terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A ameaça da classe média ou a derrota anunciada de um projeto de poder.



A chamada “classe média” tem sido a sensação dos debates internos do PT principalmente diante da derrota no estado de São Paulo, mantendo uma hegemonia de 20 anos de PSDB a frente do governo estadual. O problema é entender o que é a “classe média”?

Para o marxismo esses grupos médios da sociedade tem o perfil claro: são trabalhadores assalariados que tem faixas diferenciadas de renda e emprego definidas pelo mundo do trabalho, ou seja, mesmo que as condições socioeconômicas sejam até superiores em algumas faixas isso não o exime da sua condição de classe trabalhadora.
Não é uma classe, mas um extrato da classe, um grupo ou grupos de faixa salarial de níveis baixos, razoáveis e altos que permitem desfigurar a identidade (ou a construção) da classe.

Sua fragmentação é proposital pois atende a máxima do sistema capitalista deque todos/as tem a mesma oportunidade de chegar a ficar “rico” desde que trabalhe, seja disciplinado e suba os degraus da sua completa deformação social, política e econômica.

Suas características mais conhecidas: individualismo e consumismo.

Seu local de diversão familiar mais freqüentado: shopping.

Seu objetivo principal: abandonar raízes, desconhecer sua identidade e sonhar com a riqueza – sem entender a real origem dela nesta sociedade.

Seu legado para o mundo: destruir o planeta a serviço de um sistema que pouco conhece e muito lhe explora.

Sua história: não há historia para os que seguem por este caminho, a memória só existe aos que ousam.

Digo isso porque este debate é um não debate. Outro dia um grupo de amigos começou uma conversa sobre as dificuldades de ser atendido no serviço público, principalmente saúde e educação.

De fato é um caos a depender da localidade ou da comunidade. Os direitos a saúde e educação pública beiram a crise em determinados lugares, gerando indignação e revolta.

Mas quando digo que o debate sobre como dialogar ou obter o apoio da “classe média” é um não debate é porque deveria ser nossa (do Partido dos Trabalhadores) a manter o dialogo e a discussão permanente com todos os segmentos e grupos da classe que nos apoiam ou tem a possibilidade de nos dar poder – institucional ou popular.

Não é de hoje que a esquerda socialista no Brasil tem lutado ao lado de vários segmentos, como os estudantes, os artistas, nas forças armadas, nos meios médios da sociedade – os médicos e advogados (por exemplo) que davam suporte na luta armada e aos militantes na clandestinidade seja na ditadura Vargas ou na militar, na formação da CUT os bancários tinham uma cartilha que orientava entre tantas táticas de organização sindical, proponham o dialogo com os gerentes, que não se reconheciam como trabalhadores.

E nesta conversa o que me incomoda – sempre – é o senso comum disseminado na contramão da nossa luta por uma sociedade com mais justiça social. Ninguém que tenha uma condição salarial melhor tem a obrigação de viver como os franciscanos que optaram pelo voto de pobreza, reconheço que a tentação por um plano de saúde ou uma educação particular vem de uma necessidade particular dos seus familiares.

Porém me pergunto: e as pessoas que não tem essa possibilidade? Quem esta a margem dos seus direitos deve manter-se firme no purgatório?

Compaixão ou solidariedade neste caso não valem! Sentimentos lindos, mas com alto teor destrutivo sobre a própria sociedade.

Reconhecer-se como classe média é emburrecer. Sim afirmo, tornar-se ignorante. Onde a despolitização é gerada por esta mídia que impõe valores, jeitos, gostos, musicas, modos de vida, opiniões políticas – inclusive sobre nós. Vejamos pelas pesquisas, onde ocorrem o abuso sexual de crianças e adolescentes? Nos grupos médios. O desrespeito no transito – principalmente pelos mais jovens? Nos grupos médios. Os atos de preconceito e discriminação racial, sexual e religioso? Por grupos médios.

Isso porque esta mídia impõe que os grupos médios são mais “esclarecidos”, mas não aceitam a empregada viajando de avião para ver sua família e não para cuidar dos seus filhos/as. Porque o modelo de desenvolvimento que foi vitorioso nos oito anos do governo Lula foram baseados em grande media pelo acesso ao consumo – que gerou empregos, acesso a outros direitos, melhora das condições de vida, etc, mas não politizou e nem organizou a sociedade num outro patamar de igualdade, justiça social, solidariedade, socialismo, de direitos humanos, ou seja novos valores.

E porque tudo isso? Porque numa sociedade onda a base da sua existência é a exploração do homem pelo homem aqui temos um primeiro problema. Onde esta “classe media” é incentivada a resolver os seus problemas pessoais, individuais e sem o dever da reflexão sobre “porque o sistema público é ruim se é um direito e é pago coletivamente por todos/as?”

Enfim, ficamos com o desafio de: a) para construir de dentro de nosso projeto de poder formas de dialogo, organização política e direção com a classe trabalhadora, devemos investir sempre na formação política – como é feito pela AE; b) refletir sobre a identidade de classe e as armadilhas que são reproduzidas cotidianamente na sociedade; c) manter viva nossas organizações políticas e movimentos;

Fico triste porque é esta a sociedade que esta sendo gestada e nós não conseguindo construir um caminho. Fico assustado porque a violência crescente vem de uma emponderação as avessas – o individual sobre o coletivo.

No final fico com a certeza: da luta. Continuo a participar como militante que somos. E a perguntar o que fazem os que não têm o acesso aos serviços privados?

*Wagner Hosokawa
assistente social, coordenador municipal da Juventude da Prefeitura de Guarulhos e
militante da Articulação de Esquerda do PT.

Música "classe média"
autor Max Gonzaga

"Papagaio de todo telejornal

Eu acredito Na imparcialidade da revista semanal

Sou classe média, compro roupa e gasolina no cartão Odeio “coletivos” e vou de carro que comprei a prestação

Só pago impostos, Estou sempre no limite do meu cheque especial Eu viajo pouco, no máximo um Pacote CVC tri-anual

Mas eu “tô nem aí” Se o traficante é quem manda na favela Eu não “tô nem aqui” Se morre gente ou tem enchente em Itaquera Eu quero é que se exploda a periferia toda

Mas fico indignado com o Estado Quando sou incomodado Pelo pedinte esfomeado Que me estende a mão

O pára-brisa ensaboado É camelô, biju com bala E as peripécias do artista Malabarista do farol

Mas se o assalto é em “Moema” O assassinato é no “Jardins” E a filha do executivo É estuprada até o fim

Aí a mídia manifesta A sua opinião regressa De implantar pena de morte Ou reduzir a idade penal

E eu que sou bem informado Concordo e faço passeata Enquanto aumento a audiência E a tiragem do jornal

Porque eu não “tô nem aí” Se o traficante é quem manda na favela Eu não “tô nem aqui” Se morre gente ou tem enchente em Itaquera Eu quero é que se exploda a periferia toda

Toda tragédia só me importa Quando bate em minha porta Porque é mais fácil condenar Quem já cumpre pena de vida"

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Saber politizar o debate é necessário! Ou pelo menos respeita-lo (dirigido a uma psedo-imprensa de baixa capacidade ideologica e política)


Podem achar que é mania de perseguição. Mas pode ser mesmo, uma perseguição ao contrário. Recentemente a imprensa, ou melhor, um ou dois órgãos de imprensa insistem em negar a existência de uma corrente de pensamento de esquerda e socialista no interior do PT de Guarulhos (SP).


Eles publicam faz duas semanas que dois expoentes históricos do PT e que hoje se encontram fora da legenda estão recebendo “convites” para retornarem. Um deles tive o privilégio de militar lado a lado, desde a minha adolescência. Para que não haja jogo de palavras não é segredo para ninguém de que o escritor (ou blogueiro), que aqui escreve atuou no Núcleo Chico Mendes que tinha como representação parlamentar o companheiro Edson Albertão.


Minha primeira candidatura no PT, grandes lembranças e lições, que me permitiram colaborar na fundação do extinto Espaço Cultural Florestan Fernandes, das lutas do MST e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do primeiro de maio de luta com os Racionais MC´s, onde pude viver minha história no partido sendo membro do Diretório Municipal e da Executiva da Macro Região Guarulhos/ Alto Tiete.


O que me incomoda é relação que tem parte da imprensa de pobre informação e pouca capacidade ideológica, pobrinha mesmo. Os companheiros citados, Albertão e Orlando Fantizzini saíram do PT em 2005 no auge da crise moral do partido conhecida (ou tachada pela imprensa golpista) como “crise do mensalão”. Já não era de hoje que combatíamos (e por isso disputamos o PT até hoje), grupos ou indivíduos que tornaram o partido num “balcão de negócios”, foram várias disputas históricas, locais ou nacionais – isso é publico na história do PT.


Bem sair ou ficar não era uma questão de vida ou morte, mas de decisão política sobre os rumos da esquerda brasileira para o futuro. Os dois companheiros decidiram nas suas bases sair! Fundaram o PSOL – Partido Socialismo e Liberdade, seguiram.


