terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ainda é uma elite. Uma tropa de elite da sociedade brasileira.




A matéria abaixo expressa ainda uma realidade nua e crua do ensino superior brasileiro: ainda é uma minoria que acessa as faculdades e universidades no país.

Isso tem nome, é uma elite! Em uma sociedade onde uma pequena parte de seus cidadãos e cidadãs se formam ao nível mais alto da educação e onde pelo menos isso representa um fortalecimento na formação enquanto pessoa.

Digo uma elite porque aí formam-se relações sociais de pessoas de 1ª e de 2ª classe no acesso a produção cultural e artística, no acesso a benefícios economicos e políticos. O grande mérito do governo Lula não foi apenas realizar uma ascensão de renda de parte da classe trabalhadora ou de simplesmente a partir do programa bolsa família oferecer uma autônomia relativa das pessoas pobres a votarem no PT, mas contudo elevar sua estima pelo acesso economico e com isso ampliar seus horizontes enquanto sujeitos.

Porém os mecanismos que controlam (e dominam) as idéias (e ideologia) desta sociedade capitalista estão presentes, vivos e atentos. E por isso há um debate no PT e em parte da esquerda brasileira sobre como dialogar com está categoria de renda (chamada de forma errada de "classe média").

Assim vemos jovens chegando na universidade privada (aquelas de "um real"), saindo de bairros extremos como da zona leste para o centro (onde estão as escolas de ensino superior), e tendo como nova leitura a revista (ou panfleto) Veja. Este panfleto semanal emite doses cavalares de posições e opiniões da classe dominante e da elite economico-financeira do país.

Aí temos a elite educacional (que é a parte miníma dos nossos formados no ensino superior), tendo toda carga de cultura política empurrada goela abaixo pela total ausência de meios que busquem garantir o outro olhar da sociedade.

Um bom exemplo é o excesso de pensadores e pensamentos conservadores que tem se fortalecido na "cátedra" academica dos cursos de ciências sociais nas universidades públicas, reproduzindo como "papagaios" as posições da elite econômico-financeira brasileira. E esta opinião não é do blogueiro que escreve, mas de companheiros (as) que são professores inclusive desses cursos, estão na luta e são intelectuais orgânicos da classe trabalhadora.

O desafio está lançado para os que tem compreenssão ou melhor essa reflexão. Exemplos não faltam na formação dos médicos, dos advogados, dos engenheiros e até no serviço social, onde continuamos formando uma pequena parte da juventude brasileira (15%, a meta do Plano nacional de Educação é que pelo menos 30%, e apenas 30% possa chegar lá), que hoje é uma elite educacional.

Dos problemas que temos é se quem está na elite educacional começar a achar que é de fato!

Matéria:
27/11/2009 - 17h43

Meta de 30% dos jovens no ensino superior não será cumprida, diz MEC

da Agência Brasil


Apesar do crescimento nas matrículas do ensino superior apontado pelo censo divulgado nesta sexta pelo MEC (Ministério da Educação), o Brasil não vai cumprir a meta de incluir 30% da população entre 18 e 24 anos na universidade. Essa era uma das determinações estabelecidas pelo PNE (Plano Nacional de Educação) para 2011. Hoje essa taxa está próxima a 14%.

"Até 2011 não vamos atingir essa meta. O crescimento dessas taxas são difíceis. Durante duas décadas (70 e 80) ela ficou estagnada em 8%", destacou o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Reynaldo Fernandes.

Segundo dados do censo de 2008, o Brasil tem 5 milhões de alunos matriculados em cursos superiores no Brasil, a maioria em instituições privadas. O número de ingressantes também aumentou, apesar de ter apresentado uma leve queda em relação ao aumento registrado em anos anteriores.

Para a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Bucci, se for considerada a taxa bruta que representa o número de universitários em relação ao total da população o número já chegou a 25%.

"As taxas tem melhorado muito, mas não chegaremos aos 30% se considerarmos a taxa líquida [na população de 18 a 24 anos]. A taxa bruta é mais expressiva do ponto de vista do que acontece no país porque existe uma defasagem grande em todo o fluxo escolar", defende Maria Paula.

