sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Resistir, insistir e lutar pela esquerda do PT e a inauguração de um novo período para o partido e para os trabalhadores (as).

Quando me perguntam por que continuo no PT eu respondo: porque lá estamos resistindo e insistindo no papel histórico do Partido dos Trabalhadores (as), estamos vivos e decididos a acolher a esperança de milhões de brasileiros (as) que vivenciaram o desenvolvimento econômico e de direitos garantidos pelos governos petistas.

Onde, lutadores e lutadoras, permanecem e desafiam os pensadores conservadores, a voz da mídia discriminatória, as forças de segurança opressoras, os cientistas e intelectuais da classe dominante, os setores atrasados da sociedade brasileira.

Um partido que tem na sua essência a contradição de ter no seu interior, defensores dos Sem Terra, da luta LGBT, das mulheres, etc. e do outro, conciliadores com o agro negócio, amigos de banqueiros e empresários que lucram à custa do país.

Lá exerço a minha liberdade de expressão, a democracia interna (a ser repensada e radicalizada), posso inscrever teses e defender causas. Questões que não vejo nas demais esquerdas. Repito e digo, o socialismo que eu defendo cabe todas as cores, todas as dores, todas as diferenças e crenças, enfim, não viro a cara só por diferença ideológica, busco o dialogo.

Reconheço o valor dos companheiros e companheiras que permanecem na minha antiga tendência política, a AE, mas como em todo lugar há momentos de convergir, divergir e respeitar posições e opiniões há também momentos turbulentos, de crise que permitem outro olhar.

Disputar o poder é uma coisa, conversar-se no poder é outra. Acredito que esse deve ser o principal motivo do rompimento meu e de vários militantes.

Mesmo que haja muitas versões do mesmo fato a verdade é uma só: a imposição de uma maioria burocrática sobre sua base que trouxe para o centro do debate a necessidade de renovar direções, pensar o período vivido pelo PT e pelo país.

Inaugurar um novo período é mais do que o nome de um coletivo de petistas. Inaugurar um novo período no PT é enfrentar a grave crise vivida pela esquerda no mundo, pensar como tocar corações e consciências para a causa socialista como resposta a ditadura do capital financeiro.

É reafirmar a posição de um partido anti-capitalista, anti-imperialista e que mantenha-se vivo na participação popular da sociedade contra as forças conservadoras.

É retomar o trabalho político que o desenvolvimentismo por si só não responde e nem dará conta diante de uma sociedade que ainda criminaliza os movimentos sociais, que violenta suas mulheres, que não respeita a diversidade sexual, racial, enfim, que se individualiza por conta da melhora da renda e abandona a luta por direitos.

Lutar em coletivo, militando lado a lado e preparando a esquerda socialista do PT para colocar-se ao lado das massas trabalhadoras na construção de um novo período para o PT é assim que eu quero e é assim que eu índigo o convite para o 1º Seminário Nacional.