Eu e outros (as) companheiros (as) escolhemos ficar, lutar internamente e defender as mesmas bandeiras históricas da esquerda socialista do PT. Ficar não significou atestado de “traição” a causa dos trabalhadores (as), até porque os trabalhadores (em parte) continuam a dar vitórias eleitorais para o PT e o imaginário da sua luta popular.


Ficamos! Disputamos as eleições internas defendendo um partido que reassumisse sua tarefa histórica de defender interesses populares, estar ao lado do povo, não se confundir entre as tarefas de governo e de partido, sem alianças que ferissem nossos ideais, enfim, fizemos a lição de casa e disputamos a presidência do PT de Guarulhos até agora com três candidaturas: Minha, do Rafael Severino (o Rafa do PT) e neste último com a companheira Erika Gomes.


Não ficamos na luta interiorana do PT de Guarulhos, adentramos a Articulação de Esquerda (AE), tendência nacional da esquerda socialista, democrática e revolucionária do PT, e nos somamos a milhares de lutadores e lutadoras do povo.


Nestes últimos anos, de 2005 para 2010, mantivemos vivo o debate de rumos e projetos em disputa na sociedade onde enfrentamos internamente as diferenças com a forma de condução do partido e do governo, as escolhas para governar e para fazer política. Somos 1% do PT, e não temos vergonha de dizer em que permanecemos fieis aos nossos ideais.


Fomos contra a taxa da luz proposta pelo governo Eloi, realizamos o plebiscito pela reestatização da Vale do Rio Doce, defendemos um vice-prefeito do PT, uma política de alianças com os movimentos populares e sociais, fortalecimento do movimento sindical combativo – na defesa da CUT, pautamos as propostas de maior participação e políticas públicas para juventude, mulheres, negros/as.


Estivemos presentes em momentos decisivos como nas prévias que indicou o companheiro Almeida prefeito, mostrando que a força do PT está na militância e não nos cargos de governo, disputamos as eleições municipais de 2008 com uma candidatura a vereador com a cara e a coragem de obter 400 votos no intenso dialogo com a população, damos nossa contribuição para que o governo pense em referencias de políticas públicas versus obras apenas, enfim, lutamos, lutamos, com vários instrumentos e em várias frentes.


E na recente polemica do Rodoanel, discordamos do modelo de desenvolvimento viário do PSDB. Nós da AE defendemos que o governo tem o seu papel negociador e o partido o seu papel de disputa, para nós o partido deveria defender contrário ao Rodoanel, sim porque o que é injusto para o povo, não pode ser justo para o PT. E a audiência de 15 de dezembro de 2010, mostrou a face do governo tucano: truculento e autoritário.


Mesmo chamados de militantes de “movimento estudantil”, isso não nos desonra pelo contrário nos orgulha. Orgulho de ser reconhecido como combativo, como são os estudantes lutadores/as desta vida que defendem o justo.


E mesmo assim parte da imprensa (conservadora), que se retro alimenta dos anúncios do nosso governo municipal insiste em simplesmente ignorar a nossa existência. E imagino os motivos:


1) Não reconhecer um grupo de pensamento critico pode ser manter vivo no debate a certeza de que o PT é um partido de esquerda, que se renova, que debate projetos e pode manter-se no governo com novas e renovadas lideranças;


2) Não reconhecer uma esquerda socialista jovem, renovada, que mesmo sem os expoentes do passado, é desta tradição que viemos;


3) Não reconhecer que há um grupo organizado, propositivo, que disputa projetos de governo inclusive dentro do PT é desconsiderar que há debate – e não a versão autoritária que querem sempre impor sobre a imagem do nosso partido. A democracia é o óleo que move a vida dos petistas, o dia que isso não houver, não estaremos mais contribuindo com o fortalecimento do PT;


4) Não respeitar a historia das pessoas. Somos jovens, somos poucos, mas somos militantes e que exigimos respeito às lutas e defesas que realizamos. Na recente experiência de governo, onde ocupamos a tarefa de coordenar a Secretaria da Assistência Social não houve um segundo que não fossemos questionados, cobrados, mutilados, desrespeitados por interesses que moveram órgãos que deveriam informar e não mentir ou fantasiar. Vencemos (em parte), porque resgatamos o valor da política pública, pautamos temáticas antes esquecidas: idosos, crianças e adolescentes, pobreza X cidadania, acesso a direitos aos jovens, população em situação de rua, etc. Pautamos a campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, realizamos fiscalização direta no cemitério da Vila Rio, realizamos reuniões técnicas com diversas áreas, uma belíssima campanha do Fundo da Criança num momento de crise econômica, valorizamos o servido público – que atende diretamente a população, conseguimos recursos em Brasília – tanto na assistência social, como na secretaria de direitos humanos e ministério da justiça, entregamos dois novos Centros de Referencia, a reforma do Albergue, novas viaturas para os conselhos tutelares e um permanente dialogo, um novo sistema de atendimento a crianças e adolescentes, implantamos o primeiro postos de atendimento a vitimas de trafico de pessoas, politizamos o debate da assistência social como política integrante e integradora da seguridade social do Brasil e entregamos os conselhos gestores para o controle social direito da população. Isso nos orgulha como esquerda e como socialistas;


5) E por fim, é bom lembrar que mesmo na Alemanha na década de 30, a esquerda socialista e a forças democráticas praticamente isoladas sobre o jugo do partido nazi-fascista também sofreram censura igual. Identidade censurada. Opinião censurada. Existência censurada. E no final desta historia? Quem foram os derrotados?

Venceu o povo. A resistência e a página da historia varreu ou para o passado ou para o esquecimento daqueles que tentaram ignorar os que lutam. Mas o que lutam não precisa deste tipo de exposição, de imprensa ou órgão de comunicação que serve a senhores que só desrespeitam a consciência do povo.

Os que especulam a idéia do retorno de ambos os companheiros sob a desculpa de “garantir o debate do PT”, mal sabe que é cúmplice desta situação em que nos encontramos. A despolitização do partido e do governo são resultados de um modo de ver as coisas, um projeto de pensar a disputa da sociedade. É um direito conduzir assim as coisas, é nosso direito enfrenta-lo!

O nosso direito é manter viva a luta. Bem vindo aos que querem retornar ao partido (com as devidas reflexões criticas da sua saída, porque se vão voltar no mínimo erraram ao sair), mas nós da AE Guarulhos já temos clareza no caminho, no projeto e no papel que desempenhamos na disputa do partido e do governo.

Queremos vida longa ao nosso governo petista, sempre repensado, avaliado, construido e mudando a vida dos trabalhadores/as. Mas politizando o debate, sobre qual é o nosso projeto e para que rumo? Individual ou coletivo?

Para os que nos ignoram, já estão devidamente incomodados com a nossa existência.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

QUERO MEU PARTIDO DE VOLTA!



Sei que o título não é novo e que já foi utilizado para reflexão, angústias e dialogo sobre os rumos do nosso partido, mas volta a ser necessário. No último dia 09 de dezembro deste ano (2010), nosso partido convocou a sua militância para uma reunião de executiva ampliada para debatermos a posição do PT e nossas ações frente ao trecho norte do Rodoanel apresentado pelo governo estadual tucano ao nosso governo municipal.

Motivos para não aceitar a proposta do trecho norte não nos faltaram na apresentação dos companheiros da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (muito clara e competente por sinal), onde a proposta do governo atinge a zona norte da capital (SP) e a nossa cidade. E justamente em Guarulhos haverão grandes impactos sobre equipamentos públicos (o traçado do Rodoanel passa literalmente por cima de adutoras de água e estação de tratamento de esgoto do SAAE, escolas, praças, etc), não dá acesso ao sitio da Candinha na região do Sto Dumont, desapropria ou simplesmente desocupa milhares de famílias de suas casas e gera um muro que divide a cidade de seus cidadãos e cidadãs.

Compreendo bem a posição do nosso governo municipal. Em diversos momentos buscamos o dialogo sobre a construção dos presídios, da Febem (Fund. Casa), nas enchentes do Vl. Any, e em diversas outras áreas. A resposta do governo estadual tucano sempre foi o “não”ou a imposição autoritária sobre nosso município. Dialogo não foi o forte dos governos Covas-Alckimin-Serra, onde em áreas da CDHU que poderíamos ter mais moradias vieram os presídios, em desrespeito aos movimentos de direitos da criança e do adolescente venho a imposição das Febens e a resposta do governo estadual nas enchentes do Vl. Any venho o silêncio diante do muro da vergonha que o prefeito Kassab faz na divisa com a região.

Bem e agora sobre o Rodoanel? Estratégia é a arte de saber como chegar ao objetivo a partir de várias frentes, e no quadro das nossas táticas esta o governo, o partido, a bancada de vereadores, os movimentos sociais e a população organizada. Podem ser várias frentes com tarefas diferentes? Claro.

Entendemos que cabe o governo discutir tecnicamente os itens que trazem prejuízos a cidade e a população (o que já esta sendo feito), a bancada de vereadores em buscar a organização do povo (isto já esta sendo feito), os movimentos sociais com o trabalho de debater suas posições (que também esta sendo feito), e o partido...que precisa ter uma posição política.

