terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ainda é uma elite. Uma tropa de elite da sociedade brasileira.




A matéria abaixo expressa ainda uma realidade nua e crua do ensino superior brasileiro: ainda é uma minoria que acessa as faculdades e universidades no país.

Isso tem nome, é uma elite! Em uma sociedade onde uma pequena parte de seus cidadãos e cidadãs se formam ao nível mais alto da educação e onde pelo menos isso representa um fortalecimento na formação enquanto pessoa.

Digo uma elite porque aí formam-se relações sociais de pessoas de 1ª e de 2ª classe no acesso a produção cultural e artística, no acesso a benefícios economicos e políticos. O grande mérito do governo Lula não foi apenas realizar uma ascensão de renda de parte da classe trabalhadora ou de simplesmente a partir do programa bolsa família oferecer uma autônomia relativa das pessoas pobres a votarem no PT, mas contudo elevar sua estima pelo acesso economico e com isso ampliar seus horizontes enquanto sujeitos.

Porém os mecanismos que controlam (e dominam) as idéias (e ideologia) desta sociedade capitalista estão presentes, vivos e atentos. E por isso há um debate no PT e em parte da esquerda brasileira sobre como dialogar com está categoria de renda (chamada de forma errada de "classe média").

Assim vemos jovens chegando na universidade privada (aquelas de "um real"), saindo de bairros extremos como da zona leste para o centro (onde estão as escolas de ensino superior), e tendo como nova leitura a revista (ou panfleto) Veja. Este panfleto semanal emite doses cavalares de posições e opiniões da classe dominante e da elite economico-financeira do país.

Aí temos a elite educacional (que é a parte miníma dos nossos formados no ensino superior), tendo toda carga de cultura política empurrada goela abaixo pela total ausência de meios que busquem garantir o outro olhar da sociedade.

Um bom exemplo é o excesso de pensadores e pensamentos conservadores que tem se fortalecido na "cátedra" academica dos cursos de ciências sociais nas universidades públicas, reproduzindo como "papagaios" as posições da elite econômico-financeira brasileira. E esta opinião não é do blogueiro que escreve, mas de companheiros (as) que são professores inclusive desses cursos, estão na luta e são intelectuais orgânicos da classe trabalhadora.

O desafio está lançado para os que tem compreenssão ou melhor essa reflexão. Exemplos não faltam na formação dos médicos, dos advogados, dos engenheiros e até no serviço social, onde continuamos formando uma pequena parte da juventude brasileira (15%, a meta do Plano nacional de Educação é que pelo menos 30%, e apenas 30% possa chegar lá), que hoje é uma elite educacional.

Dos problemas que temos é se quem está na elite educacional começar a achar que é de fato!

Matéria:
27/11/2009 - 17h43

Meta de 30% dos jovens no ensino superior não será cumprida, diz MEC

da Agência Brasil


Apesar do crescimento nas matrículas do ensino superior apontado pelo censo divulgado nesta sexta pelo MEC (Ministério da Educação), o Brasil não vai cumprir a meta de incluir 30% da população entre 18 e 24 anos na universidade. Essa era uma das determinações estabelecidas pelo PNE (Plano Nacional de Educação) para 2011. Hoje essa taxa está próxima a 14%.

"Até 2011 não vamos atingir essa meta. O crescimento dessas taxas são difíceis. Durante duas décadas (70 e 80) ela ficou estagnada em 8%", destacou o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Reynaldo Fernandes.

Segundo dados do censo de 2008, o Brasil tem 5 milhões de alunos matriculados em cursos superiores no Brasil, a maioria em instituições privadas. O número de ingressantes também aumentou, apesar de ter apresentado uma leve queda em relação ao aumento registrado em anos anteriores.

Para a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Bucci, se for considerada a taxa bruta que representa o número de universitários em relação ao total da população o número já chegou a 25%.

"As taxas tem melhorado muito, mas não chegaremos aos 30% se considerarmos a taxa líquida [na população de 18 a 24 anos]. A taxa bruta é mais expressiva do ponto de vista do que acontece no país porque existe uma defasagem grande em todo o fluxo escolar", defende Maria Paula.

Para a secretária, os números indicam que o Brasil precisa "continuar expandindo a educação superior" e que é incorreto relacionar o crescimento da oferta de vagas e instituições com queda de qualidade. O atual PNE termina a sua vigência em 2010. No ano que vem será preciso traçar as bases do novo plano com revisão de metas e diretrizes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658611.shtml

27/11/2009 - 16h06

Instituições federais oferecem o maior número de vagas nos vestibulares do país

da Agência Brasil colaboração para a Folha Online


As instituições públicas federais ofereceram o maior número de vagas nos processos seletivos de graduação presencial no país, o que equivale ao dobro do crescimento total, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Censo da Educação do Ensino Superior de 2008.

A pesquisa realizada pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão vinculado ao MEC (Ministério da Educação), registra um aumento de 14.462 novas vagas em relação a 2007, um aumento de 9,3% nas federais. Em comparação a 2007, as instituições estaduais tiveram um aumento de 2,2%, as privadas 5,9% e as municipais tiveram um decréscimo de 3,7%.

