2014, a juventude pode
esperar o que deste ano?
As festas passaram, o
descanso também. 2014 é um daqueles anos que até podem passar
logo, mas não desapercebido. Seja pela Copa do Mundo em nossas
terras ou pelos feriados e emendas.
Mas o que faz deste ano
importante são as eleições. Você pode até torcer o nariz, porém
não pode fingir que vai acontecer e com um detalhe: esse evento
depende de você!
Na democracia (ideal ou
não) é nosso direito escolher, observar, analisar, ouvir amigos
(as), conhecidos, chegados e claro pensar...para além do discurso
digo em letras maiúsculas, PENSAR, e acrescentaria o refletir.
Principalmente a
juventude brasileira que em 2013 parte que sempre esteve na luta
pelos seus direitos, parte da que sentiu o sabor de estar numa
manifestação foi usada por todos os lados, pela mídia (e sua
máquina de opiniões públicas), pelos partidos no geral, por
entidades, organizações, movimentos e por si próprio. Usada no
sentido de que para o bem ou para o mal pautou a notícia e fez
horários nobres e caros na Tv e no rádio nacionalmente serem
entregues as mobilizações de rua.
2013 foi um ano de
conquistas para juventude, mesmo que tardias. Houve a sanção do
Estatuto da Juventude (LEI Nº 12.852/2013), contendo uma década de
direitos que foram debatidos pelo parlamento (Congresso Nacional) e
sancionado por uma presidenta que pegou em armas contra uma ditadura
civil-militar (Dilma Roussef), o documento era esperado pela
juventude que nunca deixou de se manifestar e agora quer ver um
pedaço dos direitos ali escritos saírem do papel.
Ano onde as perguntas
“onde está o Amarildo?” (questionamento feito pela sociedade com
relação ao pedreiro que desapereceu depois de um interrogatório
nas dependências de uma UPP no RJ) e “porque o sr. atirou em mim?”
(com referencia ao jovem Douglas, assassinado na Zona Norte de SP por
um PM) tornou-se bandeira dos militantes e de artistas ativistas
contra a violência urbana que atinge a juventude negra,
trabalhadora, pobre e periférica das nossas cidades e em especial
contra a polílica militar do estado de São Paulo que carrega no seu
DNA (ainda) os métodos daquela ditadura que já (ufa) passou.
Nas emoções do ano que
passou a juventude também mostrou toda sua vontade por mais
liberdade, respeito aos direitos humanos e por uma outra sociedade
mobilizando nas redes sociais e na Comissão de Direitos Humanos da
Câmara dos Deputados sua indignação pela indicação do
oportunista fanático Marcos Feliciano que usando preceitos cristão
fora de contexto e aos seus interesses expressa posições
homofóbicas, racistas e de discriminação estando a frente desta
comissão.
Por tudo isso e muito
mais 2014 tende a ser um ano importante para juventude brasileira, ou
melhor, das várias juventudes que apresentaram uma lista de
reivindicações, cobranças e contestações em 2013. Se é verdade
que o parlamento representa a imagem da sociedade é da juventude que
poderá vir a novidade no jeito de exercer a cidadania e de fazer
política.
Intervir no processo
eleitoral, cobrar programas de governo, insistir em cobrar
candidaturas que assumir compromissos com suas vontades é um bom
recomeço para democracia.
Aqui cabe a lembrança da
lição dos amigos (as) do Chile que nestas últimas eleições
(2013) tiveram quatro das suas principais lideranças estudantis
eleitas como deputados (as) sendo que a principal, Camila Villejo,
com 25 anos sendo a mais jovem do parlamento. Essa conquista foi
possível pela pauta dos estudantes chilenos que lutam pela
reestatização do ensino público e mais direitos para sociedade
chilena com mudanças na constituição.
O exemplo da juventude no
Chile nos indica que 2014 é o ano da juventude!