E é nisso que quero me deter. A nossa reunião foi boa, bom debate, revelador. O que me incomodou foi o tom diante de algumas propostas.

Nós da Articulação de Esquerda (AE), tomamos posição interna para que o partido tomasse uma posição contrária ao Rodoanel diante do modelo viário proposto e a forma autoritária do governo estadual tucano. A posição do partido é uma resposta política. É de enfrentamento ao debate com a sociedade. Os resultados da luta e da posição do partido devem ser inclusive o acumulo de forças que teremos no final.

Mas essa proposta foi combatida por alguns companheiros (se são mesmo companheiros), de forma extremamente desrespeitosa. Fomos acusados de 1) apresentar proposta com viés de “movimento estudantil”; 2) que seria ruim governo e partido terem posição diferentes; 3) que seria ser “do contra”; 4) que o “povo” quer o Rodoanel por conta do “progresso”;

Bem a cretinice política existe. A amnésia política também. E por isso é preciso botar os pingos nos “is”.

Ter uma proposta derrotada não é o problema, vários companheiros apresentaram sua divergência com relação a nossa posição, de forma fraterna. Agora vamos lembrar que:

1) O movimento estudantil tem longa historia de lutas em nosso país e nosso mundo. Se existe Petrobras (e vários companheiros encastelados nos seus cargos – bem pagos por sinal), se deu por luta do movimento estudantil. Se a presidente Dilma está eleita, foi nossa candidata e agora presidenta, ela mesmo venho do...movimento estudantil. Inúmeras lutas e propostas que levaram a vitória do PT e do presidente Lula foram das resistências do movimento estudantil;

2) O governo e partido na disputa da sociedade nem sempre caminharam juntos, no debate da taxa de luz proposto pelo governo Eloi enfrentamos o debate no partido. Na defesa da emenda 29 para Saúde o PT nacional fez inclusive campanha a favor da sua aprovação e o próprio presidente Lula solicitou que a bancada do governo votasse contrária a proposta; Contradição? Não, o governo é liderado pelo PT, mas tem nas suas alianças o cerne das contradições;

3) Nunca propomos ser contra o Rodoanel (por ser contra) ou simplesmente dizer “não” – ou melhor dizendo, o PT ao longo dos seus 28 anos enfrentou grandes debates inclusive sendo contrário a medidas que prejudicaram o povo brasileiro. Dissemos não a divida externa e lutamos por uma nação independente do jugo financeiro do FMI, dissemos não a ALCA e por uma nação soberana, dissemos não as privatizações e na defesa do patrimônio e das riquezas nacionais. Ou seja, se dissermos “sim” submissamente a estes princípios com certeza não teríamos nem eleito Lula, e nem tornado o PT referencia de luta contra projetos de desenvolvimento que só atendem o “progresso”das elites brancas do país;

4) “Progresso” é a desculpa que fez com que as elites – empresáriais, latifundiárias, empreiteiros e banqueiros – pudessem as custas do povo brasileiro, explorar cada vez mais os trabalhadores/as que esperam o “bolo crescer” até os dias atuais. O governo Lula redistribuiu a riqueza arrecadada pelo poder executivo e não a que é consumida vorazmente por estas elites. Em nome do “progresso” querem privatizar/ internacionalizar a Amazônia, em nome do progresso Chico Mendes foi assassinado no Acre pelos grandes empresários e latifundiários, em nome do progresso o governo estadunidense promoveu as guerras do Alfeganistão e no Iraque; Nosso debate é de que progresso estamos falando?
Qual é o nosso modelo de progresso pergunto aos “sábios”companheiros defensores do modelo predatório e anti-povo diante do Rodoanel? Mas o que mais me incomoda neste debate é a perda da capacidade de debater idéias, propor ações e fazer a luta política a favor de uma sociedade mais justa econômica, social e política. Alguns estão de fato embriagados com a ilusão do poder.

Sinto informar que o povo nos deu um mandato (de quatro anos), e nos avaliará a cada nova eleição. Se não disputarmos as consciências e não politizarmos a sociedade esta mesma população decidirá pela mudança conservadora. Só que ai será tarde, pois na cabeça de uma parte da sociedade, os conservadores (aquele que se conserva em algo ou algum lugar), seremos nós.

Samba do Lado

Composição: Chico Science

Faminto e calmo o samba chegou
Domingo de todos os lados
Daqui pra ali de lá pra cá
Pode se escutar o som daqui do Brasil
Lembro quase tudo que sei
E organizando as idéiasLembro que esqueci de tudo
Mas, eu escuto o samba!

E você samba de que lado
De que lado você samba
Você samba de que lado
De que lado você samba
De que lado, de que lado
De que lado, de que lado
Você vai sambar?

O problema são problemas demais
Se não correr atrás da maneira certa de solucionar
Olha o samba do teu lado
do teu lado olha o sambaolha o samba do teu lado
Do lado olha o samba do teu lado, do teu lado
O samba chegar
Olha o zambo do teu ladodo lado olha o zambo
Olha o zambo do teu ladodo lado olha o zambo
Olha o zambo , Olha o zambo
O problema são problemas demais
E não correr atrás da maneira certa de solucionar
Lembro quase tudo que sei
E organizando as idéiasLembro que esqueci de tudo
Mais...Eu escuto o samba
E você samba de que ladoDe lado você samba
Você samba de que ladoDe que lado você samba
De que lado, de que ladoDe que lado você vai sambar???

terça-feira, 16 de novembro de 2010

UM CONVITE PÚBLICO, DE UMA VIDA PÚBLICA!


Este era apenas para ser um convite do meu aniversário, dia 26/11 - as 19 horas no salão de festas localizado na Av. Suplicy, 475 - jd. Santa Mena - Guarulhos (SP), mas....

Dia 26 de novembro de 2010, mais um dias de milhões de pessoas. Para mim, um dia para saltar dos 30 para os 31 anos de idade. Uns chamam de velhice, outros de experiência e a quem diga que é um ano bem "vivido".



De qualquer forma são mais de 30 anos de estrada. Pensando bem, vivi minha infância e minha adolescencia até meus 14 anos "bem vividos" com direito a todos os dramas, dilemas e sonhos de uma criança e um pré adolescente descobrindo as coisas da vida. Nunca perguntei a minha mãe "de onde vem os bebês".



Aos 15 busquei referencias coletivas, turmas, grupos sociais...enfim, algo que ja me faltava na vida. Encontrei o movimento estudantil secundarista. Um barato. Ah quem chame "geração pós cara pintada", mas segui o roteiro todo: participei de congressos estudantins, fiz parte de organização, tendências, coletivos...se me lembro bem no final de 1994 até 2001 foram anos inesqueciveis da luta nas escolas contra o autoritarismo dos diretores, a solidariedade junto aos trabalhadores da educação, passeatas unificadas e próprias dos estudantes, greves memoráveis como a minha primeira realizada pelo Grêmio Livre da EE Homero Rubens Sá.




Eu estudava na EEPSG Frederico de Barros Brotero - minha escola, minha casa, lá na busca de informações sobre o que era um Grêmio Estudantil fui recebido por uma senhora gentil que cuidava da biblioteca e fez questão de me levar uma cópia do estatuto do Grêmio Livre, putz essa lembrança sempre marca pela simplicidade da funcionária em me levar o documento. Respeito, muito respeito pelos trabalhadores da educação.




Lá fiz parte do Grêmio Estudantil. Fui duramente repreendido pelas minhas idéias, mas sempre forte no que defendia. Mesmo assim respeito a todos e todas que enfrentei, pois, discutir posições políticas eram atos de muito valor e que hoje não vejo mais nos relatos dos militantes (pelo menos em Guarulhos).




Com a reforma do ensino promovida pelos serviçais do FMI/Banco Munidal no governo federal e estadual FHC-Paulo Renato-Covas-Rose Neubauer, sofremos por demais com os ensaios da privatização do ensino público, desregulamentação da educação e desmonte dos direitos. Fui obrigado a estudar na EE Conselheiro Crispiniano - onde trago na memória as boas professoras de luta, os colegas que fiz e as lutas que travei. Lá também me reprimiram, tentaram me expulsar. Minha professora de matemática fez a minha defesa, brilhante!!!




Seguindo nas idas e vindas...militei no Forúm Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente...bons anos de luta, fé e esperança com um ECA (Estatuto da Criança como arma contra os opressores), lá tivemos derrotas e vitórias - barramos a redução da idade penal, vencemos os pelegos e vendidos do governo Papotto, Nefi Tales e Jovino...lutamos pelo que hoje é respeitado: FUMCAD, CMDCA, Conferencias Gerais e Ludicas. Aqui minha menção ao eterno (e em vida) David, Viviane, Irmã Fatima, Conceição...muitas histórias.




Estive no primeiro time do primeiro Conselho Municipal da Educação com intensos debates entre nós e os governos municipais que se seguiram. Lembro das nossas discussões contra a municipalização, onde numa conferencia histórica derrotamos unanimemente esta proposta. Apenas o secretário da epóca e suas diretoras na secretaria votaram a proposta. Lembro-me do Joaquim, do Moacir, da Zelia, da Ozani...muitas batalhas.




