sexta-feira, 1 de junho de 2012

Classe média brasileira: confusa, corrupta e sem sentimento de nação.








Lula é um cidadão comum, certo? Errrado. É ex-presidente da República e personalidade viva da história do país e portanto não merece ser tratado nem com privilégio e nem com desrespeito.

Ele foi ao programa do Ratinho e levou consigo Fernando Haddad. E daí? Se a emissora deixou é LIVRE A IMPRENSA não é? É o que a Globo insiste em dizer. É o que o panfleto semanal (in) veja diz o tempo todo. É o que os psedo-liberais de partidos corrompidos como o (p) sdb e o (p) ps.

“Falem o que eu digo, mas não façam o que eu faço” é a regra que se impõe culturalmente a mentalidade das camadas médias brasileiras. Primeiro classe média não existe, no conceito de classes sociais, a “média” referece a renda e não ariqueza, duas coisas diferentes. A própria FGV, escola de formação das elites e gestores do país separa ricos, elites e aí lá embaixo a “média” da sociedade.

Então porque as elites, verdadeiras, dão tanto valor a “classe média”? Pela força que tem em manter os ricos cada vez mais ricos, pois se não bastasse explorar a força de trabalho também exploram pelos cheques especiais, cartões de crédito e outras coisas mais que impedem a possbilidade de participação na sociedade.

Porque digo isso? Porque parte dos trabalhadores que embarcam nessa “onda” da “classe média” perdem o rumo enquanto cidadãos e cidadãs brasileiros (as), e mais absorvem uma cultura, uma ideia e uma visão de sociedade que não lhe pertence, ou como Cazuza cantava “ estão numa festa que não foram convidados”.

Por isso, criticar a ida do Lula ao programa “Ratinho” é algo totalmente estúpido. Pois a imprensa cobre e dá crédito quase diário a tucanos e “paladinos da justiça”, vamos lembrar que antes o nobre senador da República, Demostenes (em pele) de Cordeiro do partido do DEMO ganhava espaços na mídia que eram incompativéis ao seu trabalho no senado. E quando a casa cai e a “pele de cordeiro” escorrega, vira vilão.

E o panfleto (in) veja tão sério, mostrou-se uma publicação “facinha” (na linguagem dos jovens), pois qualquer bicheiro (que é tratado como traficante de drogas), “molha o bico do tucano escritor” e ele PUBLICA. E até ai tudo bem.

Mas e porque a “classe média” brasileira é confusa? Porque repete como papagaio o que vem na mídia e nas redes sociais, quer controle rigido sobre presos, mas se da ao direito de publicar qualquer bobagem no mundo virtual, até ofender negro, nordestino e homosexuais. Ela fala em baixar impostos, mas quer que o governo também trabalhe – sem dinheiro não há políticas públicas, não quer moradores e crianças na sua porta, mas do vizinho pode. Joga lixo pela janela dos carros e quer falar de meio ambiente...é confusa.

A “classe média” é corrupta. Porque se indigna com a corrupção na TV, jornais e rádio quando ouve, mas quer um “jeitinho” na fila, no trabalho, dos candidatos em eleição...quer dar o chapéu no serviço e ainda quer justiça, para os outros!

E ainda mais, o pior: a “classe média” é anti-nacionalista, é contra o Brasil. Fica toda hora repetindo que o outro é melhor. Fala dos EUA – mas quer entrar clandestinamente, quer gastar os reais e aquecer a economia de lá, etc, e esquece que a maior crise economica desse último período vem de lá, da especulação financeira e imobiliária. Fala da Europa – mas mas quer entrar clandestinamente, quer gastar os reais e aquecer a economia de lá, etc, e esquece que a maior crise economica desse último período vem de lá, e esquece que é a NOSSA ECONÔMIA que mantêm a deles de pé.

Deixem o Lula em paz. Eu no PT sempre tive uma posição de diferença com algumas práticas, sempre as combati e ainda combato. Nunca tive minha liberdade de opinião cerceada, nunca. Nas prévias de 2001 ou 2002 não lembro, votei no Suplicy contra a arrogância do Lula, mesmo sabendo que ele era imbatível, era preciso dizer que “salto alto” não leva as alturas, mas a um bom tombo.

E mesmo assim eu digo, deixem o Lula em paz! Ele é livre, é cidadão brasileiro com liberdade para ir aonde quiser, levar e convidar quem quiser. E não é porque “todo mundo faz”, mas porque todo mundo pode. (ou deveria poder)

Deixa o homem aparecer!