Onde, lutadores e lutadoras, permanecem e desafiam os pensadores conservadores, a voz da mídia discriminatória, as forças de segurança opressoras, os cientistas e intelectuais da classe dominante, os setores atrasados da sociedade brasileira.
Um partido que tem na sua essência a contradição de ter no seu interior, defensores dos Sem Terra, da luta LGBT, das mulheres, etc. e do outro, conciliadores com o agro negócio, amigos de banqueiros e empresários que lucram à custa do país.
Lá exerço a minha liberdade de expressão, a democracia interna (a ser repensada e radicalizada), posso inscrever teses e defender causas. Questões que não vejo nas demais esquerdas. Repito e digo, o socialismo que eu defendo cabe todas as cores, todas as dores, todas as diferenças e crenças, enfim, não viro a cara só por diferença ideológica, busco o dialogo.
Reconheço o valor dos companheiros e companheiras que permanecem na minha antiga tendência política, a AE, mas como em todo lugar há momentos de convergir, divergir e respeitar posições e opiniões há também momentos turbulentos, de crise que permitem outro olhar.
Disputar o poder é uma coisa, conversar-se no poder é outra. Acredito que esse deve ser o principal motivo do rompimento meu e de vários militantes.
Mesmo que haja muitas versões do mesmo fato a verdade é uma só: a imposição de uma maioria burocrática sobre sua base que trouxe para o centro do debate a necessidade de renovar direções, pensar o período vivido pelo PT e pelo país.
Inaugurar um novo período é mais do que o nome de um coletivo de petistas. Inaugurar um novo período no PT é enfrentar a grave crise vivida pela esquerda no mundo, pensar como tocar corações e consciências para a causa socialista como resposta a ditadura do capital financeiro.
É reafirmar a posição de um partido anti-capitalista, anti-imperialista e que mantenha-se vivo na participação popular da sociedade contra as forças conservadoras.
É retomar o trabalho político que o desenvolvimentismo por si só não responde e nem dará conta diante de uma sociedade que ainda criminaliza os movimentos sociais, que violenta suas mulheres, que não respeita a diversidade sexual, racial, enfim, que se individualiza por conta da melhora da renda e abandona a luta por direitos.
Lutar em coletivo, militando lado a lado e preparando a esquerda socialista do PT para colocar-se ao lado das massas trabalhadoras na construção de um novo período para o PT é assim que eu quero e é assim que eu índigo o convite para o 1º Seminário Nacional.