2001, há dois momentos: a vitória da lei da meia entrada nos cinemas, teatros e shows onde nos organizamos lá no famoso (falecido, mas importante para história da esquerda da cidade), Espaço Cultural Florestan Fernandes em reuniões permanentes para preparar a luta pela aprovação da lei. Lá foram três semanas de intensas reuniões, encontros, visitas aos vereadores (as), panfletagens, etc.




Onde na primeira votação ocupamos o plenário com alunos do EE Antonio Viana e algumas escolas e eu fui escolhido pelo coletivo para fazer uma delcaração de apoio e pedido de aprovação do projeto na tribuna livre da Camara Municipal. Vitória, na primeira votação.




Na segunda semana novas mobilizações, mexemos com grandes interesses. Hoje tenho vários amigos historicos e colegas no PCdoB, mas no movimento estudantil a gente brigava feito "cão e gato", porque nós queriamos as entidades pra fazer revolução e eles dirigir com mao de ferro a partir da gerência do dinheiro da carteirinha de meia entrada, oras era luta pelo poder. Era projeto contra projeto, só o Lula lá unia a gente. (ah e o fora FHC também).




Voltando na segunda votação a Camara Municipal parecia "Salvador em epóca de carnaval" só faltava abada porque trio eletrico tinha três: o nosso (emprestado pelo sindicato dos condutores), o deles (que era alugado) e o do sindicato dos "perueiros"que estava lá fazendo um protesto da categoria. Ai...ai danou-se! Fizemos cordão de isolamento, eu fiquei marcado pela frase: "-Não vamos cair em provocações"...e o tumulto foi tanto que o projeto ficou para proxima. Terminamos com uma bonita assembleia na frente da Camara, sem som e no gogó.




Na terceira foi pauleira...ocupamos apenas o lado de fora do plenário, na praça mesma. Lá o lugar do povo. E os colegas do PCdoB o lado de dentro, optaram pelo desgate sobre os vereadores. Aí a tática "deu um tiro no pé" geraram um tumulto, irritaram os vereadores pró lei da meia entrada e deu-se uma pancadaria com a GCM...no final a bancada do PT (que alivio), de tanto desaforo que aguentou botou pra votar.......Vencemos!!! Fomos todos/as para o abraço coletivo. Reconheço que a emoção ainda é grande.




Nos outros anos outras lutas...velho e combativo MESS (Movimento estudantil de Serviço Social), onde fiz parte da gestão do CASS (Centro Acadêmico de Serviço Social) da PUC/SP e logo depois secretário geral da ENESSO (Executiva Macional dos Estudantes de Serviço Social)...e pensar que no dia que me meteram nesse "trem" eu tinha ido pro encontro nacional (que foi em Salvador na Bahia), apenas pra participar das mesas, conhecer Salvador e beber com a galera. No fim participei de reunião, dirigi plenária e bebi muita água de coco. Boas lembranças da gestão viver na luta com Grazi, Anita, Lu, Julia e Adriana. E hoje ver a Fernanda - que me empurrou e azucrinou a vida pra participar do MESS, dando aula na PUC/SP, que orgulho e meu muito obrigado!




Vivi também a luta institucional mais intensa no mandato do companheiro Luiz Eduardo Greenhalgh, é daqui muitas lições para vida pública e privada. Um mandato onde pude viver contradições, posições, emoções...das causas do Luiz e do aprendizado dos ideiais de todos/as que conheci e ainda são meus companheiros/as.




No exercício da minha profissão, e aqui registrar, profissão. Sou um assistente social formado, com registro no meu conselho (CRESS-CFESS), e reconhecidamente da classe trabalhadora. É bom demais poder ser quem já se é: da sua própria classe. É que quando estudante isso não era possível.





Meus anos turbulentos e atribulados nas instâncias da categoria só reafirmaram a certeza da responsabilidade do projeto que temos (enquanto sociedade), pois assumir uma direção estadual da forma como recebi a tarefa militante, não é facíl. Bem, nós militantes nunca recebemos tarefa facíl.




Após a conclusão do curso e ao obter meu registro profissional fiz - antes de mais nada - de participar das reuniões do coletivo de assistentes sociais que ja era da minha relação quando militei no Forum estadual de defesa dos direitos da criança e do adolescente de SP (companheiras Francisca Pini, Aurea...), lá vivi momentos inesquecíveis de entender nossa categoria, seus desafios como parte da classe trabalhadora, as questões relevantes do projeto etico-político, as dificuldades em tocar uma máquina estatal com as bandeiras políticas, fiz companheiras e companheiros de grande valor. Pra não ser injusto sei que todos/as sabem que mesmo nas brigas, discordâncias e divergencias...ao final, somos todos companheiros/as!!!


A vida no PT...nos meus anos de militancia pude poder viver as experiências e desafios que me forjaram nessa nova fase. Minha primeira campanha eleitoral foi na intensidade da vitória do companheiro Albertão para vereador - primeiro mandato da esquerda socialista no ano de 1996, e era um barato - seja pelo modo artesanal como a campanha foi feita com as faixas produzidas com um jato de tinta sobre um molde, tinha um rolo de banners que a gente cortava na unha e montava lá mesmo...xiiii. O comitê era realmente clandestino...kkkkk...uma casa cedida por um valoroso companheiro (Melis se não me falha a memória)...enfim uma loucura...vivi o melhor. As discussões coletivas, as perspectivas, as lutas...fizemos muito barulho: ocupamos a parada do 07 de setembro ainda no governo Nefi, trouxemos o Movimento Sem Terra e sem teto, marchamos até a av. Paulista com o MST, cursos de formação...eita boas lembranças.

Minha vida partidária sempre foi marcada pela esquerda socialista. Fui membro do DM e depois da executiva da macro região Guarulhos/ Alto Tiete. Já concorri a secretário estadual da juventude do PT...e na crise moral de 2005 nossos rumos se partiram em lados oposotos. Fiquei para enfrentar minhas contrádições, enquanto a maioria migrou para o PSOL, PCB...Vivi o desafio de manter viva a chama dos socialistas e comunistas do PT, onde encontrei companheiros/as valorosos. Deste processo encontrei um grande irmão, companheiro Tiago.

Fundamos o Núcleo Lutadores do Povo, de base e com uma sede bem precária (mas nossa), no centro da cidade onde voltamos a fazer as ações que antes estavam designadas ao grupo que fiz parte anteriormente. Disputamos a presidência do partido, ocupamos o 1% mais critico, barulhento e coerente do partido até os dias atuais, porém com nova identidade pois em 2008 nós nos incorporamos a AE - Articulação de Esquerda, tendência interna do PT de âmbito nacional e com força necessária para manter vivo nossos ideiais.

2007-2008 foram anos de grandes definições: apoiamos nas prévias do partido a candidatura do companheiro Sebastião Almeida tendo como princípio duas posições, uma desconstruir os hegemonismos praticados pelo grupo dirigido pelo companheiro Eloi - entendiamos que era preciso garantir democracia interna sem a imposição de nomes para sucessão, e dois a possibilidade de fazer um governo com uma identidade mais petista. Mas não fomos desleais, sempre dialogamos muito com o companheiro Eloi Pieta sobre a conjuntura e os rumos - mesmo que nossos rumos não fossem os mesmos - o debate sempre foi fraterno (divergente), mas fraterno.

Nesse mesmo período o coletivo entende que deveriamos disputar uma vaga na Camara Municipal e reassumir com voz no parlamento local a posição dos socialista do PT. Fiz o bom combate, uma campanha comunitária e com apoio popular que crescia na medida da apresentação das nossas propostas e ideais para população. Conquistamos 400 consciências para um projeto político de luta e de empenho na defesa de direitos. Temos orgulho disso, diferente dos ignorantes-no-poder e não-petistas que acham que a política é o voto comprado, alugado ou negociado, nós conquistamos.

E para nossa surpresa, o convite do companheiro Almeida para o secretariado na pasta da Assistência Social. Aqui deixo duas certezas aos que não conseguem fechar as suas contas. A primeira é de que fomos chamados para uma tarefa militante, pois quem conhecia a assistência social sabe que não foi uma das áreas de maior prioridade em nosso governo (por lá passaram seis secretários), e nosso compromisso era nos apoiar no modo petista de governar.

Segundo, o reconhecimento das nossas posições - acredito que construí pelo coletivo - uma relação de confiança política com o companheiro Almeida, algo que perpassa os números dos votos e se firma em nossos ideiais: queremos exercer a política para mudar a vida das pessoas.

Enfim boa experiência, pois reconstruímos a área, tornamos referência em Brasília pelo Ministério do Desenvolvimento Social, pautamos nossos desafios e buscamos implementar políticas públicas. Exemplo disso foi a minha indicação para o colegiado nacional de gestores da assistência social contra a gestão dirigida antes pelo DEM.

Agora a luta continua! 31 anos de vida, 16 de luta política, putz quando voc6e começa a contar história é porque ou já tem experiência ou velhice...e por isso quero comemorar com todos e todas que fizeram ou fazem parte desta vida!!!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

É hora de parar, refletir e pensar mais em nosso projeto de sociedade!

