E claro, é preciso algumas coisas nesse país: CRM, deveria se chamar conselho regional de médicos e não de medicina, que é uma ciência mais ampla e NÃO EXCLUSIVA dos médicos, mas de todos (as) profissionais da área de saúde.
E meus parabéns aos médicos (as) que sabem respeitar o direito das mulheres...vejam só os dois textos que trago.
boa leitura, sempre na luta!
Parto Natural: Queremos o direito de ter direito.
O assunto da semana ficou em torno da matéria que passou no Fantástico, sobre Parto Domiciliar e a Marcha do Parto em casa que acontece no próximo dia 17 em vários estados.
E com isso acendeu diversas discussões pela internet de pessoas que apoiam e de pessoas que acham que isso é a maior insanidade e irresponsabilidade do mundo.
Até o CREMERJ abriu uma denúncia contra o médico que foi ao Fantástico pra defender o parto domiciliar.
Acho engraçado que isso aconteça, com toda essa politica pró aborto, que quem defende diz que a mulher tem direito de ter direito sobre o próprio corpo, quando não permitem nem que a mulher escolha que tipo de parto quer.
E antes que você diga “Claro que pode escolher”, NÃO, não podemos, a menos que a escolha seja uma cirurgia estupida e super invasiva q eles chamam de parto.
Inventam um milhão de desculpas esfarrapadas se aproveitando da nossa fragilidade e nos levam pra linha de produção.
Daí vem alguém e comenta: “Em pleno século 21 a mulher passar dor pra parir é um absurdo”… e eu respondo: Pois é, Brasil, país de terceiro mundo, com indíces indecentes de cesáreas, enquanto nos países de primeiro mundo o parto normal é praticamente a única opção. Salvo em casos de VERDADEIRA necessidade.
Desculpem o post desabafo, meninas, mas essa realidade PRECISA mudar. O índice de cesárea no Brasil beira ao absurdo. Cesárea não é parto, é cirurgia. E deveria ser usada apenas para salvar mãe e bebê.
E por isso peço a ajuda de vocês: Não importa se você encararia ou não um parto em casa. Não importa se você tem horror a dor e por isso vai querer cesárea SEMPRE. Não importa!
Temos que nos unir pra ter o minímo de respeito sobre nossas escolhas, principalmente na hora de ter o nosso filho.
Se você quer ir linda para uma cesárea, programada, maquiada, de unhas e cabelos bem arrumados, ok, é sua escolha.
Mas precisamos exigir um fim a essa linha de produção e a essas desculpas esfarrapadas de obstetras que não querem perder tempo com gestante em trabalho de parto e não respeita o nosso desejo e passar por todo o processo do parto. Precisamos também exigir um fim a falta de respeito que muitas mulheres passam num trabalho de parto normal, sendo submetidas a uma infinidade de procedimentos desnecessário e que as traumatizam para que numa próxima vez implore por uma cesárea.
E por isso eu as convido a assinar essa petição que propõe que seja aberto um debate cientificamente fundamentado sobre local de parto. Vamos nos unir.
Não estou pedindo que você concorde e aceite o parto natural. Estou pedindo que você lute pelo respeito às mulheres.
E aí, posso contar com você?
30/07/2012 - 21h34
Justiça derruba veto a parteiras em hospitais no RJ
A Justiça Federal suspendeu ontem o veto do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) à participação de médicos nos partos realizados em casa e de parteiras e doulas (acompanhantes) nos partos realizados em hospitais.
A proibição havia sido estipulada no último dia 19, quando a entidade editou duas resoluções considerando essas práticas infrações éticas sujeitas a processo disciplinar. O texto também estabelecia a obrigação de os profissionais de saúde notificarem ao conselho todos os casos de pacientes encaminhadas a hospitais após complicações em partos domiciliares.
A decisão da Justiça, em caráter liminar (provisório), atende a pedido do Coren (Conselho Regional de Enfermaria), que entrou com ação civil pública contra as resoluções do Cremerj.
Na sentença, o juiz substituto da 2ª Vara Federal do Rio, Gustavo Arruda Macedo, considerou que as diretrizes do Cremerj praticamente inviabilizam o exercício da profissão de parteira, que é regulamentado por lei.
"É de se considerar, ainda, que a vedação à participação de médicos em partos domiciliares, ao que tudo indica, trará consideráveis repercussões ao direito fundamental à saúde, dever do Estado, porquanto a falta de hospitais fora dos grandes centros urbanos, muitas vezes suprida por procedimentos domiciliares, nos quais é indispensável a possibilidade de participação do profissional de medicina", escreveu.
O Cremerj disse lamentar a decisão da Justiça e voltou a afirmar que as resoluções tinham como objetivo "proteger mães e bebês e oferecer as melhores condições de segurança para o parto".