Na tarde desta quarta-feira (14), um grupo de profissionais da Secretaria de Assistência Social e Cidadania entregou panfletos e bexigas no calçadão da rua Dom Pedro II, no Centro, para conscientizar a população sobre os problemas causados pelo trabalho infantil.
A iniciativa faz parte do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), criado pelo Governo Federal e implantado em Guarulhos em 2002. O programa oferece oficinas de circo, musicalização e teatro, gratuitamente, para as crianças das favelas do Quinze, Hatsuta, e São Rafael. As aulas, conhecidas como Jornada Ampliada, acontecem de segunda a sexta-feira, durante duas horas, depois do horário da escola. Nos últimos anos, o número de vagas aumentou de 36 para 386.
Os pais também participam de algumas atividades de conscientização, já que, na maioria das vezes, são eles que estimulam o trabalho das crianças para complementar a renda familiar. Além de ganharem uma bolsa-auxílio, os pais participam de palestras, dinâmicas de grupo, e recebem visitas periódicas dos profissionais de assistência social. Mas para isso, é necessário manter as crianças na escola e nas oficinas da Jornada Ampliada.
No Brasil, mais de 5 milhões de crianças de 5 a 17 anos trabalham. No mundo, este número chega a 218 milhões. Os dados são da Coordenação Colegiada do Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. Segundo informações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 22 mil crianças morrem no mundo por causa dos acidentes de trabalho.
O trabalho precoce pode trazer sérias consequências para a saúde dos menores, como doenças crônicas, bronquite, anemia, dores nos pés e nos joelhos, stress, problemas na coluna, distúrbios psicológicos, além do déficit de aprendizagem.
Quarta-feira - 14 de Outubro de 2009 às 15:44