Um sinal de que desenvolvimento econômico não pode vir sozinho sem um projeto de sociedade está expresso numa notícia (que reproduzo abaixo) que deve deixar em alerta a todos (as) nós militantes de movimentos sociais e partidos de esquerda. O neoliberalismo só foi derrotado em termos politicos no âmbito da administração do Estado, ou seja, vencemos eleitoralmente e governamos a partir de novos paradigmas de desenvolvimento econômico, social e político, mas sem esquecer que isso não representou (e representa) o rompimento com os marcos que estabeleceram a política neoliberal: privatização e desregulamentação.
Isso nos coloca um desafio necessário: enfrentar o paradigma da transformação das relações sociais e observar que a opressão e a exploração - elementos principais dessa sociedade capitalista - esta presente e reinante nessas relações.
Por isso, mesmo considerando os avanços do nosso governo (Lula) e entendendo que a luta eleitoral que foi travada contra Serra acabou por ser uma das mais duras devido a opção conservadora, totalitária e atrasada com o baixo nível e a desqualificação da candaidatura de Dilma, como mulher principalmente com todos os adjetivos usados contra ela (incompetente, incapaz, sem experiência, conduzida por homem, etc, etc), mostraram a cara do PSDB/Dem -a defesa dos interesses de uma classe - os muito podre de ricos. (porque mesmo os ricos médios, estes ficam de fora do seu projeto).
Minha tendência é classificar nossa opção de desenvolvimento "conservadora" - pois mantemos a mesma política econômica, presa aos mesmos fantasmas - cambiais, inflacionários, especulativos, etc), com uma política de redistribuição de renda mais vigorosa do que nos tempos de FHC que buscou eliminar qualquer política social estatal.
Dito isso onde quero chegar? Simples, ao ver a matéria publicada no "estadao on line" (09/11/2010) de que um grupo de homens embriagados saem de uma festa de casamento e agridem brutalmente um rapaz que estava trabalhando na condição (indigna) de flanelinha só pelo fato de impedir a agressão a um adolescente que foi acusado de supostamente estar "riscando um dos carros", isso me deixa profundamente preocupado.
A ausência de dialogo sobre a suposição de estar "riscando os carros". A covardia de agredir um adolescente - sem que houvesse qualquer chance de defesa verbal ou fisica. A noção errada de justiça a ser feita com as próprias mãos - se os "adultos" fossem não letrados poderia até alegar ignorancia no ato violento, mas não. E o fato de haver a gratuidade da violência, pois a frustração da vida cotidiana acaba por gerar cada vez mais pessoas amargas - no trânsito, no local de trabalho, na vivência do dia a dia.
Quando digo sobre a necessidade de mudar o paradigma das relações isso esta principalmente em nossa responsabilidade enquanto militantes que devem a partir das nossas possibilidades - ogvenros, mandatos, partido, etc, mudar e retomar o projeto.
Ou senão forjaremos essa "classe media" - que não é nada mais, nada menos que um extrato da classe trabalhadora e que é tão vitima da exploração quanto as demais parcelas da classe e que pela sua IGNORÂNCIA, vai ser ter as referencias das lutas sociais e populares das últimas decádas olhar para os nossos governos petistas e ver apenas o "partido que esta na ordem".
É hora de refletir sobre nossos rumos. E botar o bloco na rua, de fato!
Segue a matéria:
Guardador de carro é espancado em festa de casamento no interior de SP

Grupo de oito pessoas usou tijolos e paus contra vítima; briga começou após suposta discussão
09 de novembro de 2010 11h 39
José Maria Tomazela - O Estado de S. Paulo

SOROCABA - O guardador de carros Flávio Roque, de 39 anos, foi brutalmente espancado por um grupo de oito pessoas que saíam de uma festa de casamento, na madrugada de domingo, em Sorocaba, a 92 km de São Paulo. Os agressores, que estariam embriagados, usaram tijolos e paus contra a vítima e ainda pisaram sobre sua cabeça quando estava caída.

Médicos disseram, se sobreviver, Flávio ficará com sequelas. Na imagem, a irmã mostra foto da vítima. O homem teve traumatismo craniano, passou por três cirurgias e permanecia internado nesta terça-feira, 9, em coma, no centro cirúrgico do Hospital Regional de Sorocaba. Os médicos disseram à família que, se sobreviver, Flávio ficará com sequelas.

A festa era realizada num salão de eventos alugado, no Jardim Santa Fé, próximo do centro da cidade. Na saída, um dos participantes foi avisado de que um guardador menor de idade teria riscado seu carro. O rapaz e dois amigos passaram a agredir o menor, quando Flávio interveio. O grupo avançou contra o homem, que é franzino, e começou a espancá-lo. Flávio caiu e continuou sendo agredido. Um dos agressores quebrou um tijolo na cabeça da vítima.

Outros guardadores tentaram defender o colega e também apanharam - Marcelo Proença Carvalho foi atingido por um golpe de pau. "Foi um massacre", disse a advogada Juliana Torres, amiga da família. "Uma discussão banal virou um ato de selvageria."

Segundo ela, seguranças contratados para a festa assistiram o espancamento e nada fizeram. O guardador foi levado ao hospital pelo serviço de resgate do Corpo de Bombeiros. A Polícia Militar identificou quatro dos agressores, mas ninguém foi preso. Eles são moradores de Araçoiaba da Serra, cidade vizinha.

A Polícia Civil, que abriu inquérito, pretende ouvir os envolvidos esta semana. Também deve requisitar as fitas de câmeras instaladas no recinto, que podem ter gravado as agressões.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Para garantir a liberdade de opinião, contra a mercantilização da mídia...temos que enfrenta-lá!!!

A reclamação:

From: wagner hosokawa To: leitor@uol.com.br ; ombudsman@uol.com.br Sent: Tuesday, November 02, 2010 1:12 PMSubject: Reclamação de um leitor

Quero poder registrar minha indignação com o desrespeito com este leitor que assiduamente compra este jornal. Na edição de 31/10/2010 no primeiro caderno, ao qual leio com a atenção me deparei com o desrespeito onde nas paginas A06 a A19, tive o desprazer de ter propagandas sistematicas (14 paginas), de um produto.
O que me leva a refletir sobre o direito do leitor de ter de seu órgão de imprensa informação, na contraposição da liberdade comercial de não ter critérios para impor as peças publicitárias?Por isso gostaria de registrar que se há necessidade do jornal de se auto sustentar, isso também se deve a busca pela leitura dos seus leitores e leitoras, espero que possa pelo menos haver uma auto critíca por este jornal que ainda adquiro para obter informação.
saudações
Wagner Hosokawa
Assistente Social

A Resposta:

ombudsma@uol.com.br para mim, ombconfirmado mostrar detalhes 16:18 (3 horas atrás)
Caro Wagner,

o sr. tem razão em reclamar, mas às vezes há acúmulo de anúncios em um caderno específico, como aconteceu nesse domingo. A mensagem foi encaminhada para o departamento comercial e para a Redação.
Atenciosamente,

Suzana SingerOmbudsman - Folha de S.PauloAl. Barão de Limeira, 425 - 8o. andar01202-900 - São Paulo - SPTelefone: 0800 159000Fax: (11) 3224-3895ombudsma@uol.com.brhttp://www.folha.com.br/ombudsman/

Protestem, a mídia precisa cumprir o seu papel: informar! E não servir aos interesses comerciais que manipulam e pagam por posições e não informações.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As duas lições dos 33 mineiros chilenos, um exemplo contra a ordem.


A manifestação mundial e a cultura do espetáculo proporcionaram um anti big brother diante das câmeras da mídia. O que foi apresentado para o público em geral por uma cobertura jornalística de baixa intensidade intelectual pode ser resumido como "espetáculo da espera" ou seja, não importa se os "hermanos" pudessem ver a luz do dia hoje, no natal ou após o carnaval. Então qual primeiro exemplo que todos os sobreviventes nos deram?

Das condições sub humanas, precarizadas e sem direitos pelo que passam os trabalhadores (as) nas minas de cobre do Chile, alvo de lutas sindicais intensas na política chilena. Para os empresários não seria melhor vemos todos mortos, com um belo enterro e aos poucos caindo no esquecimento? A história destes trabalhadores prova o quanto são comuns desastres causados pelos menores custos e maior produtividade na extração dos minérios. Tanto que após bem sucedido resgate a única preocupação dirigiu-se para o aumento no valor do cobre, bem como o rebatimento disso sobre as grandes construtoras.

Mal saíram literalmente do "buraco" os mineiros já são a expressão “viva” dos custos que serão gerados com a segurança no trabalho e aumento do déficit público para o alto pelo custo de salvar 33 vidas, cerca de 37 milhões.

A mídia trabalhou um obsequioso silencio sobre estes direitos mínimos exigidos no sec. XXI onde a evolução tecnológica já deveria ter privilegiado a melhor das peças que movem a mineração: os mineiros.