Os dados coletados também mostram que o total de vagas ofertadas nos processo seletivos de graduação presencial em todo o país aumentou 5,7% em relação ao ano anterior. Também aumentou o número de matrículas em 2008, que foi 10,6% maior que no ano anterior, com um total de 5.808.017 alunos matriculados nos cursos de graduação presencial e a distância.

As faculdades representam a maior parte das instituições no Brasil, e cerca de 93% delas pertencem ao setor privado. No entanto, 53% dos alunos de graduação presencial estudam em universidades, 33% em faculdades e 14% em centros universitários.

Já a quantidade de funções dos docentes em exercício cresceu neste ano, totalizando 321.493 funções no ensino superior, um acréscimo de 4.452 em comparação a 2007, um aumento de 1,4%.

Houve uma redução na qualificação dos docentes com titulação até especialização, enquanto nas de mestre foi registrado um aumento de 1,4%. O maior crescimento foi registrado entre doutores, com 5,5% a mais do que em 2007. O percentual de doutores em relação ao total das funções de docentes do ensino superior aumentou 23% em 2007 e 24% em 2008.

Instituições

O Censo da Educação do Ensino Superior de 2008 aponta que, pela primeira vez em cinco anos, diminuiu o número de instituições de ensino superior.

Em 2007, o Brasil tinha 2.281 instituições públicas e privadas de ensino superior. Já em 2008, o número caiu para 2.252 instituições.

Apesar da queda das instituições, o número de cursos não para de aumentar desde 2002, quando havia 14.445 cursos em universidades públicas e privadas. No ano passado foram registrados 25.366 cursos, contra 23.896 em 2007.

Vagas ociosas

De acordo com o Censo, o crescimento do número de matrículas no ensino superior entre 2007 e 2008 '[não acompanhou]':http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658427.shtml a expansão das vagas. Em todo o país, foram registradas 1.479.318 vagas não preenchidas.

As instituições privadas respondem por 98% dessas vagas. Entre 2007 e 2008, o aumento de vagas ociosas foi de 10%. Apesar de alto, ainda é menor do que o registrado no período anterior, de 13%.

Ensino a distância

As matrículas em cursos superiores de educação a distância cresceram 96,9% de 2007 a 2008. Ao todo, são 727.961 universitários que optaram pelo ensino superior não presencial. No ano passado, 115 instituições ofereceram cursos dessa modalidade --18 a mais do que em 2007.

As matrículas da educação a distância já correspondem a 14% da oferta de ensino superior no país. O número também registrou aumento (58,6%), bem como as vagas ofertadas nessa modalidade (10,3%).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658560.shtml

ProUni não garante meta de por 30% dos jovens na universidade
21 de agosto de 2010 10h45

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovado nesta semana afirma que o governo não vai cumprir a meta de por 30% dos jovens entre 18 e 24 anos na universidade até 2011, mesmo com o ProUni. O documento classifica a iniciativa do ProUni como bem concebida, mas aponta problemas, como falta de indicadores de desempenho e baixo número de atendidos. O relatório também aponta o baixo número de vagas em universidades públicas como um entrave para a meta do Plano Nacional de Educação de 2000 ser alcançada. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Segundo o relatório, o Ministério da Educação tem "nulo conteúdo informativo em termos das dimensões de permanência e de desempenho acadêmico" dos bolsistas. O TCU afirma que sem isso é impossível avaliar a efetividade do ProUni. Mesmo com problemas, o relatório diz que o programa consegue atender 90% da população de baixa renda. Sem o programa, os mais pobres comprometeriam em média 47% da renda para manter os filhos na universidade, e no mínimo 30% das pessoas que usaram a bolsa (cerca de 200 mil) não teriam chegado à universidade.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4635320-EI8266,00.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Almeida vai de ônibus ao trabalho no Dia Mundial sem carro

22/09/2011 - 18:07

No “Dia Mundial sem Carro”, o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida, foi para o trabalho de ônibus, acompanhado pelo secretário de Transportes e Trânsito, Atílio Pereira.

Almeida utilizou o Bilhete Único na linha 720

Almeida embarcou no ponto inicial da linha 720 – Pimentas/Shopping (via Cecap), no Internacional Shopping, e desceu na parada após o Adamastor Centro, no Macedo, onde

Caminhada até o ponto de ônibus

participou da abertura da 4ª Guaruex.



“Não é com apenas um dia que vamos resolver os problemas do trânsito e da poluição. Mas esse gesto simbólico serve para refletirmos sobre o assunto e a cidade que queremos deixar no futuro para nossos filhos e netos”, afirmou o prefeito.

Segundo ele, o transporte público em Guarulhos só vai melhor consideravelmente quando a cidade ganhar uma ligação com o metrô de São Paulo. “Não adianta alargar vias para os carros. Temos que priorizar os investimentos em transporte coletivo, como o ônibus e o trem”, destacou.

