terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quem subestima os seus companheiros (as) ou mente para o coletivo ou mente para si mesmo.


Uma resposta para aquelas pessoas que supostamente estão na mesma que você! Em recente informe que tive de uma certa reunião que supostamente deveria ser séria, pois tratasse do "reino dos ceús" da minha direção política.

Pena que o que ouvi preferia não saber. Essa deve ser a primeira vez que comento este fato diante os meus caros e caras leitores e leitoras deste blog. Sem a menor intenção de causar crises ou problemas de relação.

Eu recebi uma indicação da qual carregarei por toda minha vida militante. Não é uma condecoração, nem mereço tanto, mas é um reconhecimento pela opção de luta, de ideologia e de posição na esquerda brasileira.

Fui indicado a uma função importante do governo federal pelos meus companheiros (as) do coletivo de juventude da Via Campesina - da qual faz parte o MST, a UNEAFRO en tre outras organizações de jovens que querem transformar a realidade brasileira e internacional.

Não fiz lobby, não botei minha mãe a venda, nem rifei meus companheiros (as) e muito menos fungi (dissimuladamente), fazer um grande debate político para encobrir acordos particulares em nome do "coletivo".

Mas fui alvo de ataques justamente daqueles aos quais eu menos esperava, dos próprios companheiros da minha força política. É a vida é dura.

Por isso, quero esclarecer (neste meu mundo blogueano), o seguinte:

1) Tenho história de militância política estadual e nacional. Mas escolhi abandonar a macro política por dois motivos: (1) É um mundo hipocrita. Se mentir e fingir ser alguém que eu não sou é a regra, não é a minha; (2) Não sou militante de mim mesmo, sempre fui militante de coletivo, dirigente de coletivo e a serviço de um projeto político;

2) Não sou "vaca de presépio" - como alguns dito companheiros - Aprendi numa tradição de esquerda, socialista e revolucionária fazer reflexões, defender idéias, trazer para uma análise critíca os debates e os encaminhamentos das organizações da qual pertenci e pertenço.

Lutei para que o campo da esquerda do PT na JPT, na UPES, no MSU e na Enesso pudessem manter-se firme em torno das disputas, das melhores propostas e do melhor rumo para luta. No mandato do dep. fed. Greenhalgh e na Plenária A LUTA FAZ A LEI sempre defendi a esquerda do PT como referência, mesmo apanhando. Na Consulta Popular nas eleições de 2006 defendi que não deveriamos nos afastar da candidatura Lula pela reeleição para impor nova e nessária derrota às elites, lá apanhei também;

Há e por isso nunca fui convidado a participar da hierarquia das organizações. Mas já muitos subirem nos cargos e funções pelo fato de terem um "QI" maior que o meu e com certeza uma grande capacidade de capitular com as direções. (não puxo saco, sou militante de esquerda).

3) Fiz escolhas e uma delas foi de contribuir para revolução brasileira aqui na minha cidade, Guarulhos (SP). Escolhi voltar para meu nascedouro e fazer o bom combate. E até aqui estamos bem. Mesmo que não tenhamos tido uma ligação ou chamado da direção nacional da minha organização no PT para definir estrátegias, linhas, etc. Sobrevivi a gestão pois há do meu lado bons companheiros e companheiras que tem competência para tocar as políticas públicas comigo. Há não preciso de consultoria sem vergonha nenhuma, mandamos muito bem na Assistência Social onde até fiz parte do colegiado de gestores municipais que varreu o DEM da sua direção em 2010. E agora na Coordenadoria da Juventude estamos bem, obrigado!

4) Não canso da luta. Estou firme pra aguentar as próximas "bordoadas", as próximas articulações, os próximos debates, as próximas baixas e altas.

Disso tudo uma lição importante: minhas verdadeiras (os) companheiras (os) estão ao meu lado (isso valorizo muito), aqueles que são companheiros distantes e se mostram verdadeiros companheiros (as) -( mesmo sem conhece-los pessoalmente) e aqueles que não posso mais chamar de companheiros (porque acredito que nunca o foram).

Seguimos na luta, quem ficar pelo caminho - desculpas - eu sigo em frente!

(Ah, e tem a última segue a letra da música de Milton Nascimento, "nos bailes da vida" que expressa esse momento meu)

"Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim

Com a roupa encharcada e a alma Repleta de chão Todo artista tem de ir aonde o povo está Se for assim, assim será Cantando me disfarço e não me canso de viver nem de cantar"