Outro exemplo forte esta no exemplo do anti big brother sendo esta uma direção clara na contramão dos conceitos neoliberais do "vale" tudo entre as pessoas, a cultura da competição e do sucesso individual. Novamente subestimando a inteligência da própria humanidade a mídia coloca-se no papel de auto ridicularizar-se quando pergunta: "como foi possível a sobrevivência de todos sem conflitos, vivendo coletivamente e comunitariamente?"

Trata-se de jogar toda luta da civilização para a vala dos comuns e desconsiderar os avanços da sociedade contemporânea que trata diretamente da evolução do homem diante os desafios, enfermidades, guerras, etc. E a razão humana que nos permite pensar e por conseqüência buscar a relação de dominação com a natureza e todas as coisas.

Perguntar "como sobreviveram" é quase uma confissão de crime de consciência, pois esta é a essência do conceito neoliberal onde o "laissez-faire"[1] tem na competição entre os homens retorna o ser humano genérico evoluído para o ser nos seus primórdios: "os mais destacados sobreviverão e vencerão", (completando) sobre os outros. Por isso nossos anti big brother mostraram que aquilo que é produzido pela mídia como reality show inofensivo é reproduzido pela sociedade em proporções tão micro nas relações humanas que torna-se imperceptível mas que se regula e auto reproduz nos novos costumes, na "luta diária" pela vida econômica, pelo "reconhecimento" social, enfim a idéia de que 33 pessoas vivendo em confinamento absoluto numa contramão destes valores do capital põe em xeque esta "ordem".

Numa atitude clara de desvio destes debates a "santa" aliança entre mídia e capital privado buscam separar o clima de unidade e subverter a lógica da solidariedade colocando-os como "celebridades", com ofertas individuais e pulverizadas inclusive sobre as próprias famílias. Frente a esta rede de conflitos e interesses no seu interior vemos a luta de classes em evidente imagem e contraste na dura realidade dos trabalhadores mineiros, na possibilidade de ter uma nova sociedade que tenha igualdade na diversidade, solução dialogada dos conflitos, da idéia da socialização dos bens de consumo, da solidariedade para além dos que precisam (economicamente), mas voluntaria e humana entre pessoas.
Que o exemplo dos 33 mineiros chilenos seja a lição que precisam ser entendida e refletida pela classe trabalhadora que deve alimentar-se do mundo possível neste "buraco" que o capitalismo meteu a todos/as nós - trabalhadores (as).

[1] Laissez-faire é hoje expressão-símbolo do liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência. Esta filosofia tornou-se dominante nos Estados Unidos e nos países ricos da Europa durante o final do século XIX até o início do século XX.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

E você vai ficar aí parado? Uma escolha que pode decidir os rumos do Brasil.



Com Lula e Dilma, o Brasil mudou. O crescimento econômico e a distribuição de renda passaram a caminhar lado a lado. O resultado é que, de 2003 para cá, 31 milhões de brasileiros entraram para a classe média, 24 milhões saíram da pobreza absoluta e 13 milhões conquistaram um emprego com carteira assinada.



As desigualdades sociais e regionais diminuíram, a economia se estabilizou e a inflação foi domada. A dívida com o FMI foi paga e, graças à força de seu mercado interno, o Brasil foi um dos últimos países a entrar e um dos primeiros a sair da crise econômica que abalou o mundo no ano passado.



O presidente Lula foi eleito o “estadista do ano” por várias instituições estrangeiras e ganhou a admiração de povos e presidentes mundo afora. Desfrutando de um respeito inédito no cenário internacional, o Brasil conquistou o direito de receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. E, segundo vários estudos, pode erradicar a miséria e se tornar a quinta maior economia do planeta já na década que se inicia.



Em resumo, o Brasil de hoje é um país muito mais justo e desenvolvido. Pronto para dar um novo e decisivo passo rumo a um futuro de mais prosperidade econômica e social, seja aproveitando os caminhos já abertos, seja explorando novas riquezas, como o Pré-Sal, que vai dinamizar toda a nossa base industrial e gerar milhões de novos empregos.



Dilma é a garantia de que esse futuro de prosperidade se realizará. Porque ela participou de todas as etapas do governo Lula e coordenou seus principais programas, como o PAC, o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida. Por tudo isso, ela conhece os problemas e as soluções para o país melhor que qualquer outro candidato. Dilma presidente é a garantia de que o Brasil vai seguir mudando.

QUEM COMPARA VOTA DILMA. 13




(1) Alguns dados comparativos dos governos FHC e Lula.

Geração de empregos:
FHC/Serra = 780 mil x Lula/Dilma = 12 milhões

Salário mínimo:
FHC/Serra = 64 dólares x Lula/Dilma = 290 dólares

Mobilidade social (brasileiros que deixaram a linha da pobreza):
FHC/Serra = 2 milhões x Lula/Dilma = 27 milhões

Risco Brasil:
FHC/Serra = 2.700 pontos x Lula/Dilma = 200 pontos

Dólar:
FHC/Serra = R$ 3,00 x Lula/Dilma = R$ 1,78

Reservas cambiais:
FHC/Serra = 185 bilhões de dólares negativos x Lula/Dilma = 239 bilhões de dólares positivos.

Relação crédito/PIB:
FHC/Serra = 14% x Lula/Dilma = 34%

Produção de automóveis:
FHC/Serra = queda de 20% x Lula/Dilma = aumento de 30%

Taxa de juros:
FHC/Serra = 27% x Lula/Dilma = 10,75%

10 Motivos para votar em DILMA. Pelo cineasta JORGE FURTADO*




Tenho alguns amigos que não pretendem votar na Dilma, um ou outro até diz que vai votar no Serra. Espero que sigam sendo meus amigos. Política, como ensina André Comte-Sponville, supõe conflitos: “A política nos reúne nos opondo: ela nos opõe sobre a melhor maneira de nos reunir”.

Leio diariamente o noticiário político e ainda não encontrei bons argumentos para votar no Serra, uma candidatura que cada vez mais assume seu caráter conservador. Serra representa o grupo político que governou o Brasil antes do Lula, com desempenho, sob qualquer critério, muito inferior ao do governo petista, a comparação chega a ser enfadonha, vai lá para o pé da página, quem quiser que leia. (1)


Ouço e leio alguns argumentos para não votar em Dilma, argumentos que me parecem inconsistentes, distorcidos, precários ou simplesmente falsos. Passo a analisar os dez mais freqüentes.

1. “Alternância no poder é bom”.

Falso. O sentido da democracia não é a alternância no poder e sim a escolha, pela maioria, da melhor proposta de governo, levando-se em conta o conhecimento que o eleitor tem dos candidatos e seus grupo políticos, o que dizem pretender fazer e, principalmente, o que fizeram quando exerceram o poder. Ninguém pode defender seriamente a idéia de que seria boa a alternância entre a recessão e o desenvolvimento, entre o desemprego e a geração de empregos, entre o arrocho salarial e o aumento do poder aquisitivo da população, entre a distribuição e a concentração da riqueza. Se a alternância no poder fosse um valor em si não precisaria haver eleição e muito menos deveria haver a possibilidade de reeleição.

2. “Não há mais diferença entre direita e esquerda”.

Falso. Esquerda e direita são posições relativas, não absolutas. A esquerda é, desde a sua origem, a posição política que tem por objetivo a diminuição das desigualdades sociais, a distribuição da riqueza, a inserção social dos desfavorecidos. As conquistas necessárias para se atingir estes objetivos mudam com o tempo. Hoje, ser de esquerda significa defender o fortalecimento do estado como garantidor do bem-estar social, regulador do mercado, promotor do desenvolvimento e da distribuição de riqueza, tudo isso numa sociedade democrática com plena liberdade de expressão e ampla defesa das minorias. O complexo (e confuso) sistema político brasileiro exige que os vários partidos se reúnam em coligações que lhes garantam maioria parlamentar, sem a qual o país se torna ingovernável. A candidatura de Dilma tem o apoio de políticos que jamais poderiam ser chamados de “esquerdistas”, como Sarney, Collor ou Renan Calheiros, lideranças regionais que se abrigam principalmente no PMDB, partido de espectro ideológico muito amplo. José Serra tem o apoio majoritário da direita e da extrema-direita reunida no DEM (2), da “direita” do PMDB, além do PTB, PPS e outros pequenos partidos de direita: Roberto Jefferson, Jorge Borhausen, ACM Netto, Orestes Quércia, Heráclito Fortes, Roberto Freire, Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Agripino Maia, Joaquim Roriz, Marconi Pirilo, Ronaldo Caiado, Katia Abreu, André Pucinelli, são todos de direita e todos serristas, isso para não falar no folclórico Índio da Costa, vice de Serra. Comparado com Agripino Maia ou Jorge Borhausen, José Sarney é Che Guevara.

3. “Dilma não é simpática”.

Argumento precário e totalmente subjetivo. Precário porque a simpatia não é, ou não deveria ser, um atributo fundamental para o bom governante. Subjetivo, porque o quesito “simpatia” depende totalmente do gosto do freguês. Na minha opinião, por exemplo, é difícil encontrar alguém na vida pública que seja mais antipático que José Serra, embora ele talvez tenha sido um bom governante de seu estado. Sua arrogância com quem lhe faz críticas, seu destempero e prepotência com jornalistas, especialmente com as mulheres, chega a ser revoltante.