Também o coordenador da Juventude de Guarulhos, Wagner Hosokawa, aderiu à campanha e deixou o automóvel em casa.

A diferença é que ele foi trabalhar de bicicleta.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DIA MUNDIAL SEM JEITINHO

Olhando para a iniciativa do "Dia Mundial Sem carro", que mesmo pequena tem atraído a atenção da mídia, da sociedade e dos governos. A projeção é maior que o gesto, mas é significativo.

Eu também aderi e no dia de hoje fui e voltei da casa para a Coordenadoria da Juventude como uma forma de sensibilizar para a luta por um Plano Cicloviário que tem já a adesão do Prefeito Sebastião Almeida e do Secretário de Transportes e Trânsito, Atílio. Os esforços agora estão voltados para que os recursos federais saiam o quanto antes para implementar as ciclovias.

Enquanto a conquista está no plano de nossos sonhos e lutas, vamos imaginar outro dia mundial: o Dia Mundial Sem o Jeitinho.

O "jeitinho" brasileiro acaba por ser uma expressão da cultura política que herdamos dos nosso colonizadores portugueses, em grosso modo, o jeitinho é a corrupção que repudiamos nos governos.

Também deveríamos lutar para que o "jeitinho" fosse banido da nossa cultura política. Ela permite que aquela vaga "guardada" seja dada, aquele lugar na fila, aquele favor, o sonegador de impostos (empresários e banqueiros), aquelas "celebridades" que acham que estão acima dos "mortais"...aquele jeitinho que permite que o país reproduza a falsa ideia de que o "poder corrompe"

Na verdade é a falta de democratização do poder é que corrompe.

O dia mundial sem o "jeitinho" seria garantir direitos sem a necessidade de que ninguém tenha que se humilhar para te-ló.

E aí tem um jeitinho aí?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Um motivo para ser contra o trabalho escravo no Brasil!


Dignidade humana.

Já estamos no século XXI e no Brasil o trabalho escravo está na pauta do país. Não estaríamos com esta luta se não fosse a sede de lucros de latifundiários e empresários que consideram "descartáveis" a vida humana, seja no corte da cana, nas grandes obras, etc., ou seja não estamos falando de "firmas de fundo de quintal", mas de grandes empresas que posam de "bom moço" diante das colunas sociais.

Por isso, não é preciso grande argumento para isso. Dinheiro não repara a dor e a violência cometida, porém é a única voz que se faz escutada pela mídia e pelos escravizadores.

O projeto de lei prevê punição dura e necessária. A função social da terra está em nossa constituição e do mesmo jeito que a sociedade pede punição para quem mata, pedimos punição para quem escraviza!

Entre no link (na coluna do seu lado direito), e veja o manifesto e o abaixo assinado. Eu já assinei.

abraços aos leitores e leitoras,

Wagner Hosokawa

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quanto custa investir em um jovem?



Olhando para os números da Fundação Casa (a velha Febem), imagino quanto pode custar um jovem em nossa sociedade? Este é um investimento a longo prazo, onde quem ganha é a própria sociedade.

Há cerca de 230 adolescentes internos, cumprindo medida sócio educativa regime de privação de liberdade, destes, grande parte (cerca de 90%) estão cumprindo pena por roubo ou tráfico de drogas, ou seja, seduzidos pela melhoria das suas condições de vida foram levados por “adultos”a cometer crimes em nome de um “futuro melhor” na concepção do crime.

Agora não será possível o estado mais rico do país resolver o problema de 230 adolescentes? Oferecer os programas e as ações já previstas para famílias em situação de pobreza. Não estou falando de “privilégio”, mas investimento. Como na cidade de São Paulo que possui em torno de menos de mil entre crianças e adolescentes vivendo nas ruas, será que uma ação antecipada não evitaria sua “entrega” ao consumo de drogas?

Onde não há Estado não há direitos. Enfim, há todo tipo de “sedução” fácil via drogas, tráfico, roubo, furto... Onde não há ação firme do governo, há esquecimento e vidas perdidas.

A Coordenadoria da Juventude realizou nos últimos dias 08 e 09 de setembro a 2ª Feira do Estudante que reuniu num só lugar oportunidades de cursos, faculdades, universidades, oficinas (inclusive feita por este Portal, sobre a comunicação digital, que teve grande público), e por lá passaram mais de 7 mil jovens, estudantes muitos do ensino médio.

Ao fazer uma pequena consulta aos participantes, todos (as) sem exceção demonstraram grande satisfação com a Feira, às possibilidades de seguir uma carreira, ter uma profissão, continuar os estudos. No passado isso só seria possível se você, por iniciativa própria e “sola de tênis”, conseguiria pesquisar essas oportunidades.

Todo ano mais de 50 mil jovens se matriculam no ensino médio da nossa cidade. A esperança é que pelo menos a maioria chegue até o 3º. ano colegial.

A vida de estudante não é fácil, com cobranças como o primeiro emprego, a dificuldade com transporte, acesso a material de qualidade como livros, pesquisa, internet, analfabetismo funcional, escolas com baixa qualidade com seus professores (as), funcionários e dirigentes mal renumerados e desvalorizados, ou seja, ó vida difícil.

