quinta-feira, 9 de abril de 2015

O "ser" de esquerda.


do quadro "Os operários" de Tarsila do Amaral

Ser de esquerda é uma escolha. Pode ser de classe, projeto político pessoal ou coletivo, enfim, ser de esquerda desde quando o termo foi criado é escolher o lado dos que são explorados, apesar de produzirem toda riqueza social desta sociedade (capitalista).

Ser de esquerda é manifestar opinião quando todos ou se calam ou não percebem que algo de ruim vai acontecer aos interesses dos trabalhadores (as).

Ser de esquerda não é ser critico sempre e por qualquer coisa. É saber que a critica precisa contribuir, avaliar e propor.

Ser de esquerda é ser anticapitalista.

Ser de esquerda não é determinada por uma sociedade secreta ou uma organização que emite um certificado.

Ser de esquerda é saber que cada tarefa tem a sua responsabilidade. E essa tarefa tem o seu sacrifício para vida privada e pessoal.

Ser de esquerda é ser um profissional no seu trabalho com posição, opinião e propostas.

Em Guarulhos ou em qualquer outro lugar se você sente a indignação contra qualquer injustiça (em parte) você é de esquerda.

Portanto, mesmo não convidado (a mim ou o coletivo que faço parte), para o círculo exclusivo dos "iluminados", eu não deixo de ser de esquerda.

Sigo a canção que adaptei da grande Maria Rita, filha de Elis Regina: "eu não nasci no socialismo, mas o socialismo nasceu em mim".

Eu sou de esquerda, a luta não pertence a ninguém e ao mesmo pertence a todos e todas que lutam por direitos, justiça, igualdade, equidade, distribuição de renda, etc., etc..