4. “Dilma não tem experiência”.

Argumento inconsistente. Dilma foi secretária de estado, foi ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, fez parte do conselho da Petrobras, gerenciou com eficiência os gigantescos investimentos do PAC, dos programas de habitação popular e eletrificação rural. Dilma tem muito mais experiência administrativa, por exemplo, do que tinha o Lula, que só tinha sido parlamentar, nunca tinha administrado um orçamento, e está fazendo um bom governo.

5. “Dilma foi terrorista”.

Argumento em parte falso, em parte distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.



6. “As coisas boas do governo petista começaram no governo tucano”.

Falso. Todo governo herda políticas e programas do governo anterior, políticas que pode manter, transformar, ampliar, reduzir ou encerrar. O governo FHC herdou do governo Itamar o real, o programa dos genéricos, o FAT, o programa de combate a AIDS. Teve o mérito de manter e aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, ampliá-los. O governo Lula herdou do governo FHC, por exemplo, vários programas de assistência social. Teve o mérito de unificá-los e ampliá-los, criando o Bolsa Família. De qualquer maneira, os resultados do governo Lula são tão superiores aos do governo FHC que o debate “quem começou o quê” torna-se irrelevante.

7. “Serra vai moralizar a política”.

Argumento inconsistente. Nos oito anos de governo tucano-pefelista - no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC - foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos, incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao contrário.

8. “O PT apóia as FARC”.

Argumento falso. É fato que, no passado, as FARC ensaiaram uma tentativa de institucionalização e buscaram aproximação com o PT, então na oposição, e também com o governo brasileiro, através de contatos com o líder do governo tucano, Arthur Virgílio. Estes contatos foram rompidos com a radicalização da guerrilha na Colômbia e nunca foram retomados, a não ser nos delírios da imprensa de extrema-direita. A relação entre o governo brasileiro e os governos estabelecidos de vários países deve estar acima de divergências ideológicas, num princípio básico da diplomacia, o da auto-determinação dos povos. Não há notícias, por exemplo, de capitalistas brasileiros que defendam o rompimento das relações com a China, um dos nossos maiores parceiros comerciais, por se tratar de uma ditadura. Ou alguém acha que a China é um país democrático?

9. “O PT censura a imprensa”.

Argumento falso. Em seus oito anos de governo o presidente Lula enfrentou a oposição feroz e constante dos principais veículos da antiga imprensa. Esta oposição foi explicitada pela presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que declarou que seus filiados assumiram “a posição oposicionista (sic) deste país”. Não há registro de um único caso de censura à imprensa por parte do governo Lula. O que há, frequentemente, é a queixa dos órgãos de imprensa sobre tentativas da sociedade e do governo, a exemplo do que acontece em todos os países democráticos do mundo, de regulamentar a atividade da mídia.


10. “Os jornais, a televisão e as revistas falam muito mal da Dilma e muito bem do Serra”.
Isso é verdade. E mais um bom motivo para votar nela e não nele.


*Um dos mais respeitados cineastas brasileiros, Jorge Alberto Furtado, 51 anos, trabalhou como repórter, apresentador, editor, roteirista e produtor. Já realizou mais de 30 trabalhos como roteirista/diretor e recebeu 13 premiações dentre os quais, o Prêmio Cinema Brasil, em 2003, de melhor diretor e de melhor roteiro original do longa O homem que copiava.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Meu voto não tem preço, tem confiança! No segundo turno, pela democracia e um país que respeita a diversidade!


É o Brasil não é teocrático, é laico pela constituição. Constituição conquistada pelo sangue, suor e lagrimas do que lutaram (e não fugiram). Luta é o motor que faz com que os trabalhadores/as sigam fazendo do voto e da atitude formas de garantir direitos. Direitos, que foram negados durante a ditadura engravatada e FHC-SERRA: privatizações, camburões, punições, prisões e corrupções.
O Brasil precisa seguir mudando. Mudando de cultura política. Mudando de opinião. Mudando dessa gente (1%) que se considera dona do que é público e do próprio povo. Povo que tem autonomia para decidir sem necessariamente pensar como uma classe média mediócre que defende o que não tem e vota em quem vai te ferrar...esqueceram o FH e sua magica política econômica de 1999?
O país que eu tenho não é perfeito, se fosse nem precisava de eleição. Por isso mesmo eu voto, e não voto em qualquer um - principalmente em quem não representa a minha classe - a trabalhadora.
Sou trabalhador, sou assistente social, sou assalariado - não importa o salário - não sou dono dos meios de produção, não sou empresário, nem banqueiro e nem industrial.
Por isso, vou de 13 novamente! Vou de 13 ousadamente! Vou de 13 pela democracia e plo Brasil.

sábado, 18 de setembro de 2010

Dra. Cureau quer calar o Mino



Por Paulo Henrique Amorim


Dra. Cureau, a imparcial A imparcial procuradora da Justiça Eleitoral, dra. Sandra Cureau, enviou ofício ao Mino Carta para saber quais as instituições do Governo Federal anunciam na CartaCapital.


A ilação óbvia é que a imparcial dra. Cureau quer constranger o Mino, instituições governamentais, reduzir a receita da revista e calar o Mino pelo bolso.


É o Golpe.


A imparcial dra. Cureau já tentou calar o blog Amigos do Presidente Lula.


Por quê a imparcial dra. Cureau não pergunta à Veja e à Globo que instituições governamentais nelas anunciam ?


Proporcionalmente, a Veja e a Globo recebem mais anúncio do Governo Federal do que a CartaCapital.Quem se preocupava muito com isso era o Diogo Mainardi, antes de fugir para Veneza.


Será que a imparcial dra. Cureau nele se inspirou.


Viva o Brasil.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Agora é Lei: 30 horas para assistentes sociais"








A mobilização da categoria e a luta em diversos locais de trabalho, cidades e estados garantiu que o Conselho Federal e Conselhos Regionais de Serviço Social lançassem na sexta-feira, 3 de setembro, o material de divulgação sobre a implementação da Lei 12.317, de 26 de agosto de 2010, que altera o artigo 5° da Lei de Regulamentação Profissional (Lei 8.662/1993) e define a jornada máxima de trabalho de assistentes sociais em 30 horas semanais sem redução salarial.

Obtivemos uma grande vitória com a aprovação da jornada de 30 horas sem redução salarial. Todos/as sabemos que no tempo presente vem prevalecendo a restrição e redução de direitos. Lutar e conquistar um direito trabalhista tão importante nesse momento histórico faz da nossa conquista uma vitória ainda mais saborosa. Nossa luta segue pela ampliação de direitos para toda a classe trabalhadora. Como trabalhadores/as que somos, vamos comemorar cada dia e cada minuto esse importante ganho, fruto da articulação, pressão e mobilização dessa categoria aguerrida que são os/as assistentes sociais brasileiros/as", reforçou a diretoria do CFESS, que ressalta: "Agora é hora de tirar a Lei do papel e colocá-la em prática”.

Essa conquista representa um novo tempo nas relações do direito ao trabalho e as condições a que são submetidas as profissionais de serviço social nas áreas da saúde, da assistência social, do setor privado e nas instituições sem fins lucrativos, bem como as demais áreas onde se inserem a nossa categoria.

A exemplo de outros países, a redução da jornada de trabalho é necessária frente a grande automação, avanços na tecnologia e na própria agilidade dos serviços que são hoje prestados. Essa busca pelo atendimento no “melhor” tempo precisa significar melhoria e ampliação do direito ao trabalho para os trabalhadores (as).

O impacto positivo da redução da jornada para a categoria representa o beneficio de mais de 60% dos/as assistentes sociais no Brasil, que hoje têm jornada igual ou superior a 40 horas semanais, o que significa melhoria de condições de trabalho para aproximadamente 60.000 profissionais.

Como profissional da saúde (conforme estabelecem as resoluções 218/97 e 287/98 do Conselho Nacional de Saúde), os/as assistentes sociais também estão submetidos a condições aviltantes de trabalho como longas jornadas de 40 ou 44 horas, baixos salários, duplo vínculo, realização de atividades sob constante pressão. Entre os profissionais da saúde, o/a assistente social, ao lado do médico e do enfermeiro, é o que apresenta um dos maiores índices de estresse, fadiga mental, desgaste físico ou psicológico.

O/a assistente social ainda se submete dupla jornada, pois além da jornada de trabalho ainda responde pelas responsabilidades familiares, visto que 90% da categoria são do sexo feminino. Sua aprovação não impactará na jornada de trabalho dos/as assistentes sociais que já possuem jornada inferior a 30 horas, sendo que este contingente hoje é reduzido, pois somente 10% de profissionais (aproximadamente 9 mil) conquistaram jornadas inferiores a 30 horas em acordos coletivos de trabalho na área da saúde.




