segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Não temos nada a perder! Será que podemos também?


Comparações, piadas e deboche. Assim a imprensa mundial e a brasileira mostram o que são: antidemocracia e medíocres.

"É como se o Psol tivesse ganhado aqui", assim disse um imbecil de uma certa rádio (Comprando e Barganhando Noticias), e por ai afora.

Bem se preparem, porque as rédeas que prensem as organizações populares podem estar com dias ou anos contados. O sistema não pode mandar, se mandar não pode agir, se agir não pode ser completamente vitorioso e se for vitorioso deve saber que nós estamos aqui para incomoda-lo.

Mesmo que o sistema ache que venceu, perde por que não pode ter em suas mãos todos e todas, principalmente aqueles homens e mulheres que querem ser plenamente livres.

Vida longa ao Syriza, Que possamos mostrar que se nas regras da burguesia não for possível a mudança, então quebremos suas regras. Poder popular será a única forma que nos restará.


fonte:http://www.cartacapital.com.br/internacional/extrema-esquerda-vence-eleicoes-na-grecia-6865.html

Internacional

União Europeia

Extrema-esquerda vence eleições na Grécia

Nas urnas, população grega disse não à política de austeridade fiscal imposta pela Europa
por AFP — publicado 25/01/2015 19:30
LOUISA GOULIAMAKI / AFP
Os gregos mandaram um recado ao governo neste domingo 25 ao darem uma ampla vitória ao Syriza, partido de extrema-esquerda de Alexis Tsipras, pronto a contestar a austeridade imposta pela União Europeia.
O Syriza abriu entre 8,5 a 16,5 pontos percentuais sobre o Nova Democracia, do atual premiê Antonis Samaras, muito além dos números trazidos nas últimas pesquisas. Com essa votação, o partido entre 146 e 158 lugares no Parlamento - 151 representando maioria absoluta.
"Essa é uma vitória histórica" e uma "mensagem que não afeta somente os gregos, mas ressoa em toda a Europa, já que traz um alívio", declarou o porta-voz da formação, Panos Skourletis. A vitória foi comemorada com uma explosão de alegria no comitê do Syriza, no centro de Atenas.
O partido de Alexis Tsipras obteria entre 35,5% e 39,5% dos votos, enquanto a Nova Democracia, do primeiro-ministro Antonis Samaras, é creditado com entre 23 e 27%. A votação foi observada de perto pelos parceiros europeus de Atenas, preocupados com a intenção do Syriza de renegociar a enorme dívida grega e desafiar de maneira inédita os programas de austeridade impostos pela União Europeia.
O sucesso do Syriza dá esperanças aos partidos da esquerda radical na Europa, especialmente na Espanha, onde o partido Podemos, surgido a partir do movimento Occupy, tem crescido. "A esperança está chegando, o medo vai embora. Syriza, Podemos: nós venceremos", declarou Pablo Iglesias, presidente do Podemos, antes mesmo que as urnas fossem fechadas.
O governo de Samaras foi sancionado por ter tentado cumprir o máximo de exigências impostas pela troika de credores de Atenas (Banco Central Europeu, União Europeia e FMI), em troca de 240 bilhões de euros emprestados ao país desde 2010. A conta ficou pesada para a população, vítima de uma alta taxa de desemprego - que atinge 25% - e de reduções drásticas de salário.
"Os menos favorecidos não têm nada a perder"
Durante a campanha, Tsipras prometeu aumentar o salário mínimo, suprimir certos impostos para os mais pobres e negociar a dívida externa da Grécia, que soma 300 bilhões de euros, o que representa 175% do PIB. Alexis Tsipras, que anunciou medidas imediatas como aumentar o salário mínimo de 580 para 751 euros, disse que não se contentaria com uma simples renegociação da dívida externa grega - que soma 300 bilhões de euros, 175% do PIB.
Tomando como exemplo as concessões feitas após a guerra na Alemanha - hoje, reduto da ortodoxia orçamentária na Europa - Tsipras quer reduzir drasticamente a dívida, deixando os mercados financeiros em alerta. Os eleitores gregos, alguns bastante descrentes, deram seu voto de confiança a um partido que Samaras tentou descreditar durante a campanha eleitoral.
Mas numa seção eleitoral do Pireu, Vaia Katsarou, 49 anos, advogada, resumiu o sentimento geral: "É um risco, mas os desfavorecidos não têm nada a perder". Caso obtenha maioria absoluta, Tsipras terá as "mãos livres" para aplicar sua política da maneira que deseja. Caso contrário, terá que encontrar aliados - mas os resultados ainda o deixam com uma boa margem.
Para o economista da UniCredit Erik Nielsen, este voto é "de grande importância, talvez histórica", embora acredite que um governo do Syriza seja menos radical do que seu discurso. Como possível aliado figura o To Potami (O Rio), fundado há apenas um ano, que pretende ser o terceiro partido da Grécia.
Outro partido que aspira um terceiro lugar é a formação neonazista Amanhecer Dourado, apesar de ter sete deputados e dezenas de seus membros presos sob a acusação de "pertencer a uma organização criminosa".
Pesquisas atribuem aos dois partidos 6,4% dos votos.
O outro lado, a burguesia brasileira:
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1580321-esquerda-radical-vence-na-grecia-com-promessa-de-governo-antiausteridade.shtml