terça-feira, 25 de outubro de 2011

Movimento Ocupe Wall Street: tem a cara, a coragem, a posição e a firme imagem dos que querem mudar o mundo!

Não importa se nasceu da crise econômica mundial, não importa se "só agora" o povo estadunidense reagiu a tal exploração, não importa o tempo das suas ações, o que realmente importa é que tem lado: o símbolo do capitalismo global, Wall Street está ocupada por homens e mulheres armadas de indignação e de sonhos, diferente do que fez os seus governos nas invasões do Iraque, Alfeganistão, Líbia, entre outros.

O sentido é claro, o culpado é o modelo capitalista global que humaniza as coisas materiais e desumaniza as relações sociais. Onde sempre os trabalhadores (as) perdem seja na crise ou na boa maré do sistema.

Enfim o "consumismo" orgulha-se de ter derrotado o "comunismo real" e como prova de seu poder ampliou-se o poderio do consumo, a contradição deste mundo onde na África estudos mostram que a fome, sim a FOME, irá matar milhões de pessoas. Por isso somos contra os transgênicos, o agronegócio e o latifúndio.

O mercado de ações absorveu desde grandes transnacionais do varejo até empresas educacionais que concentram lucros absurdos em nome do consumo de seus serviços.

Os bancos lucraram mais de 10 bilhões de reais no primeiro trimestre descontando os custos de força de trabalho e despesas fixas.

Os Estados nacionais elegem "gerentes" para mediar interesses financeiros e não governantes com projetos para condução do país, criando um factoide em torno dos países, como se o Estado tivesse gerado a crise econômica e não as operações financeiras. Ou seja, o Estado perde quando não intervem e paga a conta da crise via intervenção na economia.

E outra questão sobre o movimento "Ocupe Wall Street", que é o contraponto com os interesses da direita estadunidense que se opõe a qualquer intervenção no livre mercado. Ou seja, o Estado pode ser teocrático nas relações humanas (aborto, descriminalização das drogas, etc), pode ser intervencionista na cultura dos povos, pode ser belicista sobre a soberania de outros países, entre outros, mas na economia não pode!

Por isso o conservador "Tea party" disse não ao "Ocupe Wall Street", são diferenças de sentido. Um quer a liberdade do mercado, o outro a liberdade da humanidade.

E no Brasil? Mesmo que a mídia tente dar vida aos movimentos "contra corrupção" eles não tem conseguido agregar aos seus interesses. Esses movimentos vivos de indignação são vazios de propostas. Um email que circula pela internet inclusive tem tentado apresentar os objetivos desses movimentos e um dos seus pontos é "fechamento do Congresso Nacional", ora isso é ditadura. Fim da liberdade democrática, de opiniões e de idéias.

Um artigo do jornalista Luís Nassif expressa bem essa posição de que esses movimentos deveriam mirar onde realmente faz a diferença, nos interesses do capital.

O quadro de representação do Congresso nacional mostra que a maioria dos "nobres" representam os empresários, banqueiros e o setor financeiro, enfim, querem acabar com a corrupção? Vamos mudar o sistema político-eleitoral e realizar uma reforma política de fato. Vamos regulamentar a constituição no item: taxação das grandes fortunas e acabar com os favores de empresários como Eike Batista que "emprestam" jatinhos em troca de favores.

A hora é agora: OCUPEM A BOVESPA!

Vejam os links de matérias interessantes:

Protestos contra Wall Street chegam a Washington e se espalham pelos EUA

Protestos foram iniciados em Nova York contra a ajuda financeira do governo aos bancos; também houve manifestação em São Francisco


Como é o dia a dia dos acampados no coração do capitalismo mundial

Sem um objetivo comum, professores, advogados, desempregados, moradores de rua e muitos jovens estudantes protestam solidariamente no "Ocupe Wall Street"


Ocupe Wall Street não é movimento como o nosso, diz Tea Party

Analistas comparam os dois movimentos, o que é rejeitado pelos conservadores que chamam os manifestantes de 'sujos e preguiçosos'


Movimento 'Ocupe Wall Street' já chega a 25 cidades americanas