E na outra ponta os adolescentes e jovens que estão Fundação Casa, onde suas famílias não possuem qualquer apoio para que possam escrever outra história. O custo disso? Pouco minha gente, muito pouco.

Por isso me impressiona ouvir falas sobre o atual estágio em que estão os jovens estudantes, quando os adultos reclamam das suas formas de falar ou de escrever. Quando um jovem escreve “erro” com um “r” só não é o jovem que é o culpado, mas a sociedade e o Estado é que está desatenta a sua formação.

Cidadania não se aprende nas escolas, por quê? É o medo da democracia participativa, da critica necessária, da observação inocente, mas que ofende quem não quer mudar nem os discursos e nem a sua prática.

Sigo o que diz o poeta: “vamô que vamô que o som não pode parar”, insistindo na letra para que possamos acordar!

P. S. : Em tempo, no encerramento da 2ª Feira do Estudante com mais de 700 jovens fizemos uma linda homenagem a Manuel Gutierrez – um estudante de 16 anos que morreu nas manifestações dos jovens chilenos que lutam por uma educação pública, de qualidade e por mudanças constitucionais.

Wagner Hosokawa, é blogueiro, assistentes social e Coordenador Municipal da Juventude da Prefeitura de Guarulhos (SP)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cinco motivos para reeleição do prefeito Almeida: lições para o PT e para sociedade.


Tenho ouvido de diversos companheiros (as), outros "campanheiros" e colegas mais próximos sobre o governo do companheiro prefeito, Sebastião Almeida, onde há avaliações totalmente desanimadoras e com os mais variados argumentos como, (1) o governo é lento nas respostas para população; (2) a prefeitura esta fazendo menos; (3) a cidade esta abandonada em algumas regiões; (4) algumas ações estão paralisadas; (5) a mudança no transporte foi ruim.

O governo do companheiro Eloi Pieta avançou do patamar zero, de uma cidade abandonada, sem serviços públicos organizados e atendimento insuficiente, a corrupção até 2000 pautou a vida política de Guarulhos.

A luta política local e a conjuntura nos deram a vitória eleitoral, isso nos levou ao governo. Vamos lembrar que com dois vereadores o PT fez grandes mobilizações e combateu fortemente a corrupção seja pública ou privada que rodeavam a prefeitura.

Podemos até dizer que um governo mais "honesto" e que não precisaria ser petista daria conta de “cuidar da cidade”. A nossa história e as pessoas que atuavam nos movimentos sociais e sindical, parte de intelectuais e professores, profissionais e gente dedicada a comunidade foram os que permitiram fazer um governo mais voltado para a população, a expansão para o Pimentas entre outras conquistas.

O modo petista de governar foi mais forte nas nossas ações de governo no primeiro mandato, muito diferente do segundo. Exemplo disso foram as coordenadorias de ação local (CAL) que mantinham uma relação entre a população e a prefeitura.

Agora o eleitorado mudou? Avalio que sim, o perfil foi mudando a cada nova eleição. Vamos lembrar que a nossa primeira vitória (2000) foi de poucos votos e o inexpressivo Jovino quase nos derrota. O nosso eleitorado foi ampliando em parte da população esquecida pela prefeitura nos últimos anos e parte dos setores médios que viam no PT um governo que trabalha dentro dos princípios da "ética na política".

Pro isso avançamos para uma reeleição folgada em (2004), com Eloi bem avaliado pessoalmente, ou seja, sai de cena a intervenção coletiva do governo do PT e entra a personalidade na figura do "prefeito realizador". Isso levou o segundo mandato de Eloi para outra mudança significativa, pois o trabalho do governo foi de investir em obras e com isso fortalecer a sua auto-imagem, que colocou-se a prova na eleição de Janete para deputada federal.

O terceiro mandato do PT com a eleição de Almeida se dá num clima que seguiu o que restava da crise moral do PT de 2005. O partido se recupera na reeleição de Lula mesmo sabendo que os inimigos usavam dessa “indignação contra o PT”.

Nossa oposição buscou duas táticas no seio da população: influenciou os setores médios para fazer opinião pública contra o PT e as classes pobres utilizou-se a compra de seu voto via "contratações" de cabos eleitorais como "exércitos de descamisados".

Vencemos com o compromisso de "continuidade com inovação", ou seja “continuar o bom trabalho” era o motivo principal para nossa vitória em 2008. Nós, internamente no PT, nos acomodamos no governo e relaxamos nas nossas avaliações políticas sem refletir esses movimentos no próprio interior da sociedade guarulhense.

O eleitorado não é estável, nem imutável e não pode ser tratado com a mesma análise, sempre! Muita coisa mudou. As pessoas mudam. As gerações mudam, o jovem de hoje não viveu aquela Guarulhos do final da década de 90 e quem viveu o governo Eloi só tem parâmetros para avaliar o governo Almeida a partir da continuidade, ser observar as diferenças.

