terça-feira, 7 de janeiro de 2014

2014, a juventude pode esperar o que deste ano?



2014, a juventude pode esperar o que deste ano?

As festas passaram, o descanso também. 2014 é um daqueles anos que até podem passar logo, mas não desapercebido. Seja pela Copa do Mundo em nossas terras ou pelos feriados e emendas.

Mas o que faz deste ano importante são as eleições. Você pode até torcer o nariz, porém não pode fingir que vai acontecer e com um detalhe: esse evento depende de você!

Na democracia (ideal ou não) é nosso direito escolher, observar, analisar, ouvir amigos (as), conhecidos, chegados e claro pensar...para além do discurso digo em letras maiúsculas, PENSAR, e acrescentaria o refletir.

Principalmente a juventude brasileira que em 2013 parte que sempre esteve na luta pelos seus direitos, parte da que sentiu o sabor de estar numa manifestação foi usada por todos os lados, pela mídia (e sua máquina de opiniões públicas), pelos partidos no geral, por entidades, organizações, movimentos e por si próprio. Usada no sentido de que para o bem ou para o mal pautou a notícia e fez horários nobres e caros na Tv e no rádio nacionalmente serem entregues as mobilizações de rua.

2013 foi um ano de conquistas para juventude, mesmo que tardias. Houve a sanção do Estatuto da Juventude (LEI Nº 12.852/2013), contendo uma década de direitos que foram debatidos pelo parlamento (Congresso Nacional) e sancionado por uma presidenta que pegou em armas contra uma ditadura civil-militar (Dilma Roussef), o documento era esperado pela juventude que nunca deixou de se manifestar e agora quer ver um pedaço dos direitos ali escritos saírem do papel.

Ano onde as perguntas “onde está o Amarildo?” (questionamento feito pela sociedade com relação ao pedreiro que desapereceu depois de um interrogatório nas dependências de uma UPP no RJ) e “porque o sr. atirou em mim?” (com referencia ao jovem Douglas, assassinado na Zona Norte de SP por um PM) tornou-se bandeira dos militantes e de artistas ativistas contra a violência urbana que atinge a juventude negra, trabalhadora, pobre e periférica das nossas cidades e em especial contra a polílica militar do estado de São Paulo que carrega no seu DNA (ainda) os métodos daquela ditadura que já (ufa) passou.

Nas emoções do ano que passou a juventude também mostrou toda sua vontade por mais liberdade, respeito aos direitos humanos e por uma outra sociedade mobilizando nas redes sociais e na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados sua indignação pela indicação do oportunista fanático Marcos Feliciano que usando preceitos cristão fora de contexto e aos seus interesses expressa posições homofóbicas, racistas e de discriminação estando a frente desta comissão.

Por tudo isso e muito mais 2014 tende a ser um ano importante para juventude brasileira, ou melhor, das várias juventudes que apresentaram uma lista de reivindicações, cobranças e contestações em 2013. Se é verdade que o parlamento representa a imagem da sociedade é da juventude que poderá vir a novidade no jeito de exercer a cidadania e de fazer política.

Intervir no processo eleitoral, cobrar programas de governo, insistir em cobrar candidaturas que assumir compromissos com suas vontades é um bom recomeço para democracia.

Aqui cabe a lembrança da lição dos amigos (as) do Chile que nestas últimas eleições (2013) tiveram quatro das suas principais lideranças estudantis eleitas como deputados (as) sendo que a principal, Camila Villejo, com 25 anos sendo a mais jovem do parlamento. Essa conquista foi possível pela pauta dos estudantes chilenos que lutam pela reestatização do ensino público e mais direitos para sociedade chilena com mudanças na constituição.

O exemplo da juventude no Chile nos indica que 2014 é o ano da juventude!