Para a secretária, os números indicam que o Brasil precisa "continuar expandindo a educação superior" e que é incorreto relacionar o crescimento da oferta de vagas e instituições com queda de qualidade. O atual PNE termina a sua vigência em 2010. No ano que vem será preciso traçar as bases do novo plano com revisão de metas e diretrizes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658611.shtml

27/11/2009 - 16h06

Instituições federais oferecem o maior número de vagas nos vestibulares do país

da Agência Brasil colaboração para a Folha Online


As instituições públicas federais ofereceram o maior número de vagas nos processos seletivos de graduação presencial no país, o que equivale ao dobro do crescimento total, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Censo da Educação do Ensino Superior de 2008.

A pesquisa realizada pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão vinculado ao MEC (Ministério da Educação), registra um aumento de 14.462 novas vagas em relação a 2007, um aumento de 9,3% nas federais. Em comparação a 2007, as instituições estaduais tiveram um aumento de 2,2%, as privadas 5,9% e as municipais tiveram um decréscimo de 3,7%.

Os dados coletados também mostram que o total de vagas ofertadas nos processo seletivos de graduação presencial em todo o país aumentou 5,7% em relação ao ano anterior. Também aumentou o número de matrículas em 2008, que foi 10,6% maior que no ano anterior, com um total de 5.808.017 alunos matriculados nos cursos de graduação presencial e a distância.

As faculdades representam a maior parte das instituições no Brasil, e cerca de 93% delas pertencem ao setor privado. No entanto, 53% dos alunos de graduação presencial estudam em universidades, 33% em faculdades e 14% em centros universitários.

Já a quantidade de funções dos docentes em exercício cresceu neste ano, totalizando 321.493 funções no ensino superior, um acréscimo de 4.452 em comparação a 2007, um aumento de 1,4%.

Houve uma redução na qualificação dos docentes com titulação até especialização, enquanto nas de mestre foi registrado um aumento de 1,4%. O maior crescimento foi registrado entre doutores, com 5,5% a mais do que em 2007. O percentual de doutores em relação ao total das funções de docentes do ensino superior aumentou 23% em 2007 e 24% em 2008.

Instituições

O Censo da Educação do Ensino Superior de 2008 aponta que, pela primeira vez em cinco anos, diminuiu o número de instituições de ensino superior.

Em 2007, o Brasil tinha 2.281 instituições públicas e privadas de ensino superior. Já em 2008, o número caiu para 2.252 instituições.

Apesar da queda das instituições, o número de cursos não para de aumentar desde 2002, quando havia 14.445 cursos em universidades públicas e privadas. No ano passado foram registrados 25.366 cursos, contra 23.896 em 2007.

Vagas ociosas

De acordo com o Censo, o crescimento do número de matrículas no ensino superior entre 2007 e 2008 '[não acompanhou]':http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658427.shtml a expansão das vagas. Em todo o país, foram registradas 1.479.318 vagas não preenchidas.

As instituições privadas respondem por 98% dessas vagas. Entre 2007 e 2008, o aumento de vagas ociosas foi de 10%. Apesar de alto, ainda é menor do que o registrado no período anterior, de 13%.

Ensino a distância

As matrículas em cursos superiores de educação a distância cresceram 96,9% de 2007 a 2008. Ao todo, são 727.961 universitários que optaram pelo ensino superior não presencial. No ano passado, 115 instituições ofereceram cursos dessa modalidade --18 a mais do que em 2007.

As matrículas da educação a distância já correspondem a 14% da oferta de ensino superior no país. O número também registrou aumento (58,6%), bem como as vagas ofertadas nessa modalidade (10,3%).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u658560.shtml

ProUni não garante meta de por 30% dos jovens na universidade
21 de agosto de 2010 10h45

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovado nesta semana afirma que o governo não vai cumprir a meta de por 30% dos jovens entre 18 e 24 anos na universidade até 2011, mesmo com o ProUni. O documento classifica a iniciativa do ProUni como bem concebida, mas aponta problemas, como falta de indicadores de desempenho e baixo número de atendidos. O relatório também aponta o baixo número de vagas em universidades públicas como um entrave para a meta do Plano Nacional de Educação de 2000 ser alcançada. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Segundo o relatório, o Ministério da Educação tem "nulo conteúdo informativo em termos das dimensões de permanência e de desempenho acadêmico" dos bolsistas. O TCU afirma que sem isso é impossível avaliar a efetividade do ProUni. Mesmo com problemas, o relatório diz que o programa consegue atender 90% da população de baixa renda. Sem o programa, os mais pobres comprometeriam em média 47% da renda para manter os filhos na universidade, e no mínimo 30% das pessoas que usaram a bolsa (cerca de 200 mil) não teriam chegado à universidade.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4635320-EI8266,00.html