Daqui começo meus argumentos que me convencem a reeleição do companheiro Almeida:

1- O governo continuou as obras que não foram concluídas no período do governo Eloi, entre as maiores temos o viaduto (que nem estava na metade quando foi “inaugurado”), com o descompromisso da empreiteira Camargo Correia e que exigiu mobilizar a própria Proguaru, os andares do Hospital Pimentas Bonsucesso com o setor de maternidade e a ampliação do Adamastor centro. Lembremos que em outros tempos isso não seria possível pelo tamanho, pelo valor da obra e entre outros. Aqui a prova da agilidade e capacidade do governo Almeida em dar respostas e não desculpas para concluir o que foi herdado;

2 - Triplicaram os serviços de varrição, limpeza, novas latas de lixo, os pontos de ônibus foram reformados e ampliou-se reaproveitamento de entulho (vejam que a Prefeitura está ampliando este serviço), e as ações que permitiram triplicar as ações de tapa buracos e asfalto. E mesmo assim? A cidade é vitima do alto consumo seja de bens ou gêneros alimentícios e do excesso de carros fruto da boa fase da economia. Imaginem como seria o centro sem o calçadão diante do desenvolvimento da última década? A população seguiu este ritmo, a prefeitura paga a conta em crescer os seus serviços;

3- O governo Almeida investiu nos servidores públicos, mesmo com o arrocho dos últimos anos, escolhas foram feitas pelo governo Eloi para que a cidade crescesse, porém é preciso corrigir desigualdades e injustiças contra os trabalhadores (as) que atendem a população. Foram dados aumentos salariais que atingiram 4%, o vale refeição, a convocação de concursados (as) para ampliar ou melhorar os serviços públicos e o dialogo permanente. Com isso tudo em andamento e mesmo não atendendo ainda todos (as) servidores públicos, impossível falar em paralisação de ações se houve aumento de pessoal para servir a população, tudo isso por decisão do governo;

4- A prefeitura esta em quase todas as regiões vamos só lembrar de algumas ações: escolas reformadas, ampliadas ou novas construídas, 11 centros de referencia da assistência social, mutirões e melhoramentos de ruas e calçadas, inúmeros tele cidadanias, enfim, se levantarmos as ações do governo, em dois anos avançamos. Destaco as cinco estações de tratamento de esgoto, três novos CEUs (Centros Educacionais Unificados) devendo chegar a dez, que representam a novidade de um governo que faz em dois anos obras com este porte social para população;

5- Com relação ao transporte público realmente houve uma implantação forçada, onde foi feito o novo sistema de transporte e o Bilhete Único. O que tem gerado problemas foi à reorganização das linhas e que no próprio PT, apesar da tensão, fizemos uma reunião com o novo secretário, nas regiões as atividades de governo como as inaugurações e entregas de uniformes não expuseram nenhum conflito mais duro contra o governo. A aprovação do Bilhete Único já chega a 70% e as mudanças nas linhas estão sendo feitas;

Antes que alguém fale em excesso de otimismo eu digo que a ausência de debate político interno no PT tem levado a uma cegueira política sem leitura da realidade e do trabalho feito pelo governo municipal.

O eleitorado que votará na reeleição do companheiro prefeito, Almeida é (em parte) diferente da que está na cabeça dos petistas. E as eleições de 2010 provaram isso. Os votos dados para o candidato do governo a deputado estadual (Alencar) mostram uma nova mudança do eleitorado que poderá indicar que devemos encontrar meios de nos comunicarmos e dialogarmos.

Cuidados com as pedras no caminho, o que pode nos derrotar? Acredito que o PT só perde para si mesmo.

Os movimentos e as forças políticas internas mostram isso e indicam que nossa derrota dependerá: (a) em manter a chapa vitoriosa de 2008 com Almeida e Carlão pela estabilidade política interna que traz; (b) que as alianças partidárias sejam renovadas por uma carta de compromisso com o nosso programa de governo; (c) se concentrarmos nossos esforços em 2012 e não adiantar o debate de 2016 como quer ou se movimentam algumas lideranças petistas; Até porque é impossível pensar no quinto mandato se não vencermos agora o quarto? (d) retomar a vida partidária, onde o PT precisa voltar a ter vida política orgânica no cotidiano da cidade, denunciando o governo estadual tucano (PSDB); (e) voltar a dialogar (de verdade) com o movimento sindical cutista e independentes, bem como os movimentos sociais e incorporá-los em outros espaços como conselhos e fóruns para avançar nas políticas públicas.

Governar precisa adquirir um novo sentidos para nós, militantes, com o risco de nos perdermos a direção que nos levou ao poder local: Ou seja, contribuir para mudar (sempre) a sociedade garantindo uma Guarulhos mais democrática, de superação da desigualdade social e econômica, com justiça social e de valores socialistas.

Wagner Hosokawa - militante e dirigente da Inaugurar um novo período, tendência interna do PT de Guarulhos, atual Coordenador Municipal da Juventude da Prefeitura.

Estado Palestino JÁ...


