Chega a 11 total de detidos em manifestação
de grupos pró e contra deputado Bolsonaro
Cerca de 80 pessoas fizeram protesto no vão livre do Masp, na
Paulista, neste sábado
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Oito deles serão averiguados por possíveis envolvimentos em ações criminosas neonazistas ocorridas na capital paulista. Pelo menos um dos suspostos neonazistas também é investigado por participar de uma agressão ocorrida em uma das edições da Parada Gay.
Segundo a polícia, outros três supostos anarquistas, que estavam no grupo contrário a Bolsonaro, também foram detidos, dois deles estavam sem documentos de identificação.
Pelo menos duas estrelas ninjas, que são consideradas armas brancas, foram apreendidas no local.
Manifestação
Cerca 80 pessoas de grupos pró e contra Bolsonaro participam da manifestação, que começou por volta das 11h.
O protesto foi organizado quase duas semanas após o deputado federal dar uma entrevista ao programa CQC da Rede Bandeirantes. Respondendo a uma pergunta da cantora e apresentadora Preta Gil sobre o que faria se seu filho casasse com uma negra o deputado afirmou que não iria discutir "promiscuidade".
No mesmo programa, o deputado ainda afirmou que torturaria seu filho se o encontrasse fumando maconha e que não pensa que seu filho possa ser homossexual porque ele teve "boa educação".
Punição
Após as declarações do colega de Casa, um grupo de 19 deputados federais iniciou na terça-feira (29) um movimento defendendo punição de Bolsonaro. A primeira ação do grupo foi tomada na mesma noite com um pedido para que a Corregedoria analise a conduta do parlamentar. O protocolo foi feito junto à Presidência da Câmara, que encaminhará a solicitação ao corregedor, Eduardo da Fonte, do mesmo partido de Bolsonaro.
Fazem parte deste movimento deputados de PSOL, PT, PDT, PC do B e PSB. Eles pedirão aos presidentes de seus partidos que assinem em conjunto uma representação para que o deputado seja processado também no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Os deputados também deverão protocolar junto ao Ministério Público uma representação pedindo que o deputado seja investigado pelo crime de racismo. Serão encaminhadas ainda ações junto aos ministérios dos Direitos Humanos e Igualdade Racial.
O grupo quer ainda que o PP retire Bolsonaro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Presidente do colegiado, a deputada Manuela D'Avilla (PC do B-RS) está à frente das ações. Ela afirmou que as palavras do parlamentar "estimulam a violência e a intolerância".