Para um país que se orgulha de profissionais que atuam diretamente com a garantia de direitos sociais é preciso parabenizar a categoria dos/as assistentes sociais pela conquista, ampliar a contratação de mais profissionais e proporcionar o acesso a cidadania da população brasileira. Esta provado que só a luta muda a qualidade de vida de todos/as.

Wagner Hosokawa
Vice-presidente em exercício do CRESS 9ª região SP
(Conselho Regional de Serviço Social)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Falta pouco para o Brasil seguir mudando! De que lado você está?


Faz uns quinze anos que escuto dizer quanto o período de descenso das massas. O governo FHC representou a opção clara de um modelo que arrasou e dilapidou consideravelmente e gravemente o Estado brasileiro, com privatizações e redução de direitos sociais utilizou todos os recursos necessários para perpetuar seu governo numa clara dependencia dos grupos finaceiros e ecnomicos que indicavam inclusive ministros (da fazenda - principalmente), do Banco Central e funcionários de alto escalão.
O projeto neoliberal não cumpriu sua etapa mais cruel no Brasil. A ALCA - Acordo de Livre Comercio das Ámericas colocaria o país no colo do sistema financeiro e auto destrutivo dos EUA, os empregos seriam arrassados pelas multi ou melhor transnacionais, e o continente brasileiro seria um grande mercado consumidor e produtor - ao mesmo tempo - dos benefícios e riquezas dos "ermanos" do norte. Uma vontade mudou esse rumo.
A vontade popular - acumulada - na última decada levou o Lula lá a serio e impôs uma derrota - parcial - nos projetos do capitalismo mundial. É certo dizer que o programa de governo de 2002 vem de recuos, mas a esquerda brasileira seguiu - e seguiu bem este caminho, ao ponto de dizer "tudo bem" a força popular faz o resto...(não deu), ou aqueles que buscavam auto enganar-se dizendo "é cena do Lula pra virar a mesa"...
Nada disso se concluiu. O Brasil governado pelo PT botou na balança do Estado - que estava pensa apenas para um lado - um equilibrio entre desenvolvimento econômico e social, ousou compor um minsitério contraditório, mas muito atuante. Abriu as viceras do Estado com conselhos consultivos e dialogo sobre os instrumentos estatais na vida das pessoas. Foi ortodoxo em manter o modelo neoliberal - financista, e na outra ponta distribuiu parte (parte) da riqueza arrecadada para o Estado e remeteu aos que tem mais direito: os mais pobres.
Avançou mais do que a media dos governos social-democratas, pois embarcou numa conjuntura política que na America latina refletiu-se com sucessivas vitórias da esquerda no continente. Isso sim deve ser levado em conta, a mudança da tática para minar o poder. Chavez (Venezuela), Evo (Bolivia), Correia (Equador), no Uruguai, Paraguai, Argentina...enfim uma onda vermelha e branco avançou aos países sul-americanos. E a ALCA, graças a força popular ficou no esquecimento.
E no Brasil 2010? A esquerda brasileira não abandonou a tática eleitoral, todos - praticamente todos - estão nos seus minutos, segundos e milesimos de segundos da TV. Disputando as eleições nos marcos e ainda dizendo que estão apenas para ter espaço para conclamar as massas suas mensagens. Novamente nada de novo, portanto resistir é necessário.
Eleger Dilma é resistir. Sim, eleger Dilma é nesta conjuntura a melhor opção. Não ha ascenso, não ha levante, não ha nova força política (de esquerda e não de direita renovada), na conjuntura. A política institucional, principlamente parlamentar esta sendo ocupada pelo escraxo, pela baixa qualidade de debate e pior por atores, cantores, comediantes e outros palhaços e oportunistas que não contribuem para mudança da cultura política.
Por isso, eu sei defender minhas candidaturas: sei porque apoio Ana Perugini (13.121), Janete Pietá (1387), Marta Senadora (133), Mercadante governador (13) e Dilma presidenta (13). Sei suas histórias de luta, suas trajetórias e principalmente, compromisso com um país diferente.
Que nós na esquerda brasileira possamos ter mais tempo para refletir e seguir ao combate. Nesse momento é resistir.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CONSELHO GESTOR: UMA CONQUISTA DA DEMOCRACIA E DO CONTROLE SOCIAL NO SUAS, GUARULHOS LANGA NA FRENTE COMO EXEMPLO PARA O BRASIL!













Quinta-feira - 24 de Junho de 2010 às 20:04
FONTE: PMG
Ministra do MDS dá posse a membros dos conselhos gestores do CRAS

Nesta quinta-feira, dia 24, a ministra do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Márcia Lopes, participou da posse dos primeiros conselheiros gestores do Centro de Referência de Assistência Social e Cidadania (Cras) e do Centro de Referência do Idoso. Guarulhos é a primeira cidade a criar conselhos gestores que possibilitam a participação dos usuários dos serviços de assistência social nas decisões.

Receberam o certificado de posse 128 conselheiros, 50% representantes dos usuários, 25% representantes da coordenação e 25% representantes dos funcionários de assistência social. As eleições aconteceram no início de 2010, durante nove encontros regionais realizados com a finalidade de informar a população sobre as propostas que foram aprovadas nas conferências estaduais e nacional.

A ministra Márcia Lopes ressaltou que a criação dos conselhos gestores é uma decisão política inédita no Brasil. “Todos os municípios brasileiros devem aprender essa lição com Guarulhos; a democratização vai ajudar a construir um espaço participativo para decidir, corrigir rumos e construir soluções para inúmeros problemas sociais.” Lopes anunciou que a cidade acaba de ganhar mais dois Cras na região do Pimentas, no Centenário e na Nova Cidade. Com isso, os serviços de assistência social serão levados a mais de duas mil pessoas que antes não tinham acesso ao atendimento assistencial. A cidade também ganhará outros Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) para atender a população em situação de rua.

Para o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida, durante muitos anos as decisões eram tomadas sem consultar o povo, no entanto, hoje existe um novo modelo de administração que incentiva a população a decidir de forma coletiva. O maior patrimônio da sociedade é a convivência e o direito de reivindicação, por isso os Cras têm papel importante na vida das pessoas. Eles são como postos de saúde, mas com serviços de assistência social.

O secretário de Assistência Social e Cidadania, Wagner Hosokawa, fez um balanço sobre as atividades realizadas. “Em um ano e meio de gestão conseguimos avançar na implantação do Sistema Único de Assistência Social e Cidadania. Duplicamos e vamos triplicar o número de atendimentos. Trouxemos recursos, ampliamos a equipe de atendimento à população em situação de rua e reformamos o albergue municipal. Tínhamos 338 funcionários, hoje temos 425.
Pela primeira vez o governo federal vai investir em Guarulhos R$ 52 mil em dois Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) que atenderão os moradores em situação de rua. A Secretaria já fez a adesão de quatro novos Creas. O investimento será de R$ 364 mil. O Cras é a porta de entrada da assistência social onde acontece a triagem para o Bolsa Família, o Projovem, o Benefício de Prestação Continuada, entre outros programas e serviços. A função do conselho gestor será planejar, acompanhar e avaliar as ações dos Cras.

O evento contou com as apresentações culturais da banda da Guarda Civil Municipal, do Instituto de Promoção Social Água e Vida e do Coral Vida Nova do Centro de Referência do Idoso.



Guarulhos recebe ministra Márcia Lopes nesta quinta-feira


O município de Guarulhos, na Grande São Paulo, recebe nesta quinta-feira (24/06) a visita da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes. Ela se encontra com o prefeito Sebastião Almeida, dá posse aos titulares dos Conselhos Gestores dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e visita o Posto de Atendimento Humanizado a Migrantes no Aeroporto Internacional de São Paulo. Guarulhos tem 14 CRAS financiados pelo MDS.
Já o posto do aeroporto – iniciativa do Ministério da Justiça, em parceria com a Infraero e a Prefeitura de Guarulhos – atende a brasileiros e estrangeiros com problemas de migração e tem por objetivo combater o tráfico de pessoas. A equipe que trabalha no local – psicólogo e assistentes sociais - é do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município, cofinanciado pelo MDS.Guarulhos tem 53.910 famílias no programa Bolsa Família, com transferência de R$ 4,8 milhões em junho. Na área de Assistência Social, sã0 8.701 idosos e 6.901 pessoas com deficiência recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que repassa um salário mínimo através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
O município tem 450 jovens inscritos no Projovem Adolescente e 232 crianças e adolescentes no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Na área de segurança alimentar e nutricional, já estão funcionando um Restaurante Popular e um Banco de Alimentos que receberam recursos federais.
Desde o início do ano, o Estado de São Paulo recebeu do MDS R$ 549,7 milhões por meio do Bolsa Família e R$ 1,27 bilhão para as ações de Assistência Social. São 1.125.510 famílias no Bolsa Família, 316.449 idosos e 287.736 pessoas com deficiência recebendo o BPC, 522 CRAS e 109 CREAS cofinanciados pelo MDS, 20.800 inscritos no Projovem Adolescente e 19.588 crianças e adolescentes no PETI, além de 17 Bancos de Alimentos, 31 Cozinhas Comunitárias e 15 Restaurantes Populares que receberam recursos do MDS e estão funcionando.