A matéria abaixo publicada na Folha on line trata do discurso da Autoridade Palestina, pelo seu representante Abbas, que irá dia 23 fazer seu discurso à Assembléia das Nações Unidas (ONU), para pedir que os países membros reconheçam o Estado Palestino.

O governo de Israel (e não o povo judeu), reagem da pior forma possível. Sendo a maioria da extrema-direita xenofóbica que governa o Estado Judeu tenta barrar a iniciativa inclusive tentando corromper os ideais dos líderes palestinos com o corte de recursos vindos de impostos administrados por Israel.

Obama mostra novamente que representa os interesses do império e dos seus aliados. Não quer paz, quer guerra para manter seus interesses. Pouco importa seu discurso "social", pois o seu governo é a continuidade patética do governo Bush.

Olhem a matéria:

14/09/2011 - 14h04

Israel aumenta pressão sobre Abbas contra pedido de reconhecimento na ONU

DA BBC BRASIL

Poucos dias antes do pedido de reconhecimento do Estado Palestino que o presidente Mahmoud Abbas deverá dirigir à Assembleia Geral da ONU, na semana que vem, líderes políticos israelenses anunciam represálias "graves" caso os palestinos não cancelem a iniciativa.

O vice-ministro das Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon, afirmou que "a declaração unilateral de um Estado Palestino significará o cancelamento de todos os acordos", em referência aos acordos assinados por Israel e a Organização de Libertação da Palestina (OLP), como os de Oslo, que levaram à criação da Autoridade Palestina.

Ayalon também mencionou a possibilidade de que Israel declare a anexação dos blocos de assentamentos israelenses na Cisjordânia "se os palestinos desrespeitarem suas obrigações".

Segundo o site de notícias Ynet, fontes oficiais do governo israelense disseram que "em represália às medidas unilaterais dos palestinos, Israel poderá causar danos significativos à economia da Autoridade Palestina" e ameaçaram interromper a transferência de taxas e impostos para o governo palestino.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, advertiu que se os palestinos obtiverem o reconhecimento da ONU "as implicações serão duras e graves".

Apesar das pressões por parte de Israel, porta-vozes do presidente Abbas anunciaram que o plano de pedir o reconhecimento da ONU continua de pé.

Segundo o porta-voz Nabil Abu Rodeina, Abbas deverá discursar na Assembleia Geral da ONU no dia 23.

O pedido palestino deverá ser votado pela Assembleia Geral no inicio de outubro e, de acordo com avaliações de analistas locais, pelo menos 140 dos 193 países membros das Nações Unidas deverão apoiar o reconhecimento do Estado Palestino.

Os Estados Unidos já prometeram a Israel que irão utilizar seu direito ao veto no Conselho de Segurança contra a iniciativa, o que deve fazer com que o Estado da Palestina não possa ser aceito como membro integral da ONU.

Abbas, no entanto, disse que vai em frente com os planos porque uma votação da maioria dos países da Assembleia Geral em favor da independência "conferirá aos palestinos uma posição diplomática mais forte para negociar com Israel".

Para Mohamad Shtayeh, uma das figuras centrais da liderança da OLP e do partido Fatah, a decisão do presidente Abbas de se dirigir à ONU "decorre do unilateralismo israelense".

Shtayeh, que deverá acompanhar Abbas a Nova York, declarou que "depois de anos de políticas unilaterais e ilegais por parte de Israel, com o objetivo de sabotar um acordo bilateral, os palestinos levarão sua luta de volta para o lugar onde tudo começou - a Assembleia Geral da ONU", em referência à decisão da ONU sobre a partilha, de 1947, segundo a qual a Palestina, que então se encontrava sob controle britânico, seria dividida entre um Estado árabe e um Estado judaico.

A OLP, reconhecida internacionalmente como representante do povo palestino, defende hoje em dia o estabelecimento de um Estado Palestino nos territórios ocupados por Israel durante a guerra de 1967 --Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.

O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, rejeitou a proposta do presidente americano, Barack Obama, de que as negociações de paz entre israelenses e palestinos fossem baseadas nas fronteiras de 1967.

Netanyahu também se negou a estender o congelamento da construção dos assentamentos na Cisjordânia, onde moram cerca de 300 mil colonos israelenses.

Em setembro de 2010, Abbas anunciou que não voltaria à mesa de negociações se Israel não prosseguisse com o congelamento dos assentamentos e não aceitasse a criação do Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.

Durante esse último ano, de paralisia total do processo de paz com Israel, Abbas decidiu recorrer à ONU.

A posição oficial do governo de Israel é de que a liderança palestina deveria voltar à mesa de negociações "sem condições prévias".

Em memória de Yasser Arafat



caros e caras,
leitores e leitoras,

Esse começo sempre gera um suspense, heim. Como está em vista o discurso de Abbas, líder da Autoridade Palestina na Assembléia da ONU (Organização das Nações Unidas), onde pedirá o reconhecimento do Estado Palestino, apresento dois artigos neste blog.

Este primeiro é em memória de Yasser Arafat, líder da OLP - Organização pela Libertação da Palestina, que cumpriu seu dever histórico de lutar pela independência do seu povo.

