O anteprojeto de lei de iniciativa popular “Eleições Limpas” da OAB ajuda a combater o abuso do poder econômico no processo eleitoral, porque proíbe o financiamento das campanhas por empresas. Elas não votam e por tanto não devem financiar as eleições. O projeto ainda propõe teto de gastos, e isso passa a dar igualdade aos candidatos equilibrando o processo eleitoral”, avaliou Fontana.

A pesquisa apontou, também, qual o melhor modelo para eleger deputados na opinião dos entrevistados. A favor de mudanças e pela instituição do voto em lista (lista e propostas de candidatos) ganhou a preferência de 56% das pessoas, enquanto 38% se manifestaram pela manutenção do atual modelo, de voto nominal. O IBOBE entrevistou 1.500 pessoas em todo o país de 27 a 30 de julho.