Não há ser humanos perfeitos, mas livres. Lutar pela liberdade plena (emancipação política e humana), é uma busca (eterna) da humanidade. Por isso sua lembrança deve-se pelo esforço em manter viva a história e a identidade do seu povo.


Yasser Arafat- um líder entre extremos
O homem que personificou a causa palestina, ora nas lides da guerra, ora na busca da paz, caminhava "com o fuzil em uma mão e um ramo de oliveira na outra"

por Edouard Zambeaux
Arafat dentro da caverna que usou como esconderijo, durante seu exílio na Jordânia. Abril 1969
Para analisar quem foi o homem que durante quase meio século percorreu o planeta com um turbante na cabeça e uma pistola no cinto, há que oscilar entre indagações extremas: destino individual ou destino coletivo, terrorista sanguinário ou negociador visionário, chefe de clã ou chefe de Estado. As respostas seriam: um e outro, dependendo da época. Com Yasser Arafat, a história contemporânea do povo palestino encontrou seu herói e seu vilão, mas também sua figura de proa.

Raramente um homem e uma causa estiveram tão ligados no século XX.
Para o melhor e para o pior, Arafat confiscou a causa palestina. É impossível dissociar sua vida de seu movimento político. Um movimento ao qual deu reconhecimento internacional, marginalizou por suas tomadas de posição aviltantes, conduziu em negociações corajosas ou imobilizou no meio do caminho de uma resolução do conflito israelo-palestino. Arafat, como a resistência palestina, é o sentido da história e o seu contra-senso.

O sentido da história, para Yasser Arafat, foi ter compreendido antes de todos que a causa que abraçava não poderia ser defendida pelos países "irmãos", terceirizada pelas outras nações árabes. Essa convicção, Abu Ammar - seu nome de guerra - adquiriu tão logo se iniciou nos combates. Nascera no dia 4 de agosto de 1929, no Cairo, mas se dizia nativo de Jerusalém, onde vivera, com um tio, entre os 4 e 7 anos, após a morte da mãe. Quando Ben Gurion proclamou a independência de Israel, em 14 de maio de 1948, Arafat abandonou a Universidade do Cairo para lutar contra os judeus. Nesse episódio conheceu seu primeiro revés, ao ser desarmado por exércitos árabes que se dirigiam ao jovem Estado para tentar transformá-lo em país natimorto.

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O fracasso foi duplo. A título individual e também em termos militares. Israel rechaçou os ataques e entrou com tudo na geopolítica regional. Os dois inimigos acabavam de se conhecer. Arafat permaneceu dois anos na faixa de Gaza, para onde afluíam milhares de refugiados palestinos. Em seguida retomou os estudos de engenharia. Em 1952, sempre na Universidade do Cairo, ele debutou na política ao assumir a presidência da União dos Estudantes Palestinos. É nela que conheceu aqueles que foram, durante todo o período militar da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), seus mais fiéis colaboradores: Abu Iyad e Abu Jihad. Arafat já defendia a luta armada dos palestinos: é deles a missão de libertar seu "país". Sobre esse axioma, essa vontade de ser o único representante oficial da causa palestina, ele construirá todo o seu percurso e conseguirá legitimidade.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Justiça barra reserva de leitos para planos de saúde

31/08/2011 - 15h29

Justiça barra reserva de leitos para planos de saúde

DE SÃO PAULO

O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo concedeu, na terça-feira (30), liminar favorável a uma ação movida pelo Ministério Público contra o Estado por conta de uma lei que permite o uso de 25% dos leitos de hospitais públicos --administrados por OS (Organizações Sociais)-- para atender pacientes de planos de saúde.

Estado vai repassar conta de hospitais a planos de saúde

A decisão tomada pela 5ª Vara da Fazenda Pública suspende os efeitos do Decreto Estadual nº 57.108/2011, assinado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 6 de julho e que regulamentou a lei estadual de 27 de dezembro de 2010.

Além disso, a liminar proíbe que o Estado celebre contratos de gestão, alterações ou aditamentos com organizações sociais. Ficou estabelecida multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão.

Na liminar, o TJ-SP diz que a lei e o decreto "são afrontas ao Estado de Direito e ao interesse público primário da coletividade".

"O efeito pretendido pelo mencionado Decreto favorece à prática de "dupla porta" de entrada, selecionando beneficiários de planos de saúde privados para atendimento nos hospitais públicos", diz a decisão divulgada pelo Ministério Público.

Na ação civil pública, a Promotoria afirma que as OS administram hoje 52 unidades hospitalares no Estado, responsáveis por 8 milhões de atendimentos em 2008. Com isso, diz a Promotoria, a permissão de uso de 25% destes leitos por pacientes de planos privados poderia representar a perda de 2 milhões de atendimentos públicos.

Órgãos como o Conselho Nacional de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo se manifestaram contra a concessão dos leitos, segundo o Ministério Público. A terceira entidade argumenta que, com a perda dos leitos nos hospitais estaduais, as redes municipais de saúde pública ficarão sobrecarregadas.

De acordo com o decreto regulamentar de Alckmin, os hospitais públicos devem cobrar diretamente dos planos de saúde o atendimento feito a seus conveniados. Não são permitidos a reserva de leitos e o tratamento diferenciado a pacientes particulares.

Na avaliação do pesquisador da USP Mário Scheffer, especialista em saúde pública, o decreto usa termos genéricos que dão margem a diferentes interpretações.

"Ele fala que a OS deve "abster-se de proceder à reserva de leitos, consultas e atendimentos". Mas a OS pode não "reservar", e mesmo assim facilitar o acesso [de pacientes conveniados] à marcação e ao agendamento", diz.

Levantamento da Secretaria Estadual da Saúde aponta que um em cada cinco pacientes atendidos em hospitais estaduais na capital paulista têm algum tipo de convênio ou plano de saúde. Mas quem paga essa conta, avaliada em R$ 468 milhões anuais, é o SUS.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Protestos no Chile



A Juventude Chilena cansada dos desmandos dos governos neoliberais e da herança maldita de Pinochet que privatizaram a educação e forçaram a sociedade chilena a pagar para ter acesso a escola do básico ao superior.

O povo não quer as migalhas do modelo economico que encheu os bolsos das grandes corporações, mas que concentrou riqueza as custas dos trabalhadores (as).

Esse levante que reúne num só dia 100 mil participantes e já dura quatro meses é a prova de que não há tempo e nem idade para se lutar, neste vídeo um menino carrega um cartaz que diz: "Eu vou lutar hoje para poder estudar mais tarde"...todo apoio a luta da juventude chilena.

No Brasil a situação do ensino público também está insutentável, durante a 2ª Feira do Estudante pudemos colher muitos depoimentos de jovens que querem uma escola melhor, de qualidade, que dialogue com as suas necessidades e sonhos.

A velha escola que se prepare, a juventude brasileira está se alimentando da ousadia dos jovens chilenos. Hora de levantar essa bandeira.

Aqui no estado de Sãso Paulo o governo-imperial do PSDB (e seus serviçais Demo, Pps e PV), a duas decádas tem destruindo a Educação Pública. A ré-forma (que fez a educação andar para trás em São Paulo), fez com que surgisse um novo tipo de analfabetismo, que é o funcional - o jovem conclui os estudos mas não aprendeu todo conhecimento suficiente - atinge grande parte da juventude paulista.

Professores desvalorizados, escolas abandonadas, violência...a juventude vai se levantar!!! Viva a juventude!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PROPOSTA DA NOVA TENDÊNCIA PETISTA, PARIDADE AGORA É LEI NO PT


03/09/2011

A partir da próxima eleição interna do PT, todas as instâncias partidárias deverão ter o mesmo número de mulheres e de homens em sua composição. A emenda que instituiu a mudança foi aprovada com poucos votos contrários no final desta tarde. A proposta foi formulada pela nova tendência, nascida a partir da fusão de grupos nacionais minoritários e agrupamentos regionais que se assumem socialistas.

Apresentada no seminário “inaugurar um novo período no PT”, convocado para reunir esses grupos, a emenda começou a ganhar apoios das tendências hegemônicas no próprio encontro, quando alguns de seus cardeais passaram para fazer uma saudação à nova tendência. Na quinta-feira 1, o líder da bancada na Câmara, Paulo Teixeira, da corrente Mensagem ao Partido, assinou embaixo. Na manhã de hoje, primeiro dia de debates do IV Congresso do PT, José Dirceu também avalizou a mudança. Na hora da votação, a paridade foi aprovada com pouquíssimos votos contrários.

À primeira vista, uma importante vitória das feministas do PT. Mas a aprovação com apoio maciço dos delegados e delegadas revelou o acerto político da tendência recém nascida, ao escolher cirurgicamente uma bandeira capaz de vencer resistências e cabalar apoios até mesmo entre militantes das tendências majoritárias. Renata Rossi, da direção nacional do PT, e militante da nova tendência, fez a defesa da proposta, em contraponto a uma outra, de paridade progressiva, gestada pelas correntes majoritárias. “Estou muito feliz porque é uma vitória de todas as mulheres, compartilhada pelo conjunto do partido, mas sobretudo porque a proposta nasceu de uma definição tomada logo nas primeiras reuniões preparatórias da fundação da nossa tendência”, explica Renata.

Para Angélica Fernandes, outra das muitas “mães da criança”, há expectativa semelhante em relação a outra proposta do novo agrupamento petista, a chamada autonomia militante. A nova tendência tem suas raízes nos movimentos sociais, como o MST, movimentos de mulheres e LGBTT, e propõe que seus militantes fiquem liberados para defender as posições de suas organizações de base quando houver conflito com resoluções do partido. Se aprovada, a regra não valerá para militantes em cargos de confiança e parlamentares,submetidos às decisões de bancada em matérias polêmicas. “O PT deve se adequar à diversidade de seu quadro de militantes e manter sempre a sua pauta aberta às demandas dos mais diversos segmentos sociais”, argumenta Angélica, em defesa da autonomia militante.